Nota da Autora: Conforme prometido. Segue a segunda parte do episódio duplo e a continuação do novo plot para ser discutido nos proximos capitulos. Dana quase ganhou o papel de protagonista para os proximos capitulos. Hahahaha! Preparem-se para o angst psicologico e não matem a escritora. Estou apenas tentando desenvolver a neurose de Kate que aparentemente não entende que está em um relacionamento com Castle ha algum tempo... ops! Parceria com beneficios! Enjoy!
PS.: Muito obrigada pelos comentários! Adoro todos!
Cap.55
Segundos podem definir o destino de
alguém. Salvar uma vida, morrer, desistir. Foi exatamente um desses pensamentos
que se passou na mente de Kate Beckett naquele instante. Acabou. Vamos morrer.
O carro deslizava rio abaixo, afundando-se
a cada instante. Não! Não poderia morrer! Movida pela adrenalina e o desespero,
Beckett começou a brigar com o cinto de segurança, não conseguia abri-lo. As portas também não abriam.
- Ajude-me a achar minha arma, ela deve
ter caído em algum lugar – disse Beckett.
- Talvez tenhamos que quebrar o vidro –
respondeu Castle. Enquanto ela brigava com o cinto, Castle já se libertara e
procurava a arma. A agua avançava sobre eles lentamente, logo ficariam
submersos.
- Estou presa.
- Como assim, está presa?
- Meu cinto está quebrado e meu assento
não se mexe – ele tentou abrir o cinto dela sem sucesso.
- E quanto a uma faca, você tem uma?
- Sim, no porta-malas – eles viam a agua
adentrar o carro à medida que afundavam – estamos ficando sem tempo. Preciso
que você encontre a minha arma para poder atirar no cinto – ele usava as mãos
procurando algo em suas pernas.
- Não consigo acha-la – pegou a lanterna –
fique aqui – ele mergulhou com a lanterna, as mãos vasculhavam o chão do carro,
uma delas segurava o volante para lhe dar segurança, quando emergiu falou – eu
encontrei – tomando folego, ele mergulhou outra vez, não antes de ver o olhar
de pânico no rosto de Beckett. A arma estava presa em umas fiações do carro,
ele usava toda a força que tinha para tentar arranca-la, mas não estava
conseguindo ser bem-sucedido na tarefa. Estava lutando contra seu próprio
folego. De repente, tudo fica muito calmo. A agua que se movimentava por causa
dele estava estática. O pavor nos olhos de Beckett cresceu.
- Castle? – chamou por ele. Ela usava a
mão esticando-a debaixo d´agua tentando toca-lo. Nada - Castle? – seu grito era
urgente agora. A luz vinda da lanterna focava em um único ponto o que demonstrava
não estar em movimento. A agua tomava o carro. Estava na metade das janelas.
Ela não tinha muito tempo. Onde ele estava? Será que... não ousou completar o
pensamento. Não podia. Tendo a agua quase cobrindo seu rosto, ela voltou a
lutar. Usava toda a sua força para tentar arrebentar o cinto. Ele não poderia
ter se afogado, não poderia... ela começou a bater no vidro. O carro estava
completamente tomado por agua. A respiração era ínfima e Beckett sentiu seus
pulmões arderem, as mãos que antes agarravam o volante com força, agora o
soltavam. Era o fim.
O carro continuava a afundar no rio.
Então, vários clarões surgiam de dentro do carro até que o vidro traseiro se
espatifasse. Ele conseguira alcançar a arma, carregara a detetive e com muito
esforço conseguira nadar de volta a margem do píer. Kate permanecia desacordada
quando chegaram em terra firme. Havia engolido muita agua. Alguém já havia
chamado uma ambulância. O próprio Castle ligara para a NYPD. Após um rápido
procedimento de ressuscitação, Beckett colocou a agua para fora dos pulmões e
recuperou a consciência. Um dos paramédicos lhe dera seu agasalho. Enquanto
esperava Castle ser checado pelos médicos, ela fitava o rio. Já era noite.
Como isso foi acontecer? Parecia que ela e
Castle sempre se metiam nos piores casos. Outra vez estivera perto da morte,
escapara graças a ele. Seu parceiro. A ideia de ter que reviver e pensar sobre
o significado disso lhe deixava nervosa, embrulhava seu estomago. Medo. Esse
sentimento novamente. Até quando? Involuntariamente, ela se lembrou das
perguntas de Dana. Só então percebeu que quase morrera e ainda não era capaz de
responder à pergunta de Dana. Entendeu porquê. Estava emocionalmente envolvida.
