Nota da Autora: Esse é talvez um dos episódios mais amados da S4, só perde para Always na opinião de muitos fãs. Está entre os meus melhores também e por isso, fiz dele um marco nessa fic. Novamente, não escrevi a história toda, apenas o que era importante e relevante para a minha AU. Chegou a vez de Cops & Robbers! Espero que curtam! Enjoy!
Cap.46
Do lado de fora do banco, uma força-tarefa
já acampava na frente do local. Beckett estava ansiosa e preocupação quanto se
dirigiu ao encarregado da ação. Ela não pensava em ficar longe da equipe, não
iria deixar Castle sozinho. Relatou o que ouvira no telefone, quantos eram e
suas exigências. O chefe da operação agradeceu e descartou sua ajuda.
- Eu falei com um deles. São quatro ao
todo. Vestidos em roupas cirúrgicas como médicos. Senhor, meu parceiro está lá
dentro.
- Por que não disse que havia um de nós lá
dentro?
- Ele não é da polícia, é um investigador
civil.
- Algo mais que possa me dizer? Como o
cara na posição de comando pareceu para você?
- Calmo, muito calmo.
- Tudo bem, obrigado pelas informações.
Farei o possível para tirar seu parceiro de lá.
- Certo, então qual o nosso próximo passo?
– Beckett perguntou.
- O seu próximo passo é sair daqui e me
deixar fazer meu trabalho. Quero uma linha com o banco. Perdeu sua chance
detetive – contrariada, ela deixou o caminhão. Parada na frente do banco, ela
estava pensando em uma maneira de ser útil naquele instante. Mais que isso, ela
precisava ajudar Castle. Não se perdoaria se algo acontecesse com ele.
Conversou com os rapazes e deu-lhes instruções sobre o que fazer. Ela não
ficaria esperando que o capitão metido a besta fizesse algo ou até estragasse a
operação colocando em risco a vida de várias pessoas. Dentro do banco, as
coisas estavam tensas, os ladrões ameaçaram de morte todos os presentes caso
tentassem alguma coisa. Castle era a pessoa procurando manter todos calmos. Ele
sabia que Beckett não o deixaria sozinho. Ficou surpresa quando o capitão mandou
lhe chamar.
- O que você fez, detetive? Pensando que
pode usar charme com o bandido?
- Eu só quis ajudar, senhor.
- Ah, ótimo! Agora ao tentar falar com ele
não aceitou. Ele disse e eu coto “eu só falo com a moça policial, aquela com a
voz de motel.” Pois é, quer participar? Está dentro.
- Não, senhor. Eu não tenho treinamento em
negociações com reféns.
- Eu não tenho tempo para dar uma aula,
faça o seguinte: faça o oposto do seu treinamento em homicídios. Não grite, não
brigue, não o ameace de jeito algum. Trata-se de mantê-lo calmo – ele percebeu
a hesitação de Beckett - Detetive? Está disposta a fazer isso? – a única coisa
que passava por sua mente era “não, mas farei por Castle”.
- Sim, com certeza – visivelmente nervosa,
ela sentou-se e esperou pelo telefonema.
- Quem é?
- Detetive Kate Beckett, entendi que você
queria falar comigo.
- É, eu não gosto do outro cara.
- É, eu também não – ela estava sendo
sincera. Ao receber o olhar desconfiado do capitão, ela respondeu tapando o
microfone – você disse que era para criar vinculo – voltando-se ao telefonema –
então qual o seu nome?
- Você pode me chamar de John Emboscada.
- Um fã de MASH. Legal. E como está indo?
Posso fazer algo para ajudá-lo?
- Oh, Kate, Kate. Está seguindo as regras
daquele idiota, não? O que o capitão confiante lhe disse? – começou a recitar
todas as recomendações. Isso era um sinal de que sabia como tudo funcionava.
Era profissional. Ia ser uma negociação difícil – vai funcionar assim, se me
enrolar, mato reféns. Se me enganar, mato reféns. Se invadir o banco, mato
reféns e Kate vou começar com o seu namorado – desligou.
Infelizmente, ela não podia fazer muita
coisa. Diferente de um homicídio onde poderia catar peças e montar o quebra-cabeça,
suas mãos estavam atadas. Estava nervosa sem saber o que acontecia do lado de
dentro e pedia para que Castle não tentasse bancar o herói ou fizesse nenhuma
besteira. Ela o conhecia o suficiente para saber que ele era capaz disso, era
movido pela aventura.
A atmosfera no banco era nada amistosa. Um
dos caras tentava incriminar Castle por eles terem virado refém já que ele
ligou para a polícia. Porém, o gerente confirmou que os ladrões acionaram o
alarme silencioso que traria a polícia até eles de qualquer forma. Castle já
notara que tinha algo mais acontecendo. Havia muito dinheiro em um dos cofres
próximos a eles, então por que o grupo ia e vinda de uma outra área de cofres
se podiam pegar todo aquele dinheiro? É claro que ele tinha um plano para
descobrir o que aquilo significava.
