Nota da Autora: É isso! Chega ao final mais uma história do nosso casal preferido. Essa fic irá deixar saudades, pelo menos para mim.Uma longa jornada com angst, romance, crises e casos difíceis. como depois da tempestade vem a bonança, acredito que gostarão do final. Ressaltando que Nadine Furst é personagem da série Mortal de JD Robb, portanto não me pertence, Está descrita aqui porque sou fã dela e escolhi essa história para homenagea-la! Enjoy... até a próxima!
PS.: Desculpe qualquer erro, o blogger ta de implicância...
Atenção, NC17!!!
Cap.36
- O que quer
dizer com mudanças, Capitã?
- Estive
conversando com o Comandante a cerca de duas semanas na Central. Estamos trabalhando
na nova cara da polícia de New York. Com equipamentos mais modernos,
ferramentas precisas, reformulação de equipes de recrutas de rua a detetives. O
objetivo é mostrar aos cidadãos que podem confiar e contar com os agentes da
lei que juraram na Academia “Proteger e Servir”. Estou engajada nesse projeto
até os ossos. Você deve ter percebido que raramente fico dias inteiros no
distrito. Passo a maior parte do tempo na Central.
- Mas
continuamos trabalhando, resolvendo casos. O distrito não parou por causa
disso.
- Sim, eu sei.
Não a chamei aqui para repreendê-la, Beckett. Conversei bastante com o
Comandante. As horas exigidas com o projeto da nova cara da NYPD exigirão bem
mais de mim. Chegamos à mesma conclusão. Estarei me afastando do 12th distrito
para trabalhar lado a lado com o Comandante na 1PP. Diante dessa decisão, cabe
a mim comunica-la, com prazer, que você é a mais nova Capitã do 12th distrito.
Ele estará sob seu comando a partir de março. Celebre, Kate. Você mereceu.
Nunca duvidei do seu potencial, você é um orgulho para nossa corporação.
- Capitã,
senhora... eu não sei o que dizer.
- Apenas
agradeça a confiança que está sendo depositada em você. Continue sendo quem é,
basta isso para que mantenha esse distrito entre os melhores da NYPD.
- Obrigada,
senhora – abriu o sorriso – isso é... inesperado.
- E ainda
assim, você sonhava com esse dia. E por favor, pare de chamar-me de senhora.
Teremos a mesma patente em breve. Vá pra casa, sei que alguém vai realmente
vibrar com essa notícia. Talvez bem mais que você. Mr.Castle não gosta de andar
na corda bamba sob a minha supervisão, mas tenho certeza que manterá seu marido
sob rédeas curtas. É um milagre conseguir isso, de verdade – Kate sorriu.
- Boa noite,
Capitã. Mais uma vez, obrigada.
- Boa noite,
Kate. Depois conversamos sobre a posse, além de seu treinamento.
Beckett fechou
a porta e suspirou. Essa foi a notícia mais importante que recebera nos últimos
meses. Aliás, caíra como uma luva na noite que tinha pela frente. Mal chegara
no loft, Castle a impediu de seguir em direção ao quarto.
- Nada de
banho, trocar de roupa, maquiar. Nossa noite especial não será aqui. Dê um
beijo em Alex porque já estamos de saída.
- Nossa! Deixa
de ser mandão. Você nem ao menos me cumprimentou.
- Ah, venha cá
– ele a puxou pela cintura acariciando o rosto dela com o polegar, beijou-a –
sentiu tanto minha falta, amor?
- Por que não
sentiria? Onde vamos?
- Four
Seasons.
- Então
preciso arrumar ao menos uma valise, não posso ir a um hotel cinco estrelas
despreparada.
- Pode e deve,
mesmo porque estará a maior parte do tempo nua... – ele a olhou com um risinho
maroto e olhar provocador – acredite, roupa é algo completamente descartável
para mim, para dizer o mínimo – ela abriu o sorriso brincando com a gola da
camisa dele. Só de pensar nas várias possibilidades de diversão e prazer que
poderiam curtir naquele fim de semana já sentia o corpo reagir em antecipação –
vá falar com Alex.
Kate foi até o
quarto do filho. Amy estava com ele brincando sobre o tapete cheio de
bloquinhos de lego. Ela se ajoelhou, beijou-o e conversou com o menino enquanto
brincava. Ficou pelo menos uns quinze minutos com a criança rindo e recebendo
muitos carinhos. Ele acabou se aconchegando no colo da mãe, as mãozinhas
gorduchas seguravam a bochecha dela, beijando-lhe o rosto várias vezes até se
acalmar rente ao peito. Quando Castle entrou no quarto para chama-la,
encontrou-a sentada no chão ninando o filho nos braços. Ela o alertou para não
fazer barulho. Cuidadosamente, ergueu-se e colocou o menino no berço,
cobrindo-o em seguida. Despediram-se de Amy e saíram de mãos dadas.
