Nota da Autora: Mais um capítulo para vocês. E sim, continua o angst, afinal sabemos que são dois teimosos. Não fiquem com raiva de mim, sei que irão gostar do capitulo mesmo assim. E prometo para o bem de nossos corações que as coisas vão se acertar. Já bastam os tiros da vida real. Enjoy!
Cap.67
Gigi certificou-se de que a irmã estava bem
antes de deixa-la sozinha. Ela imaginava que Nathan estava prestes a chegar em
casa já que ouviu-o dizer que iria embora também. Independente de não ter feito
nada, ela sabia que Stana, de alguma forma, descontaria sua raiva e frustração
nele.
- Sis, olhe para mim – ela estava sentada na
cama já de pijama. Obedeceu a irmã – promete que não vai ser tão dura com
Nathan? Sei que está com raiva, chateada, eu entendo. Só que ele também está. Não
quero que briguem por besteiras. Ninguém feriu os sentimentos de ninguém hoje.
Esqueça a Morena, não vale a pena brigar por causa dela.
Stana não disse nada. Gigi beijou-lhe a testa.
- Posso ir? Você vai ficar bem? Se quiser
espero Nathan chegar...
- Não, pode ir.
- Juízo, sis. Volim te.
- Volim te – Stana respondeu. Assim que teve
certeza de que Gigi fora embora, ela levantou-se da cama e foi até a cozinha.
Abriu a geladeira e tirou uma garrafa de vinho tinto intacta. Abriu e nem
sequer serviu a bebida em um copo, bebeu no gargalo mesmo. Precisava disso. Não
queria encarar Nathan naquela noite somente com a raiva que sentia. Sentada no
sofá da sala, ela tomava a garrafa. Sem ninguém para impedi-la, ela esvaziava
aos poucos o objeto a sua frente.
XXXXXX
Gigi espantou-se ao encontrar Jeff em casa,
mais precisamente no seu quarto. Não fora para o seu apartamento.
- Você deixou Nathan em casa?
- Não, ele estava dirigindo. Pedi para
deixar-me aqui, ele disse que ia dar uma volta porque sabia que Stana precisava
de um tempo. Como ela está?
- Mal. Não por causa do Nathan. Pela
provocação, pela atitude daquela mulher. Sério, Jeff, ela é daquele jeito
sempre, totalmente oferecida, espaçosa? Entendo completamente a raiva da minha irmã.
Eu também ficaria da mesma maneira. Muito abusada!
- Ela tem um jeito diferente de agir, lidar com
pessoas. Tudo bem, confesso que é um pouco demais.
- Você não viu o que nós vimos. Ela tentou
agarrar seu irmão, felizmente Nathan a afastou e Stana o viu fazendo isso. Sabe
lá o que aconteceria se ela visse apenas uma parte da cena. O pior era dizendo
que porque ele não correspondeu, ela sabia que ele tinha alguém. Que espécie de
mulher é essa? Ela praticamente chamou o Nathan de galinha, fácil... – ela estava
irritada - ridícula, isso é o que ela é.
- Hey... tudo bem, não precisa ficar irritada
com isso. Você fez sua parte, ajudou sua irmã e agora cabe aos dois se
acertarem, se é que realmente precisam. Nathan estava muito chateado com a
situação. Conheço meu irmão, ele vai contornar tudo e logo Stana vai estar bem.
Ela não tem dúvidas quanto a ele, aos seus sentimentos, tem?
- Não. Ela só está chateada com o que
presenciou. Não é fácil estar nessa situação. Pessoalmente, não tenho ideia do
que faria. Talvez socasse a cara da perua, o que não fiz por causa da minha
irmã e do segredo. Vontade não faltou.
- Vem cá... – ele a puxou pela mão – vamos
cuidar de outro Fillion agora... – ele a colocou em seu colo e a beijou – tudo
bem se eu passar a noite aqui? Alguma chance de ser surpreendido por outro
cara?
- Você não irá encontrar nenhum outro cara, mas
sua noite pode lhe custar caro. Não é tão simples assim. Tenho exigências...
- Algo me diz que vou gostar muito dessas
exigências... – derrubou-a na cama enchendo-a de beijos.
XXXXXX
Nathan chegou em casa meia hora depois que Gigi
saíra. O silêncio pairava no ar. Imaginou que ela estivesse no quarto
provavelmente deitada e quem sabe dormindo depois da noite estressante que
tivera. Ele também não estava nada bem. Apesar de ter dado uma volta a fim de
se acalmar, os acontecimentos da noite ainda estavam presentes em sua mente.
Seja o jeito desrespeitoso de Morena com ele, a forma como Stana encarara toda
a provocação da rival e para piorar a história da aliança. Poderia ter sido um
lapso, no fundo, porém, Nathan acreditava que tratava-se de algo mais.
