Nota da Autora: Muito bem! Iniciando o mês com as aventuras de Anne. Vou logo avisando que não tem D.Rada nesse capitulo. Acredito que tem duas partes bastante interessantes: uma de cunho educativo e outra de cunho fisiologico. Relaxem! Ambas envolvem biologia, vão gostar. E talvez um pouco de emoção... confesso, eu me emocionei ao revisar (mas tenho todo um contexto para isso). Enfim, divirtam-se!
Warning...NC17!
Cap.65
O sábado começou agitado. Nathan teve que ir ao
supermercado para comprar carne e besteiras que Anne adorava. Não queria fazer
Stana trabalhar ou se preocupar com cozinha, sabia que a semana tinha sido
puxada. Ela não é de reclamar e ontem estava claramente arrasada pelas
gravações. Chocolate, sorvete, carne, salsichas e linguiças. O resto tinha em
casa.
Quando Stana chegou com a menina, ela se jogou
nos braços dele. Era incrível como a presença daquela pequena trazia outra
atmosfera para a casa. Como primeira diversão do dia, ele ordenou o banho de
piscina o que facilitaria toda a logística do almoço. Stana cuidou das bebidas
e do lado saudável de comer como sempre. Podia ser fim de semana, mas encher a
sobrinha de besteira não era uma boa ideia. Logo se juntou aos dois na piscina,
começando uma guerra de caldos com Nathan apenas para deixar a pequena Anne
mais feliz e animada.
Após o almoço, Stana serviu o sorvete enquanto
Nathan arrumava a mesa para o verdadeiro motivo do fim de semana. A batalha de
CLUE que Anne desejava desde o natal. Os três iam jogar, mas para Stana não era
uma questão de competição e sim, diversão. Já seu marido sempre deixava a veia
de jogador falar mais alto mesmo que sua oponente fosse uma garota de oito
anos.
- Todos preparados? O que vamos apostar?
- Nada de dinheiro, Nathan. Não quero ver Anne
desenvolver um vício por jogos. Algo simples.
- Chocolate? Eu comprei várias barras hoje no
supermercado. Podemos apostar uma por partida.
- Oba! Eu quero, tio – ela se virou para
encarar a tia – por favor, tia Stana, deixa a gente apostar o chocolate. Anne
promete que não vai exagerar na hora de comer – a carinha de pidona encantava
Stana, não podia dizer não para a sobrinha.
- Tudo bem. Uma barra por partida. Isso vai ser
interessante.
Nathan embaralhou as cartas, distribuiu entre
elas e separou aquelas a serem desvendadas no envelope pardo. A rodada dos
dados deu a preferência da primeira jogada para Stana. Em um jogo bastante
amistoso, Anne usava toda a teoria ensinada pela tia para desvendar o
assassinato. Nathan provocava dizendo que estava chegando perto da solução, mas
no final da primeira partida, foi Stana quem acertou. A segunda jogada foi Anne
a premiada. Certo, agora ele se perguntava se iria perder todas para as duas.
Felizmente, venceu a terceira. Havia mais duas barras para serem disputadas.
As jogadas continuaram e com uma vitória para
cada lado, foi fácil manter a harmonia durante as partidas. Na quarta rodada,
Anne leva novamente e Nathan deixa passar, mas quando Stana resolve o quinto
mistério ele se aborrece.
- São duas barras de chocolate para mim, duas
para a tia e uma para o tio Nathan. Você perdeu! Anne ficou boa nesse jogo,
empatou com a tia já pode resolver casos como a Beckett – Stana ria da cara
contrariada de Nathan.
- Quero revanche! Não aceito perder para as
duas.
- Nathan! Pare de ser birrento. Faremos a
revanche outro dia. Quer mais sorvete? – ela levantou-se para servir a menina
que já entregara sua tigela, pegou a do marido pois já sabia que ele não iria
recusar. Quando voltou com as tigelas e a cobertura, viu que eles já arrumavam
o tabuleiro para uma nova partida – não disse para deixarmos para outro dia? O
que vocês estão fazendo?
- O tio desafiou a Anne para apostar todas as
barras. Quem ganhar leva as três. Eu quero as três, tia.
- Nathan! Por que tem que fazer isso? – o olhar
de Stana lembrava e muito o de Beckett quando estava chateada com Castle.
Sentou-se ao lado dele cochichando – se você ganhar, vai ter que dar o
chocolate para a garota, não é justo, ela é só uma criança. Você não aprende
nunca? – ele apenas dirigiu um olhar implicante para a esposa.
- O que é a vida sem um pouco de competição
amistosa? Arriscar-se? Devemos estar preparados para ganhar e perder.
- Interessante você dizer isso já que não
aceitou sua derrota.
- Porque eu sou movido pela competição.
- Exceto quando o jogo é strip pôquer...
- Que jogo é esse tia? Anne pode aprender
também? – Stana esquecera completamente que a menina sempre estava atenta às
conversas.
- Não, Anne. É um jogo de adultos. Crianças não
podem brincar.
- Stana, você está atrapalhando a nossa
competição. Vai jogar ou ficará observando? Aposto que está com medo de perder
seu chocolate.
- Desde quando eu tenho medo de jogar com você,
Nathan? Pode dar as cartas, vamos dar uma surra nele, não docinho?