Castle não
apenas a levara para o Four Seasons, ele alugara a suíte presidencial. O espaço
enorme tinha sala de estar com direito à lareira, cozinha, sala de jantar e uma
suíte enorme com banheira de hidromassagem. Dava para se perder ali dentro,
claro que o lugar somente atiçava a imaginação dela, porém antes tinha que
contar a novidade para Castle.
- Então, o que
achou?
- Maravilhosa!
Já estou tendo todo o tipo de ideias para aproveitar esse lugar... – Kate olhava
para o espaço sorrindo. Castle se aproximou enlaçando-a pela cintura. Os lábios
foram direto para o pescoço dela, beijando,sugando, mordendo a garganta quando
Kate jogava a cabeça para trás dando-lhe o acesso desejado. Ela começava a
amolescer ao sentir os dedos de Castle desabotoando-lhe a camisa, desviando-lhe
a atenção ao sorver a boca pecaminosa que sempre fazia maravilhas em seu corpo.
Podia sentir o calor subindo, a umidade em seu centro.
- Não vejo
problemas ... – ele mordiscou o lóbulo da orelha dela – em pularmos o... jantar
– Castle disse enquanto se deliciava provando a pele macia do colo. Se não
brecasse agora, eles iam se perder um no outro entre toques, carícias e
loucuras. Ela precisava falar com ele. Tentou empurra-lo.
- Cas,
espera... – ele não ligou para a chamada de Kate abocanhando seu seio fazendo-a
gemer com o gesto. Recuperando o controle, ela voltou a insistir – babe, por
favor... um minuto. Preciso contar... – ela gemeu ao sentir o mamilo sendo
puxado entre os dedos – tenho...novidades...- finalmente conseguiu escapar dos
braços dele. A camisa que vestia estava aberta, o colo vermelho e uma alça do
soutian solta. Ela sentou-se no sofá, sorrindo Castle ficou de frente para Kate
sentado na mesinha de centro.
- Ok, o que é
tão importante para fazer você parar um amasso? – viu que os cabelos estavam
emaranhados, a camisa amarrotada e as pupilas já cobriam parte dos olhos azuis.
- Gates me
chamou em sua sala hoje.
- Você definitivamente
vai acabar com o clima falando da Capitã.
- Espera,
Castle. É algo muito bom. A Capitã Gates está envolvida em um projeto com o
Comandante sobre a nova cara da polícia. Por causa disso, está sendo exigida
constantemente na Central, então ela será transferida para a 1PP. O que
significa que...
- Sumirá das
nossas vidas e vou ter acesso livre no 12th? – a cara de felicidade de Castle
ao dizer isso, a fez sorrir.
- É quase
isso. Ela me indicou e apoiou o meu nome para chefiar o distrito. O Comandante
acatou sem questionar. Você está falando com a mais nova Capitã do 12th
Distrito.
- Wow! Você
conseguiu, Kate! Será dona do seu próprio distrito. Isso é excelente! – ele se
inclinou e beijou-a – parabéns, amor. Terei passe livre, não?
- Pensa que é
assim? Só porque é casado com a Capitã pode abusar de poder? É claro que sim,
babe – sorriu acariciando o rosto dele – temos muito o que comemorar...
- Isso merece
champagne! – disse Castle levantando-se rapidamente na direção da cozinha que
tinha um frigobar bem abastecido com bebidas e petiscos da melhor qualidade.
Voltou entregando uma taça com o liquido e triscou a sua para simbolizar um
brinde – a melhor Capitã da NYPD! Minha musa e meu amor.
- Obrigada –
ela virou a taça quase de uma vez colocando-a sobre a mesa de centro – o que a
sua capit quer é um beijo de tirar o fôlego e sentir todo esse seu corpo
pegando fogo junto do meu... vem cá, Castle.
Ela o puxou
por um dos lados da camisa trazendo-o para perto de si. Castle tomou-lhe os
lábios aproveitando para tirar a camisa dela de vez. Levou o soutian junto.
Empurrando-a no sofá, ele a devorou. As mãos exploravam a pele chegando ao
botão da calça. Kate arqueou o corpo para que ele puxasse a peça. Quebrando o
beijo, ele desceu os lábios pelo colo vagarosamente usando os dentes para
marca-la. Apoiando-se no sofá, ele sentou-se e puxou-a para cima. Ela se
desvencilhou das mãos dele ficando de frente para arrancar-lhe as calças e a
camisa. O membro já mostrava-se ereto esperando por uma oportunidade. Kate
sentou-se sobre ele, mordiscou o lábio dele puxando sua cabeça para trás
aprofundando o contato das línguas.