Ao passar pelo sofá da sala, ele não percebera
a presença dela. Foi até a geladeira, tomou um copo com água e subiu as
escadas. Ao ver o quarto vazio, ele se preocupou. Onde ela estava? Será que fora
para casa com Gigi? Temendo por uma briga ainda maior, ele pegou o celular e
ligou para o número da esposa. De repente, ouviu o toque familiar vindo do banheiro.
O telefone dela estava ali, então onde se escondera? Ele decide descer as
escadas outra vez. Chamou por ela.
- Stana... hey, amor... cadê você? Stana! – ele
caminhava pela sala quando reparou na figura sentada ao canto. Acendeu as
luzes. Havia uma garrafa seca de vinho sobre a mesinha de centro - Stana? Deus!
Por que não me respondeu? O que você está fazendo aí no escuro? – ele se
agachou na frente dela. Podia ver que os olhos dela estavam vermelhos. Havia
chorado – vem, levante-se, vamos para o quarto. Você bebeu essa garrafa toda de
vinho ou Gigi dividiu com você? – ele tentou ergue-la, mas ela se desvencilhou
dele.
- Não, Nathan... – a voz era chorosa – me
deixe...
- De jeito nenhum. Você bebeu, está cansada e
não vou deixa-la largada aqui na sala. Você vai subir comigo. Consegue andar? –
ela suspirou passando as mãos nos cabelos.
- É preciso bem mais que uma garrafa para me
derrubar – logicamente falava da boca para fora porque estava alta. Trançava os
pés. Nathan resolveu não falar nada. Ela ia na frente. No meio da escada, ela
titubeou quase caindo para trás não fosse pelo corpo dele que servira de apoio.
Mesmo assim, não dera o braço a torcer. Chegando no quarto, ela sentou-se na
cama fitando os pés. Não queria olhar para ele.
- Stana, olhe para mim. Fale comigo.
- Eu não posso, não hoje. Por favor, Nathan...
sai daqui, me deixe sozinha.
- Você está me evitando? É isso? Não acredito!
O que foi que eu fiz? – a calmaria começava a desaparecer. Ele não queria, mas
precisava força-la a falar.
- Não é sobre o que fez. Eu não consigo lidar
com isso agora. Não estou preparada. A noite foi demais para mim.
- Certo, a noite foi pesada. Você está
chateada, até aí eu entendo. Mas por que quer me expulsar daqui? Posso ficar
quieto. Não mexer com você se esse é o problema – a irritação piorando – Stana,
olhe para mim. Não gosto de falar com alguém que não me olha...
- Eu não posso... – ela sussurrou.
- Não pode ou não quer? Você está com raiva de
mim, é isso? Mesmo que não tenha feito nada? – então ela explodiu.
- Não é você! É a situação! Estou com ódio de
mim por ter cedido a provocações, pelo que me deixei ver. Aquela mulher...
Deus! Não consigo olhar para você, tocar você sem me lembrar do que ela fez.
Ela queria te agarrar, ela se esfregava em você! O que quer que eu faça, finja
que está tudo bem quando minha vontade era socar a cara dela? Eu te olho e
revejo as cenas na minha mente... por favor, não hoje. Deixe eu curtir minha fossa
sozinha.
- E eu, Stana? Acha que foi muito fácil me ver
encurralado, mentindo, sendo pressionado. Será que pelo menos por um instante
pensou em mim? Se colocou no meu lugar?
- Ela agarrou você! – ela gritou.
- E eu a empurrei! Ou você não viu isso? –
gritou de volta.
- Eu vi, mas... é difícil! Ela tratou você como
um pedaço de carne, fácil, disponível.
- E quanto a você? Aquela repórter veio me
questionar sobre a sua aliança e eu tive que corroborar a história rindo,
fazendo papel de bobo. Você estava de aliança, podia ter colocado todo o nosso
segredo em risco! Já pensou se essa repórter não acreditar na nossa palavra? Se
começar a especular sobre um suposto noivo ou marido nas redes sociais, nos
tabloides? O que você estava pensando ao usar a nossa aliança de casamento?
- E-eu esqueci... – ela não soou convincente.
- Stana, eu a conheço muito bem. Você não
esqueceu, você quis usar a aliança hoje à noite. Por que? – ela tornou a baixar
a cabeça por um instante. Odiava o fato dele a conhecer tão bem. Não podia
mentir, jurara que não faria isso nunca mais. Teria que dizer o que estava
sentindo – estou esperando uma explicação...
- Porque eu sabia que estava entrando na cova
dos leões, sabia que estaria exposta. E acertei. No minuto que aquela mulher
colocou os olhos em você, me senti roubada, presa. Ela se aproveitava de você e
eu não podia fazer nada. A aliança era um pequeno lembrete de que você é meu
marido. Tem ideia do quanto é frustrante ver uma mulher se insinuar para o seu
marido e não poder fazer nada? A minha vontade era voar no pescoço dela e
gritar aos quatro ventos que você tem dona. Quase o fiz. Por sorte, Gigi estava
lá. Droga! Eu admito que fui consumida pelo ciúme, que você não tem a culpa
total na história, mas eu tenho sangue correndo em minhas veias! – ela mostrou
a aliança novamente – isso me lembrava que ao fim do dia, você voltaria para
mim.
