domingo, 1 de julho de 2012

[Castle Fic] Starting Over - Cap.6


Nota da autora: Depois de um longo e tenebroso inverno, ops, isso tá parecendo Westeros! Enfim, desculpe pela demora minhas leitoras! É algo que não depende de mim :( Cheguei a mencionar que tinha a intenção de levar a NC de Caskett para um outro nível, pensei bem e mudei algumas coisas mas tentando manter as mesmas características de antes, afinal não quero mudar a essência das personagens. Mais uma vez peço desculpas e ainda acho que o cap não ficou à altura. Tomara que gostem!

NC-17... be advised!

Cap.6



12th distrito



Esposito entrou na mini copa para servir-se de café. Ryan já estava lá fazendo uma pequena pausa. Desde seu encontro com Beckett, ele reviu suas decisões e percebeu que ela tinha razão. Ryan do seu modo fez o possível para ajuda-los e por esse motivo, ela estava viva e ele voltara a trabalhar junto com o amigo nos casos. Não que a situação no distrito estivesse melhor, nem de longe, mas trabalhando em dupla eles estavam progredindo.



- Bro, tudo certo para hoje à noite?



- Ah, sim. Jenny está numa excitação só. Disse inclusive que sairia cedo do trabalho para ir ao cabelereiro e ficar linda para a noite.



- Mulheres, são todas iguais. Lanie falou algo parecido e quase me deixou zonzo experimentando um monte de vestidos.



- Estou mesmo é com vontade de ver a Beckett. Estou com saudades daqueles dois.



- Ela está toda apaixonada e empolgada com o lançamento do livro. Te contei que ela está ajudando Castle a escrever? Inclusive esse último.



- Sério? Você não me disse isso! Como ela conseguiu convencer ele a fazer isso? Se bem que os dois sempre trabalharam bem juntos e essa é uma maneira dela usar sua experiência na polícia pra ajuda-lo.



- Foi exatamente o que ela disse. Conhecendo Beckett, deve ter infernizado a rotina de Castle com isso. Quero ver hoje com todos aqueles paparazzi perseguindo os dois se ela vai se sentir bem ou vai arrumar confusão.



- Espo, ela é uma lady. Até hoje me pergunto onde estaria se sua mãe não tivesse sido assassinada. Provavelmente, casada com um homem rico e com uma carreira bem diferente.



- É Ryan, acho que ela está se encaminhando pra isso mesmo, o cara rico ela já tem.



E ambos riram.



7:15 pm



Kate olhava-se pela milésima vez no espelho. Tudo parecia estar em ordem, mas ainda assim ela procurava por algum defeito que pudesse encontrar. O vestido era branco, drapeado nos seios e com finas alças de strass, ele moldava-se nas curvas dela colado até a altura dos joelhos onde abria levemente nas pernas. O destaque principal da roupa era um decote ousado que deixava quase toda a costa dela à amostra. Algo digno de Nikki Heat, pensou. Decidiu deixar os cabelos soltos e nas pontas enrolou alguns cachos grandes. Com uma maquiagem suave e cílios postiços, ela via o quanto sua pele bronzeada ressaltava a cor do vestido. Um brinco também em strass e o colar com o símbolo do infinito fechavam a produção.



Castle telefonou dizendo que uma limusine estaria na porta do seu prédio depois das sete. Ela combinara com ele que seria melhor se arrumar no seu apartamento para que ele não a apressasse. Além do mais, Alexis e Martha já causariam ansiedade suficiente para ele. Kate estava doida para ver a cara dele quando ele a encontrasse. Teve cuidado ao escolher os saltos agulha para que não ficasse mais alta que ele.



Estava nervosa. Sabia como esse tipo de evento funcionava, não era sua primeira vez. O burburinho dos famosos, os flashes, os repórteres e suas perguntas insistentes. Tudo era de certa forma diferente do que ela estava acostumada. Dessa vez, o lançamento de Frozen Heat tinha um componente a mais. Kate Beckett não estaria lá apenas como a musa inspiradora do escritor famoso. Ela estará como a namorada e consultora. Não imaginava o que Castle pretendia quanto à relação dos dois, talvez ele nem quisesse expor o fato à mídia. Ela se preocupava com o tipo de perguntas que poderiam fazer sobre sua relação com Castle e como ela reagiria. Seria o primeiro teste dela como namorada e esperava não decepcionar.



O interfone do seu apartamento tocou e ao atender soube que já aguardavam lá em baixo. Castle dissera a ela que fazia questão de entrar de braços dados com ela, exibi-la. Kate apenas riu do jeito como ele falara lembrando-o que ela não era uma estátua ou um prêmio para ser exibido. Ele nada disse encarando a resposta dela como uma das suas provocações. Ao descer percebeu que a limusine estava vazia. Perguntou ao chofer que abriu a porta para ela onde estavam os outros e ele respondeu que ia pegar o senhor Castle em seguida.



Quando a limusine parou na frente do apartamento de Castle e ele entrou no carro, sorriu para ela.



- Olá, Kate. Pronta para se divertir? Antes mesmo dela responder, ele reparou no vestido. Mesmo sentada, ele pode perceber que ela viera para arrasar e chamar todas as atenções no evento.



- Hey, gorgeous... você está fantástica. Vai roubar a cena.



- Obrigada. Espero estar à altura.



- É claro que estará, vou ficar bem feliz em exibir você hoje. De novo ele falou em exibição, Kate não estava gostando daquilo.



O carro parou. A porta se abriu e Castle desceu. Estendendo a mão para ela como apoio, ela desceu da limusine e somente ai ele pode perceber o quanto ela realmente estava deslumbrante. Percebeu que mesmo com um vestido elegante e digno de celebridades, ela manteve o colar que ele lhe dera. Ela era Kate Beckett disfarçada de Nikki Heat, mais sexy impossível. Todos os olhares e flashes voltaram-se para eles. Kate mordeu os lábios num sinal de ansiedade. Castle apertou sua mão antes de dar-lhe o braço.



- Pronta para brilhar? Será um prazer estar ao seu lado. Muitos morrerão de inveja de mim hoje, Kate. Você está extremamente sexy. Steamy.



