Nota da Autora: Distância, raiva e desejo... sentimentos separados por um linha muito fina. Até que ponto superáveis para continuar a boa convivência? Boa leitura! Espero que gostem!
Cap.4
Em seu
apartamento, Kate estava sentada ao sofá com um copo de vinho na mão. Não
conseguia mais chorar. As lágrimas secaram. Apenas o rosto continuava vermelho,
marcado pelo liquido seco que escorrera ali. Sobre a mesa havia a garrafa de
vinho, uma caixa cheia de memórias da mãe e alguns papéis espalhados referentes
ao caso. Devido ao que acontecera, Kate acabou fazendo uma volta ao passado. Não
que os detalhes do caso tivessem sido esquecidos pelo tempo. Ela precisava ver
as fotos novamente. O ponto levantado por Castle estava martelando em sua
cabeça. A facada acima do rim. Morte instantânea executada por alguém que sabia
o que estava fazendo. Se isso não era um caso isolado, então toda a
investigação feita por ela até agora não focara no ponto principal. Assassinato
encomendado e com motivo. Será que Castle tinha razão? Deveria pensar em
reabrir o caso da sua mãe? Sob que alegação?
Levantou-se.
Tornou a colocar mais vinho em seu copo. A garrafa secara. Os olhos perdiam-se
no vidro da janela, observando as luzes e os movimentos da cidade que nunca
dorme. Não. Era exatamente isso que pretendia evitar. Remoer questões e enveredar-se
pela toca do coelho rumo a uma nova dose de ilusão e loucura. A bebida começava
a fazer efeito. Castle. Ele queria ajuda-la, porém ele não entendia. Após todos
esses anos, ela não poderia sucumbir. Conhecia a si mesmo suficientemente bem
para saber que iria estragar tudo.
Ele fora duro
com ela. Pode culpa-lo, Kate? Recriminava a si mesmo. A raiva nos faz dizer
coisas ruins, machucar aqueles que apenas querem nos ajudar. Magoara Castle.
Agora sentia-se mal pelo que fizera. Droga! Por que ele fora remexer em tudo
isso? Eles estavam bem, trabalhando. Começava a acostumar-se realmente com a
presença do escritor ao seu lado. Não! Ele também não era inocente nessa
história. Provocou. Fez tudo contra sua vontade. Também o que ela poderia
esperar de alguém intrometido como Castle? Só que pela discussão, sabia que não
fizera por mal.
Era realmente
o fim da parceria? Ouvira-o falar para Will que estava no último capítulo de
seu livro. Lembrar-se desse detalhe a deixava triste. Estava pronta para tal?
Alguns meses depois de tê-lo a seu lado, pode experimentar a transição. Ele era
metido e arrogante, fora a sua primeira impressão, tornara-se engraçado e
interessante. Não revelara suas opiniões a ninguém, muito menos ao alvo em
questão. A verdade era que a briga e a possibilidade de Castle desaparecer de
sua vida transformara-se em um sentimento contraditório.
Já fazia um
tempo que não pensava nele como um homem, um parceiro casual. De repente, todas
essas ideias rodeando sua mente, despertaram o que guardara em seu
subconsciente. Ou seria a bebida falando mais alto? O celular encontrava-se
sobre a mesa da sala. Devia ligar para ele. Não, essa era uma péssima ideia.
Virou o último gole de vinho na boca. Tinha o telefone na mão. Seu plano era
simples e bem idiota. Se ele atendesse, desligava. Se caísse na caixa postal,
ela deixaria um recado desaforado. Teclou o botão verde. No primeiro toque,
abortou o plano.
- O que você
pensa que está fazendo? Expulsou Castle da sua vida. Lide com isso – dizia sozinha.
Dois minutos
depois, o celular começou a tocar. Era ele. Relutante, ela atendeu.
- Alo?
- Kate, está
tudo bem? São duas da manhã.
- Por que não
estaria? Ah, claro. Você remexeu no caso da minha mãe o que não é problema
algum.
- Hey, você me
ligou. Como não quer que trabalhemos juntos, achei que algo havia acontecido.
- Nada
aconteceu, Castle. Acidentalmente apertei o botão no celular. Não fique se
achando com seus olhos azuis e seu...seu...
- Kate, você
bebeu?
- E daí se eu
bebi? Não é dá sua conta.
- Eu já disse
que sinto muito. Não gosto de vê-la assim. Você está precisando conversar.
- Eu não
preciso conversar, muito menos com você, Castle. Esqueceu que é por sua causa
que... que... – ela queria falar da mãe, queria se abrir com ele, mas a raiva
ainda estava dominando-a. Era tudo muito recente - Droga! Eu vou dormir.
- Tem certeza
que está bem? Posso ir encontra-la, para conversarmos...
- Não, boa
noite Castle – desligou o telefone na cara dele rumando irritada para seu
quarto. Castle suspirou.
- Boa noite,
Kate - O que fizera? Foi o último pensamento de Castle. Beckett também tivera
um último pensamento antes de adormecer. Contrariando todos os acontecimentos,
ela desejou ter os braços dele envolvendo-a.