Ele inventa que precisa ir ao banheiro
pois sabe que fica na mesma área dos outros cofres. Aparentemente convence um
dos bandidos que o escolta até lá. Ao voltar, o mesmo cara que o acusou diz que
precisa ir ao banheiro. Castle conta que estava certo, John Emboscada estava
olhando uma caixa do cofre que continha cartas e fotos. Não havia arrombado a
caixa, o que significa que tinha as duas chaves, a do gerente e a de outra
pessoa. Também concluiu que ele queria a situação de reféns porque precisava de
tempo para achar a caixa correta.
- Ele estava na parede norte, quatro
colunas acima, três caixas abaixo.
- Seria a caixa 120 - disse o gerente.
- Descobrimos de quem é a caixa e podemos
descobrir o que estão realmente tramando – Castle pediu o bracelete de Martha,
tinha uma ideia do que fazer. Algo que Beckett certamente entenderia. Do lado
de fora, ela analisava os reféns procurando manter-se ocupada e criando
oportunidades para conversar com o seu oponente. Foi quando John fez novo
contato.
Ela expressou sua preocupação com a moça
gravida e pediu para libera-la. John disse que não era assim que as coisas
funcionavam. Chegara a hora das exigências.
- Eu quero um ônibus de vidros escuros
para levar a mim e aos meus parceiros junto com os reféns até o aeroporto Teter
Boro. De onde um avião nos levará ao país que eu quiser. Feito isso, liberto a
gravida. Assim que pousarmos no paraíso, libero o resto dos reféns. E Kate,
você tem três horas - desligou.
- Encontre um ônibus com vidros escuros e
traga aqui – ordenou o capitão.
- Espera você vai realmente dar o que ele
quer?
- Claro que não. O único jeito que aquele
cara sairá do banco é algemado ou morto. Mas posso usar o ônibus para tira-los
do local e deixar os atiradores fazerem o serviço – um dos policiais notou algo
estranho nas câmeras de segurança. Beckett começou a analisar a cena. Entendeu
o que era. Castle estava tentando se comunicar com ela em código morse.
- CB120. Cofre de banco 120. Verifique. Se
Castle mandou essa mensagem significa algo – descobriu que pertencia a Agnes e
Gideon Fields. Iria pedir para os rapazes investigarem. Descobriram que ela
estava morta a uma semana, o marido a quatro e alguém revirara o local
procurando por algo especifico. Esposito deduziu ser a chave do cofre. Enquanto
falava com eles dando instruções, Beckett avistou Alexis na multidão. Precisava
falar com ela.
- Eles estão aqui, eu sei que vieram para
esse banco. Meu pai não atende o celular e você está aqui – obviamente nervosa,
Kate tentou acalma-la.
- Escute, tudo vai ficar bem. Mas eles
estão dentro do banco.
- O que eu devo fazer? – perguntou Alexis.
- Nada. Estamos fazendo todo o possível.
- Você não entende. Eles são tudo o que
tenho. Ouviu? Eles são tudo que tenho!
- Alexis, ouça-me. Prometo que eles
ficarão bem.
- É melhor mesmo – respondeu Alexis.
Beckett relevou a atitude da menina por causa do nervosismo. Acabara de fazer
uma promessa, uma que faria questão de cumprir, custe o que custar. Naquele
momento, um dos policiais a chamou novamente. John fazia contato.
Castle
foi alertado por Sal Marino que eles tinham uma quantidade de C-4 nas mochilas.
O cara começou a se desesperar e teve um ataque epilético. Uma das mulheres do
grupo dos ladrões quase atira neles. Mas Castle a convenceu que Sal precisava
de ajuda, porem ele não era médico. Ele precisava de um hospital.
Claro que o contato com a polícia era para
informar da situação com o refém e pressionar para conseguir o ônibus o mais
rápido possível. O capitão queria invadir o banco, porem Beckett o impediu
fazendo com que usassem o refém doente como vantagem, tentar descobrir mais do
que acontecia lá dentro para evitar mortes quando invadissem. Ela se
voluntariou para isso.
Quando Castle a viu entrar pela porta, seu
coração pulou uma batida. Sabia que era a chance de se comunicar com ela, mas
também era uma missão suicida. Ela estava arriscando tudo. Seria por ele? Após
ser revistada, ela se aproximou do doente. No mesmo instante, começou uma
conversa indireta com Castle.
- Como ele está?
- Nada bem. Seu nome é Sal Martino,
epilético e teve uma convulsão provavelmente pelo stress – certo, ele não
entendera que a pergunta era para ele. Kate se comunicava com o doente para não
dar bandeira quando na verdade falava com Castle.
- Oi, Sal, oi companheiro, como você está?
Quero que saiba que há pessoas lá fora que gostam de você então continue
respirando – nesse momento ela fingia apertar a mão de Sal quando em realidade
apertava a de Castle – prometo que te tirarei daqui – olhou para ele. Castle
entendia cada nuance daquele olhar e estava satisfeito pelo gesto, esperança
renovada. Os bandidos a apressaram mandando Castle ajudá-la a colocar o doente
na maca. Ele conseguiu passar o papel com a mensagem para Beckett. Antes de
sair, ela tornou a olhar para ele.