- Sim, tia! Girl Power! – Stana fez high five
com a menina enquanto Nathan muito democraticamente mostrava a língua as duas.
Aquele dia não era dele. Meia hora depois, Anne revelava o culpado, a arma e o
local do crime abocanhando todas as barras de chocolate – uhu! Eu venci!
Lalala! – fez a dancinha da vitória. A tia ria da sobrinha enquanto um Nathan
bastante contrariado observava a festa da garota. Ela implicava com ele
repetindo várias vezes a palavra “perdedor” e fazendo o sinal do “L” na testa.
Stana estava adorando aquilo.
- Parece que o feitiço virou contra o
feiticeiro...
- Muito engraçadas vocês. Aposto que você a
ajudou, deve ter mostrado suas cartas para Anne.
- Você está dizendo que eu trapaceei? Não pode
admitir que perdeu? O que aconteceu com o discurso de ganhar e perder, Nate?
- Não vem ao caso agora. Você tem que ter
trapaceado!
- Eu não jogo sujo. Anne ganhou por conta
própria e se vai me acusar de roubar, vou querer vingança. Anne sabe o que
iremos fazer com o seu tio? – ela puxou-o pela mão levando-o até o sofá –
ataque de cócegas. Agora! – as duas caíram em cima de Nathan enchendo-o de
dedos nas costelas, no pescoço, na barriga. Stana aproveitou a ocasião para
roubar uns beijinhos e mordiscar a orelha dele. Os gritinhos de Anne eram um
motivo a mais para toda aquela festa.
- Por favor! Trégua... trégua. Eu desisto,
socorro! – elas não davam bola e continuavam implicando – apples, apples,
apples! É a palavra de segurança vocês
têm que parar!
- Essa é a palavra do Castle, tio. Não é sua.
- Isso mesmo, Anne!
- Stana.... Por favor.... – rindo ela decidiu
ceder.
- Tudo bem, Anne já chega. Deixe seu tio
respirar – a menina sentou-se ao lado dele, sorrindo. Nathan suspirava
aliviado. Olhava para Stana com cara de quem diz, você me paga. Mas ela não
ligou, pelo contrário, resolveu massagear o ego dele – docinho, que tal abrir
uma daquelas barras para dividir conosco? Tem bastante e você não é egoísta.
Seu tio vai ficar mais feliz se comer um pedaço de chocolate.
- Tá bom, tia. Vou pegar – ela saiu correndo
até à mesa apanhando a barra e voltando quase no mesmo instante jogando-se no
colo da tia que gemeu ao sentir o peso da menina em seu colo. Anne viu a careta
que a tia fez, mas não ligou. Abriu e repartiu o chocolate em partes iguais.
Eles ficaram saboreando o doce e decidindo o que fariam em seguida. Stana
sugeriu que ela assistisse um filme. Pegasse um de seus desenhos e podia
assistir no telão da sala de TV. A menina se alegrou, mas não queria ver os desenhos.
Queria assistir Castle.
Mesmo não concordando totalmente, Stana acabou
cedendo. Afinal, se a menina ficasse quieta vendo os episódios, ela poderia ter
um tempo para adiantar a próxima refeição. Também queria mandar uma mensagem
para Gigi. Ela precisava dizer a irmã que iam a tal première de Deadpool. Claro
que Jeff já devia ter comentado, porém não ia desacompanhada de jeito nenhum.
Não queria enfrentar Morena sozinha.
- Nate, você pode colocar os episódios para
ela? Vou cuidar do jantar. Qual você quer assistir, Anne?
- Aquele do apartamento da tia que explode e
depois aquele do bebê e o casamento. Ah! O da Nikki também.
- Nossa! Uma boa mistura. Tem que ser nessa
ordem? – perguntou Nathan já imaginando a programação que faria.
- Sim, hum... Não, o do bebê pode ser o último
depois do da Nikki.
- Tudo bem, você que manda – estendeu a mão
para a menina – vamos? Estaremos na sala, amor. Qualquer coisa, chame.
- Assim que adiantar aqui, vou me juntar a
vocês.
- Sabe, podíamos comer só uma pizza. Você não
teria que se preocupar com a cozinha.
- Anne adoraria pizza.
- É, eu não sei? Vão indo, eu quero ver se
posso evitar a sugestão de vocês. Depois vou lá – Nathan entendeu que não era
bem o jantar que Stana queria preparar, ela estava com outra ideia em mente.
Resolveu dar um tempo para ela. Teria como descobrir o que ela fizera depois.
Ela realmente foi para a cozinha primeiro.
Olhou as opções na geladeira, ponderou os ingredientes que tinha disponível e
resolveu fazer uma rápida salada de atum com bastante temperos, pelo menos
seria algo mais substancial que a pizza. Também decidiu por fazer waffles. Jeff
tinha trazido uma maple syrup original do Canadá. Enquanto preparava a massa,
ela pegou o celular colocando os fones no ouvido e ligou para a irmã.
- Hey, sis. Como vai sua tarde? Anne está
aprontando muito com vocês? Ela está aí, não?
- Está sim, mas ela não dá trabalho, Nate é
mais criança que ela. Eles estão assistindo Castle agora. E eu achando que ela
ia querer ver Frozen, já tinha até me preparado psicologicamente para ouvir
“Let it go” pela bilionésima vez. Ela só escuta essa música no meu carro.