No dia
seguinte ao chegar ao distrito, foi direto para a minicopa. Ela já tinha tomado
um copo grande de café a caminho do trabalho, precisava de mais. A ressaca
causada pela bebida além de todo o stress por recordar-se da mãe, da briga com
Castle e do choro. Fora uma péssima noite. Cochilara por três horas de maneira
agitada. Providenciou um expresso bem forte para tentar recobrar suas forças.
Torcia para que um novo caso não aparecesse hoje porque não estava em condições
de procurar explicações sobre a morte de alguém.
Sentou-se em
sua mesa, virou a caneca em um grande gole da bebida forte e quente. Esposito e
Ryan observavam-na de longe. Perceberam as olheiras e a cara fechada.
Resolveram não mexer com a detetive. Beckett concentrou-se em redigir o seu
relatório. Ryan não aguentou. Aproximando-se de sua mesa, perguntou.
- Cadê o
Castle? Já passa das onze, não deveria estar por aqui? – viu o olhar fuzilador
de Beckett em sua direção, péssima decisão, pensou.
- Não sei de
Castle. Não sou obrigada a saber e não me interessa onde esteja. Será que posso
voltar ao meu relatório? – Ryan entendera o recado. Voltou a sua mesa trocando
olhares com seu parceiro.
- Nem se
aproxime, como conselho não pergunte sobre Castle. Problemas no paraíso.
- Que paraíso?
Eles vivem se engalfinhando – retrucou Esposito.
- Cara, você
precisa de uma namorada urgentemente. Não entende nada de relacionamentos mesmo
– Ryan revirou os olhos.
Beckett
levantou-se em busca de mais café. Era quase meio-dia. Sentia-se enjoada, porém
boa parte da ressaca já tinha ido embora, a dor de cabeça diminuíra e
finalmente terminara o relatório do último caso. Quando estava de saída com a
caneca cheia nas mãos, Beckett deparou-se com o seu Capitão. Ele tinha uma
aparência séria, transmitia um semblante de interrogação.
- Detetive,
pode vir a minha sala?
- Claro,
senhor – após entrarem na sala, Montgomery fechou a porta. Primeiramente,
analisou o rosto da sua funcionária. Cansaço e olheiras. Havia algo
acontecendo, tinha quase certeza que estava relacionado ao telefonema que
recebera dez minutos atrás.
- Sente-se,
detetive – ela não argumentou ficando de frente para o capitão – há pouco
recebi um telefonema no mínimo interessante do Comandante. Parece que o
prefeito o comunicou sobre o afastamento de Rick Castle do nosso distrito.
Segundo o nosso superior, Castle ligou para o prefeito agradecendo a
oportunidade de fazer pesquisa junto a NYPD e informando que seu trabalho
terminara. Inclusive brincou com o prefeito sobre spoilers. Disse para esperar
algo com tequila e conferir seu livro nas livrarias – ele fitava Beckett em
busca de reações às palavras por ele proferidas. Montgomery sabia ler sua
detetive muito bem, a conhecia há quase de dez anos. Ela estava desconfortável.
- Até ai,
nenhum problema. Castle terminou sua pesquisa sobre você bem antes do que eu
previra. O que acho bem estranho é receber essa notícia do Comandante em vez de
você, afinal, é minha subordinada e a pessoa mais envolvida com Castle nesse
distrito. Você sabia da intenção de Castle, detetive?
- Não, senhor.
Não tão diretamente.
- Como assim?
- Ele pode ter
mencionado estar chegando ao fim do romance que escrevia. Acho que falou isso
ontem no hospital. É tudo que sei, senhor. Confesso que ... – ela ponderou como
atuar sem transparecer a verdade para seu superior sabendo de suas habilidades
para ler expressões – estou surpresa. Quer dizer, ele sequer se despediu. Não
que eu me importe – acrescentou rapidamente – mas não sabia.
- Beckett, eu
a conheço bastante. Sei o quanto detestou ter Castle no seu pé esses meses.
Porém, você não está sendo totalmente sincera. Você acabou de declarar que não
se importa, o que é mentira. Nos últimos casos, percebi como agia com Castle.
Inclusive elogiou-o ontem mesmo. Ele a faz rir, quer aceite ou não. Tenho
certeza que gostaria de se despedir pessoalmente dele nesse caso. A menos que,
ele já fez isso ao ir procura-la ontem à tarde no hospital. Afinal, fui eu quem
informou onde você estava.
Beckett
engoliu em seco. Seu capitão sabia que ele fora atrás dela, mas saberia o
motivo?
- Não me importo
se Castle já terminou sua pesquisa. Assim como não me importo se você já falara
com ele. Algo me diz que essa saída dele não teve nada a ver com o fim do
livro. O assunto não me diz respeito, é claro, desde que não afete o desempenho
do meu distrito, nem dos meus detetives. É esse o caso, Beckett?
- Não, senhor.
Está tudo bem. Seu distrito e sua reputação estão intactos.
- Ótimo. E
quanto a você, Kate? Tem certeza que está bem com tudo isso?
- Sim, senhor.
- Porque
Beckett, caso você esteja pensando em ter Castle consultando em outros casos ou
mesmo a seguindo, não faria objeção. Ele nos ajudou muito nesses meses.
Confesso que me acostumei em vê-lo rondando o salão. Também estou curioso para
ver como terminou a historia baseada em você.