Castle a
segurou pela cintura e investiu o máximo que podia dentro dela, movimentando-se,
usando as mãos para provoca-la. Acariciava os seios inclinando-se para usar a
língua neles. O desejo que a inundava era tão louco que em poucos minutos a fez
gozar. Queria mais, sempre mais. Não precisou pedir. Castle carregou-a em seus
braços levando-a para o quarto. Jogou-a no colchão em meio a muitos
travesseiros e não deu tempo para que respirasse. Tratou de abrir as pernas
dela, beijando-lhe as coxas e provando seu gosto, chupando seu clitóris
arrancando gritos de prazer enquanto Kate arranca os lençóis inconscientemente.
Grita por ele. Clama por mais. Castle atende. Então, a explosão aconteceu.
Sentindo-a
tremendo diante de si, Castle tombou o corpo totalmente sobre o dela, afastou
os cabelos do rosto beijando-lhe os lábios sensualmente. Foi surpreendido com o
rápido movimento que Kate fez trocando de posição. Ficando sentada sobre as
coxas, pegou o membro nas mãos. Brincava com ele até deixa-lo ereto novamente.
Usando a boca, passeou pelo peito dele, mordiscando, lambendo, chupando a pele.
Castle foi surpreendido ao sentir uma mordida em seu bíceps. E mais outra.
Finalmente sentiu-se pronta para embarcar na viagem em busca de prazer por mais
uma vez.
Posicionou-se
sobre o membro de Castle deslizou para tê-lo completamente dentro de si. Castle
ajudou-a acomodando-se procurando a posição ideal de conforto. Então, ele
ergueu as costas do colchão agarrando-se a ela, pele contra pele. Kate manteve
as pernas longas semiesticadas. Apoiando-a com as mãos em suas costas, ele a
inclinou criando espaço para beijar e provar seus seios. Começou a mover-se
vagarosamente dentro dela, deitando-a um pouco mais a cada instante. Os dedos
deslizaram ao longo da silhueta esbelta, retornando-a a posição original, tudo
isso sem parar de se mexer.
Kate não
percebeu quando ele ficou de joelhos na cama, apenas sentiu suas pernas sendo
colocadas sobre os ombros de Castle que erguera seu corpo e bombeava sem parar
dentro dela. Os corpos de ambos estavam em chamas, ele sentiu quando Kate
começara a tremer cada vez que repetia o movimento de maneira mais rápida, não
aguentaria esperar tanto mais, queria que gozasse para que ele pudesse
render-se por fim. Ele a levantou aproximando seus rostos, ela mordiscou seu
queixo e cravou as unhas em suas costas ao receber o último estímulo que a fez
sentir as ondas do orgasmo. Castle a acompanhou aumentando o ritmo dos
movimentos contra o interior dela.
Desabaram na
cama. Mesmo assim, Kate buscou os lábios dele sorvendo-o em um beijo
apaixonado. Quando se deixou esparramar-se sobre o corpo de Castle, ela
relaxou. Os dedos dele acariciavam seus cabelos, mantinha os olhos fechados.
- Isso foi
incrível....
- Um ótima
comemoração, gorgeous. Está com fome?
- Um pouco,
mas adoraria uma taça daquele champagne – ele a virou com cuidado para o lado,
beijou-lhe o queixo – vou buscar. Ele se levantou da cama proporcionando uma
vista maravilhosa a Kate daquele bumbum delicioso. Era a parte preferida do
corpo dele depois dos olhos. Retornou com a garrafa e as taças. Terminado o
primeiro gole, ela pediu – babe, pode deitar de bruços um pouquinho? Preciso
ver uma coisa...
- O que você
vai aprontar, Kate? – ele ria fazendo o que ela queria. Imaginava que o vício
da bela esposa falara mais alto. Não deu outra. Ela derramou um pouco da
champagne no bumbum. Começou com beijinhos, mas sua vontade era mesmo morder.
Encheu-o de marquinhas de dentes como se aquilo fosse um exímio prato da
cozinha francesa, pra lá de apetitoso – amor... por que faz isso?
- Estou apenas
exercendo meu direito de esposa – deitou-se sobre o corpo dele ainda de bruços
e perdeu vários minutos beijando e mordiscando o pescoço e os bíceps dele até
que Castle desse um basta na brincadeira segurando seus pulsos e tirando-a a
força de cima dele dando uma nova função aqueles lábios, beijando-os.
- Fique aqui,
tenho uma surpresa para você – ele voltou com uma caixa grande com um laço
vermelho – ia entregar para você apenas na semana que vem, como deveria ser,
não resisti. Sou bobo mesmo. Veja se gosta – Kate desfez o laço e abriu a
tampa. O sorriso foi genuíno.
- Castle, é
lindo! – ela pegou o casaco nas mãos admirando.