- O que posso dizer? Ela realmente adora o
trabalho da tia. É apaixonada pela Beckett e pela Stana. E por que você não
está junto? É uma daquelas atrizes metida a besta que não gosta de assistir
seus trabalhos?
- Não! Eu gosto de ver Castle. Estou fazendo
waffles para comermos mais tarde. E também queria falar com você. Já deve estar
sabendo pelo Jeff que Nate conseguiu ingressos para a première de Deadpool.
- Sim, Jeff está todo empolgado. Eu até queria
ver, mas... O irmão tem prioridade nesse caso já que a esposa não pode ir, né?
É por isso que me ligou? Está chateada com a situação?
- Não. O Nate não disse para o Jeff? Temos
quatro ingressos. Aparentemente, Morena deu para que levassem acompanhantes.
- Ah, é claro. Foi assim que ele conseguiu os
ingressos. Tinha esquecido que ela estava no elenco. Mas não podemos ir como
acompanhantes. Você tem um segredo a zelar e seria muito estranho eu ir com
Jeff.
- Não. Vamos juntas. Como se não tivesse nada
combinado. Para todos os efeitos, eu não sabia que Nathan iria à première iremos
nos encontrar por acaso.
- E quanto aos ingressos? Quer dizer, ela vai
perguntar porque não levaram as acompanhantes.
- Ainda não pensei sobre isso. O mais
importante é que nós iremos.
- Você está com ciúmes desse encontro, não?
Conheço você. A ideia de Nathan encontrar Morena não te agrada. Você se sente
insegura, sis? De verdade? Considera essa mulher uma ameaça?
- Não! Que besteira, Gigi. Eu realmente quero
ir, sou fã de quadrinhos e de Stan Lee. Não tem nada a ver com a Morena.
- Stana... – Gigi já entendera tudo.
- Tudo bem. Não é ameaça, mas eles têm um
passado. Aquele lance de Firefly que até hoje Nate não esqueceu. Eu não sei. Eu
confio nele, mas o apego dele nesse assunto é muito grande.
- O apego dele é com a série. Não com ela. Você
pode ter ciúmes, sis. É natural. Ela é bonita, talentosa, o conhece, trabalharam
juntos. Mas é passado.
- Essa é a sua ideia de me ajudar? Falar das
qualidades da mulher? Saiba que está ajudando pra caramba.
- Hey, deixa de ser boba. Ele trabalhou, o que,
uns oito meses com ela? Ele convive com você quase 24 horas por dia durante os
últimos oito anos. Estão juntos a quase três. Casados. Só vejo vantagens do seu
lado. Claro que vai ter o momento de nostalgia, porém no fim do dia, ele voltará
para casa com você.
- Nossa! O que aconteceu com a minha irmã? Em
outros tempos você estaria me apoiando e traçando ideias mirabolantes para
evitar que os dois passassem muito tempo juntos.
- Posso fazer isso se quiser, mas não será
preciso, Stana. Como disse, você confia nele. Só tem que manter os olhos bem
abertos em relação a ela. Vai ficar tudo bem. Ando meio sensível esses tempos.
De qualquer forma, pode contar comigo.
- Gigi, isso tem a ver com Jeff? – será que a
irmã estava se apaixonando pelo seu cunhado?
Logo ela que sempre se declarou um ser livre? Ela reparou que a irmã
demorou a responder – Gigi? – a resposta foi a mais evasiva possível.
- Talvez... – e logo encurtou a conversa – acho
melhor você dar atenção a sua sobrinha. Sabe como Anne gosta de passar o tempo
com você. Eu vou com você para a première, não se preocupe. Manteremos nossos
olhos e ouvidos atentos se isso te faz sentir-se melhor. Um beijo, sis.
- Beijo, sis – ela tinha evitado prolongar a
conversa a qualquer custo. Será que havia chance das coisas entre ela e Jeff
ficarem sérias? Tão rápido assim? Ela terminou de bater a massa e colocou-a na
geladeira para fazer os waffles depois. Seguiu para a sala de TV, porém se
lembrou que Nathan não aplicara a injeção dela hoje. Estava chegando quando o
viu sair da sala.
- Onde vai?
- No banheiro. Tome cuidado quando entrar, ela
cochilou no começo do episódio de Nikki.
- Ótimo, então pode vir comigo. Vamos subir.
Você não aplicou minha injeção hoje.
Eles subiram para o quarto. Nathan foi ao
banheiro antes e voltou com a caixa de injeções. Stana já se posicionara para
receber a picada. Sua calça de moletom estava abaixada e ela segurava a
calcinha para baixo expondo parte do bumbum. Ele abriu a tampa e sugou o frasco
para dentro da seringa. Observando a ponta, ele se preparava para aplicar.
Quando apontou a agulha sobre a pele, eles ouviram um grito. Anne estava parada
no meio do quarto de olhos arregalados e com uma cara de pavor.
- Nãoooo! O que o tio está fazendo? Não fure a
tia Stana! – ela correu para bater no braço de Nathan que felizmente teve
reflexo para desviar e salvar a seringa. Stana virou-se para a sobrinha
agachando-se na frente dela.
- Hey, docinho. Está tudo bem. O seu tio não
estava fazendo nada de ruim. Nate não está machucando a tia. É remédio.
- Tia, você está doente? É grave? - a menina
começava a torcer a boca e algumas lágrimas se formavam - a tia vai morrer? -
ela dirigia a pergunta para Nathan claramente acreditando que a tia não lhe
contaria a verdade.