- Castle, lembre-se não sou um troféu. A resposta dele a surpreendeu.



- Não, mas é a mulher que eu amo. Minha musa e a razão para todo esse sucesso. Sorria e aproveite a noite, gorgeous. Ela é toda sua!



E ofereceu o braço a ela. Juntos, eles caminharam pelo tapete vermelho.



Os flashes vinham de todos os lados. Repórteres chamavam por ele, fãs gritavam seu nome e no meio de tudo isso, estava Kate de braços dados com ele. Ela pode reparar no interesse de alguns fotógrafos nela e logo no primeiro momento antes de entrar na biblioteca, eles posaram para uma série de fotos. Instintivamente, Kate deslizou o braço dele e entrelaçou os dedos mantendo as mãos unidas. Castle reparou que estava gelada, nervoso talvez. Ele apenas sussurrou entre sorrisos.



- Sorria e tudo ficará bem, deixe que seguro os curiosos. Relaxe.



Um repórter do NY Times pediu um minuto da atenção de Castle para uma pequena entrevista que ele aceitou de bom grado.



- Esse é o quarto e até onde sabemos último livro da série Heat. Realmente é hora de parar ou temos chance de ver novamente a detetive em ação. Os fãs acreditam que Nikki Heat ainda tem muita historia para contar.



- É sempre um prazer escrever as histórias de Nikki Heat. Quanto a futuro, ainda estamos negociando.



- Ah, então ainda há possibilidade de Nikki se tornar seu novo Derrick Storm?



- Veremos, essa decisão não cabe somente a mim.



- E quanto a você, detetive Kate Beckett, você já está pronta para dar adeus ao seu alter ego? Como se sente em meio a tudo isso?



- Na verdade não estou pronta para dizer adeus. A experiência de trabalhar com Castle fazendo pesquisa, seguindo cada passo meu foi bem estranha e cheguei a ficar bem incomodada no inicio, porém o tempo foi passando e me acostumei. Inclusive, ele acabou me ajudando em alguns casos e viramos um time. Acho que Nikki ainda tem muita história para contar e sendo eu uma fã do gênero policial certamente gostaria de ver a série com mais títulos.



Castle não podia ter ficado mais feliz com a declaração de Kate. Pegando o gancho dela, o repórter perguntou.



- Fã do gênero? Isso significa fã do autor também?



- Sim, eu já era fã de Rick Castle antes dele pensar em Nikki. Eu escondi esse fato, claro, porque a ideia de te-lo me seguindo como um cachorrinho me irritava profundamente.



- É verdade! Você precisa ver como ela era rabugenta. Sofri muito! E fez uma cara de coitadinho.



- Castle!



- O segredo é conquistá-la. Conselho de amigo? Se ela lhe der o olhar, corra porque você está encrencado.



- Vocês realmente trabalham bem juntos. Há algo mais do que isso?



Castle olhou para Beckett como quem procura uma permissão para revelar o segredo. Ela sorriu em retorno. Se alguém deveria contar sobre eles, deveria ser Castle. Afinal, ele tinha mais tato com a imprensa.



- Você tem razão, uma vez superada as diferenças, nós fazemos uma boa dupla, tão boa que nesse último livro eu pedi a ajuda da Kate para alguns assuntos e ela acabou se tornando minha consultora oficial. Subimos mais um degrau.



- Não foi bem isso que eu perguntei... quero saber, vocês estão juntos?



Novamente os olhares foram trocados e Castle respondeu.



- Kate é minha musa, minha consultora, confidente – ele levou a mão dela até os lábios e beijou-a carinhosamente – isso responde a sua pergunta?



O repórter sorriu e Castle pediu licença pois precisavam entrar. No caminho para a entrada da biblioteca, Kate percebeu os banners espalhados estrategicamente na fachada, seja de capas do romance que mostravam a famosa silhueta de Nikki segurando sua arma, seja de frases de efeito. Quando finalmente estavam dentro da biblioteca, a editora de Castle veio correndo ao encontro deles.



- Já não era sem tempo! Estava aflita! Porque demoraram tanto?



- Estava tirando fotos e dando entrevista, porque a pressa? Ainda temos trinta minutos.



Só então, ela reparou na roupa de Kate. Ela estava muito linda.



- Nossa! Você veio mesmo a caráter. Essa roupa grita Nikki Heat. Divina!



- Obrigada.



- Preciso rouba-lo um pouco de você, tenho que discutir algumas coisas do evento. Tudo bem?



- Ok.



Ao ver Castle se afastar dela pela primeira vez, Beckett tratou de procurar caras conhecidas e logo avistou Ryan e Jenny num dos cantos do ambiente. Ela se encaminhou até eles. Ao vê-la, ele abriu um sorriso e Kate o envolveu num abraço. Desde que tudo acontecera, ela ainda não tivera a oportunidade de falar com ele e agradecer por tudo.



- Hey, Ryan...



Ela o abraçou com força ainda em retribuição ao que ele fizera. Ryan retribuiu o abraço.



- É bom te ver... e está mais linda do que nunca. Senti sua falta.



- Oh, Ryan. Eu não tive a oportunidade de te agradecer por salvar minha vida. Eu estar aqui agora, devo a você.



- Que isso, Beckett. Apenas fiz o meu trabalho, segui as regras.



- Seguiu mas também agiu por amizade, obrigada mesmo. Ela apertou a mão dele e em seguida cumprimentou Jenny. Depois de alguns minutos conversando, Lanie e Esposito finalmente apareceram. O papo entre eles rolava animado.



Ali, no meio dos amigos, Kate Beckett se sentiu em casa mais uma vez. Mesmo em um evento de grande porte que ela certamente não frequentaria em outras épocas, ela podia sentir-se acolhida. A atmosfera novaiorquina estava presente ali. Nesse momento, a editora de Castle subiu ao pequeno palco para dar inicio a celebração. Com uma pequena introdução, ela resumiu o sucesso da nova saga criada pelo escritor.