Ele virou-se de costas para ela, Stana sabia
que ele estava irritado. Nathan chutou a cômoda no canto do quarto. De repente,
as palavras brotavam com facilidade. Havia nela a necessidade de se explicar.
Desabafar.
- Pensa que é fácil observar outra mulher se
insinuando para você? Ela se fazia presente, você dava espaço inconscientemente,
mas cedia, sem intenção. Ela é sua amiga, afinal. Eu estava morrendo por dentro.
A aliança foi arriscado, porém era a única maneira de me manter sã diante
daquela situação. Desculpe se o coloquei em maus lençóis com a repórter, nunca
foi minha intenção.
- Droga! Foi egoísta. Isso poderia ter nos
custado tudo, Stana. Nossa vida juntos, nosso segredo. Arriscar tudo por
ciúmes? Pior, ciúmes ridículo e inexplicável. Você não confia em mim, é isso?
Quando te dei motivo para ficar tão cega e inconsequente?
- Nunca! Eu confio em você, Nate... de verdade.
Mas você vai dizer para mim que não tenho razão em estar com raiva, irritada?
- Razão...- ele sorriu frustrado, o gesto soou
como deboche para ela - a única coisa que você não tem agora é razão. Ficou tão
cega que quase pôs tudo a perder!
- Está sendo injusto. Você está vendo porque
não queria conversar? Por que não queria passar por isso agora? Sabia que íamos
nos agredir! Merda! Eu não sou racional! Vocês têm uma história juntos!
- História? Eu e Morena? Tivemos um lance, sexo
e nada mais. Nós temos história, Stana – ele foi até ela, segurou seus braços –
nós... eu e você. São sete anos, como pode achar que Morena é ameaça, é páreo
para o que nós temos?
- Talvez porque eu seja insegura e idiota o
suficiente para isso... – ele tentou abraçá-la, mas Stana escapou de seus
braços, ele a olhou intrigado – não. Por favor, hoje eu simplesmente não
consigo. Preciso ficar sozinha, preciso de um tempo, uns dias para tirar toda
essa lembrança horrorosa da mente e olhar para você não ajuda. Me deixe
sozinha, Nathan.
- Eu vou. Irei dormir no quarto de Anne.
Somente porque eu sei que parte disso é o vinho falando. Talvez até seus
hormônios. Mas você me deve desculpas. Você está tão errada nessa história
quando eu, melhor dizendo quanto Morena.
- Você está me comparando a ela?
- Não, ela nunca poderia ser você. Porém, suas
atitudes são tão ridículas quanto as dela hoje.
- Sai daqui! – ela gritou. Naquele instante,
ele soube que pisara na bola, passara a ser o vilão, tão errado quanto ela.
Exagerara nas palavras, droga! Por causa disso, perdera a razão e teria que
arcar com as consequências. Chega! Ele precisava de uma boa noite de sono.
Nathan saiu do quarto suspirando. Assim que o viu cruzar a porta, ela jogou-se
na cama. As lágrimas vertiam copiosamente. E outra vez, as imagens terríveis da
noite passavam como um flashback em sua mente.
Nenhum dos dois dormira bem naquela noite.
Nathan cansara de se revirar na cama procurando pelo sono que nunca vinha.
Talvez tenha cochilado por uma hora. Levantou-se as cinco da manhã tinha que
estar no estúdio às seis. Iria gravar em locação com Toks. Stana tinha um
cronograma diferente. Após uma caneca de café bem forte, ele deixou a casa. Ela
ainda dormia.
Não, ela fingia.
Stana ouvira os passos de Nathan ao entrar no
quarto. Não queria encara-lo. Quando ele se foi, ela mexeu-se na cama cobrindo
o rosto com o edredom. Se sentia péssima diante do resultado da noite anterior.
Não dormira direito. Sua mente revivia os supostos ataques de Morena, a
discussão, a raiva. Por que se deixara afetar tanto por isso? Por que brigara
com ele? Nathan também não precisava ter dito certas coisas. Levantou-se
arrastando o corpo até o banheiro. Seu celular continuava lá. Talvez devesse
dar um tempo para os dois esfriarem a cabeça. Podia passar uns dois dias com
Gigi. Aproveitar para pensar na visita da mãe.
Por impulso, ela pegou uma pequena valise no
closet e começou a colocar algumas peças de roupa, maquiagem, sapatos, poucas
coisas, o necessário. Em seguida, tomou um banho. Quinze minutos depois, ela
lembrou que deveria ligar para Gigi, não queria atrapalha-la e se expor
novamente se Jeff estivesse com ela. Pegou o celular, a irmã atendeu no
terceiro toque.
- Stana? Que horas são?
- Desculpe, acho que nem sete da manhã.
- Aconteceu alguma coisa?
- Talvez... Posso ir para a sua casa? – as
palavras da irmã fizeram Gigi acordar, ficar em estado de alerta.