- Não se preocupe,
Capitão. Posso me virar muito bem sem Castle.
- Ok, sendo
assim, está dispensada.
Beckett deixou
a sala de seu superior sem perceber que prendera a respiração até que estivesse
longe dali. De volta a sua mesa, suspirou ao sentar-se na cadeira. Passou as
mãos em seu rosto. Ele fizera o que prometera. Terminara sua participação na
NYPD. Rápida e indolor, ou assim parecia. Ao fitar a cadeira vazia onde ele
normalmente ficava, Beckett sentiu um aperto no peito, um toque de nostalgia
naquela imagem.
Estava feito,
Kate. Não teria volta. Você pediu, ele atendeu. Rick Castle saíra de vez da sua
vida. Você devia estar feliz, soltando fogos, não? Exceto que não era assim que
Beckett se sentia. Ainda estava magoada, mexida pela discussão de horas atrás.
Não queria pensar sobre isso. Queria tentar esquecer. Para isso, faria o que
sabia de melhor. Meteria a cara no trabalho.
Um mês
depois....
Quando a
detetive Beckett chegara para trabalhar naquela manhã, pensava em começar mais
uma semana tão igual como a anterior. Um corpo, um assassino, uma investigação
e esperançosamente, uma prisão. Nada era diferente disso pelo menos nas últimas
vezes nesse mês. Bem, dessa vez havia outra atmosfera no salão do 12th
distrito.
O encontro com
o escritor que não vira a cerca de um mês pegou-a de surpresa. Ele continuava
lindo, sorridente e exibicionista com duas modelos vestidas de policial a
tiracolo. Aliás, o salão parecia tudo menos uma delegacia de homicídios.
Fotógrafos, luzes, refletores e lentes espalhados aos quatro cantos. Cartazes de
promoção de “Heat Wave”, o título do livro de Castle e uma repórter que babava
no escritor.
O capitão
vendo que ela chegara e não parecia nada satisfeita, tratou de chama-la ao
canto explicando o que acontecera. Uma ordem passada do prefeito para o Comandante.
Publicidade em uma revista de prestigio e de graça, tudo graças a Castle e seu
livro. Como ela servira de inspiração, deveria dar entrevistas à repórter.
Beckett tentou argumentar, porém fora vetada pelo seu superior na mesma hora.
Era uma ordem, lembrou-a.
Sem ter para
onde correr, Beckett serviu-se de uma caneca enorme de café e encaminhou-se
para sua mesa. No meio do caminho, ela deparou-se com Castle. Tinha se
esquecido do quanto ele era charmoso.
- Detetive
Beckett, é bom revê-la. Não se preocupe, não tomarei muito seu tempo.
- Como se eu
me importasse com a sua presença aqui. Isso é um problema do Capitão, não meu –
ríspida, ele notou ao vê-la se distanciar dele em direção a sua mesa. O que
dissera era da boca pra fora.
Beckett havia
se esquecido do impacto que aqueles olhos azuis causavam nela. Aproximadamente
um mês se passara sem tê-lo fungando em seu pescoço, sem ter uma sombra a
seguindo. Isso não significava que Beckett o apagara de sua memória. Não, ela
recordava frases dele, seus olhos azuis, seu cheiro e suas palavras duras em
seu último encontro. Castle não saíra de sua mente. O duro era ter que
aguenta-lo desfilando com beldades bem na sua frente. Pior, elas se esfregavam
nele, tocavam-no e faziam biquinhos, e ele? Estava adorando tudo isso. Agora precisava
responder a pergunta da repórter empolgada e tão superficial como ele,
aparentemente.
- O que é tão
especial no famoso escritor Richard Castle? É rico, bonito e está baseando seu
novo best-seller em você. Diga-me, Detetive Beckett, como é ser a inspiração
para a nova personagem Nikki Heat, do mestre do thriller, Rick Castle.
- Em nome da
NYPD tem sido uma honra oferecer ao Sr. Castle o conhecimento da profissão.
- Vendo os
seus best-sellers é óbvio que Castle tem grande conhecimento da mente criminosa.
Soube que a participação dele foi essencial para resolver seus crimes mais
difíceis.
- Mesmo? Disseram
isso? Quem disse? – Beckett perguntou já imaginando a resposta. Sentiu seu
nível de irritação subir mais uma escala.
- Castle.
- Pode me dar
licença por um momento? – isso era um absurdo! Castle não podia sair por aí
contando do trabalho da NYPD para qualquer um, especialmente para uma repórter,
precisava falar com o seu capitão - Senhor. Posso falar com o senhor em
particular, por favor?
- Beckett, tenho...
- Agora! –
sabia que sua funcionária estava irritada. Melhor esclarecer tudo de uma vez.
Beckett fechou a porta da sala do capitão.
- Tínhamos um
acordo, Beckett.
- Acordo
anulado.
- Qual o
problema?
- Além dele
ter as gêmeas usando ele como poste de stripper, enquanto sou legal com a imprensa,
sabe o que ele disse?
- Não.
- Que é
essencial em nos ajudar a resolver crimes.
- E não tem
sido?
- Essa não é a
questão.
- Sabe como é
difícil pra NYPD conseguir boa publicidade em uma revista que realmente é lida?