Do lado de fora, avisou Alexis que seu pai
estava bem. Somente após ver a mensagem que recebera, foi que o pânico a
dominou. Reportou a existência de C4 no banco, o que tornava qualquer nova ação
bem mais complicada e perigosa. Precisavam conseguir mais tempo. O prazo de
John acabava em cinco minutos, o ônibus só estaria disponível em vinte. Beckett
ligou para o banco.
- Cadê o meu ônibus?
- O ônibus está a caminho, estará aqui em
vinte minutos.
- Os reféns estarão mortos em dois.
- Não, ninguém precisa morrer. Certo, está
vindo, só... – Beckett estava claramente cedendo ao seu emocional. Não podia
arriscar a vida daquelas pessoas, não podia deixar Castle morrer – está preso
no transito.
- Temos regras, Kate. Eu disse que não
mataria ninguém se me desse meu ônibus. Eu cumpri minha parte.
- E cumprirei a minha, mas...
- Eu disse para não me fazer de bobo.
Esclareci as consequências. Tenho que provar que falo sério? É isso?
- Acho que ambos precisamos respirar fundo
e falar sobre...
- Cansei de falar! – ela ouviu um tiro e
gritos.
- O que foi isso?
- Um tiro de aviso, Kate. O próximo é para
valer – ele se aproximou e apontou a arma na garganta de Castle, ela pode ouvir
o clique da arma engatilhada – farei uma bela mancha vermelha no seu namorado,
Kate. Estou com ele na mira e farei um quadro com as entranhas dele – foi a
gota d´agua. Estava cansada de seguir ordens que não acreditava. Tomada pela
emoção, ela respondeu.
- Ouça-me idiota! Eu não controlo o
transito, então precisa me dar vinte minutos.
- Você só tem um minuto, Kate.
- Não! – gritou - eu tenho vinte. Me
ouviu? Vinte. Porque se puxar esse gatilho, eu entrarei ai e, pessoalmente
enfiarei uma bala na sua cabeça – por segundos intermináveis o silêncio dominou
a cena. Castle respirava com dificuldade e Beckett rezava para ter sido
convincente o suficiente.
- Certo, Kate. Você tem mais vinte minutos
– desligou – sua namorada é corajosa.
- Ela não é minha namorada – disse Castle
apesar de querer que fosse verdade.
- Muita areia para o seu caminhão? – ele
riu. Contato pessoal não ia ajuda-los naquele momento. De repente, um telefone
celular toca e minutos depois um dos bandidos avisam que está na hora. John
manda todos se levantarem e começa a amarrar suas mãos. Ao perguntar o que eles
estavam fazendo, John disse a Castle que ele era esperto, podia descobrir
sozinho.
Do lado de fora, enquanto a equipe da SWAT
coordenava a ação para invadir o banco, Beckett estava pensativa. Deveria ter
outra forma de salva-los, não podia deixar nada acontecer com Castle, por
Alexis, por ser seu parceiro, porque não conseguiria superar o fato de que
seria culpada se algo ruim acontecesse com ele. Respirou fundo. A quem ela
queria enganar? Não era apenas por dever, ela não queria que nada acontecesse
com Castle porque gostava dele. Continuava apaixonada por ele. A ideia de não
tê-lo em sua vida parecia errada. Precisava salva-lo por ela também. Era seu
parceiro, seu amigo. Era importante para ela. Não se dera conta até que essa
situação de perigo se desenhasse a sua frente.
Havia muito perigo ali. Por que do C4?
Estava muito fácil. Aceitaram suas condições muito rápido. Tinha algo mais. Ela
não poderia desistir. Precisava agir e acabar com essa situação de reféns. A
morte de Agnes estava relacionada a tudo. O capitão não dera ouvidos a ela.
Ligou para Ryan e Esposito. Não havia nenhum parente vivo, a filha e o neto
foram mortos no ano passado, somente o genro ainda não tiveram retorno dele.
Alguém estava mexendo na conta. Mas quem? Ela ainda falava no telefone quando
ouviu a explosão.
Por vários segundos, o tempo pareceu
parar. Kate prendeu a respiração. Castle. Explosão. Castle. Não, isso não
estava acontecendo. Se ele...se ele, as palavras não conseguiam formar-se em
sua mente, contudo Kate sabia exatamente a dor que apertara seu coração. Castle
não podia deixa-la, não podia morrer. Ela gostava dele, estava apaixonada por
ele. Ao sair na rua, ela podia ver os escombros deixados pela detonação.
Fumaça, gritos, pedras. Nem um sinal de vida. Estática e boquiaberta diante da
cena, ela se viu reagindo de uma maneira inusitada, dirigida somente pela
emoção.
- Não se atreva a morrer, Castle. Você não
pode fazer isso comigo. Castle... – e como se recebesse uma injeção de
adrenalina, ela se pôs a correr na direção dos escombros. Pouco se importava
com os ladrões. Tudo que ela precisava era ver se ele estava bem. Com a arma e
a lanterna em punho, chamava por ele.