- Claro! É sua casa também. Você brigou com
Nathan? – Jeff que estava deitado, passou a prestar atenção na conversa.
- Sim, eu nem sei como classificar a discussão
que tivemos. Está tudo muito confuso. Eu preciso de espaço e tempo para pensar.
Conversar. Eu não sei como encara-lo nesse momento. Eu vou para o estúdio, ele
está em locação, filmando externas hoje. Devo aparecer por aí no fim da tarde,
tudo bem?
- Claro. Você vai dormir aqui, pode ficar o
tempo que precisar, sis. Não vou comentar nada sobre o que você está fazendo
porque preciso ouvir a história, mas não se deixe atingir por gente mesquinha e
coisas fúteis, Stana. Você é bem melhor e maior que isso, seu amor é maior que
ciúmes ou casos passados. Pode vir, sis. Eu te espero.
- Obrigada, Gigi – desligou o telefone e com a
valise em mãos seguiu para a cozinha.
Gigi ainda estava intrigada com o que ouvira.
Isso realmente acontecera? Era estranho imaginar aqueles dois separados. Virou-se
para Jeff. Buscou sua mão.
- Eles brigaram. Não sei a seriedade da briga,
mas para Stana querer um tempo? Como pode uma mulher ser capaz de tirar a paz
de um casal? Ciúmes bobo. Não acredito que Nathan tenha feito algo ruim. Essa
impulsividade de Stana, a vontade de fugir, é um pouco de medo, não quer
encarar o marido porque talvez ele esteja certo sobre algo. Eles se amam. Não
estamos falando de um caso, é um casamento.
- Você está do lado do meu irmão?
- Não estou do lado de ninguém. Sequer ouvi a
história. Quero que se entendam, mas consigo me colocar no lugar dela. Foi
horrível ver o jeito como aquela biscate agia com Nathan e quando tentou
agarra-lo? Juro que eu mesma queria voar no pescoço dela. Tive que ser muito
benevolente para não deixar Stana avançar nela.
- Melhor eu ir embora. Ela irá precisar ficar a
sós com você. Como será que Nate está?
- Péssimo, com certeza. Não precisa sair
correndo. Ela foi trabalhar, virá no fim da tarde. Podemos tomar café juntos.
Mais tarde, você deveria ligar para Nathan. Ele deve estar precisando de um
ombro amigo.
- Sim, farei isso.
Ao chegar em casa após o trabalho, Nathan foi
surpreendido por um bilhete deixado sobre a cama.
“Nate, eu sinto muito pelas coisas que disse
ontem. Saímos ambos machucados e não consigo raciocinar no momento qual seria o
melhor caminho para consertar a besteira que fizemos. Não posso retirar o que
disse, ambos erramos e estamos chateados. Preciso colocar as ideias em ordem. Recuperar
minhas forças, minha confiança para poder encara-lo. Ainda está muito vivo.
Desculpe. Estarei com Gigi. Não me odeie. Espero não ser tarde demais... S”
O que ela estava fazendo? Não precisava ir
embora. Quer dizer, ela somente precisava respirar, certo? Não ia abandoná-lo. Por
um instante, ele pareceu desnorteado. Devia falar com Gigi? Saber como ela
estava? Não pensou duas vezes. Ligou para a cunhada.
- Gigi, é o Nathan. Ela está aí? Como ela está?
Por que foi embora?
- Hey, acalme-se. Ela ainda está trabalhando.
Não posso responder suas perguntas porque eu ainda não a vi, mas se quer minha
opinião agora eu dou. Ela está confusa, triste, se odiando por ceder aquela
biscate e magoada. Sei disso porque pude escutar na sua voz, era perceptível.
Mas, ela te ama Nathan... demais... Era para ser uma noite de diversão e olha o
que virou? Um desastre com direito a ofensas. Sei que você não fez nada e
acredite quando digo que Stana também sabe. Só que precisa de tempo para
digerir o que viu. Tem que concordar comigo que não é fácil.
- Eu sei que não, Gigi. Para nenhum de nós ou
você acha que eu não gostaria de ter ido àquela première de braços dados com
Stana? Desfilar no tapete vermelho com ela? Porém, escolhemos nosso caminho.
Temos um segredo a proteger, segredo que ela quase revelou com o lance da
aliança e tudo isso por que? Ciúme! Inexplicável ciúme! Sua irmã se olha no
espelho regularmente? Morena não é páreo para ela em qualquer nível!
- Nathan, não se trata de beleza apenas,
contudo concordo com você. Mesmo falando de passado e história, o que vocês têm
é muito superior a tudo isso. Acho que ela chegou. Não se preocupe, farei ela
voltar para casa o mais rápido possível.
- Domingo é dia dos namorados. Não quero passar
brigado com sua irmã...
- Nem eu quero que isso aconteça. Porque também
quero curtir a data, se você me entende. Falamos depois – Gigi desligou. Stana
estava a sua frente – sis... como você está? – ela abraçou a irmã.
- Com quem você estava falando?