Era isso. Talvez tivesse que olhar tudo sob uma nova perspectiva, a de
espectadora.
Seus pensamentos foram interrompidos
quando Castle surgiu atrás dela falando.
- Acho que uma das coisas boas de se ter
uma filha na cena do crime é que ela pode te trazer roupas secas – ele entregou
um copo de café para ela. Segurava um para si.
- Obrigada e obrigada – referindo-se
obviamente ao fato de que ele salvara sua vida outra vez.
- Você faria o mesmo por mim.
- É, talvez – ela provocou fazendo-o olhar
intrigado para ela até ver o sorriso – estou feliz por ter achado minha arma.
- Esse lance de naufrágio de carro é bem
mais legal no cinema do que na vida real.
- Prefiro assistir filmes de espião a
estar em um deles – eles foram interrompidos por Esposito que queria saber
exatamente como tudo aquilo acontecera, mas Beckett pediu desculpas e informou
que era confidencial. Minutos depois, Sophia Turner aparece no local com cara
de poucos amigos. Castle foi o primeiro a se aproximar queria explicar, porém
Sophia não estava a fim de escuta-lo. Ordenou que entrassem no carro.
De volta ao quartel general da CIA, ela
quis dar um showzinho.
- Que diachos pensam que estão fazendo?
- O que você queria, achando Blakely.
- Você descobriu o código e nem pensou em
me avisar?
- Em defesa do Castle, era um tiro no
escuro e ele não queria que perdesse tempo se estivesse errado. E o estávamos
trazendo...
- Quando ele foi morto na sua custodia.
- O que estavam fazendo nas docas? – o
colega de Sophia perguntou.
- Ele nos pediu para leva-lo lá.
- Por que?
- Nós não sabemos – Beckett respondeu.
- Descobriram alguma coisa? – perguntou
Sophia.
- Sim, ele foi contratado para analisar as
vulnerabilidades dos Estados Unidos. Disse que encontrou um ponto fraco em
nossa economia, um estopim inesperado que se alguém descobrisse, começaria o
efeito dominó.
- Levando a que?
- Ao fim do nosso país como o conhecemos –
disse Beckett.
- Então, qual é o nosso próximo passo? –
perguntou Castle. Sophia com raiva respondeu.
- Não há próximo passo. Pelo menos para
vocês dois. Foi um erro envolve-los. Eu realmente pensei que você tivesse
mudado. Você é o mesmo imbecil imprudente, imaturo e egocêntrico que sempre foi
e colocou essa investigação em risco – nossa! Ela pegara pesado, pensou
Beckett.
- Eu sinto muito...
- Sente muito? Estamos perto do próximo 11
de setembro ou pior. Isso não é um dos seus livros, Rick. É a vida real –
Beckett mordia os lábios, estava sendo difícil de escutar tudo isso, penoso – e
quando as coisas dão errado, você não pode reescrever o final como fez conosco.
Tire-os daqui.
Já no elevador do 12th distrito, ambos se
mantinham calados. Na verdade, não trocaram uma só palavra desde que deixaram o
quartel general. Beckett estava se sentindo muito mal por ele, porém também
tinha perguntas e diante da raiva de Sophia, ela entendera bem o que rolara
entre eles e terminara muito mal. Resolveu começar uma conversa.
- Então, você dormiu com ela.
- É, eu dormi com ela – a cara de Castle,
embora Beckett não pudesse ver já que estava atrás dele era desoladora. Não
pela Sophia, pelas circunstancias. Eles quase morreram e tudo parecia ter sido
em vão.
- Teve outras? – droga, Beckett, será que
você não pode se controlar? Brigava consigo mesma.
- Mulheres? – Castle se fingiu de tolo.
Sabia ao que ela se referia.
- Musas.
- Não, por que?
- Só queria saber o tamanho do clube –
droga! Seu ciúme está aparecendo agora... ela se repreendia.
- Não tem um clube e nós não temos uma
investigação.
- Eu tenho uma investigação de homicídio.
Gage matou três pessoas, uma delas sob minha custódia, nos trancou no
porta-malas e jogou meu carro no rio. Vou descobrir no que Blakely trabalhava,
achar o estopim e então acharei Gage.
Os rapazes a atualizaram sobre o que
acontecera e sobre o que encontraram sobre Blakely. Havia outro par de digitais
nele. Se passava por outra pessoa, mas a família nunca o vira. Então, Castle
sugeriu um parceiro de xadrez.