- Castle! Castle! – o tom da voz era de
medo e desespero. Não estava preparada para ver o pior – Castle! – então ela
ouviu. A voz que respondera era o som que necessitava ouvir. Ela os avistou
presos em um dos cofres do banco. Todos os reféns alinhados e de mãos atadas –
eles estão aqui.
- Eu te disse! Há! – ele ria ao vê-la
entrar e se ajoelhar na frente dele. Kate esperou um segundo para respirar
aliviada. Ele estava bem. Abriu o sorriso. Olhava intensamente para aqueles
olhos azuis, os mesmos que chegara a pensar que não veria mais. Pegou um
canivete em seu bolso. Segurando as mãos dele, ela se preparou para
liberta-las.
- Vamos lá. Pronto? – ela cortou a amarra
– certo – ainda respirando fundo, ela esticou a mão para tocar a gola da camisa
dele. De repente, o instinto a conduziu. Kate inclinou-se sobre Castle ao mesmo
tempo que puxava-o pela camisa para beijar-lhe os lábios. Surpreso com o gesto,
ele se deu ao direito de apreciar o que estava acontecendo. Ao se separar, ela
perguntou – como você está? – mas o escritor não tinha palavras para responder.
Apenas sorria feliz pelo que acabara de acontecer. Ela sorria também. Foi
Martha quem atrapalhou o momento intenso e íntimo dos dois.
- Ele não é o único aqui, sabe – como que
tirada de um transe, Beckett desfez o sorriso completamente sem graça. Castle
encostou a cabeça na parede visivelmente chateado pela interrupção da mãe.
- Oh, sinto muito, Martha – ela cortou as
amarras dela também. Pela informação do capitão, os bandidos acabaram mortos na
explosão que dera errado. Era parte de seu plano de fuga, mas não fora bem-sucedido.
Castle não acreditava nisso. Beckett, porém, apenas queria que esse dia
acabasse e sugeriu que saíssem logo dali. Ela ocupou-se em ajudar os demais
reféns pois sabia que aquele momento era de reencontro com Alexis. Pode ver o
sorriso de alivio no rosto da menina. Dever cumprido. Promessa mantida para o
bem dela e de todos. Ela recebeu o olhar de gratidão de Alexis e sorriu. Estava
feliz. Aproximou-se dos rapazes com cuidado para não deixar suas emoções a
traírem. Ainda estava sob o efeito da adrenalina e das sensações provocadas
pelo beijo.
Ao perguntar dos rapazes sobre o único
parente vivo de Agnes, Ryan mostra uma foto. Automaticamente, ela reconhece o
sujeito. O cara do ataque epilético. Fora tudo arquitetado. Precisava impedir
que algo pior acontecesse.
- Meu Deus – pegou o celular discando para
o hospital – aqui é a detetive Kate Beckett. NYPD. Quero saber de um paciente
que veio de um assalto a banco. Seu nome é Sal Martino. O que? Ele fez isso? –
ela desligou – ele se deu alta contra a indicação médica. Sumiu. Foi ele.
Orquestrou tudo isso. Precisamos descobrir porque. Vamos para o distrito.
Ao ver a movimentação deles, Castle sabia
que os amigos não acreditaram que isso estava acabado. Resolveu seguir com
eles. Após se inteirar do caso, ele escuta Ryan comentar sobre a filha e o neto
de Agnes, Connor ambos falecidos.
- Não, não. Ron falou sobre Connor e não
falou como se ele estivesse morto. Connor está vivo.
- Não sei o que dizer, Castle, diz aqui
que Connor está morto – afirmou Esposito, mas Ryan também não acreditava porque
o corpo da mãe, nem o dele fora recuperado. Por que forjaria suas mortes?
Violência doméstica. Como Ron não fora punido, ela decidiu desaparecer. Cortar
os laços com sua vida pregressa. Exceto que não conseguira fazer isso com a
mãe. Era por isso a caixa do banco. Havia um intermediário em todas as
comunicações e precisavam identifica-lo para garantir a segurança de Connor.
De frente para o quadro de evidências,
eles montavam juntos o caso. Revirando todas as informações sobre a morte de
Tanya e seu filho, eles encontraram a conexão. Um padre. Eles foram vê-lo. A princípio,
ele negou como era esperado. Protegia um segredo. Somente após Castle comentar
que Agnes fora assassinada e que a vida deles corria perigo foi que o padre
forneceu o endereço. Numa corrida contra o tempo, eles seguiram para evitar o
pior. Felizmente conseguiram alertar a polícia da área antes da tragédia e
salvaram o dia.
Aliviada, ela senta-se em sua cadeira.
Parece pensativa. Castle ainda está empolgado com toda a história de salvar o
dia. Seu próximo comentário traduzia bem sua excitação.
- Mesmo como refém eu a ajudo a resolver
homicídios. Beckett, eu acho que você tem o parceiro perfeito – ela riu.
- É, exceto por não gostar de fazer
papelada.