Esse artigo é muito importante para o prefeito. Então, nós vamos cooperar. Estou
sendo claro?
- Certo. Tudo
bem – ela teve que engolir a ordem de seu capitão, contrariada, era verdade,
porém não havia muito o que fazer. O jeito era retornar à entrevista. Antes,
precisava de um café para enfrentar a repórter de voz fina e aguda. Os rapazes
estavam se divertindo com toda aquela confusão em plena delegacia, adorando o
desfile de mulheres. Homens! Estava servindo-se de café quando Castle apareceu
na porta da minicopa. Ele procurava uma forma de agrada-la e também
justificar-se. Vendo-o se aproximar, Ryan tirou o parceiro dali a fim de dar um
momento de privacidade aos dois.
- Hey... –
Beckett esperou até que os rapazes a deixassem a sós com Castle para dar
atenção ao que ele teria a dizer - Só quero que saiba que não tive nada a ver
com isso. Foi a revista. O prefeito achou que seria boa publicidade.
- Não precisa
se explicar.
- Mesmo?
- Mesmo. Já disse
– ela deu um longo suspiro - Não me importo. Se me dá licença, preciso voltar
pra entrevista – deixando a minicopa sabendo que ele a seguiria.
- O que fiz de
tão errado?
- O que pedi
pra não fazer – disse sussurrando.
- Pediu pra
não fuçar o assassinato da sua mãe, mas olha o que eu achei!
- Não importa.
Já coloquei isso no meu passado e realmente não quero discutir esse assunto
novamente – ela fitou a repórter -
Podemos voltar pra entrevista agora.
- Tem que
remarcar – disse Esposito - Temos um corpo.
- Desculpe te
deixar na mão, Amy.
- Tá
brincando? É perfeito! – disse a repórter empolgada - A chance de ver Castle em
ação. Nossos leitores vão amar.
- Não queremos
desapontar seus leitores, não é Detetive? – Montgomery comentou antes que
Beckett tivesse a chance de recusar a oferta da jornalista. Ela teria que
engolir a presença de Castle ao seu lado. Na cena do crime, ele voltara a
caminhar ao lado dela. Sabia que precisava acabar com esse clima nada amistoso
entre eles. Especialmente agora que tinha a chance de agrada-la. A verdade é
que desde o último telefonema entre eles, Castle não a tirara da cabeça e
também não terminara seu livro. Estava preso no último capítulo mesmo com toda a
publicidade já acontecendo.
- Podemos
falar sobre isso?
- Não há nada
pra falar.
- Ao menos me
diga o que fazer pra te recompensar.
- Pode me
deixar em paz.
- Tentei e não
deu certo. Posso te comprar um pônei – essa colocação fez Beckett sorrir. Era a
constatação de que faria tudo para agrada-la.
- Concentre,
Castle. Cena de crime, certo?
- Está
chovendo homem – ele exclamou.
- Castle, o
que está fazendo aqui? – perguntou Lanie contrariada, afinal Beckett explicara
para a amiga o porque de Castle não estar seguindo-a ultimamente.
- Não se preocupe.
Ainda estamos com raiva dele.
- Cara na
árvore. Mamãe e papai brigando. Como nos velhos tempos – comentou Ryan.
- Como está
aí? – Beckett perguntou.
- Tenho galhos
cutucando meus peitos e uma luz na minha bunda. Aqui – jogou a identificação
para Esposito - A vítima é um homem branco, no fim dos 30 anos. Pelos galhos
quebrados, deu uma de superman naquele prédio. O nome é John Allen. A
identidade de Upper East Side. O cartão de visita diz ser do ramo de seguros.
- Foi
suicídio? – perguntou a repórter. No mesmo instante, Castle e Beckett
responderam.
- Não foi
suicídio – em sincronia novamente.
- Como sabem?
- O prédio é
baixo. Ele ia querer se matar, não ficar aleijado – Beckett explicou.
- Se quer
morrer mira no concreto, não na árvore – completou Castle.
- Pelo ângulo,
diria que ele foi jogado do prédio.
- Já que não
foi suicídio, como ele morreu? – perguntou Beckett.
- Há sinais de
estrangulamento e a traqueia foi amassada.
- Alguma marca
de ligadura?
- Não.
- São marcas
de amarraduras, tipo cordas ou cintos – Castle explicou - A falta delas indica
que foi estrangulado por mãos.
- Você sabe
das coisas. Por isso te querem por perto – disse a repórter admirada.
- Ele é uma
fonte tão boa que é uma vergonha desperdiçar o talento dele por aqui – hora da
vingança, pensou Beckett. Queria mantê-lo longe dela - Se importa de ir ao
necrotério com a doutora pra ver o que mais descobre sobre a vítima?
- Pensei ser
mais útil na cena do crime – retrucou Castle.
- Não. Vamos
bater em portas e ver o que descobrimos. Sabe, coisa entediante da polícia.
- Certo –
entendera o recado - Mas falava sério sobre o pônei – ele virou-se para a
repórter - Vamos, te mostro o necrotériomóvel.
O inesperado
aconteceu na presença de Castle. O corpo fora roubado diretamente da
ambulância. Castle ficou chocado com o que presenciou, mas bastante animado.