- Boa noite, senhoras e senhores! Quando Rick Castle decidiu matar Derrick Storm, eu disse a ele que estava perdendo o juízo e possivelmente seu espaço como escritor de suspense policial. Ele disse que não se importava. Para ele, se a mágica terminara, ele não iria ser lembrado como o escritor dos lugares-comuns. Ele procuraria algo para se reinventar. Quatro anos depois, a série Heat é um sucesso até maior que Storm foi dada as suas proporções. Quem disse que uma detetive feminina da NYPD não bateria os outros famosos agentes da CIA e do FBI por ai? Para contar um pouco mais do que o seu novo livro Frozen Heat esconde, o mestre do macabro melhor que nunca: Rick Castle!



Os aplausos ecoaram no salão. Kate o observava sorridente subir ao palco e acenar as pessoas na plateia. Ela podia perceber o quanto ele gostava daquilo, era natural para ele. Ao chegar ao pequeno púlpito, ele a procurou na multidão e ao encontra-la, sorriu e os olhares permaneceram fixos.



- Obrigado! É muito bom estar de volta com mais um livro. Posso dizer que tenho aprendido muito desde que comecei a escrever a série Heat. A experiência é bem diferente dos livros de Derrick. Antes de comentar sobre o livro, quero agradecer aqueles que o tornaram possível: meus amigos do 12th distrito e também minha ME preferida. Frozen Heat foi o livro mais difícil que tive que escrever até hoje. Primeiro por tratar na sua trama pessoal de algo delicado, segundo porque tive alguns percalços pelo caminho e fiquei sem escrever por um tempo. Posso afirmar que meu envolvimento nas investigações do 12th tem muito a ver com isso. E em terceiro porém não menos importante, estava a preocupação em fazê-lo da maneira correta. Acabei arranjando uma consultora mais que profissional que soube guiar a história pelo caminho correto. Nada disso seria possível sem a maravilhosa inspiração e o discernimento da mulher que me fez idealizar Nikki Heat. A extraordinária Kate Beckett.



E ele apontou em sua direção. Os holofotes a tomaram em cheio e ainda encabulada, ela abriu o sorriso. Ela percebeu que ele mexia os lábios dizendo a palavra mágica : thank you. E ela respondeu da mesma forma: always. Kate sentiu o coração acelerar e os olhos arderem. Esposito e Ryan assobiavam e os aplausos cresciam, todos olhavam para ela que agradecia silenciosamente.



Castle então, vendo o certo desconforto que ela sentia, voltou a atenção a ele.



- Vocês aplaudem e devem em me considerar um homem de sorte por ter uma mulher como ela de inspiração não? É mas não se enganem, vocês não conhecem a fúria de Beckett e acreditem nem queiram conhecer. Ela pode fuzila-los com o olhar – a plateia ria – mas sim, eu sou sortudo!



E piscou para ela.



- Bem, chega de falatório! Vamos à leitura do capítulo de Frozen Heat.



E Castle abriu o livro nas suas primeiras paginas e começou a leitura sempre dramática que só ele sabia fazer. Todos focavam sua atenção ao escritor, inclusive Kate que o admirava de longe. Ele era um contador de histórias nato. Quinze minutos depois, ele terminara e as palmas encheram o salão. A editora alertou que ele iria autografar os exemplares adquiridos durante meia hora e que um coquetel seria servido em alguns instantes para os presentes. Várias pessoas seguiram para as gôndolas de exibição a fim de conseguir uma cópia do livro para Castle autografar. A fila de pessoas se formou numa mesa de canto já destinada para isso com um enorme banner da capa atrás dando-lhe destaque. Kate estava conversando animadamente com Lanie quando decidiu que precisava de mais uma taça de champagne. Lanie, ao contrário, queria seu livro e foi uma das primeiras na fila e ao ter seu exemplar assinado por Castle, riu ao perceber que ele escrevera sobre o lance da música como CSI durante as suas autópsias.



Ao pegar uma nova taça de champagne, Kate se deparou com uma jornalista do Ledger que a parou.



- Nikki Heat em pessoa.



Kate sorriu ainda sem graça pela comparação e corrigiu-a educadamente.



- É Kate Beckett.



- Eu sei, mas você é tal qual Castle a descreve. Ele tem razão.Sabrina Fox do Post. Já que estamos aqui, como é trabalhar com Castle? Deve ser maravilhoso ter um homem tão charmoso e divertido ao seu lado ou te seguindo por onde for não? Diz a verdade, é mais que uma relação profissional não? Pelo que escreve você já protagonizou as cenas mais quentes com ele não?



A enxurrada de perguntas deixou Beckett zonza. A repórter parecia um canhão desgovernado. Ela nem sabia como começar a responder.



- Na verdade, nem tudo são flores. Ter alguém te seguindo, gerando uma preocupação a mais com segurança não é nada fácil. Além do mais, Castle é muito curioso – enquanto falava, ela dava sinais com o olhar de que precisava de socorro – então já viu. Sinto-me lisonjeada de dar vida a uma personagem que agora é responsável por vendas de Best-sellers.



- Ok, mas você ainda não respondeu minha pergunta, existe algo mais entre você e Castle? Já esteve debaixo dos lençóis com ele?



Kate suspirou tentando ganhar tempo e achar as palavras corretas para responder aquilo quando Lanie finalmente chegou pedindo licença e puxando Beckett pelo braço.



- Desculpa, a editora está chamando-a para uma sessão de fotos. Prometo que ela volta para falar com você assim que terminar.



Alguns metros depois, Kate pode se misturar no meio das pessoas e agradeceu a amiga.



- Ufa! Obrigada você me salvou.



Depois de já estarem de volta a um canto onde nenhum repórter aparentemente encostara, Lanie começou a avaliar o livro e viu as duas coisas que chamaram sua atenção. O nome de Beckett como consultora oficial e a dedicatória. Castle conseguira se superar novamente com as palavras. Ela encostou na amiga e deu de ombro, falando.



- Devo confessar que você definitivamente tirou a sorte grande, Kate. Que declaração linda!



- Do que você está falando?



- Você não leu a dedicatória? Pensei que você estava assessorando Castle...



- Não, ajudei na história. Cadê?