- Touché! – ela ainda queria passar um
pouco mais de tempo ao lado dele. A experiência de quase perde-lo a deixara com
a sensação de estar agindo errado. Talvez estivesse sendo dura demais consigo
mesmo e com Castle. Sendo assim, ela convidou.
- Vamos para o Old Haunt? Pago uma bebida
para o meu parceiro. Ele mereceu.
- Não, faremos melhor – por um instante a
mente de Kate pensou se ele estava se referindo ao beijo que acontecera mais
cedo – aparentemente, uma experiência quase morte desafia as pessoas, as tira
de sua zona de conforto – ele estava falando dela? O que havia por trás
daquelas palavras? Se fora uma indireta, Castle usou-a inteligentemente porque
completou – vamos jantar na minha casa. Martha Rodges a intimou e eu também.
Loft de Castle
- Oh, Katherine, venha se juntar a nós –
deu-lhe um abraço apertado – entre, grandiosa e linda criatura – Kate sorria
diante das palavras animadas de Martha. Reparou que a mesa estava repleta de
comida.
- Oh, Martha! Você se superou.
- Superei. Encarar a morte exige celebrar
a vida. Hoje festejaremos.
- Cadê Alexis? – Castle perguntou
estranhando pela filha não estar presente.
- Ela está no... – claramente indicando
que estava chateada com algo. Castle foi até lá e Beckett juntou-se a Martha
para a primeira bebida da noite. Ao brindarem, Martha aproveitou o momento
sozinha com a detetive para comentar algo que vinha percebendo há algum tempo e
pedir desculpas.
- Katherine, eu lhe devo desculpas além de
agradecer por ter salvo nossas vidas. Não deveria ter interrompido seu momento
com meu filho, mas eu sou uma atriz, tendo a ficar dramática em certas
situações.
- Martha, eu...
- Não, deixe-me terminar. Eu não estou
cobrando nada de você, sua vida e suas decisões dizem respeito exclusivamente a
você. Porém, a vida nos prega peças. E a pior coisa que poderia acontecer após
uma tragédia é ter a sensação de que perdeu sua chance. Eu vi como olhou para o
meu filho hoje. Não estou fazendo o papel de advogada aqui, mas Richard é um
bom homem. Ele é louco por você. Algo me diz que pelo que presenciei hoje, você
também tem apreço por ele. Conselho de vida de Martha Rodgers: todos precisamos
de um parceiro, alguém para dividir derrotas e vitórias. Para pular fogueiras e
celebrar a vida. Você salvou vidas hoje. Isso é incrível. Deveria se sentir
orgulhosa. Deixe esse momento especial ser um detour na sua trajetória, nos
seus planos. Você nunca sabe quando terá uma nova oportunidade.
- Eu... Martha...
- Não precisa se justificar, kiddo. É
apenas para pensar – virando-se para o balcão da cozinha, ela começou a mexer
na panela e gritou – Alexis, venha me ajudar com o pato. Um pretexto para dar
um tempo aos dois. Kate vinha ao seu encontro com duas taças de vinho. Ele
aceitou e agradeceu.
- Obrigado. Eu não tive a chance de
agradecer por ter salvo minha vida.
- Não precisa, Castle. Somos parceiros. É
isso que fazemos.
- Alguns de nós mais do que os outros,
claro – e aproximou o copo para brindar com ela, porem Beckett não gostara da
colocação dele.
- Espera, o que quer dizer com isso?
- Só que essa é a oitava vez que salvou
minha vida e eu salvei a sua nove vezes.
- Certo, primeiro, não creio que está
contando. E segundo, não salvou minha vida mais do que salvei a sua. Nove? Por
favor!
- Vamos rever? Na primeira, eu distrai o
cara com uma garrafa de champagne, e sim, essa conta. Você mesma admitiu. Na
segunda vez, um serial killer pôs uma bomba na sua cozinha enquanto você tomava
banho. Enfrentei as chamas para te tirar da banheira. Não esquecerei disso tão
cedo – Kate sabia exatamente ao que ele se referia, vê-la nua – a terceira vez,
ainda no mesmo caso, atirei no cara que tentava te matar.
- Hey, Richard! Chega de papos sobre
mortes por hoje. Vamos comer! – Martha iniciou um novo tópico de conversa a
mesa mudando a atmosfera do jantar. Após a sobremesa, Alexis disse que ia para
seu quarto. Martha fez o mesmo – preciso muito do meu sono de beleza após esse
dia estressante. Boa noite, querida – ela abraça Kate novamente – obrigada por
tudo. Divirtam-se, vocês merecem e nada de falar sobre morte. Há coisas bem
mais interessantes para se fazer na companhia um do outro – Kate ficou vermelha
com o comentário e tentou disfarçar a todo custo. Eles não haviam falado sobre
o beijo, contudo o pequeno comentário de Martha abria precedente para isso.
- Quer mais vinho?
- Aceito – ela respondeu sorrindo. Quando
Castle se levantou para ir buscar a garrafa, Kate soltou um suspiro. Esperava
sinceramente que ele não tivesse reparado em seu momento de embaraço. Ele não
havia mencionado o beijo. Talvez nem fosse fazê-lo, poderia ter considerado um
momento de fraqueza ou de pura reação devido a adrenalina. Revirou os olhos.
