domingo, 10 de junho de 2012

[Castle Fic] Starting Over - Cap.4


Nota da Autora: Tentei fazer desse capítulo especial, ainda acho que não consegui. Mesmo assim espero que gostem. Btw, vcs vão começar a ver o pessoal do 12th de volta...ah, e me perdoem se uso inglês as vezes mas acho que tem mais impacto :)

NC-17!!! Watch out!!! 


Cap.4



Castle conheceu Kate como uma pessoa determinada, persistente e focada. Qualidades necessárias para um bom detetive de homicídios. Porém, ao convidá-la para ser sua consultora oficial, ele jamais imaginara que ela levaria o trabalho tão à sério. Há duas semanas eles estavam debruçados no livro de Castle, escrevendo capitulo sobre capítulo que renderam bons momentos entre eles e também algumas discussões. Isso é o que acontece quando dois perfeccionistas se juntam.



Kate lia o último capítulo dos três que ele escrevera. Estavam chegando à reta final da história e esses três capítulos eram cruciais para desvendar o mistério que Nikki trabalhava assim como dar pistas sobre o caso de sua mãe. Ela parou a leitura na metade parecendo insatisfeita. Olhou para ele que aguardava ansioso o seu parecer.



- Não sei, Castle. Algo está faltando. Tem uma ponta solta, desconectada aqui.



- Como assim?



- Veja, se Ramirez será o responsável pelo crime, você precisa liga-lo a um dos suspeitos da lista de Nikki. Assim podemos rastreá-lo. Ou você pode liga-lo a algo na cena do crime que possa ter passado desapercebida para ela na primeira vez que avaliou a cena. Isso já aconteceu conosco. E quem é Jhones? É o seu informante? Aquele que você mantinha contato sobre o assassinato da minha mãe?



- É, mas a ligação está ali. Veja, a parte em que Nikki vê a foto. Aqui... – ele apontou a parte no manuscrito.



- Não sei está faltando algo a mais. Sente-se e ponha o capítulo na tela. Vá para a parte que Rook menciona Ramirez – Castle obedeceu – agora, olha como você explicou a suspeita de Nikki, eu não olharia dessa forma. É como se você quisesse deixar uma brecha para Rook matar a charada.



- É exatamente a ideia, Kate. Se você tivesse terminado de ler o capitulo ia entender que foi isso que aconteceu.



- Então está errado! Eu sou a detetive não você!



- E o que há de errado nisso? Quantas vezes eu não resolvi crimes? Vi algo que passou despercebido a você?



Ela revirou os olhos, a voz mais alta que o normal.



- Várias vezes, mas isso não é o ponto. O ponto é que Nikki Heat é a sua personagem principal e ela deve resolver esse mistério já que ela não resolverá o da mãe.



E então Castle entendeu o motivo dela estar alterada. A ferida ainda não cicatrizara e a culpa ainda pairava na mente dela. Ele se levantou e foi até onde ela estava. Centrada nas palavras do telão. Acariciou os braços dela e beijou-lhe o topo da cabeça e os ombros.



- Hey, tudo bem... farei de Nikki a heroína da história. Você tem razão, dará mais apelo ao fim do livro.



- Ok, desculpe ter me alterado, é que ao ler isso no papel, trouxe tudo de volta sabe?



- Eu sei, e se não quiser se envolver, eu entendo. Posso terminar sozinho.



Ela virou-se para ele. Sorriu.



- Obrigada, Castle. Eu prometi que ia te ajudar e será isso que vou fazer. Eu só preciso de um tempo, uma pausa.



- Que tal uma caminhada na praia? Ele a pegou pela mão e saiu puxando-a.



Eles caminhavam descalços na beira do mar. Ela estava envolta em seus braços como se precisasse dessa sustentação para se manter em pé. Kate Beckett odiava sucumbir às emoções e se mostrar uma pessoa frágil. Durante toda a sua vida ela agiu como uma pessoa forte, dura. Mostrar-se assim era se expor aos colegas e inimigos, por isso ela se fechava. Isso não mais acontecia, não na presença dele. Castle era a única pessoa que podia enxergar através dela. Entende-la. Ele era o único que ela deixara entrar totalmente e não tinha mais medo de demonstrar suas fraquezas para ele. Porque ele a entendia por completo, a queria com todas as suas falhas, por isso ela buscava o apoio dele. Ela parou por uns instantes e ficou observando o mar. Ele beijou o rosto dela.