- Não, Anne! - Stana ajoelhou-se ao lado da
sobrinha pegando suas mãos - eu estou fazendo um tratamento, não é nada grave.
- Mas injeção é para quando a gente está muito
doente. E por que o tio está fazendo isso? Ele não é médico.
- Sim, ele pode fazer isso porque é bem
simples. Nem precisa de médico. Ele me ajuda porque não consigo aplicar em mim
mesma. Vem cá, me dá um abraço. Prometo que vou estar por aqui por muito tempo,
quero ver seus namorados, ajudá-la a se arrumar para o primeiro baile. Tantas
coisas - ela deu um beijo na sobrinha - posso tomar minha injeção agora?
- Pode, mas Anne não quer ver - automaticamente
colocou as mãos no rosto - termina isso logo tio! - Nathan riu da aflição da
menina, ela estava realmente incomodada. Depois que aplicou, Stana vestiu as
calças e pegou a mão da menina.
- Pronto, vamos descer? Seu tio disse que
estava dormindo.
- É, eu cochilei. Não terminei de ver o
episódio da Nikki. Assiste comigo, tia?
- Claro, você vem Nathan?
- Sim, vou ao banheiro e já desço.
Em poucos minutos ele se juntou as duas.
Dividiam confortavelmente o sofá. As pernas de Anne sobre o colo de Stana e a
tia confortavelmente aninhada no peito de Nathan. Na tv, a excelente Nathalie
Rhodes vivida pela ótima Laura Prepon dava seu show particular mexendo com os
brios da detetive. Anne ria sozinha das caras e bocas que a tia fazia em cena e
comentava as que mais gostava. Nathan também se divertia com os altos papos da
menina.
Em uma determinada cena, Anne franziu a testa.
Pegou o controle e pausou o episódio. Olhando para a tia com olhar de
curiosidade, perguntou.
- Tia, o que é masturbação verbal? – a cara de
pânico de Stana fez o local ficar em uma espécie de silêncio mórbido. Nathan
apesar de ter achado a cara da esposa engraçada, estava igualmente chocado com
a pergunta. Como sairiam dessa? – tia, estou esperando. Deve ser uma coisa boa
porque a Nikki diz que o Castle faz para a Kate... e Castle sempre faz coisas
boas para Beckett, ele gosta dela – certo, estava ficando pior.
- Docinho, eu... – ela olhava aflita para
Nathan como quem pede socorro – isso é, não pode saber, o caso é... – nenhuma
coerência saída da boca de Stana.
- O que a sua tia está querendo dizer é que,
bem o adulto sente desejo e então ele se toca de uma forma que, como vou dizer
isso, é talvez fosse melhor – a menina revirou os olhos colocando a mão tapando
a boca de Nathan.
- Tio, eu sei que masturbação é se tocar,
conhecer o próprio corpo. Todo mundo faz isso.
- Você sabe? – Stana tinha os olhos arregalados
- Como? Você andou usando a internet na casa de alguma coleguinha? Porque tenho
certeza que o Marko tem bloqueio de páginas e...
- Não, tia. A professora na escola explicou.
Ciências e educação sexual. Ela disse que nos tocamos para conhecer nosso
corpo. A mamãe disse que não posso fazer isso em frente de outras pessoas.
- A mãe sabe... – Stana quase sussurrou para
Nathan. Ele resolveu explorar a situação.
- Certo, então aprendeu na escola que
masturbação é o processo de conhecer o próprio corpo e que não deve ser feito
na frente de outras pessoas. Por que perguntou sobre isso se já sabe o que é,
Anne?
- Porque quero entender como seria uma
masturbação verbal.... quer dizer, você pode tocar e esfregar palavras? Como se tivesse lendo o livro? É isso que o
Castle faz com a Nikki?
- Depende, o que você sente quando se toca? –
ele perguntou ainda sobre o olhar angustiado de Stana.
- Nathan, não acho que deveríamos...
- Está bem, Stana. Ela pode contar para nós
porque somos seus tios e cuidamos dela. Mas não fale disso com outra pessoa que
não seja sua mãe, Anne.
- Eu acho gostoso. Faz cócegas e relaxa.
- É assim que Castle faz a masturbação verbal.
Usa as palavras de maneira relaxante e gostosa para falar de Nikki. Certo,
Stana?
- Isso, ele fala bem dela, de suas qualidades,
da beleza usando palavras.
- Ah! Isso é legal. Obrigada pela explicação –
ela dá um beijo em Nathan e outro em Stana e na maior naturalidade volta a
assistir o episódio. Stana ainda perturbada com a situação que acabara de
presenciar, fica ereta no sofá. Nathan pega sua mão apertando-a em sinal de
apoio. Ao terminar o episódio, Stana pergunta se Anne não está com fome.
- Ah, não estou, tia – a resposta foi dada
imaginando que a tia iria faze-la comer algo como salada, pois vetara a pizza
que Nathan sugerira.
- Nem se for waffles com bastante cobertura e
um chocolate quente com mashmallow? – os olhos da menina brilharam.
- Waffles? Eu quero!
- Pensei que não estivesse com fome...
- Se você oferecer brócolis garanto que ela
desiste rapidinho – disse Nathan.