Claro que Rick Castle não esqueceria algo assim. Devia se preparar para
responder quando perguntada. Responder o que exatamente? Não sabia, não sem
despertar outras tantas perguntas e suposições.
- Aqui está – sentou-se ao lado dela – que
tal seguirmos os conselhos de Martha Rodgers por hoje? Não vamos falar de morte
ou competir sobre quem salvou quem. Vamos brindar a um caso solucionado, por
estarmos vivos, a vida de Connor e a você, por não ter desistido.
- Tem razão. E quer saber, você teve sorte
de eu estar lá. Nenhum dos outros policiais entendeu sua mensagem com o código
morse.
- Tá brincando?
- Não. Nem todos estão acostumados com
conspirações, aventuras e assassinatos como nós, Castle – ela bebeu um pouco
mais do vinho. Criando coragem, pegou a mão dele na sua – eu sei que você
acabou de dizer que não quer ouvir falar de morte, mas eu preciso. Quando ouvi
o barulho daquela explosão, eu temi pelo pior. Eu pensei que aquilo era um
pesadelo, uma brincadeira sádica de muito mal gosto. Por um breve instante, eu
não sabia o que fazer, como agir. Você não podia morrer, não iria suportar
carregar o peso dessa culpa também.
- Você não poderia se culpar por nada,
Kate. Não é justo. Você ... – ela colocou o indicador sobre os lábios dele.
- Ainda não terminei. Aqueles segundos
foram cruciais para que eu lembrasse que não era apenas o escritor que estava
em perigo, o parceiro. Era o amigo, o homem que escolheu continuar a me seguir
por outros motivos que não envolvem histórias de mistério, alguém incapaz de
pensar duas vezes antes de se jogar de cabeça ao meu lado numa caçada insana.
Ali estava o Castle que me faz rir, que se importa comigo de verdade. E por
segundos que mais pareceram horas, eu pensei que o tinha perdido para sempre.
Foi uma sensação horrível. Precisava que você soubesse.
- É essa a parte que você me explica por
que me beijou naquele banco?
- Não... – ela colocou a taça na mesinha
de centro, tirou a taça dele fazendo o mesmo – essa é a parte que procuro me
lembrar que os momentos especiais podem escapar pelos meus dedos quando menos
espero. Pessoas simplesmente podem ir embora. Mas não hoje. O dia de hoje foi
um presente. Será isso que faremos, celebrar o presente da vida.
Ela inclinou-se para beija-lo. Castle a
olhava com ternura. Capturou o rosto dele com as duas mãos, como se fizesse uma
moldura. Esfregou o nariz no dele enquanto seus dedos desenhavam o rosto que
ela pensara ter perdido. Finalmente a boca entreaberta fez contato com os
lábios igualmente ansiosos pelo toque. Era um momento igualmente desejado,
imaginado. A doçura dos lábios de Kate contra os seus, o fez gemer. Se isso não
era a perfeição, não sabia como definir aquele momento. Então, ela provou que
ele estava errado em sua definição. Aproximando seus lábios da orelha dele, ela
sussurrou.
- Eu senti tanto sua falta... – e ao
sentir as mãos dela passeando pelo seu peito, ele soube. Aquilo sim era a
perfeição. Castle a puxou contra seu corpo intensificando o beijo. Suas mãos
tratavam de desabotoar a camisa que usava jogando-a no chão. O belo sutiã
branco, revelava os seios perfeitos. Era a primeira vez que via a marca deixada
pela bala na pele dela. Quase se desconcentrou lembrando do que fora imaginar a
perda dela. Então recordou-se das palavras de Kate. Celebrar. Tirou o sutiã e
sentiu as mãos dela puxarem-lhe a camisa, sem se preocupar com a perda dos
botões. Carregando-a no colo, ele seguiu para o quarto.
Em questão de minutos, perderam as demais
peças de roupa. Completamente nus, eles tornaram a se abraçar sorvendo os
lábios um do outro. Castle a colocou na cama e iniciou uma viagem sem volta
pelo corpo de Kate. A maneira como a tocava provocava sensações diversas.
Paixão, doçura, carinho, tesão. A resposta era dada através de gemidos, outras
vezes com a retribuição de um beijo, um toque. Kate contorcia-se debaixo dele
ao sentir o primeiro orgasmo se formar. Castle sorvia-lhe os seios, instigando,
provando, saboreando. Os lábios desciam pelo corpo enquanto ele a tocava no
meio das pernas. A explosão aconteceu. Castle pode ouvir seu nome sendo
pronunciado várias vezes, como uma canção sendo murmurada. Seu corpo estremecia
nos braços dele. Sentir prazer a deixou ainda mais elétrica, queria mais.
Trocando de posição, ela perdia-se explorando o pescoço, o peito, os ombros.
Roçava os dentes na pele dele, provocando.