Claro que já elaborava uma serie de teorias interessantes. Beckett não se
sentia tão animada assim exceto pela chance de manda-lo embora do distrito.
- Por mais que
apreciemos sua perspicaz e acreditável teoria, a Srta. Cosmo se foi e você pode
ir pra casa agora.
- Não, não.
Este caso está ficando bom. E... sou uma testemunha – Montgomery e Lanie
concordaram.
- Eu deixo
você trabalhar nesse caso se me deixar em paz quando acabar, e se prometer não tentar
voltar.
- Fechado. Mas
um aviso, Detetive, a farei mudar de ideia.
- Não irei.
- Irá. Qual o
próximo passo? A família da vítima? – lá vamos nós outra vez, pensou Beckett
revirando os olhos.
- Não achei
que ela fosse aceitá-lo de volta – Ryan pagou Esposito.
Castle tinha razão, o caso era no mínimo
curioso. A vítima estava mentindo para a esposa, não por traição. Perdera o
emprego e aceitara um novo trabalho bem diferente do ramo de seguros. Ele era
mula. Esse foi o motivo porque roubaram o corpo em primeiro lugar. Depois de
examinar uma luva encontrada na cena do crime, eles encontraram uma digital que
os levou a cara barra pesada. Outra informação importante fora o fato do
estrangulamento revelar a possível falta de um dos dedos mindinhos. Encontraram
um pequeno apartamento onde se mexia com cocaína. Pegos no flagra, três foram
levados à delegacia e questionados por informações. Sim, eles deveriam
encontrar o cara, mas já chegaram tarde demais. Estava morto. Roubaram o corpo
porque precisavam da cocaína. Pelo menos, descobriram o nome do fiador.
Trazido para
interrogatório, o fiador explicou que John perdera todas as suas economias em
um jogo de pôquer ilegal em Chinatown. Devia muito dinheiro, por isso o
procurou para saber como funcionava o lance de mula. O cara que devia era da
máfia russa, muito tatuado.
- Um russo
tatuado em N.Y? Isto reduz um pouco.
- Guiamos a
investigação com informações que temos, não as que precisamos.
- Bigby disse
que os russos frequentam Chinatown. Por que não vamos lá? – sugeriu Castle.
- Os jogos são
de boca a boca. Eles não dividem com tiras – disse Beckett.
- Por sorte,
não sou tira. O quê? – ao ver a cara dela de poucos amigos - É perfeito. Eu
entro, olho o lugar até identificar o russo.
- Sabe, não é
um plano ruim – disse Esposito.
- Ainda temos
que achar o jogo.
- Deixa isso
comigo – disse Castle. Sabia exatamente de quem perguntar. Com a informação,
eles prepararam a operação. Equiparam Castle com microfone e câmeras a fim de
mantê-lo em seu radar todo o tempo que estivesse no clube. Beckett estava
extremamente receosa com toda a situação.
- Certo, então
lembre,podemos te ouvir, mas você não nos ouve. Então quando deixar a van, está
sozinho, ok? – disse Esposito.
- Diga o plano
de novo – pediu Beckett.
- Eu entro,
acho o russo tatuado, tiro uma boa foto e saio de lá.
- E não fique
mais que o necessário – recomendou Beckett.
- Ficarei bem.
Além disso, é Chinatown. Quantos russos podem ter lá? – ele deixou a van
realmente empolgado com a missão que tinha pela frente.
- Mais alguém
tem um mau pressentimento? – os rapazes ergueram as mãos - É, foi o que pensei.
A vizinhança
de Chinatown era bem estranha. Castle perambulou um pouco até encontrar o local
do jogo. Recebendo a permissão para subir, encontrou um salão amplo repleto de
mesas de jogos. Sua ideia de facilidade foi descartada assim que encontrou uma
mesa cheia de russos tatuados. Era necessário se misturar. Com um drinque na
mão, descobriu que os russos só jogavam na mesa sem limites. Decidiu sentar-se
nessa mesa. Beckett brigou com ele, mas não havia um modo de impedi-lo a fazer aquilo
de onde se encontrava.
- Como estão?
- É uma mesa
sem limite.
- O que é
perfeito, pois sou um cara sem limites – colocando um maço de dinheiro na mesa
- dê 20 mil.
- Não, não,
não. O que ele está fazendo? – Beckett começava a se desesperar.
- Soltando
metade do meu salário como se fosse trocado.
- Tatuagens
legais. Não, as tatuagens. São legais. O que significa?
- Cuide das
suas coisas e jogue.
- Desculpe, não
quis bisbilhotar. Só que, na verdade, sou escritor. Estou fazendo uma pesquisa.
- Escritor, é?
Algo que talvez tenhamos ouvido falar?
- Storm Fall, Storm's Last Stand.
- Derrick
Storm.
- Isso.
- Adoro esse
cara. Por que o matou?
- Longa
história. Mas trabalho em um novo. Sobre pôquer escondido – enquanto Castle
tentava ganhar os caras com sua conversa, Beckett que sabia um pouco de russo
notou que eles estavam a fim de tirar tudo o que ele tinha. Castle foi além.