- Está melhor?



- Sim – e ele pode ver o pequeno sorriso formando-se nos lábios – eu não pensava sobre isso desde aquela noite em que quase morri. Não que a tenha esquecido, minha mãe é parte de mim, eu apenas tinha bloqueado essa historia no meu subconsciente. Ao ler aqueles capítulos, tudo voltou a minha mente. A forma como você escreveu me fez lembrar de cada detalhe – ele abriu a boca para falar algo mas ela o impediu – não foi algo ruim, nem quero que pense nisso. Foi diferente, acho. Saber que essa busca não será mais a minha razão de viver. Deu pra entender?



- Sim, eu entendo e Kate, estou aqui. Se algum dia você precisar falar sobre isso ou se nos depararmos com algo relacionado ao caso de sua mãe. Você pode vir até a mim, enfrentaremos isso juntos.



Ela fitou-o por uns segundos e beijou-o. Sentiu o coração leve novamente. Estava pronta para retomar de onde pararam. Dando um tapinha no bumbum dele, ela falou.



- A folga acabou, Sr. Best-seller. Temos muito trabalho para fazer. O deadline está batendo à porta.



Ele balançou a cabeça e a olhava intensamente.



- O que foi?



- Bom ver que a minha mandona preferida está de volta. E de mãos dadas retornaram a casa.



Dias se passaram e eles conseguiram finalizar o livro. Kate estava orgulhosa de ter ajudado e ser parte da concepção ao invés de somente a musa inspiradora. Alexis telefonara para eles na noite anterior dando noticias de sua viagem. Tudo estava maravilhoso e ela se preparava para no fim de semana ir a Roma. Kate aproveitou para dar dicas de lugares a visitar e coisas para fazer, inclusive um potencial namoro que deixou Castle de cabelos em pé.



Quando Kate acordou essa manhã, tinha algo especial para fazer em mente. Para isso precisava tirar Castle de casa. Por sorte, a editora ligou e questionou sobre o fim do livro. Como já havia terminado, ele propôs uma reunião para hoje em Manhattan. Aparentemente, Kate não era a única com planos.



- Vamos comigo para Manhattan, Kate. Podemos almoçar em um bom restaurante, dar um passeio pelo Central Park. O que acha?



- Ah, Castle... parece tentador mas não acho bom ir para a cidade agora, não me sinto... confortável.



Ao falar isso, ela desviou o olhar dele. Mesmo querendo se livrar da presença dele ali, o que ela dissera sobre evitar a cidade era verdadeiro. Ainda não sabia se estava segura após tudo o que acontecera e agora ela já não podia contar com a força policial para protegê-la. Castle também percebeu que havia algo mais na recusa dela. Ele tinha medo que Kate desenvolvesse alguma fobia em relação a New York por conta de tudo o que passara. Ele não deixaria isso acontecer, já vira o que um trauma podia fazer com ela e não estava disposto a deixa-la voltar no tempo e se fechar mais uma vez para a vida. Porém, conhecia a mulher à sua frente bem demais para saber que esse não era o melhor momento de questiona-la. Haveria outra oportunidade. Além do mais, ele já tinha algo bem importante para fazer. Enquanto se vestia, Castle insistiu com ela.



- Tem certeza que não quer ir comigo? Vai ficar sozinha aqui o dia todo?



- Tenho. Fico aqui e à noite quando você voltar podemos fazer algo diferente... talvez escrever uma cena nova de Nikki e Rook. E olhou para ele com um ar malicioso.



- Assim você me incentiva a voltar para casa o mais rápido possível. Ou quem sabe, diante desse fato, posso cancelar a reunião.



- Não! – a resposta saiu quase que enfática demais, droga Kate não estrague tudo agora – não, quer dizer, você precisa entregar os capítulos e publicar logo esse livro. Quero começar a escrever o outro com você. É importante para mim.



- Ok, já entendi mas vou voltar o mais rápido possível tá? Não morra de saudades.



- Vou tentar afinal não sou eu quem quer voltar correndo para casa... ela implicou.



Ele a beijou e pegou as chaves do carro. Saiu olhando ainda para trás e jogando um beijo no ar para ela que o observava da porta de casa. Assim que ele pegou a estrada, ela correu para dentro de casa. Tinha muito o que fazer, hoje era uma data especial. Há exatos um mês, ela tomara a decisão mais importante da sua vida e precisava comemorar.