Voltou sua atenção aos lábios. O beijo
apaixonado fizera Castle gemer. Ao segura-lo com a mão, pode perceber que
estava mais do que pronto para recebe-la. Com um único movimento, ela deixou-se
deslizar sobre ele. As mãos dele já seguravam-lhe a cintura, movimentava-se
dentro dela. Não tardou para alcançarem o clímax outra vez. O grito de Kate
fora sufocado pelo beijo que recebera. Extremamente satisfeita, ela se deixou
cair no peito dele. Podia ouvir o coração descompassado em seu peito. A prova
de que estava vivo. Sorriu. Não se incomodou em mudar de posição, do mesmo
jeito que estava, adormecera. No escuro, era possível ver o sorriso de Castle.
No meio da madrugada, Kate acordou sem se
dar conta de onde estava. Sentou-se na cama e aos poucos recordou-se dos
acontecimentos que a levaram até ali. Até a cama de Rick Castle novamente.
Enquanto observava o semblante sereno do seu parceiro, Kate se pegou analisando
o que fizera. Agira por impulso, no calor das emoções. Isso não era uma atitude
que a racional Kate Beckett teria. Por que cedera, então? Por que se desviara
de seu plano, de suas prioridades? Droga! Odiava ter pensamentos controversos.
Ela passou a mão nos cabelos. Suspirou.
Então sentiu os lábios quentes contra sua nuca. Seu ombro. Castle a abraçara
pela cintura puxando-a contra seu corpo. Ambos dormiram sem roupa alguma, era o
que acabara de constatar ao sentir o calor da pele.
- O que está fazendo acordada? Ainda falta
muito para amanhecer – ao fita-la, ele compreendera a razão. Virou-se de modo a
encara-la. Castle tomou sua mão na dele – hey, você não está arrependida pelo
que aconteceu, está?
- Não. Eu queria celebrar, mas...
- Eu não gosto quando existe “mas...” numa
conversa.
- Castle, eu não me arrependo dessa noite
em particular. Eu só acho que continua-la seria um erro.
- Por continuar você está se referindo a
um “bis” ou a novas oportunidades de fazermos amor?
- Acho que as duas coisas. Quer dizer,
nada mudou. Ainda tenho minhas prioridades, tenho um plano a seguir. Um passo a
passo que impus a mim mesma. Não há um relacionamento no meio disso tudo. Eu
não quero que pense que o usei, ou que estou brincando com seus sentimentos.
Apenas não quero que tenha impressões erradas sobre o que aconteceu.
- Kate, você consegue entender o que está
dizendo? Essas palavras fazem algum sentido para você? O que aconteceu com
aquele “eu senti tanto sua falta” de horas atrás?
- Castle, Deus! Você já está interpretando
errado. Isso era o que eu temia.
- Interpretando errado? Então, todos os
sentimentos que você expressou durante o dia de hoje foram, o que? Uns momentos
de fraqueza? Aquele beijo no banco, o discurso, chamar meu nome durante um
orgasmo, fraqueza? Do jeito que eu vejo, era puro sentimento. Chame-o do que
quiser, se importar, gostar, amizade, gratidão, parceria. Eu sei o que senti,
no fundo você também. Por que não se dá uma chance? Não estou pedindo para
desistir de seus planos, de mudar sua prioridade. Estou sugerindo que adicione
algo a mais nesse processo. Momentos de prazer, para relaxar, ter um ombro para
se lamentar e pés para esquenta-la durante uma noite fria.
- Você está sugerindo que tenhamos um
relacionamento. Já disse a você que não consigo. Expliquei todos os motivos.
- Não o descreva como relacionamento,
chame a nossa relação de parceria com benefícios. Se tenho uma lição a tirar do
dia de hoje é que precisamos nos permitir viver, mesmo que seja por breves
minutos do dia. É tão difícil fazer isso? – Kate permaneceu calada por alguns
instantes. A mente fervilhava diante de tudo o que aquele discurso de Castle
poderia representar.
- Parceria com benefícios? Uma forma de
relaxar e desabafar? Você conseguiria conviver dessa maneira sem alimentar a
ideia de um relacionamento? Seria capaz de aceitar pequenas doses sabendo que
não estou pronta para oferecer mais?
- Sim, trata-se de companheirismo. De
dividir o fardo. Podemos começar devagar, ver o que nos ajuda, nos relaxa. Sem
esquecer as prioridades. Sei que o muro continua aqui – ele colocou a ponta do
dedo sobre o coração dela.
- Não quero apressar as coisas, não posso.
- Então não faça, viva um dia de cada vez.
Se estiver com vontade de fazer algo, me procure. Quando quiser conversar,
estarei aqui.
- Por que eu sempre me deixo enrolar com
suas palavras?
- Porque não resiste ao escritor. Suponho
que isso é um sim – ela sorriu afirmando com a cabeça - Será que consigo
patentear isso? Parceiros no crime com benefícios? – ela joga o travesseiro
acertando o rosto dele – ouch! Sem violência, Kate.
- Achei que você curtisse um certo role
play... – ele se aproximou dela apertando-lhe um dos mamilos, ela gemeu.
- Essa é a sua maneira de dizer que quer
“bis”, detetive?