- Jeff – ela mentiu - Quer me contar o que aconteceu?
Está com fome? Posso fazer um lanche, um café e você pode desabafar. Está
precisando. Vem... – saiu puxando a irmã pela mão até a cozinha. Podia ver o
cansaço no rosto dela, a tristeza no olhar – você está mal mesmo. Não dormiu
aposto! Por que faz isso consigo mesma, Stana?
- Eu não sei.... eu não consigo lidar com
ciúmes. Eu nunca fui assim com outros caras, mas Nathan? Ele me deixa louca!
Fora de mim, pareço alguém sem juízo! Eu continuo remoendo, vendo as cenas.
Deus! O que há de errado comigo? Discutimos, nos ofendemos... eu o amo tanto,
Gigi... sei que ele tem razão em algumas coisas. Só que preciso de um tempo
para organizar minhas ideias, encontrar uma maneira de dizer que sinto muito e
mais que isso, eu preciso saber se, caso isso aconteça novamente, estarei
preparada para não cometer o mesmo erro?
- Tudo bem, sis. Eu sei que você é apaixonada
pelo Nathan, também reconheço que a situação não foi das melhores, mas daí a
brigarem por isso? Ter ciúmes, sim. É compreensível só que você usou isso
contra si mesma. Ele a deixa louca? Adivinha? Isso acontece quando as pessoas
se amam. Quero saber dos detalhes da conversa para ver até que ponto você errou
e se ele também ultrapassou limites.
Segurando a caneca de café que a irmã lhe dera,
Stana começou a relatar a discussão em detalhes.
- Ele me comparou a ela. Como pode fazer isso?
- Ele não está totalmente errado, sis. A
maneira como você reagiu as provocações e a forma como o tratou... tudo bem
desabafar, colocar as claras tudo o que está sentindo, mas sair de casa? Pedir
um tempo? É um pouco demais até para mim.
- Então, estou errada. Ótimo! Mais uma. Queria
ver se fosse Jeff ou melhor, se fosse ele observando algo assim acontecer
comigo. Eu não consigo olhar para Nathan sem lembrar do que ela fez. Está tudo
muito vívido ainda em minha mente.
- Olha, quer seu tempo? Você terá seu tempo.
Apenas lembre-se que na hora que decidir voltar para casa, terá que pedir
desculpas – Stana suspirou. Estava cansada de discutir o assunto, a cabeça
latejava. Precisava dormir. Nem sabia se conseguiria.
- Eu vou me deitar. Tenho que descansar pelo
menos parte da noite. Estou exausta e amanhã tenho um dia cheio de gravações
até a madrugada.
- Vai filmar com ele? Por que terá que encará-lo,
consegue fazer isso ou será demais para você? – percebeu que Gigi a ironizava.
- Não tenho cenas com ele amanhã. Somente na
semana que vem. Acho que quarta-feira.
- Ufa! Talvez isso lhe ajude a tirar a imagem
da sua cabeça e colocar um pouco de juízo. Tomara que sinta saudades, você sabe
que domingo é dia dos namorados, não?
- Sei, não precisa me lembrar. Boa noite –
Stana seguiu para o seu antigo quarto. Era estranho deitar naquela cama
novamente sem Nathan ao seu lado. Forçou seu cérebro desligar para dormir. A princípio,
fora difícil porque ele estava em sua mente, as palavras e a opinião de Gigi.
Eventualmente, o cansaço a venceu.
Na sexta-feira, sua cara ainda estava horrível.
Ao chegar em seu trailer para a maquiagem, até Lisa estranhou.
- O que aconteceu com você?
- Nada que vale a pena comentar, tive insônia.
Detesto quando isso acontece.
- Tudo bem, só terei que trabalhar um pouco
mais na maquiagem. Deixe comigo.
Da mesma forma, o cansaço de Nathan não passou
despercebido. Ele tinha olheiras e teria que lidar com isso. Não recebera
nenhuma notícia de Gigi, o que significava que Stana não estava disposta a
ceder facilmente. Ele sabia que ela estava gravando no estúdio, cenas na
delegacia com Jon e Seamus. Mesmo assim decidiu não atrapalha-la, se era um
tempo que ela queria, então era um tempo que teria. Nathan tinha a certeza que
passaria o dia dos namorados sem ela. Isso o frustrava profundamente.
Felizmente, naquela tarde recebera a notícia de
que a ABC ia passar episódios de Castle no domingo e na segunda. Uma espécie de
dobradinha, o episódio de domingo era aquele com o cast de “One life to live”.
Nathan havia prometido um live tweeting quando exibissem o episódio. Sem Stana,
não havia muito a fazer senão aceitar o pequeno evento. Começara a receber
telefonema de seus amigos e teve que confirmar o pequeno “happy hour” em sua
casa.
Não, ele não estava a fim de estar rodeado de
pessoas no dia dos namorados, preferia estar com sua esposa. Infelizmente fora
o que restara para ele já que Stana se recusava a voltar para casa. De certa
forma, não estaria sozinho o que seria bem mais deprimente.