Contou detalhes do caso como se fosse sua história, item por item, deixando-a
ainda mais apreensiva. O jogo corria, as apostas aumentavam. Beckett pediu para
verificar se havia algo nas mãos dos jogadores que justificasse a ausência de
marca na vitima. Felizmente, identificaram uma prótese. Era o assassino. Ela
precisava ir atrás dele antes que Castle se metesse em encrenca.
- Temos que
tirá-lo de lá. Agora.
- O que está
fazendo? – perguntou Esposito ao vê-la sair da van.
- Vou entrar,
se não sair em 10 minutos, chamem reforços. Podem dar minha bolsa?
- O que vai
fazer, passar Gloss neles até a morte?
- Algo assim.
No meio da rua, ela tirou a roupa ficando apenas de calcinha e sutiã. Usando o
casaco como vestido, ela colocou o cinto prendendo o vestido deixando à amostra
o top vermelho que usava. Arrumou os cabelos e seguiu caminhando pelas ruas
escuras de Chinatown. Quando conseguiu convencer os brutamontes a deixa-la
entrar, Beckett foi atrás de Castle.
Na mesa de
pôquer, ele fez uma última aposta e decidiu que deveria parar de jogar. Já
havia percebido a arma e a irritação do assassino devido as suas indiretas. Quando
Castle se dirigia à saída, foi interceptado com uma arma pressionada em suas
costas. Levando-o para um canto reservado.
- Ande. Quem é
você? – perguntou colocando a arma na cara de Castle.
-Já disse, sou
escritor.
- A história,
o homem morto, o telhado, quem lhe contou? Sua família sabe, seus filhos sabem.
Se ele pagasse o que devia, estaria conosco agora. Mas ele me desafiou. E agora
você me desafiou.
- Não, não. Sou
só um escritor.
- Não minta. Você
é um policial.
- Ele, um
policial? – a voz de Beckett carregada de sotaque imitando uma russa chamou a
atenção dos dois - Não me faça rir. Ele quase nem é homem.
- Beckett? –
ele estava surpreso por vê-la ali e nossa! Estava sexy.
- Mais você é
homem, não é? Um lindo homem – ela se aproximou encostando-se em Castle - Richard,
está incomodando esse lindo homem?
- Vá embora.
- Tudo bem,
tudo bem – ela se afastou de Castle indo em direção ao cara, porém sem deixar
transparecer sua real intenção, mantendo o disfarce, reclamou - Rapazes e suas
armas. Deveria me impressionar?
- Não tem a
ver com você – disse o cara rispidamente.
- Na
verdade... – ela virou-se rapidamente golpeando-o tirando sua arma e jogando-o
prendendo contra a mesa - tem sim.
- É só minha
imaginação, ou você trocou de roupa?
- Castle, pode
chamar reforço, por favor? – ela pediu enquanto pressionava o assassino
mantendo-o imobilizado.
De volta ao
distrito, Castle esperava por Beckett um pouco apreensivo. Sabia que ela estava
conversando com a esposa da vítima nesse instante. Contudo, não era essa sua
preocupação. O caso estava encerrado. A sua entrevista para a revista e
participação ali também. Fora o que Beckett prometera para ele. Somente esse
caso e até aquele momento, ele não conseguira convencê-la de que deveria pensar
em continuar com a parceria entre eles. Principalmente por saber que sua raiva
ainda não passara completamente.
Ela voltou a
sentar-se em seu lugar. A visão de Castle sentado na cadeira que lhe era cativa
a confortava. Tinha vontade de sorrir, porém não ia fazer isso para evitar de
dar esse gostinho para Castle. Ele perguntou como foi, sempre difícil era a
resposta. Descobrir que a pessoa que você ama mentiu para você.
- Nem tudo foi
mentira. Não o amor de casados. Quero dizer, às vezes fazemos coisas erradas pelas
razões certas – disse Castle.
- Caso
encerrado – Beckett mudou o tom da conversa porque entendera qual era a
intenção dele - Creio que sua história de "Cosmo" teve um final
feliz.
- Falando em
finais felizes... obrigado por salvar minha vida.
- Só estava
evitando ter que fazer papelada.
- Formamos uma
bela equipe, sabia? Como Starsky e Hutch, Tango e Cash, Turner e Hooch.
- Sabe, agora
que disse, você me lembra um pouco o Hooch – disse sorrindo. O próximo
comentário dele não a agradaria tanto.
- É porque
está com medo, não é? Está com medo de se lembrar da morte de sua mãe, e voltar
pra sua toca e se perder de novo. Mas é diferente agora. Temos boas pistas. Temos
pistas fortes. E não tem que fazer isto sozinha. Podemos fazer juntos.
- E se eu não
quiser saber? Nunca pensou nisso? E se eu não estiver pronta? E se a ideia de
pegar o assassino da minha mãe, sentar e vê-lo fazer algum acordo para
colocá-lo de volta nas ruas em 10 anos, me enoja? Desenterrou meu passado, por
você Castle, não por mim. E é muito egoísta pra ver isso – lutava para não
sucumbir às lagrimas, doía lembrar que esse assunto a fez brigar feio com ele,
os separou.
- Caso
encerrado, Castle. Fizemos um acordo, espero que honre – engoliu em seco ao
dizer isso. Parte de si não gostaria de dizer adeus, porém tê-lo a seu lado
poderia instiga-lo cada vez mais para insistir nesse assunto delicado. Além de
representar uma tentação em outros sentidos, perigosos sentidos.