Castle tinha sim a reunião em Manhattan, precisava do Green light da sua editora para publicar mais um livro da série Heat. Porém, ele não esquecera que esse dia era importante. Um mês. Fazia um mês que sua vida mudara completamente. Estava muito feliz por ter Kate Beckett a seu lado. E queria dar um presente especial a ela, algo que fizesse com que ela não se esquecesse dele. Ainda iria passar no seu apartamento para pegar umas coisas e aproveitar para tomar um banho e se arrumar queria leva-la para jantar em um lugar chique .



Por volta das sete da noite...



Castle chegou em casa já vestido com uma camisa social e blazer. Estranhou por encontrar a sala na penumbra. Apenas a luz da cozinha estava acesa e não havia ninguém lá. Pensou que ela deveria estar no quarto. Ao subir as escadas de casa, ele começou a ficar apreensivo com o silêncio. E se algo acontecera a ela? Se a acharam? Não deveria ter deixado-a sozinha. O quarto estava às escuras exceto por um abajur acesso ao lado da cama.



- Kate? Você está ai? Nenhuma resposta. O coração começou a bater mais forte. Ele caminhou até o meio do quarto, viu a luz do banheiro apagada. Passou a mão pelo cabelo em sinal de preocupação para então notar as portas da varanda abertas e uma luz vinda de lá. Caminhou até o lugar apenas para encontrá-la de costas para o quarto observando a vista do mar. Uma lua cheia despontava no céu escuro. Ela trajava um vestido longo. O mesmo que ele a vira usar meses atrás com o tal agente britânico. Vê-la naquela roupa provocou nele um misto de ciúmes e raiva por não ser para ele que ela vestira-se assim.



- Kate...



Ela virou-se para encará-lo e abriu o sorriso. Era o mesmo vestido sim, e ela mantinha o cabelo preso formando um coque. Ela fez sinal para ele se aproximar e Castle obedeceu ao pedido dela.



- Você está linda.



- Queria me vestir para você. Sei o quanto você gostou desse vestido.



- Sabe?



- Claro, estava estampado na sua cara a raiva que sentiu de Colin. Você estava se roendo de ciúmes. Lembro que eu queria conversar com você depois do caso, eu estava preparada para dizer o que sentia por você. Então você me cortou de um jeito tão...tão brusco que não acreditei que aquele homem a minha frente era o mesmo Castle que conheci, que aprendi a admirar. Eu fiquei perdida. Eu...



- Shh passou. E você tem razão, tive ciúmes de você e aquele agente metido.



- De qualquer forma, hoje é um dia especial. Queria fazer algo diferente para você e por isso pensei nele – ela passou a mão pelo vestido - e num jantar...



Só então ele viu a mesa colocada no canto da varanda, as velas acesas tremeluzindo com o vento. Viu uma garrafa de champagne dentro de um balde de gelo. Era esse o motivo que ela o queria fora de casa.



- Você fez tudo isso?



- Não, Castle, você me conhece, sou uma mulher prática, encomendei. Mas a melhor parte, a sobremesa, é por minha conta. Pensei em termos um tempo para nós, comemorar.



- Sabe, eu adoro esse novo lado da Kate Beckett – ele se aproximou e a tomou pela cintura – a meiga, descolada e que tem o” Viva la vida” como lema. Isso pede uma dança. Ele beijou-a longamente até que ficassem sem ar. Depois seguiu até o quarto e voltou com uma caixa acústica própria para o seu iphone. Procurou por uma musica especial, lenta. Kate foi até ele e escolheu a canção por si só. It had to be you. A melodia iniciou e ela o puxou pela mão para dançar. Os corpos se alinharam perfeitamente e eles balançavam-se no meio da varanda.



It had to be you, it had to be you;

I wandered around, and finally found - the somebody who

Could make me be true, could make me be blue;

And even be glad, just to be sad, thinking of you.



Ela começou a sussurrar porque escolhera a música. – Essa foi a canção que tocou naquela noite e mesmo estando ali, disfarçada, essa letra me fez lembrar de você. Apenas você. Ao ouvir as palavras dela, ele sorriu e a puxou para mais próximo dele. Ficou saboreando o momento de confissão dela.