- Sei o quanto
você gosta daquele casaco de couro marrom, percebi que o seu anda meio batido.
Decidi lhe presentear com um novo modelo, ficará lindo na minha nova Capitã.
Feliz Dia dos Namorados, amor!
- Mas, a data
é apenas na semana que vem...
- Eu sei, só
não aguentei esperar – ela ficou de joelho no colchão e vestiu o casaco.
- Que tal?
- Perfeita! –
ela se aproximou dele, beijou-o em agradecimento.
- Não me
importaria de comer alguns aperitivos acompanhado de um belo conhaque em frente
aquela lareira...
- Aceita uns
mashmallows, Kate?
XXXXXXXX
Kate Beckett
assumiu a direção do 12th distrito em março conforme Gates previra. A nova
Capitã não mudou muitas regras na gestão que vinha sendo exercida pela sua
antecessora, com exceção da passagem livre concedida ao marido. Porém, o clima
do distrito ficou mais leve. Apesar de bem exigente, o respeito e a simpatia
conquistada por Beckett durante seus anos naquele local proporcionaram
resultados não apenas iguais aos que tinham antes, eles melhoraram
significativamente.
O 12th
distrito tornou-se a delegacia de melhor desempenho da NYPD em apenas três
meses sob a gestão de Beckett. Além disso, Gates continuava mantendo a parceria
com a sua pupila. Quis fazer dela a face da campanha. Usando a influência e a
repercussão do rosto de Beckett na mídia após o caso Bracken, Gates sugeriu que
a Capitã chamasse Nadine Furst para uma entrevista além de divulgar em canal
aberto as atividades da NYPD. Beckett que nunca foi muito de gostar de grandes
aparições na mídia, se viu em meio a um conflito diante da proposta feita por
Gates e o Comandante. Não poderia dizer não, assim viu-se na obrigação de ligar
para a jornalista que certamente adoraria a oportunidade de explorar mais uma
reportagem exclusiva. Beckett pediu para a amiga encontra-la no 12th pela manhã
já trazendo seu cinegrafista de confiança. Nada de revelar do que se tratava, o
que faria a repórter estar pontualmente em seu gabinete. Era a primeira
reportagem que seria filmada após assumir o comando do distrito.
NadineFurst entrousalão chamando a atenção dos detetives e policiais por onde passava.
Com uma batidinha leve na porta, Castle a recepcionou com um sorriso.
- Olá, Nadine!
Quanto tempo não nos vemos. Anda tão famosa que esqueceu os amigos?
- Olha quem
fala! Você continua me devendo uma entrevista do novo livro de Nikki Heat, ou
será que desistiu de escrever sobre a detetive já que sua esposa virou Capitã?
- Não
desistimos, na verdade, o livro foi concluído. Para sua informação, já está em
gráfica sendo impresso.
- Aleluia! E
você, Kate? Que bons ventos a inspiraram a me trazer de volta a esse distrito?
Tem um furo para mim? Algum crime hediondo? Um serial killer?
- Nada disso,
Nadine. Nem somente de desgraça vive o ser humano. Chamei você aqui para que
nos ajude a divulgar uma campanha da NYPD. Darei os detalhes assim que Gates
chegar. Por enquanto, como vão as coisas? Ainda está namorando o Jeff ou a
televisão assumiu o papel de seu único amante?
- Você não
soube? Anda mesmo ocupada dirigindo esse lugar. Jeff está em Quantico. McQuinn
mexeu os pauzinnhos, fez propaganda e conseguiu um convite para que ele fizesse
a academia. Segundo o nosso amigo, depois do caso Bracken, ele recebeu uma nova
posição no bureau e precisava de alguém para chefiar o departamento de apoio de
informática. Na opinião dele, não havia ninguém melhor que Jeff.
- Nossa! Meus
parabéns para ele. A quanto tempo está por lá? – perguntou Kate.
- Seis meses.
Estamos nos virando nos fins de semana e feriados. Não quero deixar New York,
então pretendo me manter entre as duas emissoras para não perder o que temos no
lado pessoal, preciso brincar na corda bamba com a vida profissional.
- Parece
familiar para você, Kate? – ela riu diante da colocação de Castle.
- Então, você
perdeu a sua galinha dos ovos de ouro, sua melhor fonte?
- Au
contraire, ma cherrie. Quer melhor fonte de informação que um homem no FBI e
uma capitã da NYPD?
- Você não
toma jeito mesmo, Nadine – disse Kate rindo do jeito prático e descolado da jornalista.
Nesse instante, Gates entra na sala – bom dia, Capitã. Estávamos a sua espera
para começar. Aceita um café?
- Bom dia,
Capitã Beckett. Nadine é um prazer revê-la. Mr. Castle, eu adoraria um café.