Ela já ia pegar o livro da amiga mas Lanie o manteve fora do alcance dela.



- De jeito nenhum! Se você não viu, vá pegar um exemplar para você e pede pra ele autografar.



- Vou mesmo! E Beckett saiu apressada fazendo bico. A curiosidade aumentara. Ela pegou um livro para si e abriu exatamente na página da dedicatória. Os dedos deslizavam sobre o papel enquanto a respiração de Kate começava a se transformar em longos suspiros. Ele escrevera:



“A very wise woman once said to me that the great Love stories are those which beat the odds. Fires, bombs, drowning, shoot and why not frozen bodies? Those are only obstacles for the real truth. Four years of work beside Kate Beckett taught me that. Thanks for the amazing ride and much important thanks for believe.



I’ll be on your side, always.



With love, Castle. “



Ela percebeu que estava prendendo a respiração. Ela se dirigiu até a mesa dele quando a maioria das pessoas já tinha seu livro autografado. Havia apenas três pessoas na fila e ela esperou ao lado. Assim que a última pessoa saiu, ela se aproximou dele e colocou o livro sobre a mesa. Encarando-o, ela fez cara de má e perguntou.



- O que significa essa dedicatória?



- Acho que está bem óbvio não?



- Quer me matar do coração, Castle? Eu não estava preparada pra isso...



- Expor o que sinto por você? Nas entrelinhas? Ele sorria.



- Pra mim está bem direto. Assina para mim?



Ele pegou o livro e escreveu.



“To the Love of my life. ILY, Kate. Yours, Castle “



Kate leu e sorriu. Sentou-se ao lado dele e apertou a coxa dele de leve. Castle fez sinal para o garçon e pegou duas taças de champagne. Entregou uma a ela.



- Acho que agora podemos celebrar um pouco não? – ele ergueu a taça – a minha musa!



- Ao escritor que deu vida a ela. Disse Beckett. Eles brindaram e provaram a bebida. Kate sorrateiramente procurou pela mão dele e apertou-a com a sua – Espero que os críticos apreciem tanto o seu livro quanto eu. De verdade.



- A opinião da minha fã número 1 já basta.



- Mentiroso! Você precisa fazer de Frozen Heat um Best-seller caso contrário, como vai me sustentar? E você gosta de tudo isso aqui, a badalação, a publicidade. É você. Quero escrever o próximo sucesso com você. Falando nisso, você não devia anunciar a novidade?



- Isso é papel da editora. Cadê os rapazes?



- Em algum canto aproveitando os comes e bebes.



- Vamos até eles, preciso de um momento de distração.



Ele se levantou e ofereceu a mão para ela. Beckett ergueu-se com a ajuda dele. Castle entrelaçou os dedos aos dela. Beckett aproximou os lábios do ouvido dele e sussurrou.



- Podemos por favor evitar os repórteres? Todos querem saber se eu e você somos um casal. Não se importam com mais nada!



Ele riu e disse que ia tentar despista-los. – Não posso prometer e sinceramente não quero. Se perguntarem vou dizer a verdade, tudo bem?



- Você sabe exatamente como dar essa noticia, não tenho nada contra.



Chegaram onde os amigos estavam. Eles vieram abraçar Castle e perguntar das novidades. Ficaram por um bom tempo conversando sem interrupções. De vez em quando, Castle deixava escapar uma mão boba e acariciava o corpo de Kate não se importando se estavam sendo fotografados. Passado algum tempo, ele pediu licença e saiu arrastando ela com ele. Levou-a até um canto das prateleiras de livros sorrateiramente.



- O que você está fazendo?



- Dando uns amassos na minha namorada...



E Castle puxou-a contra si e envolveu-a num beijo apaixonado. As mãos de Castle percorriam o corpo de Beckett empurrando-a contra a estante de livros. As línguas executavam sua dança de sedução e desejo. Ela acariciava as costas dele e deixou suas mãos descerem até o bumbum dela e apertou. Se Castle pensava ser o extrovertido e descolado da relação, ele ainda não conhecia todos os truques de Kate Beckett. Ela mordiscou o lábio inferior dele antes de sentir os lábios de Castle explorando seu pescoço. Ela sussurrou.



- Quantas namoradas você já trouxe aqui?



- Só as especiais... – ele a fitou – você estava me tentando com esse vestido Kate, precisava agarrar você de alguma forma.



- Parecemos dois adolescentes e se alguém nos pega aqui? Tem paparazzis demais rondando a área.



- Não me importo, não vejo nada demais em ficar a sós com a minha namorada. Se quiser posso beija-la na frente deles.



- Se for um beijo comportado eu deixo, depravações somente entre nós dois, ok?



- Seu desejo é uma ordem, minha musa.



- É melhor voltarmos para a festa, logo sentirão sua falta. É o astro da noite.



E de mãos dadas, eles voltarão ao salão bem no momento onde a editora subia no palco para anunciar uma novidade.



- Sua atenção por favor, tenho algo importante a declarar que certamente vocês irão gostar – ela esperou as pessoas voltarem sua atenção a ela e continuou – então um mês após a entrega de Frozen Heat para iniciar o processo de impressão, chamei Castle no escritório para comunicar a ele sobre as vendas de Heat Rises. O número de livros vendidos em papel e digital ultrapassaram as nossas expectativas em mais de 30%.



Uma salva de palmas e assobios foram ouvidos, ela continuou.



- Além disso, atraímos leitores novos então por isso lancei um novo desafio para Castle : escrever mais três livros da série Heat e ele aceitou com uma condição: contratar uma consultora oficial para auxilia-lo já que a experiência de Frozen fora muito proveitosa. É com prazer que anuncio para aguardarem esses três novos exemplares com ninguém menos que a própria Kate Beckett como consultora. Venham até aqui vocês dois!



Castle saiu puxando-a pela mão enquanto os flashes dos fotógrafos se acumulavam sobre eles em meio as palmas. Cumprimentou formalmente Beckett e posaram para uma foto oficial. Depois ela pedia a Castle que comentasse o que seria abordado nos próximos romances. Castle desconversou como bom escritor sobre a história mas deixou os seus fãs empolgados ao dizer que já começaram a escrever o próximo. Um dos repórteres, dirigiu-se a Kate com uma pergunta:



- De musa a colaboradora, o que isso muda para você?