Ele se
levantou olhando-a uma última vez. Ainda não acreditara que perdera. Não queria
deixa-la assim. Infelizmente, sabia que Beckett dificilmente voltaria atrás.
Talvez tivesse razão, não conhecia sua dor, sua perda, era egoísta realmente.
Vendo-o sumir de sua frente, ela finalmente colocou a cabeça entre as mãos
decidindo por um momento íntimo, deixou a dor transparecer em seu rosto por
meio de lágrimas. Somente cinco minutos, pensou. Então voltaria ao trabalho.
Em casa, um
Castle arrasado sentara-se de frente para o seu notebook. Já era tempo de
terminar o seu livro. Chega de adia-lo. Sua aventura de Nikki Heat precisava de
um fim apropriado. Concentrando-se com os olhos fixos na tela, fez as pazes com
as palavras deslizando rapidamente os dedos sobre o teclado. Foi assim que sua
filha o encontrou. Escrevendo. Aparentemente, todos os homens do mundo
resolveram aprontar com as mulheres. Castle pode ouvir de Alexis o mesmo tipo
de comentário que ouviu de Beckett. Sobre egoísmo, não se importar e justificar
tudo o que faziam. Então percebeu que estava errado. Saiu de casa numa rapidez
torcendo para que ela ainda estivesse no distrito.
Ela estava.
Beckett sentia-se muito tocada pelos últimos acontecimentos, a presença de
Castle ao seu lado após um mês sem contato e a lembrança do motivo pelo qual se
separaram. Ficar em casa não lhe parecia uma boa ideia, por isso tentava se
ocupar com o relatório. Sua mente, contudo, não parecia compartilhar do mesmo
objetivo. Queria admitir que sentira falta dele, dos comentários e ideias
loucas. Não apenas isso. Sentira saudades do corpo, dos lábios, do toque.
- Pare, Kate!
– ela brigou consigo em voz alta. Não podia se deixar enveredar por esses tipos
de pensamento. Desejo e prazer não podem vir em primeiro lugar quando se tratava
de Castle. Quando ficara tão dependente de sexo? Até ele aparecer em sua vida,
sequer tinha um encontro! Melhor voltar sua atenção ao caso, ao relatório.
Castle se fora. Fim da história. Parecia que havi um diabinho a tentando. Era
mesmo?
Dividida,
voltou a escrever seu parecer no arquivo da polícia. Cinco minutos depois,
percebeu a aproximação dele. O perfume amadeirado característico. Por que
voltara? A pergunta de Beckett seria respondida logo em seguida.
- Desculpe. O
que fiz foi errado. Violei sua confiança, abri velhas feridas, e não respeitei seus
desejos. E se não vamos nos ver de novo, então você merece saber, e me desculpe
que eu... eu sinto muito mesmo.
Com a mesma
rapidez que aparecera a sua frente, ele dera-lhe as costas para ir embora. Ele
se desculpara. Mais que isso, ela vira a sinceridade no olhar. A dúvida
evaporara de sua mente. Sentiu o coração bater mais forte ao chama-lo.
- Castle – ele
parou virando-se para fita-la - Eu te vejo amanhã – ambos lutavam contra as
emoções e o desejo de sorrir naquele momento. Aliviado, ele continuou seu
caminho até o elevador do distrito. Beckett estava em conflito. Queria segui-lo
para agradecer apropriadamente, mas não queria dar esse gostinho a ele. Não
poderia, não deveria. Ultimamente, esses dois verbos pareciam incomoda-la
constantemente. Passou as mãos pelo cabelo. Um beijo, somente um pouco de
contato com aqueles lábios. Nada mais.
Ela ergueu-se
da cadeira caminhando a passos largos até o banheiro segurando o casaco nos
seus braços e o celular nas mãos. Trocou de roupa rapidamente, esperou uns
minutos até ligar para Castle novamente.
- Castle, oi.
- Olá,
detetive – sorrindo por ela ter ligado – algum problema?
- Na verdade,
eu estou com uma dúvida em alguns pontos da investigação. Gostaria de checa-los
com você se não for incômodo para fechar meu relatório. Seria muito pedir para
voltar uns dez minutos? Vinte, no máximo?
- Claro,
detetive. Por sorte, estou na esquina do distrito, volto rapidamente. Cinco
minutos até o seu andar.
- Obrigada –
desligando, Beckett saiu do banheiro ficando de pé em frente ao elevador.
Quando as portas se abriram, ele a viu parada vestindo a mesma roupa que estava
no clube de pôquer e a bolsa pendurada no ombro.
- Já está de saída? Pensei que quisesse ajuda
no relatório – Beckett entrou no elevador calada. Com um sorriso malicioso nos
lábios esperou as portas se fecharem para então acionar o botão de segurança
prendendo o elevador entre andares. A bolsa deslizou até o chão. Ao fita-lo,
percebeu que Castle tinha um ar de interrogação no rosto. Não se importou.
Avançando contra o corpo dele, Beckett sorveu os lábios nos seus.