Sinto falta dessa máquina de expresso – Beckett olhou para Castle que se fazia
de desentendido ao comentário de Gates. Ela apenas ergueu a sobrancelha
deixando implícito o que ele precisava fazer. Ao vê-lo sair pela porta, Gates
sorriu.
- Ela sempre
consegue mante-lo sob rédea curta – disse a Nadine – não sei como consegue.
- Tenho meus
meios – respondeu erguendo a mão esquerda rodando a aliança – e um bambolê para
garantir. Podemos começar? – Gates concordou não sem rir da resposta de
Beckett.
Nadine fez um
trabalho impecável na divulgação da campanha. Havia telões da ABC reprisando a
reportagem e mostrando fotos de Beckett em pleno painel da Times Square. Tudo
isso era extremamente novo para a capitã que se via sendo parada nas ruas para
dar autógrafos não somente por causa de Nikki Heat e sim pelo seu trabalho na
NYPD.
A festa de
lançamento do novo livro da série Heat aconteceu na mesma Barnes & Noble
onde Kate ainda grávida de Alex, fez um dos discursos mais bonitos que os
verdadeiros fãs de Castle puderam apreciar. De volta aquele lugar, ela estava
sob outra atmosfera. Ao lado do marido, co-autor de “Heat Wins”, Kate segurava
Alex em seu colo ansiosa por saber a reação dos fãs após lerem a conclusão da
aventura anterior que fora baseada no caso Bracken. Após a entrevista exclusiva
prometida a Nadine, eles subiram juntos ao púlpito para discussar sobre a obra
e ler um trecho da aventura assinada por marido e mulher.
A plateia se
divertia com eles. O tom emocional pesado do último lançamento fora substituído
por uma atmosfera descontraída, alegre, completamente cheia de risos e piadas
provocativas entre o casal e seus leitores. Ficaram por duas horas autografando
os livros, enquanto Gina coletava, feliz, as informações de vendas daquele que
seria, sem qualquer dúvida, o mais novo Best-seller do New York Times.
O livro
chegando às livrarias no começo do verão americano apenas intensificou o
assédio à Capitã. A campanha ainda persistiria até o fim do verão e Beckett já
começara a aprender a tramitar entre a burocracia e o jogo político que
passaram a fazer parte do seu cotidiano. Também concluira a primeira parte do
seu curso de Direito Criminal devendo iniciar a segunda fase ao final de
outubro quando retornasse de suas merecidas férias.
O destino
escolhido consensualmente entre os dois fora Paris. Fazia muitos anos que Kate
não retornava aquela cidade mágica onde passara meses incríveis durante seu
intercâmbio. E que maneira melhor de voltar à cidade do amor do que bem
acompanhada com seu marido e amor de sua vida? Deixaria o comando do distrito
nas mãos de Esposito, por ser o detetive mais experiente e antigo no seu
quadro, contudo estava apreensiva. Esperava poder desligar assim que entrasse
no avião.
Castle também
estava ansioso por pisar em terras parisienses. Seria a primeira viagem deles
sozinhos depois que toda aquela mudança aconteceu. Seu coma, a gravidez, o caso
e a promoção de Beckett. Era um momento de descanso e descontração para ambos.
O que esperava dessa viagem? Romance, muito romance. As malas já estavam
arrumadas. O voo saia às duas da tarde do JFK, ele estava aguardando a chegada
dela que havia ido ao distrito para uma última reunião de recomendações à
equipe.
Sua ansiedade
passou no minuto em que Kate entrou pela porta do loft e beijou-o. Trocando de
roupa, despediram-se de Martha, Alexis e do filhote rumando para o aeroporto. O
voo foi bem agradável, porém a diversão na cidade-luz deveria começar pela
manhã devido ao fuso-horario.
Como afirmou
Hemingway em seu livro: Paris era realmente uma festa!
Castle e
Beckett resolveram pagar de turistas bobos pelas ruas de Paris. Visitaram o
Louvre, a torre Eiffel, o Palácio de Versailles, percorreram a cidade a pé com
direito a cruzeiro no Senna. Agiam como um casal de apaixonados. À noite, a
diversão continuava. De belos e famosos restaurantes da cozinha francesa, a
espetáculos de cabaré, as madrugadas criavam vida própria sempre terminando em
uma boa noite de amor regada à legítima champagne francesa.
A ida ao
Moulin Rouge foi um capítulo à parte. Kate se divertia com a briga interna de Castle
em fingir não estar hipnotizado pelas dançarinas. Ela resolveu não esquentar
com o fato, pois com a empolgação criada pelo show pode aproveitar-se da
excitação e viver uma tórrida noite de amor em Paris.