- Vocês são muito parecidos! Tudo bem! Para a
cozinha. Preciso de ajuda para assar os waffles e enfeita-los com cobertura e
frutas.
- Tinha que ter uma parte chata, frutas – ela
deu um murro no marido pelo comentário.
- Deixa de ser besta, são morangos e amoras.
Vamos, docinho – na cozinha, Stana instruiu a menina do que deveria fazer. Enquanto
Anne se dedicava as tarefas, Stana mexia com a massa e fez sinal para Nathan se
aproximar, então sussurrou.
- Nate, o que foi aquele papo na sala? Eu não
sei o que pensar. O que andam ensinando para essas crianças hoje em dia na
escola? Eu não estava preparada para
ouvir aquilo, Nate. Ela deve ter percebido. Nem sei o que aconteceria se eu
estivesse sozinha com ela.
- Hey, não é um assunto fácil. Também me
assustei.
- Você tirou de letra... as vezes acho que Anne
está bem além de seu tempo. Ela é muito inteligente, pega coisas no ar. Tem uma
sensibilidade maior que muitas crianças da sua idade. Isso é bom, mas até que
ponto?
- O que posso dizer, Staninha? Ela é uma Katic.
Está no sangue, no DNA. Quando olho para Anne fico imaginando como você era
quando criança e como nossa futura filha pode ser. Se ela puxar toda essa
inteligência de vocês, eu estou perdido – Stana balançou a cabeça surpresa.
- Você pensa nisso? Em nós tendo uma garotinha?
– de repente ela esqueceu que estava sussurrando. A ideia de que ele se pegava
imaginando sobre o futuro, se vendo como pai, trazia alegria ao seu coração.
Ela precisava ficar bem logo para revelar seu desejo a ele.
- Todo o tempo – beijou-a carinhosamente nos
lábios.
- Hey! Tem criança na cozinha! – Anne gritou.
- Está com ciúmes, Anne?
- Não, mas se vocês se empolgarem como a
detetive e o escritor isso não vai dar certo – eles riram – podemos comer, tia?
- Sim, a primeira leva de waffles já está
pronta. Tem quatro, dá para todos provarem. Você pode decora-los? – Stana
sentou ao lado da sobrinha observando-a encher os waffles de cobertura e
frutas. Estava concentrada quando de repente virou-se para a tia e falou.
- Essa injeção que a tia toma é para
engravidar, não? A mãe da Julie tomou para ter o irmão dela. Eu sei, ouvi o tio
falando que quer ter uma filha. É por isso os remédios – de repente, ela parou
de mexer com as massas e olhou séria para a tia – não vai esquecer de mim, tia
Stana, você prometeu. Eu não quero ficar longe de vocês. Eu, Anne, amo muito os
dois, mas se tiverem uma menina não vão querer que eu venha aqui. Porque vão
brincar com ela, comprar coisas para ela, fazer doces. Anne será esquecida. Não
quero isso porque vai doer, tia – uma lágrima escorria pelo rosto. Stana
abraçou a sobrinha com força. Beijou-lhe o rosto. Os olhos já estavam cheios de
lágrimas.
- Oh, minha menina... minha pequena Anne. Minha
gênia. Como eu poderia ficar longe de você? Eu te adoro porque você é esperta,
carinhosa. Se um dia eu tiver um bebê é porque você me inspirou a isso. Porque
eu quero uma menininha inteligente e linda como você. Porém, nada vai mudar. Eu
vou amar meu bebê, terei que cuidar dele, mas você faz parte da minha vida –
ela olhou para Nathan e estendeu a mão para que ele se aproximasse – da nossa
vida. Se meu bebê for um terço igual a você, eu já estarei muito feliz, Anne.
- Ela vai ser melhor que Anne, tia. Porque ela
vai ser uma mistura de vocês. Um tio lindo que gosta de videogame e
brincadeira, uma tia linda que faz tudo para eu me sentir feliz. E sabe o que é
mais legal? Ela vai saber caçar bandidos – Stana já estava chorando, tornou a
abraçar a menina – tia, eu sei que vou ficar chateada com ela as vezes, só
porque eu amo muito vocês. Não fica com raiva de mim, tá?
- Nunca, nunca. Eu te digo o seguinte quando
chegar a hora de falar de garotos, desenhos, princesas, quero que você seja a
melhor amiga dela. Combinado?
- Combinado.
- Vocês falam como se realmente já fosse
verdade, falam como se tivessem certeza de que teremos uma garotinha – disse
Nathan.
- Uma menina é bem melhor, tio. Você mesmo
disse que quer uma filha.
- Culpado.
- Mas se for um menino, eu posso bater nele de
vez em quando? Eles são chatos! – Stana riu.
- Nada disso. Vamos ama-lo igualmente. Vou
ensina-lo a respeitar você, Anne. E quando ele realmente tiver a idade para ser
chato, aposto com você que já pensará de outra forma sobre meninos – disse Nathan.
Vendo que a conversa podia se encaminhar para outra estrada perigosa, Stana
cortou.
- Tudo bem – disse limpando o rosto – vamos
comer.
Mais tarde quando Stana retornou da casa do
irmão, encontrou Nathan na sala de tv assistindo o episódio que Anne esquecera.
O do bebê. Sentou-se ao seu lado no sofá jogando suas pernas para um lado,
deitando-se no colo dele. Automaticamente, ele acariciava seus cabelos.