- Além do fato de saber exatamente o que Castle escreveu sobre meu alter ego em primeira mão? - todos caíram na risada – Não muda tanto assim, eu já assessorava em questões relacionadas a casos por Castle me acompanhar durante as investigações, o que farei agora é prover algumas questões mais direcionadas ao vocabulário ou mesmo a venda do caso em si como aconteceu no último titulo que fizemos uma mudança na arma do crime. E não estava brincando quando disse que vou supervisionar em primeira mão o que ele anda fazendo com Nikki Heat.



Aproveitando a deixa, a mesma repórter que antes havia abordado Kate, tornou a perguntar.



- Detetive, e diante dessa parceria, há algo além do profissional?



Kate olhou para Castle e seu olhar dizia tudo, aconselhava a ir em frente. Porém, Kate escolheu as palavras tentando prolongar a resposta.



- Há quatro anos trabalho com Castle resolvendo crimes, homicídios. Passamos por situações perigosas e a parceria simplesmente se desenvolveu e transformou-se em amizade – ela sorriu já imaginando a próxima pergunta da jornalista.



- E da amizade... surgiu o romance? Quer dizer, lendo as cenas quentes sabemos que essa inspiração veio de algum lugar.



Ela suspirou e balançou a cabeça olhando para Castle. Ele antecipou-se e respondeu.



- Kate foi e continuará sendo minha musa, minha fonte de inspiração para Nikki mas recentemente ela se tornou mais do que isso – ele levou a mão de Beckett até os lábios – sim, nós estamos juntos, essa é a sua resposta.



O burburinho aumentou diante da confirmação de Castle e ele pode finalmente abraçar Kate sem culpa no evento. O resto da noite seguiu tranquila, alguns fãs pediram para Beckett autografar seus livros e ela sentiu-se lisonjeada diante do fato. Por volta da meia-noite, o publico dispersara e eles puderam finalmente ir para casa. Kate queria muito passar a noite com ele mas prometera deixa-lo curtir a filha que em dois dias ia para a faculdade. A comemoração dela teria que esperar.



Dois dias depois, ela foi junto com Castle deixar Alexis em Columbia e mais uma vez, ela deu seus sábios conselhos a menina ainda que isso deixasse Castle com um bico do tamanho do mundo. Kate também recebera conselhos para seguir estudando e agradeceu a Alexis.



A festa na biblioteca de New York fora um lançamento fechado para imprensa e convidados. Portanto a crítica do livro sairia apenas daqui a um mês após o lançamento oficial do livro. Kate seguiu o conselho de Alexis e matriculou-se em um curso preparatório para a obtenção da sua licença para advogar. Tinha aulas durante as manhãs e à tarde e à noite, ela se dividia entre os estudos, o livro e sua atenção a Castle.



Um dia voltando do curso, ao caminhar pelas ruas de New York, ela entrou num café e ao sair de lá sorvendo seu latte quente, algo parecia diferente. Kate pressentiu que podia estar sendo seguida. Desde que voltara a Manhattan, ela sempre andara com uma certa precaução ao sair nas ruas. Evitava sair sozinha também, mas agora que ela estava estudando, tinha que se aventurar pelas ruas da cidade. Kate Beckett nunca fora covarde porém sabia exatamente o que era estar na mira de um assassino e dessa vez, ela não contava com uma arma para protegê-la. Ao caminhar pelas ruas, a sensação de perseguição não passava. À medida que andava, sentia que estava sendo seguida e começou a desconfiar de tudo e de todos ao seu redor. Apressou o passo tentando chegar o mais rápido possível em casa. O coração já acelerava e pequenas gotas de suor escorriam pelo seu corpo denunciando a tensão e o medo que começava a aflorar dentro dela. Imagens de outros momentos surgiam na mente de Kate fazendo-a enxergar o rosto do seu algoz no homem que caminhava atrás dela. As passadas largas quase se transformaram em corrida, uma espécie de paranoia começou a tomar conta dela e em uma das vezes que Kate virou-se para trás a fim de observar se ainda estava sendo perseguida, ela descuidou-se e uma buzina estridente de um taxi a tirou do transe quase a atropelando. Quando chegou ao apartamento de Castle, ela estava suada e ofegante. Kate estava com medo. Com desespero na voz, ela chamou por ele.



- Castle... Castle...



Ela foi direto ao escritório e deu de encontro com ele que já vinha para a sala por ouvir a voz hesitante dela. Ao olha-la, ele pareceu intrigado. Percebeu que ela estava agoniada e nervosa. Por instinto, ela o abraçou.



- Hey, o que aconteceu? Você está tremendo!



- E-eu fui perseguida. Estavam atrás de mim, Castle. O mesmo homem que tentou me matar. Eu ouvia a voz dele, lembrei de estar no telhado e...



- Shhh tudo bem. Passou. E na verdade nada disso aconteceu. Foi seu subconsciente, Kate. Você não está mais na policia e seu inimigo sequer sabe seu paradeiro, relaxe. Você está muito nervosa.



Ele beijou a testa dela e depois os lábios. Sentou-se com ela no sofá e envolveu-a em seus braços. Lentamente, ela foi se acalmando. Aninhou a cabeça no peito dele e fechou os olhos. Ficou quieta por um bom tempo e Castle também permaneceu calado, precisava dar um tempo a ela. Sentindo-se melhor, Kate ergueu a cabeça e beijou-lhe o rosto.



- Obrigada, acho que por um momento sai de mim e me vi em um pesadelo. Não posso ceder desse jeito. Eu te assustei não? Acho que até assustei a mim mesma.



- Assustou sim! Não ceda a pressão, gorgeous. Você é Kate Beckett, determinada, corajosa. Já enfrentou tantos problemas,perigos. A mulher que eu conheço não tem medo. Ela é uma caçadora por natureza. Esquece isso, ok?



- Ok.



- Agora vamos jantar.