De carro, eles
percorreram as estradas até Nice visitando vinícolas fantásticas, paisagens de
tirar o fôlego e com direito a ultrapassarem a linha do bom comportamento ao
rolarem por um campo de flores convidativo em plena beira de estrada.
Felizmente, não apareceu qualquer autoridade ou policial para prendê-los.
Em sua última
noite em Paris, Castle reservou um dos restaurantes mais interessantes da
cidade, L’Ambroisie. Kate vestia um lindo vestido longo vermelho com um salto
agulha que a destacava em meio às outras mulheres do salão. Castle colocara a
camisa vermelha por baixo do terno para combinar com a sua dama. Sentaram-se e
desfrutaram de uma noite que ela descreveu como “dos Deuses”. Serviço
impecável, comida genuinamente francesa e sobremesas de comer rezando. Tudo
regado a mais deliciosa champagne. Para encerrar um carrinho de queijos para
destacar e deleitar o paladar de qualquer bom gourmet. Deixaram o restaurante
por volta da uma da madrugada. Fizeram uma bela caminhada à luz da lua de volta
ao hotel. Às margens do rio Senna, eles namoravam. Kate o beija apaixonadamente
mantendo seus braços ao redor do pescoço dele.
- Foi a melhor
viagem que já fiz na vida, Cas. Reviver a beleza de Paris ao seu lado é um
sonho. Você tem ideia do quanto me faz feliz? Sou capaz de explodir de tanta
felicidade! Deus! Como eu te amo.
- Je t’aime,
mon amour. No melhor clima parisiense. Voltar a Manhattan vai ser bem difícil
após essas duas semanas aqui.
- Confesso que
sentirei falta desse clima de romance, da elegância francesa e do cheiro de
croissants no ar. Porém, nosso lugar é na boa e velha New York. Foi lá que nos
conhecemos, nos apaixonamos e reconstruímos nossas vidas. Em Manhattan, criamos
laços, ganhamos dinheiro e fama, onde construímos nossa família, nosso lar,
nossa Manhattan. Anime-se, Castle. Teremos muitos assassinatos a investigar na
Big Apple – tornou a beija-lo.
Eram duas da
manhã quando chegaram ao hotel. O saguão estava vazio exceto por alguns
funcionários do hotel, o concierge e uns executivos que pareciam estar afogando
as mágoas de negócios ruins em doses de whisky. Kate já havia notado um lindo
piano de calda no mezanino que sempre era tocado por algum artista local. Pelo
horário, a sessão musical para hóspedes estava encerrada. De mãos dadas com
Castle, ela subiu as escadas ficando de frente para o lindo instrumento.
Com graça,
arrumou o vestido e sentou-se no banco. Abriu a tampa cuidadosamente retirando
o pano de proteção das teclas. Castle observava os movimentos da esposa quase
que hipnotizado. Com o dedo indicador, ela testou algumas teclas – dó re mi fá
– sorrindo, ela olhou para aqueles olhos azuis intensos, da cor do mar.
Respirando fundo, ela se deixou levar pela magia das teclas possibilitando que
a melodia de uma canção especial fluísse pelo ar através da leveza de seus
dedos.
Os belos
acordes de “La Mer” encheram o saguão do hotel prendendo a atenção das poucas
pessoas presentes ali na madrugada. Castle admirava extasiado a delicadeza e o
conhecimento musical de sua amada diante daquele piano. Entendia o quão
especial era aquele momento para Kate. Estava reavivando uma doce lembrança com
mais de dezesseis anos de vida. Fora impossível não verter lágrimas diante da
cena. Ele estava tão emocionado como ela, voltar a tocar aquela canção
significava abrir seu coração para ele, uma espécie de declaração de amor. Nos
últimos versos tocados ela cantarolou em Francês.
“La mer les a
berces
Le long des golfes clairs
Et d'une chanson d'amour
La mer
A berce mon coeur pour la vie”
Os dedos
escorregaram do teclado para seu colo. Kate soltou um suspiro ao terminar a
canção. Erguendo o rosto, ela buscou o olhar de Castle. Viu as lágrimas
enevoando os belos olhos azuis. Ele estendeu a mão oferecendo-a para guia-la de
volta ao quarto. Aceitando, pos-se de pé ficando com o rosto praticamente
colado ao de Castle. A verdade e o amor que vira naqueles olhos encheu seu
coração de um sentimento igual. Havia apenas uma frase a ser dita.
- Faça amor
comigo, Castle...
E sob a
madrugada de lua cheia em Paris, eles se amaram como se fosse a primeira vez.
XXXXXX
New York, a
cidade que nunca dorme se enfeitava para o natal. O vermelho e o verde tomavam
as ruas frias de dezembro trazendo o espírito de alegria de uma das épocas mais
belas do ano. Sim, assassinatos continuavam a serem cometidos em Manhattan
independente da estação. Naquela noite em meados de dezembro, porém, não era um
novo crime que povoava a mente da sagaz Capitã Beckett, nem mesmo as compras de
fim de ano ou a decoração exagerada de natal que Castle insistia em distribuir
em cada centímetro do loft. Não, havia algo bem mais especial para aquele
momento.