Some others I've seen, might never be mean;

Might never be cross, or try to be boss,

But they wouldn't do.

For nobody else, gave me a thrill - with all your faults, I love you still.

It had to be you, wonderful you;

It had to be you.



Ele a puxou pela nuca e tomou os seus lábios como se fosse a última vez que a beijaria. A urgência era grande demais, o sentimento indescritível. Ele a amava demais. Palavras não expressariam tudo o que ela significava para ele. Kate correspondia o beijo da mesma maneira e louca por mais. Era algo insano, ele a motivava a querer sempre mais. Nunca ela se sentira tão envolvida,tão apaixonada, tão entregue ao amor como com Castle. Ela quebrou o beijo apenas por um simples motivo, ela queria ir devagar essa noite. Seria tudo como se fosse a última vez para a uma vida e a primeira vez para um novo recomeço.



Ele a olhava apaixonadamente. Como ela podia ser tão linda? A luz do luar tornava a cena ainda mais bonita. Ele decidiu deixar a música correr aleatoriamente e ela o conduziu até a mesa para jantarem. Castle serviu champanhe para os dois, brindaram. Sentaram-se à mesa e começaram a jantar. Conversavam pouco, as palavras eram representadas em pequenas caricias. Ao terminarem de comer, Kate sugeriu que pegassem a garrafa de champagne e ficassem admirando a vista. A noite parecia ter sido escolhida para aquele momento especial. Ela virou mais uma taça de champagne e olhou para ele sorrindo.



- Porque você ficou calado... Rick Castle não é de se calar.



- Sua beleza, às vezes eu me perco apenas olhando pra você. Mas eu acho que está faltando algo importante – ele se aproximou dela e soltou os cabelos arrumando-os nos ombros – agora, adoro você assim – roubou um beijo a mais dela – ah! Quase esqueci. Tem outra coisa faltando aqui. Não quero que entenda como uma obrigação mas eu reparei que você não usa mais o colar com o solitário da sua mãe, então... – ele estendeu uma caixinha para ela. Kate a abriu e encontrou uma corrente de ouro branco com um pingente. O símbolo do infinito todo feito de brilhantes. Ela não sabia o que dizer. Era lindo.



- Castle... isso é lindo!



Ele tirou o colar da caixa e o colocou no pescoço dela.



- Esse símbolo representa tudo o que é importante, tudo o que amamos sem proporções. As experiências, as dificuldades, vão e vem na nossa vida, porém tudo o que realmente nos faz quem somos, está presente para sempre. Infinitamente. Como meu amor por você.



Ela não tinha palavras para expressar o que sentia. Então fez o que conseguia ainda sentindo um arrepio na pele e as mãos tremendo pela emoção. Ela o beijou. Não com aquela fúria de outro momento, era algo cálido, quase angelical. Provava os lábios dele como em um primeiro beijo e deixou as mãos passearem no peito dele enquanto os lábios e a língua exploravam com afinco a boca a sua disposição. As mãos começaram a desfazer os botões da camisa e ela jogou o blazer dele no chão. Castle quebrou o beijo para fita-la. Viu o desejo se formar nos olhos dela.



- Hora da sobremesa?



Ela sorriu e o arrastou para o quarto. Queria tudo bem devagar, aproveitar cada minuto ao lado dele. Devagar, ela ia tirando as roupas dele. Castle a puxou pela nuca e voltou a beijar-lhe com vontade. A língua dela passeava sensualmente nos lábios dele, provocando. Ele puxou o zíper do vestido deixando-a apenas de calcinha e com os sapatos de salto agulha. Quando ela fez menção de tirar, ele a impediu. Ela não se opôs. Desabotoou as calças dele deixando-o apenas de boxer. Ele a deitou na cama e pôs seu corpo sobre ela buscando novamente os lábios sedentos dela. As mãos vagavam pelo corpo dela, ao beijar entre os seios onde a cicatriz estava ele pode sentir o cheiro de cerejas. Isso o fez sorrir. Beijou a cicatriz mais uma vez e os seios dela um a um para depois toma-los nos lábios sugando-os e levando-a à loucura. Kate arfava e o corpo se contorcia ao toque dele. Suas mãos percorriam as costas dele e chegavam até o cabelo e tornavam a voltar a acaricia-lo. Castle seguia deslizando a boca pela pele dela. Tirou a calcinha e a provou com a língua arrancando gemidos de Kate. Com maestria ele a provava e a fazia seguir numa busca ao prazer que não tinha como terminar em algo diferente de um orgasmo fulminante. Ela gemeu e deixou o prazer lhe levar. Ele decidiu voltar a procurar pelos lábios dela e perdeu-se num beijo apaixonado. Recuperando-se do orgasmo, ela trocou de posição com ele e começou a provar a pele quente dele. Deixava os dentes marcarem a pele dele, beijou o peito, a barriga e apertou o mamilo dele arrancando gemidos que a fizeram sorrir. Voltou-se aos lábios. Sugou-os e mordiscou. Ele admirou o colar suspenso no pescoço dela. Kate se acomodou e preparou-se para recebê-lo. Ele a penetrou e ao ser preenchida completamente ela chamou por ele.