No fim de semana, o livro de Rick Castle finalmente chegara às livrarias. Com ele, também vieram as criticas ao Frozen Heat. Ansioso, Castle mal dormira na noite anterior e cedo pela manhã, ele correra até a esquina para comprar o New York Times e The New York Post mesmo sabendo que logo os mesmos exemplares seriam entregues no seu apartamento. Ao voltar para o apartamento, Castle espalhou o jornal sobre a mesa da sala de jantar procurando pela seção literária. Kate apareceu ao fim da escada vestindo uma calca de pijamas e uma camiseta com o ipad na mão. Observava a agonia dele folheando as paginas em busca da critica. Sentou-se à mesa para ler e sequer reparou quando Kate passou para a cozinha a fim de fazer café. Concentrado, ele sequer piscava. Quando terminou, um sorriso formou-se em seus lábios. Kate já estava do lado dele e pousou uma xícara de café ao lado dele.



- Hey... então?



- Eles adoraram! Elogiaram o drama, os momentos emocionais de Nikki e claro as cenas do casal. E falaram sobre você ser a consultora, que isso foi uma ótima sacada da editora. Mal sabem eles que fui eu.



- É, eu sei.



- Como assim?



- Eu li a versão eletrônica do Times mas você estava tão nervoso que nem se lembrou de checar a critica no ipad não?



Ele olhou para ela de forma inocente como quem se desesperou sem necessidade. Ela inclinou-se e beijou-lhe os lábios. Logo foi se jogando no colo dele e intensificando os beijos. Ficaram alguns minutos ali, desfrutando do momento. Ela quebrou o beijo e falou.



- Precisamos comemorar a altura. Tenho certeza que amanhã veremos Frozen Heat na lista dos mais vendidos.



- O que a faz ter tanta certeza disso?



- Seu talento e meu conhecimento. Afinal, Nikki Heat não sou eu?



- Desde quando você ficou metida assim?



- A história de fundo é boa e agora eles sabem que somos um casal, se isso não faz vender livros não sei mais o que faz.



Ele voltou a beijá-la de leve. – Alguém mencionou uma comemoração...



- Se você for paciente, pode esperar mais um pouco... ela disse provocando e mordendo o lábio inferior dele.



- E se não for?



- Imagino por que está esperando... e com um sorriso malicioso, Castle entendeu o jogo. Puxou-a uma vez mais para perto de si e perdeu-se naqueles lábios doces com gosto de café. Kate passava a mão pelo peito dele e devagar livrava-se dos botões da camisa. Sentia a língua dele a devorar-lhe a boca em círculos. Seu centro já estava úmido. Por um instante, ela decidiu mover-se para instiga-lo e não foi surpresa ao ouvir um gemido escapar aos lábios de Castle enquanto ela também percebeu que ele crescia dentro das calças. Quebrou o beijo e levantou-se. Pegando-o pela mão, ela o fez segui-la até o quarto. Mas Kate não queria voltar para a cama...



Ela tirou a camisa dele e jogou em um canto. Com destreza, ela livrou-se das calças e do boxer deixando-o totalmente nu. Afastou-se um pouco e sorriu diante do membro já excitado por ela. Era sua vez de desfazer-se das roupas e logo estava nua também. Quando Castle pensou em coloca-la na cama, Kate o impediu empurrando-o contra parede e tomando-lhe de surpresa os lábios. Agora era o desejo que falara mais alto. O contato dos lábios ávidos e das peles quentes apenas contribuíam para que a luxúria a dominasse. Pela primeira vez, ele percebera que ela era a dona da situação e entrou na brincadeira. Ela cravou as unhas no bumbum dele e ele deslizou sua boca saboreando o pescoço. Ele mordeu a clavícula dela arrancando gemidos de Kate. Sentiu a mão dela se direcionar para a cintura a procura do membro dele. Ao toma-lo nas mãos, começou a acaricia-lo fazendo Castle ficar ainda mais excitado se é que isso era possível. Com a outra mão, acariciou as bolas e simplesmente o fez gemer mais alto. Isso era apenas o começo. Voltou a deslizar as mãos no peito dele e ao ser tocada nos seios por ele, ela deixou-se gemer também. Afastou-se dele e seguiu para o banheiro. Castle ofegava apoiado na parede. Respirando fundo, ele foi atrás dela.



Mais uma surpresa: a banheira de hidromassagem redonda estava cheia e com sais de banho. Kate ligou o interruptor e em questão de segundos, a espuma começou a tomar seu espaço na banheira. Ela entrou e manteve-se de pé. Sorria para ele. Castle resolveu se juntar a ela. Já dentro do espaço, ele tornou a tomá-la nos braços sentindo seus seios e beijando-os. Ele fez menção de puxa-la para baixo com ele mas foi impedido por um sussurro ao seu ouvido.



- Fique onde está...



Kate foi deslizando as mãos no corpo dele e com isso baixando seu próprio corpo até estar ajoelhada na frente dele. Antes de fazer o que desejava, ela o fitou. Castle pode ver o desejo expresso em seus olhos e Kate o tomou na boca. Queria prova-lo, senti-lo totalmente. Ele quase não acreditou no que ela estava fazendo. Sentiu os seus músculos retecerem com tanto tesão. Ela o provava sem pressa, colocando-o devagar na boca. Ele não conseguia explicar o prazer que sentia, a forma que ela o conduzia, a língua e os lábios numa sincronia capaz de roubar o chão dele. Ela sabia que o levaria ao limite e isso a excitava ainda mais. As mãos de Castle acariciavam seus cabelos e ela pode ouvi-lo gemer. Ao perceber que ele não aguentaria mais tanto tempo, ela o soltou. Levantou-se da banheira e saiu depositando vários beijinhos ao longo do corpo dele. Com as mãos o empurrou de leve para um dos cantos da banheira fazendo-o sentar. Queria te-lo dentro de si. De costas, ela posicionou-se sobre o membro ereto dele e com a ajuda de Castle segurando na sua cintura, ele a penetrou. No instante que ela se viu preenchida completamente por ele, gemeu prazerosamente e começou a mover-se sobre ele. Castle movia-se também e a enchia de carinhos. A boca passou a saborear a pele dos ombros e pescoço dela no inicio com carinho, depois passou a mordiscar o local devido à tomada do prazer que começava a consumi-lo.