Ao chegar em
casa, encontrou-o sentado ao chão da sala desenhando na companhia de Alex,
faziam uma espécie de calendário para contagem regressiva do natal.
Aproximou-se deles beijando cada um individualmente.
- O que há
para jantar?
- Estava
esperando você chegar. Quer pedir comida? Thai?
- Hum... estou
com vontade de comer porco e cheesecake.
- Posso pedir
as costeletas ao molho agridoce, quanto ao cheesecake não conheço uma doceria
que entregue a essa hora.
- Eu comprei
no caminho, babe. Alex já comeu?
- Sim, eu
mesmo o coloquei para comer, mas deixei o leite da noite para você. Que tal
leva-lo para cama enquanto faço o pedido? – ele se ergueu do chão, beijou-lhe
os lábios e seguiu para a cozinha. Kate pegou o filho nos braços, a mamadeira e
rumou para o quarto onde o alimentou, cantou as mesmas canções de ninar e o fez
dormir colocando-o no berço que já se transformara em uma caminha. Com dois
anos e meio, Alex era um menino independente e genioso, tinha a quem puxar com
a dupla de teimosos como pais.
Encontrou
Castle na sala com duas taças de vinho. Antes de brindar com ele, Kate tornou a
beijar-lhes os lábios aconchegando-se em seu abraço. Depois de vários carinhos
trocados, ela decidira ser o momento ideal para contar o que estava em sua
mente desde a hora que saira do loft aquela manhã para trabalhar no distrito.
- Castle, eu
tenho algo importante para contar. Fiquei feliz quando decidiu ficar em casa
hoje para escrever. Isso me deu a chance de constatar uma desconfiança que me
incomodava desde a semana passada.
- Você não vai
me proibir de investigar ao seu lado por causa daquele pequeno incidente com
Perlmutter, vai? Por favor, Kate, não faça isso, por favor... – ele já estava
implorando, Kate não pode segurar o riso.
- Não é nada
disso, Castle. Tem a ver com aquelas semanas maravilhosas de outubro que
passamos em Paris – ela pegou a mão dele colocando sobre seu ventre – eu estou
grávida, babe. Vamos ter outro bebê.
- Você tem
certeza? Não é alarme falso? – ele ficou um pouco atuardido – quer dizer, pode
ter se enganado, o stress do seu último caso pode ter atrasado seu período,
não?
- Eu fiz o
teste, Castle, o de farmácia e o beta-hcg. Eu realmente estou esperando um bebê
seu – Castle não podia conter a emoção, apesar de ser pai pela terceira vez,
aquele momento era especial. Quando Kate recebera a notícia da gravidez de
Alex, ele não estivera por perto para dividir e curtir o momento a seu lado.
- Isso é...
isso – mas não conseguiu completar a frase, a alegria que sentira permitia a
ele somente abraça-la e beija-la com todo amor do mundo – um novo membro da
família Castle. Eu te amo tanto, Kate. Está acontecendo de novo, dessa vez
estaremos juntos amor, pelos nove meses.
- Sim,
estaremos sim. Cas, eu sei que é muito cedo, mas a ciência nos deixa saber o
sexo do bebê antes do quinto mês. Eu estou muito curiosa, o que você acha de
fazermos esse exame?
- Ora quem
diria, a Kate Beckett que eu conheci sequer pensava em ter filhos, agora não
aguenta de ansiedade para saber o sexo do bebê? Como esse mundo dá voltas, não?
- Hoje sou
Kate Castle e realmente não pensava em filhos até me apaixonar por você...
podemos fazer o teste, babe?
- É claro que
sim, será a primeira coisa que faremos pela manhã.
Castle cumpriu
com sua palavra e cedo estavam no laboratório para realizar a sexagem fetal. O
resultado saia em 24 horas. Valera a pena antecipar a novidade, Kate não cabia
em si ao descobrir que carregava em seu ventre uma menininha.
Sete anos
depois...
Kate chegara
ao loft carregando várias pastas com processos. Torceu o nariz ao se deparar
com o estado da sala. Havia bonecas no sofá, “action figures” pelo chão, os
controles do videogame jogados na mesinha de centro em meio a um emaranhado de
fios e o que era pior, um silêncio pairava no ar. Isso não podia significar boa
coisa. Não era fácil lidar com o trabalho pesado e chegar em casa para
enfrentar três crianças. Mesmo a frente de uma coluna fixa de jornalismo
investigativo no New York Ledger, Castle trabalhava em reportagens por conta própria
em busca da melhor matéria para o seu segundo Pulitzer. Isso lhe dava a chance
para cuidar das crianças parte do tempo em que eles não estavam na escola.