Jeff telefonou para o irmão cedo na manhã de
sábado. Queria convida-lo para saírem, conversarem e até beber se quisesse.
Nathan recusou o convite, não estava no clima para sair de casa. Disse ao irmão
que preferia não ficar falando sobre o assunto. Gigi também ligou para Nathan
pedindo desculpas por não ter conseguido convencer a irmã a voltar para casa
ainda. Sabia que ele estava com saudades e queria muito acabar com essa
situação ridícula entre os dois, mas conhecia sua irmã o suficiente para saber
que era cabeça dura quando menos precisava. Ele agradeceu e falou para que não
se preocupasse tanto. Era dia dos namorados e ela poderia curtir a data com seu
irmão. Foi o que Gigi fez.
Jeff a deixou na frente de casa. Ia evitar de
entrar para não causar nenhum constrangimento a cunhada. Ela já tinha problemas
demais para lidar. Ele desceu do carro e abriu a porta para a namorada. Gigi
saiu sorrindo do carro. Ao fechar a porta, ele a encostou contra a lataria
pressionando-a com seu corpo. Acariciou o rosto dela.
- Eu tive um dia ótimo em sua companhia hoje,
Gigi.
- Eu também. Foi muito bom, cada minuto. Até
esqueci que tenho obrigações familiares a tratar. Espero que minha irmã esteja
melhor. As pessoas tendem a ficar deprimidas no dia dos namorados.
- Ela não estará bem, mas garanto que não
tentou nada extremo. Stana somente precisa superar essa experiência ruim.
Quando nos vemos de novo?
- Se conseguir faze-la voltar para casa, amanhã
mesmo. Que tal um beijo de despedida?
- Despedida? Acho que quis dizer de boa noite,
Gi – ele sorveu os lábios dela em um beijo lento e carinhoso. Gigi deixava suas
mãos explorarem o corpo dele pela última vez naquela noite. Involuntariamente,
as mãos encontraram o bumbum, apertou-o. Jeff sorriu. Mordiscava o pescoço dela
até sussurrar um “boa noite” em seu ouvido. Afastou-se dela, permitindo que se
distanciasse do carro. Ela observou-o sentar na direção e acenar para ela outra
vez antes de sumir de sua vista.
Quando entrou em casa no fim do domingo,
encontrou a irmã de pijamas com um pote de sorvete entre as pernas, uma colher em
uma das mãos, o celular com o aplicativo do twitter aberto na outra e a
televisão ligada na ABC. Hora de Castle. Tinha uma cara péssima, estava chateada
ou irritada, Gigi não conseguia definir. Eram como água e óleo naquele momento.
Gigi estava radiante e feliz, Stana amarga e triste.
- Hey, sis... dia difícil?
- Difícil por que? – ironizou colocando uma
colher de sorvete na boca – meu marido parece estar muito tranquilo curtindo o
dia dos namorados com os seus amigos, twittando, rindo enquanto eu estou me
afundando em sorvete. Olha essas fotos, o sinônimo da alegria, o sorriso... Dia
dos namorados perfeito! – tornou a comer o sorvete.
- Já chega! – Gigi tirou o sorvete das mãos
dela, pegou o celular lendo os tweets de Nathan por um instante – pare de se
fazer de coitadinha ou vítima. Lembre-se: a escolha foi sua. Nathan está
trabalhando, promovendo o show de vocês e tudo que pode pensar é “ele está se
divertindo e não sente minha falta” – imitava a voz melosa de Stana - Adivinha?
Ele trocaria todas essas pessoas por você. Então, parem de agir como idiotas.
Você já teve seu momento de frustração e raiva. Diga, você ao menos se lembra
porque brigou com ele?
- Gigi, claro que lembro, ele me deixou....
- Com ciumes? Ah, Stana, por favor! Enquanto
você está se martirizando, sentindo pena de si mesma e se privando de um dia
dos namorados com seu marido, Morena está curtindo o Ben. Quem ganhou a
batalha?
- Por que está falando assim comigo? Afinal, de
que lado você está? Eu sou sua irmã e você vai ficar defendendo Nathan? Parece
que até aquela biscate ganhou sua defesa, era só o que me faltava!
- Não estou do seu lado nem do dele, estou do
lado do amor. Pare de se sabotar, se diminuir. Essa teimosia não faz bem para
nenhum dos dois. Você vai voltar para sua casa amanhã. Eu não quero saber como
irá conviver com seu marido, isso é algo que você terá que descobrir sozinha.
Se fosse eu, acabava com esse showzinho e tratava de pedir desculpas para ele.
- Por que eu tenho que pedir desculpas por
sentir ciúmes?
- Porque você transformou seus ciúmes numa
briga idiota. Especialmente porque não havia motivo para brigar com ele. E se
quer minha opinião, Nathan vai se desculpar mesmo não precisando.