- Ainda envolto no sentimentalismo que a nossa
garotinha nos brindou hoje? Por que está assistindo isso?
- É divertido – sorriu. Acariciando o nariz
dela com a ponta dos dedos, ele falou – amor, você já reparou que todas as
vezes que a Anne vem passar um tempo conosco sofremos uma espécie de montanha
russa emocional? Ela sempre sabe como nos deixar encurralados, seja por
perguntas capciosas ou por demonstração de carinho e inteligência. É como se
ela nos lembrasse porque estamos juntos, tudo através dos olhos de criança.
Acho espetacular.
- Você realmente ficou mexido com aquela
conversa, não?
- Você ouvir de uma criança que seu bebê será
melhor que ela porque será uma mistura de nós dois não é para qualquer um. Ela
me deixa sem palavras as vezes.
- E você também faz isso comigo, especialmente
quando vejo o brilho nos seus olhos ao falar da minha sobrinha. Eu vejo quanto
você a ama.
- Nossa sobrinha, Stana. E isso nunca vai
mudar. Anne é mais que isso, ela é uma filha para mim.
- Para mim também, babe – ele se curvou para
beijar-lhe os lábios. Sentia que a esposa estava cedendo a cada dia a ideia de
um bebê. Talvez fosse uma reação aos hormônios, o que era ótimo. Ou
simplesmente se rendera a possibilidade de ser mãe.
- Amor, será que agora você pode me contar o
que queria fazer naquele seu tempo livre quando inventou de fazer o jantar?
- Fazer o jantar. Waffles. Esqueceu que eu fiz
a massa.
- Esse foi o pretexto. Conheço você, Stana. O
que está rodando essa mente?
- Nada demais. Eu precisava falar com Gigi. Não
tinha avisado da première e seu irmão também não tinha.
- Você quer que eu acredite que estava
preocupada em ligar para Gigi por causa da première de Deadpool quando sua
sobrinha estava passando uma tarde conosco? O que realmente está acontecendo,
Stana? – ela se levantou do colo dele. Sentada no sofá, fitava o chão. Nathan
entendera do que poderia se tratar – por acaso isso tem a ver com o fato de que
Morena me deu esses ingressos? Meu Deus! – ela o fitou sem conseguir disfarçar
o desconforto – você está com ciúmes dela?
- Não! Que ideia idiota! Por que teria ciúmes
dela? Você não me deu motivos para isso...
- Você é uma péssima mentirosa. Está com
ciúmes. Teme o meu encontro com ela. Stana, por favor!
- Pode me culpar por me sentir insegura ao
menos um instante?
- Claro que não, mas você é tão boba por se
sentir assim... é minha esposa, a mulher que eu amo e nada vai mudar isso,
amor. Passado é passado. Esquece isso.
- Não é tão simples assim, você esqueceu
Firefly? – ele revirou os olhos.
- Essa é a sua desculpa? Eu não esqueci a série
porque significou muito para mim – diante do olhar estranho que ela o lançara,
completou - O trabalho, não a Morena. Será que pode acreditar em mim? Confiar
em mim?
- Eu confio, babe. Claro que confio - ela o beijou.
- Vamos para cama. Foi um dia cheio hoje.
Três da manhã
Stana acordou espreguiçando-se. Acabara de ter
um sonho muito interessante. Ela e Nathan estavam em uma ilha deserta e tudo o
que faziam era sexo. Percebeu que estava com a calcinha molhada, sim, ela
estava excitada. Sem pensar duas vezes, esfregou o corpo nele começando a
beija-lo no pescoço. Nathan dormia pesado. Então mudou de estratégia. Subiu
nele e uma de suas mãos procurou pelo membro que estava relaxado. Com
agilidade, ela acariciava-o e continuava a usar a boca para beija-lo no rosto,
pescoço e peito. Sentiu uma mão respondendo aos seus gestos ao agarrar-lhe o
traseiro. Sorrindo, ela chamou por ele.
- Nate... acorda... estou excitada... Nate –
ela caprichou nos gestos no membro dele arrancando gemidos. Ele abriu os olhos.
- O que está fazendo?
- Tentando convencer meu marido a fazer amor
comigo.
- Que horas são?
- Hora de fazer amor gostoso... – ela o beijou
nos lábios sensualmente. Pode sentir o membro reagir ao toque – hum, isso é bem
melhor – e naquele instante, o fogo se acendeu. Os dois entraram em uma
avalanche de carícias, as roupas sumiram em segundos, o contato estabelecido
anteriormente tornara-se mais vibrante, certo. Stana deixou-o quase a ponto de
explodir, então foi arrebatada pelos braços fortes que a prenderam contra o
colchão ao penetra-la subitamente. O momento do clímax chegou mais rápido do
que imaginara e logo estavam gemendo e arfando diante da explosão de prazer que
experimentavam.
Satisfeita, ela literalmente virou-se para o
lado e apagou. Nathan ainda ficou observando-a por um tempo. O que dera nela
para simplesmente acordar no meio da noite e querer fazer amor? A resposta ele
viria a descobrir apenas dois dias depois, contudo ainda ia ser surpreendido
até lá.
Por volta das sete da manhã de um belo domingo,
ele sentiu frio. Ao abrir os olhos deparou-se com uma situação bem peculiar.