- Mais Castle...mais....



Ele se pos a abraça-la e impulsionava-se com mais força ao corpo dela. Kate já estava vermelha e sabia que o orgasmo estava próximo. Colou ainda mais seu corpo no dele e virou o rosto buscando os lábios de Castle. Ela o beijou com vontade, sugava a língua dele e deixava os dentes arranharem o queixo dele enquanto seu corpo subia e descia ao movimento do sexo. Castle colocou as mãos sobre os seios dela e os apertou puxando um dos mamilos para instiga-la. Kate gritou e sentiu o corpo tremer pela explosão do prazer. Porém, ele não parava, na verdade aumentava o ritmo e a segurava com um dos braços enquanto acariciava seus seios com a outra mão. Ele também estava próximo a deixar-se tomar pelo gozo mas não antes de faze-la mais satisfeita. Procurou a boca de Kate e beijou-a com paixão. Ela deixou-se perder nos lábios e Castle a fez gozar novamente. Sem conseguir mais segurar-se, ele a acompanhou segurando-a contra si.



Passados alguns minutos, ele moveu-se com cuidado trazendo-a consigo para a água. Ela se aconchegou no peito dele sentindo a hidromassagem movimentar a água e fazer seus músculos relaxarem. Só que ainda havia desejo dentro dela e Kate buscou a boca dele para beijar-lhe. Deixou seus lábios mordiscarem o lóbulo da orelha dele provocando-o e o fitou sorrindo.



- Quer relaxar Castle?



- Hum... já não estamos fazendo isso?



Ela pegou um balde de champagne que deixara ao lado da banheira e serviu uma taça a ele e outra para si.



- Champagne a essa hora pela manhã?



- É uma comemoração especial não?



- Você pensou em tudo não?



E ergueu a taça para brindar com ela. Bebericaram os primeiros goles e Kate voltou a beijá-lo distraindo-o para deixar sua mão encontrar o membro dele novamente. Ele quase engasgou-se com a bebida quando sentiu-a acariciar seu pênis. Ela riu. Queria mais e ele sabia disso. Deixou a taça de lado e a tomou pela cintura empurrando-o para um dos lados da banheira e passou a provar-lhe a pele. Beijava os seios, o colo, mordiscava o mamilo e deixava a língua percorrer cada canto da pele dela. Não podia esperar mais e penetrou-a. Juntos, eles moviam-se na água e logo atingiram o clímax mais uma vez. Perderam-se entre seus lábios durante minutos, beija-lo era algo que Kate não se cansava de fazer.



Finalmente cansados da suposta ginástica matinal, Kate encostou-se no peito dele e bebericando o champagne, brincando com a espuma. Ele enrolava os cabelos dela entre os dedos e beijava uma vez ou outra a bochecha dela. Ela terminou a bebida e deixou a taça de lado. Castle deixou a mão descer até o centro dela e enfiou dois dedos nela fazendo-a afastar as pernas dando mais espaço para que ele pudesse exercer sua mágica com os dedos. E ele o fez. Em minutos, Kate já tremia e cedia ao prazer pela terceira vez naquela manhã. A outra mão estava entrelaçada a dele. Castle já retirava os dedos e a acariciava enquanto Kate arqueava o corpo ainda vivo com o efeito do orgasmo. Depois ele virou o rosto dela para si e beijou-a. Ela respondeu ao beijou com paixão, abraçando-o.



Kate sorria olhando para ele antes de falar.



- Acho que essa foi uma cena digna de Nikki Heat não?



Ele riu dela.



- Você pensou em tudo mesmo. Sim, uma comemoração digna de Kate Beckett. Você é incrível.



- Sabe Castle podia ficar aqui o dia inteiro nessa banheira com você...



- Íamos ficar enrugados.



- Verdade mas eu também estou com fome! Então, vamos levantar para tomar banho e sairmos para comer algo.



- Sair?



- Sim, não vou mesmo para a cozinha depois de tudo isso aqui, acho que mereço mais.



- Merece sim.



- Nossa! Você nem contestou? Achei que se ofereceria para cozinhar...



- É isso que você quer? Porque longe de mim contrariar Kate Beckett, ela é muito brava!



Ela deu um soquinho no ombro dele e um selinho rápido.



- Estava brincando, Castle. Vamos sair.



Meia hora depois deixavam o apartamento de mãos dadas em direção ao Central Park.



Três dias depois...



Logo após o lançamento do novo livro e da ótima crítica, Castle e Beckett caíram de cabeça no próximo desafio. Trabalharam na história e escolheram um dos casos intrigantes que haviam investigado para servir de pano de fundo dessa nova aventura de Nikki.



Kate acabara de chegar ao apartamento com varias correspondências nas mãos. Separou as de Martha, as suas e deixou as de Castle no escritório. Encontrou- o jogando videogame na sala.



- O que você faz aqui? Não deveria estar escrevendo?



- Era o que fazia, empaquei numa cena. Aí, vim espairecer.



- Hum, larga esse controle e vamos ver se te ajudo.



Ela ofereceu a mão para ele e Castle se levantou sendo guiado por ela até o escritório. Ela o colocou sentado na frente do notebook e debruçou-se por trás dele para ler o que ele tinha escrito. Entendera qual era seu problema e habilmente começou a discutir o que poderia ser escrito a seguir. Assim trabalhavam agora, em conjunto, um time. Da mesma forma que costumavam trabalhar antes, em parceria.



Juntos, descobriram ter mais em comum do que imaginavam e reinventaram seu modo de viver. Escreviam uma nova etapa das suas vidas porém, ainda não sabiam que o destino os pregaria mais uma peça capaz de trazer à tona sentimentos escondidos ou esquecidos. Algo que necessitaria da decisão dos dois .



A campainha tocou e tirou-os do seu estado de análise. Beckett avisou que ia ver quem era e Castle aproveitou a oportunidade para pegar algo para comer na cozinha. Ao abrir a porta, Kate deu de cara com um polical fardado.