A surpresa
primária fez Castle dar um passo para trás o que o colocou ainda mais imprensado
contra a parede. O solavanco do equipamento aproximou completamente seus
corpos. As mãos de Castle não resistiram em acaricia-la. O beijo foi
aprofundado à medida que Beckett enroscava-se ao corpo dele. Uma das mãos
desceu ao nível de suas calças apertando-lhe o membro. A sugestão foi
suficiente para que ele a empurrasse contra a parede oposta deixando seus
lábios deslizarem sobre o colo dela em direção aos seios cobertos pela linda
lingerie vermelha. Acariciou-os ainda sobre a renda enquanto suas mãos
avançavam por baixo do casaco procurando pela calcinha. O toque quente das mãos
de Castle a fazia gemer.
Deslizou a
peça pelas suas pernas mantendo o olhar fixo ao dela. Beckett podia ver o
desejo expresso naqueles azul agora tão claro. Ao colocar-se novamente de pé a
frente dela, Kate abriu o botão da calça exibindo o membro já ereto para fora.
O paletó fora derrubado ao chão.
- O que está
esperando, Castle? Tome-me em seus braços – ele não desobedeceu. Pela cintura,
ergueu-a apoiando suas costas na parede e a penetrou sem qualquer cerimônia ou
antecipação. Kate soltou um grito de prazer ao recebê-lo dentro de si.
Puxando-o pelos cabelos, devorou-lhe os lábios enquanto ele movimentava-se
dentro dela. As pernas apertavam-no como se pedissem mais, sempre mais.
- Mais
fundo... mais... – mordeu-lhe o lábio inferior e o queixo, a pressão empregada por
ele aumentava fazendo seus poros arrepiarem-se, um orgasmo começava a se formar
– por favor, me toque, me toque... – Castle apertou seus seios, a palma da mão
foi subindo pelo colo até tocar-lhe o pescoço. Ele tirou uma alça do sutiã para
olhar o belo seio. O mamilo duro despontava ansioso pelo toque. Ele o lambeu, o
provou até tê-lo completamente em sua boca. Uma, duas, três estocadas depois
ela sentiu a onda de prazer invadi-la. Jogou a cabeça para trás a fim de
desfrutar do momento em sua total plenitude. As inquietas mãos buscaram pelo
rosto de Castle, fazendo-o olhar para ela uma última vez antes de fechar os
olhos para também receber a explosão de prazer.
O corpo de
Castle pressionava o dela contra a parede do elevador. Um dos sapatos de salto
escapara do pé de Kate estando caído no chão mesmo ela continuando atracada à
cintura dele. Calmamente, ela deslizou as longas pernas alcançando o chão.
Afastou-se, endireitou a roupa, pegou a bolsa colocando-a novamente sobre o
ombro. Castle estava escorado na parede ainda balançado pelo rápido momento de
prazer vivido entre eles.
- Muito
obrigada por compreender meu ponto de vista, Castle. Foi apenas uma maneira de
retribuir. Isso nunca aconteceu, entendeu?
-
Absolutamente.
- Não chegue
tão tarde amanhã – o tom passara a ser o de uma ordem. Desativou o botão e
esperou o elevador retornar ao quarto andar. Assim que as portas se abriram,
ela o olhou de cima abaixo mais uma vez antes de atravessar a porta. Deu três
passos para frente quando um súbito impulso a dominou. As portas já estavam quase
fechadas.
- Segure o
elevador – gritou. Castle, meio saído de um transe, apertou o botão no painel.
Como uma rapidez impressionante, ela alcançou-o roubando-lhe um novo beijo
longo, sensual e demorado. Ao se afastar mediante os gemidos de protesto de
Castle, ela mordiscou os lábios olhando para ele – boa noite, Castle.
Dessa vez, caminhou
decidida de volta a sua mesa. Enquanto a porta do elevador fechava-se, Castle
expirou um longo suspiro antes de sussurrar as únicas palavras que conseguiam
escapar de sua boca naquele momento.
- Meu Deus...estou
perdido.
Continua......
6 comentários:
MORTÍSSIMA HAHAHAHAHAHAH
<333333333333
ja quero ep novo
Tirei a manhã para ler sua fic e toda e meu DEUS!!!!!
Isso está bom demais... Você está bem fiel a série, o que deixa aquela vontade de rever porque o começo é tudo de bom. Tirando esse lado da série o que você está fazendo com esses dois é maravilhoso, envolvente, completamente novo. Estou encantadíssima com todo o envolvimento deles. Tem sentimento, mas ele não é exposto por eles em palavras. Só nos gestos. INCRÍVEL!
Estou sem palavras, só sei que estou amando. Sou sua fã! Amo sua escrita e sonho em um dia escrever tão bem como você. PARABÉNS!!!
Hahahahah Mr. Castle foi fisgado.
Eu disse que essa plot ia ficar boa!!! Mas a preguiça de escrever...
AMANDO! Castle foi fisgado!!! AHHHH
Bem que eu queria soltar um palavrão, mas vou me conter U. U
O Castle ta ferradinho e a Kate tbm,a mulher não ta resistindo já to imaginando "SE" entrar o Tom nessa história segura essa Castelinho. To curtindo muito essa fic de verdade..... Sobre o elevador OMG!!!!
~Pensamentos Pecaminosos ~
Nem preciso falar que amei o capítulo!!!
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