- Castle....



Ambos começaram a mover-se procurando o prazer absoluto. Kate cavalgava nele fixando as mãos no peito dele. Ele segurava a cintura firme. Outras vezes corria sua mão na lateral do corpo dela e acariciava os seios. Ele ergueu-se para colar o corpo ao dela. O movimento a fez jogar a cabeça pra trás. Sentiu a pele se arrepiar e os pelos do corpo eriçarem prevendo um novo orgasmo. Ele pressionava sobre ela e a fez gemer ao sentir o corpo sucumbir ao desejo. Castle provou-lhe os seios e buscou os lábios de novo. Ela sequer tinha forças para provoca-lo pois o orgasmo foi tão forte que ela apenas quis senti-lo, nada mais. Ele também não podia mais esperar. Trocando de posição, ele a colocou de costas para a cama novamente. Acariciou o rosto dela, admirando-a com os olhos fechados e tão linda. Ele apertou o seio dela mais uma vez e sentiu Kate apertando as pernas na cintura dele e instigando o membro dele de tal maneira que ele gozou.



Ele deixou-se cair sobre ela, a boca na região do pescoço. Ela o abraçava e mantinha as pernas envoltas nele. Kate beijava o ombro dele. Estava muito feliz. Quando sentiu a respiração de Castle voltar ao normal, ela o empurrou para o lado, queria deitar no peito dele. Antes, porém, ela manteve-se sentada ao lado dele. Castle a admirava segurando a mão dela. Kate segurou o símbolo do infinito entre os dedos, olhou para ele e um pequeno sorriso se fez no canto dos lábios.



- No dia que quase caí daquele prédio, eu visitei minha mãe no cemitério. O colar estava comigo. Após ser salva, eu decidi que ia deixar a história do seu assassinato de lado. Cuidar do que era importante para mim. Não que a esqueceria, todas as noites eu lembro dela, dos conselhos que ela me dava. É como quero mantê-la perto de mim. Ainda guardo o anel com carinho. Mas preciso viver outra etapa da minha vida. Mais uma vez, me deixaram viver e não quero desperdiçar minha chance. Preciso de você, viver com você Castle. Amar você.



Ela se inclinou e beijou-lhe os lábios entre sorrisos. Com a ponta dos dedos, ela desenhou o símbolo do infinito no peito dele, bem em cima do coração.



- I love you, Rick Castle... tudo está perfeito. Por agora, é só disso que preciso.



- Kate... sempre maravilhosa. I love you so much.



Ela se aconchegou no peito dele. Ficaram quietos por um tempo apenas trocando caricias. Ela voltou a falar.



- Desculpe não ter um presente para você... o que você quer?



- Você. Eu só quero você.



Ela sorriu olhando para ele – Hey, essa fala é minha!



- Ok, que tal a sobremesa que você me prometeu?



- Já, Castle? Ok, você pode repetir a dose – e inclinou-se para beijá-lo e por mais uma vez, eles se perderam nos lençóis.



Uma semana depois...

New York – 12th



Gates estava no telefone. Pela sua cara, as noticias não eram nada boas.



- Certo, senhor. Compreendo perfeitamente. Tenho meus melhores detetives atuando no caso... – ela permanecia calada por uns instantes – sim, entendo. Já são duas semanas sem conclusão. Resolverei isso senhor, tem minha palavra.



Ela desliga o telefone bufando e grita. – Detetive Ryan!