Stana olhava para irmã calada. Entortou a boca
querendo segurar-se para não discutir, porque no fundo sabia que Gigi estava
certa. Ao olhar para tv, ela sorriu. Castle fazia o sinal que significava “I
love you”. Ele continuou fazendo esse gesto por vários dias no estúdio. Embora
fingisse que estava treinando, estava mexendo com ela. Virou uma espécie de sinal
deles.
- Por que está rindo? – Gigi perguntou.
- Ele repetia esse sinal várias vezes ao dia,
sempre que me via. É bobo e adorável ao mesmo tempo – os olhos estavam cheios
de lágrimas – como posso sentir tanta falta de alguém assim? São quatro dias? Parece
um ano. Gosto dele me olhando, do sorriso, o jeito como se aconchega no meu
corpo... o que vou dizer para ele, sis? – Gigi sentou-se na cama ao lado dela e
a abraçou. Beijou sua bochecha e sorriu.
- Você é uma boba apaixonada. Apenas volte para
casa, para Nathan. Ali é seu lugar, sis.
- Está na hora, não? Acho que já causamos muito
dano um ao outro. Obrigada, sis – ela olhou para a irmã, viu que usava um belo
colar com pequenas pedras azuis – como foi seu dia dos namorados?
- Maravilhoso! Jeff me deu esse colar, você
gosta?
- Muito bonito. Os Fillions sabem agradar suas
mulheres. Onde vocês foram?
- Almoçamos no Four Seasons e depois fui para a
casa dele. Não há dia dos namorados sem uma boa transa. Desculpa, Stana, mas
você poderia ter tido a sua – reparara no jeito que a irmã falava, havia um
brilho no olhar.
- Você realmente gosta dele, não? Eu não a vejo
com esse ar sonhador faz muito tempo com relação a um cara... o último foi o
Tyler há, o que? Três anos? Nossa! Tanto assim?
- Ah, eu não sei... – Gigi suspirou – eu acho
que sim. Gosto de estar com ele, Jeff me trata bem, sabe como me agradar, é
divertido. Tem algo...sei lá... – ela riu como uma boba. Stana abraçou-a.
- Quem é a boba, agora, hum? Oh, Gigi, sinto dizer,
mas você foi fisgada por um Fillion e sabe o que lhe aguarda? Você vai agir
como boba por muito tempo, vai ser difícil se livrar disso, são viciantes não tenho
explicação para essa dependência, o magnetismo – Gigi ficou vermelha – eles são
bons em tudo, não? Pelo menos o meu é...
- Em T-U-D-O – as duas gargalharam.
- Vai embora daqui sua boba apaixonada. Preciso
dormir. Tenho que estar no estúdio as seis da manhã.
- Tudo bem, sis. Lembre-se de sair daqui de
mala em punho. Não quero chegar amanhã do trabalho e encontra-la aqui. Boa
noite, sis.
- Boa noite – Stana deitou-se na cama. Ela
seguiria o conselho da irmã, voltaria para casa. Mesmo assim, não se sentia
confortável para enfrenta-lo. Não queria discutir mais, porém não sabia ainda
como agir para começar uma conversa e pedir desculpas. Ainda sentia vontade de
puni-lo, não sabia porquê. Talvez Gigi tivesse razão, estava exagerando demais
nesse lance de ciúmes. O que estava acontecendo com ela? Seria algum tipo de
reação hormonal? Era tudo tão estranho! Aos poucos, ela foi cedendo ao sono.
Na madrugada, ela acordou após um sonho muito
louco. Nathan fora chamado para uma nova temporada de Firefly e ele exigira que
apenas sairia de Castle se matassem ambos as personagens porque não queria ver
Beckett sofrendo com a perda do amor de sua vida e de repente, ela era Inara na
segunda temporada da série de ficção. Stana e ele tinham uma cena tórrida de
sexo. Fora exatamente nesse momento que ela despertara.
Definitivamente a influência da situação com o
passado de Nathan ainda povoava seus pensamentos. Tentando se livrar da ideia
de ver-se presa a um passado que não gostaria de encarar ou voltar a
representar o papel da rival, ela procurou dormir.
No dia seguinte, deixou a casa rumo ao estúdio
disposta a voltar para seu verdadeiro lar. Cruzou com ele durante o dia,
conversaram de trabalho, fizeram uma pequena reunião com Alexi sobre o próximo episódio
que filmaria e agiram naturalmente um com o outro. Ela pode notar que ele
estava cansado. Após o trabalho, ela foi ao consultório da sua ginecologista
para uma pequena consulta. Estava intrigada com algumas facetas de seu
comportamento.
Acabou por descobrir que os hormônios estavam
sendo afetados de outra maneira agora. A médica tinha boas notícias, o nível de
balanceamento entre progesterona e testosterona estavam quase no ideal. Talvez
o tratamento fosse ser mais curto. Apesar disso, ela reparara picos nos níveis
de seu cortisol e melatonina apresentando-se possivelmente como sintomas de
ansiedade e irritabilidade. O que foi confirmado por Stana com a dificuldade
para dormir e claro, a crise de ciúmes que ela não revelara para a médica. Como
recomendação, ela sugeriu uma atividade de relaxamento como ioga. Porém, Stana
sabia o que seria capaz de faze-la sentir-se melhor. Resolver sua situação com
Nathan. Fazia cinco dias que brigaram, mesmo assim, ela não estava preparada
para dar a trégua que necessitavam.