- Boa tarde, senhora. Você sabe me dizer se Kate Beckett reside aqui?



- Sou eu.



- Isso é para a senhora, pode assinar aqui?



Ainda surpresa, ela se inclinou para pegar a prancheta e assinar.



- Quem é Kate? Ele gritou da cozinha mas ela não respondeu, achou estranho e foi ter com ela. Percebeu que ela estava meio pálida e só então viu o policial à sua porta – Kate...



Ela olhou lentamente para ele que percebeu o olhar preocupado dela. Antecipou-se e agradeceu ao policial, despachando-o e fechando a porta atrás de si.



- O que houve?



Ela fitava o envelope com o símbolo da policia de New York. As mãos tremiam. Ele se ofereceu para abrir.



- Posso?



- Não, eu abro.



Rasgou o envelope e tirou o memorando de lá. Antes de abrir o papel, tornou a olhar para ele como se buscasse recuperar um pouco da coragem que perdera. Ela se aproximou dele e ao fita-lo pedia silenciosamente que ele a apoiasse. Castle pegou sua mão e abriu o papel. Ao ler não obtiveram muita informação.



“O departamento de polícia de New York solicita a presença da cidadã Katherine Beckett no 12th distrito no dia 25 de outubro as 3 da tarde para uma audiência formal.

Atenciosamente, “



E o papel estava apenas carimbado pelo símbolo da NYPD.



- O que isso significa Castle? Será que eles conseguiram alguma informação adicional sobre o caso da minha mãe? Ou estou sendo intimada a depor devido ao meu ato de desobediência às regras da polícia? Será que estou sendo processada?



Ela não sabia o que pensar e aquela carta começava a abrir velhas feridas que Kate estava com sucesso conseguindo vencer aos poucos. Castle a abraçou.



- Não tenho ideia, mas seja o que for enfrentaremos juntos. Eu não vou deixa-la sozinha. Tente não pensar no pior. Essa audiência é daqui a cinco dias, até lá, seguiremos nossas vidas normalmente, Kate. Eu estarei aqui para ter certeza de que isso aconteça.



Ela suspirou fundo.



- Falar é tão simples, você faz parecer tão fácil. Não é Castle. São fantasmas que me rodam, nos rondam.



- Você não sabe o que é e a Kate Beckett que eu conheço não trabalha com suposições, apenas fatos. Não especule. Vem, deixe isso – ele colocou o papel sobre a mesa da sala e com ela abraçada ao corpo, começou a subir a escada – vamos fazer algo mais interessante, vamos sair para dar uma volta. Apreciar o outono em New York.



- Não Castle eu...



- Essa palavra ‘não’, está proibida. Vamos tomar um café, Kate.



Ela aceitou o que ele propusera. Sabia que tinha razão em querer que ela não pensasse sobre o assunto para evitar ao máximo a preocupação. Ela tentaria por ele mesmo que seu coração estivesse inquieto naquele momento e permaneceria assim até o momento da audiência. Ao deixarem o apartamento, ela ria de um comentário bobo digno de Rick Castle. De uma coisa Kate Beckett tinha certeza, enfrentar o que quer que venha pela frente, seria mais fácil com ele ao seu lado e por isso ela se sentia agradecida e se considerava uma mulher de muita sorte.



Continua.......

6 comentários:

Castle Brazil disse...

AHHHHHH, morri lendo essa Fic *--* Mais perfeita nao podia estar, demorou pra sair mais a espera foi otima... a fic recompensou! Parabens amoree.. cada dia mais gosto das suas fics, pra mim sao as melhores o/

larynhapaulista disse...

Essa Fic está melhor a cada capítulo. O vento foi muito bem escrito, Kate toda sem jeito em responder a repórter totalmente sem noção. A dedicatória a ela no livro OMG.
Kate acompanhando Castle até a U. Columbia para deixar Alexis e ainda dando conselho. Ela está mesmo fazendo papel de madrasta, amiga e irmã mais velha (tudo ao mesmo tempo).
As criticas não poderiam ser as melhores e as cenas na banheira foi muito bem escrita.
Vou ficar apreensiva até sair a próxima fic para saber o que a NYPD que com a Beckett

Two Writers Girls disse...

Meu Deus que perfeito! *--* A cada capitulo esta melhorando mais ainda, se ainda é possivel! Amei cada parte dessa Fic, não tenho nada a reclamar! Perfeito mesmo! *---*
Esperando mais que ansiosa para o proximo capitulo! ♥

val disse...

Ainda estou me recuperando...muito hot as cenas da banheira, Kate está cada vez mais atrevida...e o Castle á claro té adorando.
a espera valeu a pena pq esse cap foi maravilhoso e bem escrito.
vc tava inspirada pq as cenas hot foram impecáveis em cada detalhe.
A ida deles á livraria, Kate sexy toda Niki...
Eles estão só love, agora estou ainda mais ansiosa pelo proximo cap, pra saber o que vai acontecer e o que a NYPD quer com a Kate, eu até já imagino, mas vou esperar vc mesmo dizer.

congratulation Dear... always perfect!

Eliane Lucélia disse...

Oi, demorei, mas apareci, no geral gostei desse cap,a Beckett arrasando no modelito, ficando desesperada com os repórteres, aquela repórter deveria trabalhar no TV Fama daqui do Brasil, é perfeita, ôh mulher abelhuda, insistente, credo. Só uma coisa, senti falta da Martha e de Aléxis no lançamento do livro, a Martha teria sido muito engraçada com os repórteres. O momento Hot, me manteve aquecida por alguns minutos, pq aqui tá congelando, foi um alívio tão grande kkkk. Estou curiosa p/ saber o que aquela intimação significa, será que a Gates tá pedindo arrego? tomaraaaa, e quero ver a Kate por cima da Carne seca, Go Kate, enfim, tá quase lá :D Bjosss

Debora leal disse...

"Quando ela passa ela nem quer saber
Com seu salto agulha pisa espeta o meu mundo Ela estilhaça o meu olhar"
kkkkkkk esses dois maravilhosos nao comentei antes mas agora relendo esta fic esta perfeita vc tava inspirada