Ryan vai correndo a sala dela. Agora que Kate Beckett não trabalhava mais no distrito e com Esposito ainda suspenso, ele era o faz-tudo. Sentia falta dos amigos e o trabalho o consumia ainda mais. Tudo isso piorava por Gates estar realmente bem mais mal humorada que o comum. Ele entrou na sala para ouvi-la.



- Onde estamos no caso do filho do deputado, Ryan? Alguma nova pista? Algum suspeito?



- Não, senhora. Ainda hoje retive alguns possíveis suspeitos mas foi um beco sem saída. Estou esperando os novos resultados das fibras que encontrei na cena do crime, isso deve nos dar algo.



- Você reze para que isso aconteça. Acabei de sair do telefone com o Chefe dos Detetives que me disse palavras nada agradáveis e afirmou que o prefeito está desapontado com o trabalho que o meu distrito anda fazendo. Então a menos que não queira ser tachado de incompetente ou transferido é bom achar esse assassino. Fui clara, Detetive?



- Sim, senhora.



Ryan deixou a sala e Gates jogou-se na cadeira visivelmente irritada.



XXXXXXX



Kate decidiu dar um descanso a Castle e deixou-o escrever sozinho naquela tarde. Pegou o celular e discou o numero de Lanie. Ela falara com a amiga apenas duas vezes depois de tudo o que acontecera. Ao terceiro toque, ela atendeu.



- Ora, ora quem é vivo sempre aparece. Cansou de se enrolar com o Castle nos lençóis ou você o matou de prazer e precisa da minha ajuda pra se livrar do corpo?



- Oi, Lanie. É bom falar com você também. Como você está?



- Ah tudo indo. As coisas estão meio difíceis no trabalho esses tempos. Tem um caso tirando meu sono e o do Ryan. Ele tem sofrido na mão da Iron Gates.



- E o Javi? Tem noticias dele?



- Sim, deve voltar amanhã para o trabalho mas ele está pensando em deixar o 12th. Ele diz que agora não será mais a mesma coisa. De certa forma, ele não deixa de ter razão. Estou tentando convencê-lo a ficar, até estou usando sexo como arma só que não está funcionando.



- Vocês estão juntos?



- Sim, decidimos nos dar outra chance, especialmente depois de tudo que aconteceu. Ele não falou mais com o Kevin. Sei que está sofrendo mas ele é orgulhoso demais para admitir certas coisas.



- Ele não pode abandonar o Ryan agora. Eles são amigos. Se não fosse pela lealdade de Ryan ao regulamento, eu estaria morta. Ele me salvou, Lanie. Javi não pode fazer isso com ele.



- Eu sei. Talvez se você explicasse isso para ele, acho que te ouve Kate. Porque não vem para a cidade? Podemos almoçar juntas, conversar e até ter um encontro de casais. Você não vai ficar nos Hamptons para sempre vai?



- Não – ela riu – nem que quisesse. Castle quer voltar para Manhattan daqui a um mês e meio. Vou falar com ele, talvez a gente aproveite um dia que ele tenha reuniões na cidade e nos vemos.



- Vou te falar, meu necrotério está tão silencioso. Sinto falta da companhia de Alexis. E sabe o que mais? Sinto falta das visitas de Castle. Ele sempre me fazia rir com suas colocações. As outras pessoas são tão sem graça. Nem pense em dizer isso a ele!



- Tudo bem, seu segredo está seguro comigo.



- E você, amiga? Como está a lua de mel?



O sorriso no rosto de Kate fora involuntário. Sempre que pensava em Castle acontecia isso.



- Melhor impossível. Você tinha razão, Lanie. Ele é tudo o que alguém pode querer, ainda acho que posso acordar de um sonho a qualquer momento.



- Bom ouvir isso. Preciso ir, estão me chamando na sala. Pense na minha proposta ok?



- Vou pensar. Tchau, Lanie.



Ao desligar, percebeu que Castle acabara de descer as escadas.



- Estou faminto. Quem era no telefone?



- Eu liguei pra Lanie. Ela e Espo estão juntos novamente. Quer nos ver em Manhattan.



- Sério? Isso é ótimo. Espera... tem certeza que não estava falando só de você?



- Não, Castle. Ela quer ver nós dois.



- Ah, podemos marcar para a próxima semana. Tenho que ir a cidade mesmo.



- É pode ser...