Chegando em casa, percebeu que ele não estava.
Decidiu por tomar um banho e esperar para ver sua reação quando a encontrasse
ali. Nathan recebera um telefonema do irmão querendo saber como ele estava
quando deixava o estúdio. Conversaram um pouco e ele reclamou do dia dos
namorados. A exemplo de Gigi, Jeff procurou acalmar o irmão pedindo um pouco de
paciência que tudo se resolveria. No estacionamento do estúdio, Jon convidou-o
para ir ao seu restaurante.
Duas horas depois, Nathan entra em casa e a
encontra na cozinha comendo um prato de frutas. Stana podia perceber pelo seu
olhar que estivera bebendo.
- Resolveu voltar para casa, Stana?
- Você estava aonde?
- Nossa! Você fica longe de casa por cinco
dias, diz que precisa de um tempo e quando volta sequer pergunta como eu estou,
mas quer me cobrar onde estava... essa é boa!
- Você bebeu. Quanto você bebeu, Nathan?
- É, sai com Jon. Fui para o restaurante dele.
Precisava de um descanso após um dia árduo de trabalho e uma droga de dia dos
namorados. Afinal, minha esposa me abandonou. Não se preocupe, não falei de nós.
E não me importo com quanto eu bebi.
- Você parecia estar se divertindo com seus
amigos.
- As aparências enganam, você me conhece bem
mais do que isso. Ou não é capaz de perceber que estava atuando como o cara
feliz quando na verdade... – ele parou de falar, estava bem na frente dela.
- Não começamos muito bem essa conversa, não?
Talvez tenha sido um erro voltar.
- Não, por favor... – ele segurou o pulso dela
– não tenho energia para brigar.
- Então, vai para cama, Nate... você precisa
descansar.
- Você estará aqui pela manhã? Prometo que
estarei melhor, dormirei no quarto de Anne.
- Não. Durma na nossa cama. Eu fico com o
quarto da pequena.
- Eu pensei que tivesse voltado para casa de
verdade, se não deitar na mesma cama comigo, não entendo o motivo de estar
aqui... por favor, Stana... apenas deite-se ao meu lado – ela suspirou. Também
queria isso, somente dormir ao lado dele.
- Tudo bem. Eu te encontro em um minuto...
espera, consegue subir as escadas?
- Talvez... – mas ela não quis arriscar. Ela
apoiou o peso de Nathan em seu corpo e guiou-o pelas escadas. Ajudou-o atirar a
roupa, deitou-o na cama e desceu para buscar um café bem forte.
- Beba, ajudará a se sentir melhor - ele bebeu
apenas alguns goles da bebida, devolveu a caneca para ela, resmungando algumas
palavras.
- Bom que está aqui...raiva não...sem você, é
triste, não gosto de ficar...sem você... minha cabeça dói...Sta..Staninha...eu
te...- e apagou logo em seguida. Stana respirou fundo. Começaram com o pé
esquerdo. Pelo menos ela sentia-se mais confiante ao ver que ele realmente
estava sentindo-se irritado, miserável com a situação. Encontrariam um jeito de
superar a fase ridícula na qual se meteram.
No escuro, ela contemplava a silhueta dele. Seu
marido, seu parceiro. Ainda se perguntava como iam reagir a dura conversa que
teriam pela frente. Esperava que não perdessem a linha outra vez, não queria,
estava cansada de se privar do que tinham, do amor, da cumplicidade. Se pudesse
voltar no tempo, ela não teria ido aquele evento. Contudo não poderia. Que isso
sirva de lição, para mostrar que sua vida sem Nathan era estranha, o mundo era
diferente. Melancólico.
Suspirou.
Ergueu a mão e acariciou seus cabelos
levemente. Ele dormia pesado. Deitou-se encostando seu corpo ao dele. Fechou os
olhos.
Continua...
7 comentários:
Mas são duas mulas teimosas, esses dois. Espero o próximo capítulo com muito amor(nos dois sentidos da ambiguidade, kkk).
Próximo, próximo
Próximo, próximo
Próximo, próximo... espero que não demore o próximo!!
Próximo! Próximo! Por favor!
Próximo! Próximo! Por favor!
MASOQUE???
Dois cabeças duras é complicado,coitada da Gigi é do Jeff no meio disso tudo... se bem que a Gigi é que tá aguentando tudo e os dois. Depois que se resolverem se eu fosse ela,pediria um presente pq não tá fácil pra coitada.
Stana bebe no início... Nathan bebe no final e pra resumo de conversa o álcool só piora tudo,faz vc dizer coisas sem pensar e agir por impulso. É foda!
Espero que tudo fique bem logo... ou não i don't know HAHAHAHA
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