Cuidar era, na verdade, uma palavra capciosa. Eles somente aprontavam na
ausência dela.
- Castle?
Alex? Estão em casa? Cadê vocês? – ela caminhou até o escritório do marido –
Nadine? Mamãe está em casa. Nad? – ela enxergou a menina encolhida no canto da
mesa de trabalho do pai. Ao ver que a mãe podia denunciar sua presença, a
pequena, agora com seis anos, era a cópia da mãe. Desde o sorriso até a cor dos olhos amendoados e claro, tinha a mesma personalidade. Nadine levou o indicador aos lábios pedindo silêncio. Só
faltava essa! Castle resolvera brincar de pique esconde no apartamento. Kate ia
descobrir que a brincadeira ia além disso.
Ao deixar o
escritório, deparou-se com Alex pulando sobre o sofá para disparar a arma de
lasertag contra o colete do pai que tentava se esconder por trás do balcão da
cozinha, mas era tarde demais e os gritos de felicidade do menino encheram os
ouvidos da mãe.
- HáHá! Eu
ganhei! Eu ganhei!
- Como assim?
E sua irmã? Pegou-a também? – ela podia ver o rosto contrariado de Castle por
ter perdido para o filho de apenas nove anos. Nadine saiu correndo do
escritório apontando a pistola para o irmão desativando seu colete.
- Eu ganhei!
Fim de jogo! – a menina ria das caras emburradas dos dois adversários. Correu
na direção da mãe para dar-lhe um beijo – olá, mamãe! Senti saudades. Papai
disse que vamos jantar no Le Cirque hoje, é verdade? – Kate sorriu por perceber
que a filha sempre tomava como a última palavra a da mãe – quero muito comer
aquele mousse de chocolate que tem lá. Comi todo o meu brócolis e as couves no
almoço pode perguntar para a vovó.
- Castle,
lasertag?
- Estava
entediado, sem inspiração para escrever, amor. Não se preocupe, todos fizeram o
dever de casa e Alex já estudou para o ditado surpresa de amanhã, eu mesmo
supervisionei e testei. Está afiado – ele se aproximou dela beijando-lhe os
lábios – já vi que trouxe trabalho para casa – ele contemplou as pastas que ela
deixara sobre o balcão da cozinha.
- Estamos
fechando o orçamento anual, preciso ter certeza de que está tudo em ordem. Meu
prazo termina na sexta.
- Levando em
consideração que hoje é terça acredito que cumprirá seu prazo. Como tenho
orgulho dessa minha esposa. Não é todo homem que pode dizer ser casado com a
Procuradora geral do Estado de New York.
- Bobo! O
famoso dessa relação sempre foi você, meu escritor e Sr. Pulitzer... – ela
beliscou o bumbum dele, mordiscando o lábio e piscando – crianças, vão se
arrumar, seu pai estava certo. Jantaremos no Le Cirque. Tem meia hora para
estarem prontos aqui na sala – viu os dois saírem em disparada para seus
quartos. Vendo-se sozinha com Castle, ela livrou-se do colete de lasertag e
puxou-o para o quarto. Trancando a porta, ela tirou o casaco de couro e a
camiseta que usava, claramente indicando que estava a fim de uma rapidinha –
então, Castle, um desafio de vinte minutos é suficiente para você?
- Ah, Kate,
você não tem ideia de quanto... – e a jogou na cama arrancando gargalhadas da
sua bela e eterna musa.
THE END
2 comentários:
The End!
Adiei para ler, ñ queria o fim como vou ficar sem o Alex???? Como???
Ela primeiro como capitã sonho realizado,tomou conta de sua segunda "casa" super merecido,orgulho define no momento.
A viagem a Paris rendeu mordidinhas no bundão adoooooooooroamo♡♡♡♡
Ainda por cima tbm a little BECKETT CASTLE,meu corassaum ñ aguenta assim tanta emoção e ainda Procuradora Geral e no fim Caskett sendo Caskett. APPLAUSE AMIGA👏👏👏👏
Vou realmente sentir falta desse povo... Vamos para mais uma nova jornada 😘😘😘
Sei que dei uma abandonada hihi mais voltei kkk e AMEI AMEI AMEI esse ultimo cap. 1 Paris hahahaah suuuper amei!! 2 Beckett capitã e depois procuradora geral Oo FODAA 3 mais um baby caskett SUBI PELAS PAREDES!!! olha foi tudo perrr,o final do caso do senador arrasou e a escrita tmb sempre detalhada, mt bom! PARABÉNS pela fic e que venham mais fics caskett haahahah vou sentir falta dessa… :(
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