Não havia um pedaço de lençol sobre o seu corpo. Estava completamente nu,
lembrança da pequena brincadeira da madrugada. Isso não era tudo. A seus pés,
estava ela. Sentada, igualmente nua, observando-o.
- Bom dia, babe... pronto para uma dose
matinal?
- Você não está falando de café, está?
- Não, tenho algo em mente que é bem melhor que
café – ela subiu nele espalmando as mãos no peito acariciando e usando as unhas
para instiga-lo. De leve, esfregava o corpo sobre o membro para excita-lo. A
boca buscou a sua mordiscando-lhe os lábios – quero você.
Não esperou resposta. Ela simplesmente deixou
seus lábios viajarem pelo pescoço, seguindo para o peito, lambia seus mamilos,
provava-lhe a pele deixando pequenas marcas com os dentes até perceber o quanto
ele já estava pronto para ela. Então, acomodou-se de forma a deixar seu corpo
se encaixar e deslizar ao encontro da conexão perfeita. Gemeu ao senti-lo
dentro de si. Começou a mover-se vagarosamente. Os cabelos teimavam em cair no
rosto devido ao movimento. Nathan recebeu a oferta que ela lhe fazia com muito
prazer. Suas mãos encontraram seus seios, apertando-os, tocando-os até se
inclinar na cama e abocanha-los para ouvi-la gemer seu nome.
O ritmo tornou-se mais intenso. Ela jogara a
cabeça para trás deixando o caminho livre para ele se deliciar com a pele
exposta. Nathan sugou-lhe o pescoço como um vampiro, mordiscou-lhe a garganta
enquanto suas mãos seguravam sua cintura intensificando os movimentos. A
sensação era incrível. Ele estava com a barba um pouco crescida e isso apenas
tornava o contato mais sensual. Ela gemia ao sentir o roçar em sua pele. O
orgasmo estava próximo e após roubar-lhe um novo beijo cheio de tesão, eles
explodiram juntos de prazer.
Após a tempestade, ambos se encontravam
satisfeitos e exaustos. Deitados lado a lado, eles recuperavam o fôlego.
Recomposto, ele se levantou avisando que ia tomar um banho. Stana
espreguiçou-se na cama. Deus! Era bom fazer amor com ele, nunca se fartava.
Criando coragem, ela se levantou para fazer duas canecas de café em retribuição
ao pequeno momento matinal. Ao retornar da cozinha com os copos fumegando de
café fresco, deduziu que ele ainda estava no banheiro.
Ao entrar, deparou-se com uma visão que
adorava. Nathan estava de costas preparando-se para fazer a barba completamente
nu. Seu bumbum arrebitado exposto ao bel prazer dela. Não resistindo, ela
encostou-se nele, entregou-lhe a caneca de café e tão logo estava com a mão
livre, apertou-lhe o bumbum, adorava belisca-lo. Deu uma tapinha nele sorrindo
feito boba para o marido.
- Você realmente deveria parar com essa
obsessão pelo meu traseiro, Staninha...
- Não consigo. É minha parte preferida do seu
corpo depois dos seus olhos...
- Mesmo? Não ia adivinhar nunca – disse
sarcástico – ainda tinha esperança que fosse outro membro.
- Ah, se não fosse por esse membro nem teria
casado com você – ela tomou um gole do café e abaixou-se para morder-lhe o
traseiro.
- Oh, Deus... faz isso não, amor... – sentiu a
pontada no membro. Já estava ficando excitado de novo – tudo o que eu pretendia
agora era fazer a barba... você parece querer tornar essa pequena tarefa
impossível...
- De jeito nenhum. Pelo contrário, deixe-me
ajuda-lo – ela colocou a caneca de lado, sentou-se no balcão da pia de frente
para ele. Com Nathan entre suas pernas, ela pegou o creme de barbear e
distribuiu calmamente no rosto dele. Então pegou o aparelho de barbear e
deslizou suavemente contra a pele tirando o excesso de creme e livrando-se dos
pequenos pelos indesejados da barba. Ele estava maravilhado com o momento íntimo
criado pelos dois. Aliás, essa manhã estava sendo bem interessante, cheia de
surpresas. Assim que terminou, ela molhou as mãos e passou pelo seu rosto. Com
uma pequena toalha enxugava o local procurando não irritar a pele. Por fim,
espalhou a loção pós-barba. Satisfeita, esfregou o rosto no dele sorrindo.
- Perfeita... só falta um último teste – ela o
beijou carinhosamente, Nathan esfregou o rosto no pescoço dela e percebeu que
Stana abria os botões da camisa que usava, sua camisa – deixe-me sentir na
pele... – era um convite para beija-la, toca-la com os lábios e provar-lhe a
pele – por favor, Nate... – ele não negou o pedido dela. Deslizando seus
lábios, traçava uma trilha de beijos, usava a língua, esfregava seu rosto na pele
quente da esposa. Sentiu Stana empurrando sua cabeça mais para baixo, abrindo
as pernas para que ele pudesse infiltrar-se no meio delas. Ele entendera
perfeitamente o pedido. E por mais uma vez, não ficou surpreso ao descobrir que
a esposa estava sem calcinha e extremamente excitada. Arrancou vários gemidos ao prova-la, uma,
duas, três vezes, ela explodiu em orgasmos múltiplos quase arrancando seus
cabelos no processo.
Ao terminar, Nathan ajudou-a a descer da pia.