- Não, essa é a sua deixa para voltar a
dormir – ela se deitou no lado que costumava ocupar da cama, puxou o edredom
cobrindo o corpo. Esperou para ver qual seria a reação dele. Castle resmungava
deitando-se ao lado dela. Ergueu o edredom somente para se esgueirar-se para
junto dela. Kate pode sentir o contato do corpo e da excitação dele, sorriu –
mas quem sabe? Pergunte-me novamente pela manhã.
Ele a abraçou rindo da mulher em seus
braços. Um enigma e uma confusão em forma de pessoa. Ele adorava aquela mulher.
Inclinou-se para roubar-lhe um último beijo. Kate cedeu ao capricho.
- Boa noite, Kate.
- Boa noite, Castle – cinco minutos se
passaram até que ela falasse de novo - Castle?
- Hum...
- Obrigada por ser meu parceiro.
- Always... – ela sorriu no escuro. Aquela
era a marca registrada de Castle. Ela adorava ouvi-lo dizer aquela palavra. Não
resistindo, tornou a falar.
- Castle? Tecnicamente já é de manhã... –
ele gargalhou. Depois, ergueu-a colocando-a sobre seu corpo sorvendo-lhe os
lábios apaixonadamente.
- Sabia que não resistiria, detetive... –
e afagando seus cabelos enquanto as bocas se perdiam, eles davam início ao tão
esperado bis. Não apenas isso, Castle e Beckett começavam uma nova fase em suas
vidas. Não um relacionamento, mas um novo encontro, a possibilidade de um dia
derrubar por completo o muro em volta de seu coração.
Na manhã seguinte, ela foi acordada com
uma bandeja de café da manhã envolvendo panquecas, frutas, croissants e o seu
café preferido. Juntos saborearam a refeição na cama. Entre provar a comida e
sorrir, os demais minutos eram preenchidos por beijos. Ela checou o relógio.
Precisava ir para o distrito. Ainda teria que passar em casa para trocar de
roupa. Ele a acompanhou até a porta de mãos dadas. De frente um para o outro,
ela acariciou o rosto dele mais uma vez.
- Vejo você mais tarde no distrito?
- Conte com isso, parceira – ele a beijou
e abriu a porta. Sorrindo, Kate deixou o loft.
Ao voltar para o seu apartamento na manhã
seguinte, Kate sentia-se leve, relaxada, de bom humor. Havia tomado café com
Castle, compartilhado uma bela refeição com panquecas, recordando-se de uma
outra época quando ele cozinhara para ela em seu antigo apartamento. O mesmo
onde ele salvara sua vida. Quando deixava o loft, ela deu de cara com Martha
assim que a porta do elevador abriu. Não houve um olhar estranho ou uma
expressão julgadora. Apenas um sorriso e uma frase “Carpe Diem, Katherine”.
Ainda não sabia ao certo como essa sua
nova situação com Castle funcionaria. Ela o fez jurar que manteriam segredo.
Sentindo-se inspirada, ela pegou seu caderno azul e escreveu por quase uma
hora. De fato, preferia evitar uma confusão de sentimentos. Por hora, atribuíra
sua rendição a toda aquela história de momentos que Dana insistira que avaliasse. Percebera que ao deixar-se levar pelos
momentos, coisas boas aconteciam. Foi assim com o beijo no elevador, com o
pequeno encontro no Remy´s no qual se permitiu admitir sua chateação quanto a
situação com Serena e agora com a realização da suposta perda iminente de
Castle na sua vida. Parecia que a terapeuta não estava de todo errada, afinal.
Não ficaria remoendo suas ações ou
analisando as decisões, pela primeira vez desde que sofrera o atentado a sua
vida, Kate resolvera dar a si mesma o benefício da dúvida. Preferir a incerteza
à evidência, o seu instinto à racionalidade. Não sabia onde aquela estrada a
levaria, pelos próximos dias como uma boa jogadora de pôquer, pagaria para ver.
Parceiros com benefícios. Talvez Kate não
fizesse ideia do quanto o novo status faria parte de sua vida de agora em
diante. Muito mais do que imaginara ao concordar com a ideia, isso era
certo.
Continua....
5 comentários:
"Parceiros com benefícios". Oh! Papai! E que benefícios, hein? kkkkkkkk
Adoro essa fic, mal posso esperar pelo próximo capítulo!
UHLÁLA!!!
Benefícios?? Tô dentro!!!
ADORO!!
Adorei esse "parceiros com benefícios". Excelente!! Continue assim e não demore a postar. Abraços.
Acho engraçado que........Kate manja em brincar com a cara do Castle e ele sempre tá lá,isso é o que:AMOR!!!MUITO AMOR MEU BRASIL!!!
Fiquei com raiva sim pq ele cedeu,porém,os amassos me compraram 😂😂😌👌🏽
Não posso reclamar desse novo status "Parceiros com Benefícios" 😏 e que benéficos hein 😏👌🏽Mais Kate que nem pense em fazer de brinquedo a cara do Castle (convenhamos que ela já isso né 😆),mas esperamos que ela tenha bom senso pelos uma VEZ! 😐
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