Ele percebeu que ela iria evitar a conversa. Com um copo de suco, ele sentou-se ao lado dela.



- Kate, você quer me dizer por que está evitando ir a Manhattan? Uma hora teremos que voltar, você sabe disso. Conte pra mim.



Ela suspirou e conforme prometera uma vez, sem segredos. – Não tenho medo da cidade, eu apenas não sei como vou conseguir me adaptar novamente. Ele continua lá, Castle. O cara que quer me matar. Sei que ele não vai desistir. Como posso me sentir segura? Será que posso andar nas ruas de New York livremente? Sem me preocupar em levar outro tiro? Não tenho mais minha arma. Não sou da policia. Você não tem medo também Castle?



- Sei que é difícil, mas ainda acho que você não corre perigo. Você vai deixar isso de lado, não vai mais investigar nada. Isso pode ser um sinal de que está segura. Não quero transformar isso em um trauma, Kate. Nós iremos nos precaver e fazer o que for preciso para manter você segura. Não vai acontecer como no tiroteio. É hora de seguir em frente. A vida continua. Agora trate de marcar esse encontro com a Lanie – ele apertou a mão dela e beijou-a no rosto – e depois vá se arrumar, vamos sair para jantar.



- Desde quando você se tornou o mandão dessa relação?



- Sempre que você precisa sair desse momento meloso.



- Rick Castle não ouse me chamar de melosa ou mimada, estou avisando.



- Ótimo! Bom tê-la de volta, Kate Beckett – ele piscou – viu? Há! Nada que uma boa psicologia reversa não resolva.



Ela jogou a almofada nele rindo. O celular dele começou a tocar.



- Sua filha, atende logo!



E ele obedeceu.



- Hey, sweetie! Você não liga faz dias! Onde você anda? E se perdeu falando com Alexis no telefone. Por mais de meia hora ele tagarelou no celular até que a filha insistiu em desligar – Ok, eu entendo, se cuida. Kate? Como assim você quer que eu diga que deu tudo certo? O que deu certo? – Alexis falava do outro lado da linha e Kate sentiu que sobraria para ela – você ligou pra ela antes? Mas eu...ok, falo com você depois. Um beijo.



Ele desligou o celular e olhou para ela. Kate estava com as mãos no bolso e mordeu o lábio inferior. Castle franzia a testa. O olhar intrigado.



- Que história deu certo? Alexis ligou pra você? E não falou comigo?



- Castle não foi nada demais. Dúvidas de mulheres. Esquece isso.



- Não devo me preocupar?



- Não. Prometo. Vamos nos arrumar porque quem quer jantar agora sou eu.



E saiu empurrando ele pelas escadas.

 
Continua.....



















2 comentários:

val disse...

- I love you, Rick Castle...
eu mau posso imaginar, tô louca para ver esse dia, o dia que Kate Beckett dizer...
- I love you, Rick Castle...
vai ser tudo!!
gostei muito, foi perfeito como sempre, foi bom ver a galera do distrito voltando aos poucos, e aquele jantar de comemoração foi amazing! e aquelas cenas hot, oh gosh vc caprichou em cada detalhe...amei cada pedacinho e já tô querendo o próximo cap.

bjin dear!

Eliane Lucélia disse...

Vamos lá, antes de ler esse cap, eu já estava preparada pra fazer um comentário no final, mas mordi minha língua, eu iria pedir justamente o que vc colocou aqui, neste cap, um pouco mais de poesia, os cap anteriores estavam muito no casa, piscina, praia...praia, piscina, casa, eu queria ver um pouco da descrição do ambiente, um jantar sob as luzes das estrelas, uma dança sob a luz do luar, simplesmente poesia, antes que alguém pense que estou querendo um texto super meloso, já adianto, poesia não é sinônimo de mel, não é disso que estou falando, o momento que eles estão vivendo é lindo, e o lugar é maravilhoso, duas combinações perfeitas, ainda bem q a autora me entendi. Gostei da pequena presença da galera do distrito, e da Kate ter ligado para Lanie, ela naturalmente, mesmo estando fora do distrito não vai ficar alheia ao que acontece lá, afinal eles se enrolaram todos para ajudá-la, mas vou confessar que estou adorando de ver o aberto que a capitã Gates está passando, bem feitooooo, enfim, é isso, estamos chegando lá. bjossss