Reparou que suas pernas ainda estavam bambas, porém isso não a impediu de
procura-lo outras duas vezes mais naquele domingo. Afinal, o que estava
acontecendo com ela?
Antes de dormir, ele beijou-a outra vez.
Estavam deitados de conchinha. Curioso, ele comentou.
- Se você continuar me acordando de madrugada
por sexo, não sei como estarei amanhã no trabalho. Não que esteja reclamando.
De maneira alguma, mas o que deu em você esse domingo, amor? Você está em
brasa, fogosa...
- Eu só queria fazer amor com você, cada vez
que olho para você o desejo me consome... eu não sei...
- Trate de se controlar amanhã, amor. Nem
pensar em dar bandeira no estúdio.
- Vou tentar. Pelo menos você estará vestido.
Por que você tem que ser tão irresistível? – ela virou-se para fita-lo.
- É parte do meu charme? – ele perguntou com um
sorriso maroto nos lábios.
- Definitivamente – ela o beijou apaixonada –
melhor tentar dormir antes que eu tenha novas ideias. Boa noite, amor.
- Boa noite.
E Stana tinha razão. Ele estando vestido e com
o foco no trabalho, conseguia controlar o desejo. Ao menos por um tempo, já na
parte da tarde, ela sofria por querer apenas uns minutos com ele. Beijar aquela
boca. Sentir seus braços, seu cheiro. Deus! O que estava acontecendo com ela?
Para piorar, não havia uma cena Caskett para gravar naquele dia. No início da
noite quando foi liberada das filmagens antes dele, a sensação que tinha era de
estar subindo pelas paredes. Dirigiu o mais rápido que podia até em casa, um
banho gelado. Precisava afastar essas ideias da mente.
Ela tentou. Ficou de molho na banheira e pelo
menos meia hora no chuveiro gelado. Quando pensava que melhorara, ela se
lembrava dele, de algo sexy sobre ele e todas as sensações voltavam. Ao chegar
em casa, Nathan mal teve a oportunidade de dizer boa noite ou beber um copo
d´agua. Foi arrastado para o chão da sala no instante que apareceu na frente
dela. Fizeram amor outra vez. Deitados no chão da sala, sobre o carpete
extremamente macio, ele indagou.
- Stana, o que está acontecendo?
- Eu não sei, meu corpo pede você. Eu quase
enlouqueci o dia todo porque queria toca-lo. Será que estou me tornando uma
ninfa? – ela ficou vermelha pelo pensamento colocando as mãos no rosto – isso é
embaraçoso. Eu pareço uma desesperada por sexo, com desejo capaz de explodir a
qualquer momento feito uma bomba relógio de prazer!
- Hey... tudo bem – ele tirou as mãos dela do
rosto – eu não estou reclamando, longe de mim! Só acho diferente. É como se
você estivesse movida por prazer, libido a mil e hormônios... é isso!
Hormônios! Staninha, deve ser alguma reação, um efeito colateral da injeção. As
dosagens podem estar mexendo com seus desejos, sua libido.
- Será?
- Provavelmente. Por que não liga para a sua
médica e confirma? Aposto que se ela ouvir como se sente, irá entender o que
seu corpo está fazendo. Talvez tenha que mexer na dosagem.
- Você tem razão – ela sentou-se arrumando o
cabelo num coque – vou pegar meu celular – ela se levantou. Nathan ficou
deitado por um tempo até que ela voltou jogando um roupão sobre o seu corpo –
vista isso. Não quero te atacar de novo.
- Não me importaria... – mesmo assim, fez o que
ela pedira. Devidamente coberto, ele levantou-se indo até a geladeira. Tirou
uma cerveja e tomou metade da garrafa em longos goles, observando-a de costas
para ele falando baixinho ao celular. No momento em que já estava em sua
segunda garrafa, ela desligou e virou-se para encara-lo – então?
- É efeito colateral. Ela disse que não irá
mexer na dosagem, assegurou que o efeito passa após três dias ao contar de
quando começara. O que quer dizer...
- Que temos mais um dia de puro prazer sexual.
Libido a mil e orgasmos garantidos.
- Sim, praticamente falando.
- Hum... será que não seria uma boa hora para
eu chamar minha amante russa sexy? Tenho certeza que Svetlana está por aí,
escondida em algum lugar...
- Ah... sim, Svetlana está escondida. Na
verdade, ela está à procura de uma garrafa de vodca – ela já estava com o corpo
colado no dele – não uma vodca qualquer – sussurrava no ouvido dele – essa
“garrafa”, Dr. Livingstone... – disse agarrando-lhe o membro. Nathan gemeu.
- Quer uma consulta particular, Svetlana? Estou
mais que pronto para oferecer meus serviços – arrebatando-a do chão, ele a
carregou em seu colo pelas escadas e o fogo tomou conta deles. Nathan nunca
pensou que gostaria tanto de uma injeção em toda sua vida.
Continua...
2 comentários:
Uau! Será que esse fogo todo vai tê algum efeito futuro? E a Anne, OMG! essa menina não é normal.kkkkk
UAL!!!! que fogo einh kkkk realmente espero que tenha a consequência certa esse fogo todo hahah um bebê talvez :D Anne muito fofa meu deus, ela é demais!!! só peço uma coisa, pelo amor não demore com o próximo capítulo stanathan!!! necessito de mais...
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