- Pensei que estivesse fora do caso – ela
provocou. Ele usando as palavras de Sophia sobre si mesmo completou que se ela
era teimosa o bastante para continuar, ele era idiota o suficiente para ir com
ela. Beckett mandou os rapazes procurarem pelos parques da cidade algum
oponente de Blakely. Beckett recebe a notícia de que o corpo de sua vítima não
chegou ao necrotério, fora interceptado no caminho e apenas enviaram a ordem
judicial.
- Como? Isso é impossível! – disse Castle.
- Talvez devesse perguntar a sua namorada!
– Beckett deixou escapar.
- Namorada? – Lanie já se interessara
apenas de ver a reação de Beckett.
- Sim, eu dormi com ela. Faz anos. Qual o
problema?
- Não tem um problema. Pode dormir com
quem quiser. Quanto mais, melhor – sim, ela estava irritada e deixara
transparecer não se importando com ninguém ali, nem mesmo com a filha dele. Ao
ver Alexis, Beckett queria um buraco para se enterrar. Isso não podia ficar
mais estranho. Durante todo o trajeto para casa, Alexis tentava descobrir mais
sobre a mulher misteriosa que Beckett falava que já deduzira era a mesma das
docas. Castle visivelmente irritado mandou-a dormir. Ao chegar em seu quarto,
ele toma um susto. Ninguém menos que Sophia Turner estava sentada em sua cama.
Usando de seu charme, jogando com ele,
Sophia encontrou um meio de se fazer de vítima. Castle não percebeu a jogada.
Ela inclusive usou o arquivo pessoal que ele mantem de Beckett sobre o atentado
para provoca-lo. Por fim, ela entregou uma lista de contas correntes domésticas
que não podia investigar. Disse que eles continuavam na investigação desde que
a mantivesse informada dessa vez. Naquele momento, ele não percebera a real
jogada de Sophia, iria descobrir bem mais tarde.
Na manhã seguinte, ele surgiu no distrito
entregando como sempre o copo de café a ela. Ao ver o gesto outra vez, Beckett
se sentiu desconfortável ainda pela cena que fizera ontem no necrotério. Estava
difícil encara-lo. Ele fez uma brincadeira com ela que a fez engolir em seco.
Suas palavras exatas foram “não me faça atirar em você”. Então, Castle revelou
que se ela atirasse não poderia investigar a pista que conseguira. Ao perguntar
como e onde, ele revelou que Sophia esteve em sua casa ontem à noite. Ao ver a
reação de Beckett, ele tratou de corrigi-la.
- Não desse jeito.
- Claro que não. E o que aconteceu com o
“imbecil imprudente, imaturo e egocêntrico”?
- Ela estava posando para os seus colegas.
Beckett, é uma pista. Ela nos quer no caso – ainda pouco convencida da
veracidade de Sophia, Beckett aceitou pesquisar porque estava encurralada em
seu próprio caso. Encontrou 2 milhões de dólares em seis contas diferentes,
nenhuma diretamente no nome de Blakely, mas era claramente o financiamento para
a operação pandora. O problema era que os pagamentos oriundos do exterior não
possuíam mais a conta aberta. Era um beco sem saída. Por sorte, os rapazes
acabaram encontrando o parceiro de Blakely e não por coincidência ele era
professor de economia renomado e membro do FMI.
Ao traze-lo para interrogatório, descobriram
que era obcecado por teoria econômica especialmente em relação a economia dos
Estados Unidos. Felizmente, ele suspeitava de onde Blakely morava. Beckett e
Castle foram até o local. Precisavam achar algo que o ligasse a pandora, ou
mesmo um sinal do estopim. O apartamento parecia um lugar comum, sem nada fora
do normal. Até Castle abrir uma porta.
Em uma sala, um emaranhado louco de
informações formava uma espécie de cama de gato. Post-its, fotos, anotações. Em
um dos cartazes havia uma anotação fim do estopim: a terceira guerra mundial. O
fim ou o começo da trilha de fios vermelhos levava a um mural, mais
especificamente a foto de uma garota. Ela era o estopim. Castle disse que tinha
que avisar a CIA. Ao pegar o celular, ouviram uma voz.
- Largue o telefone – a arma engatilhada,
Beckett se virou para fita-lo.
- Gage?
- Agora corram... corram! – nesse instante
uma granada é jogada na sala. Havia atiradores de elite mirando o local.
Beckett e Castle saem correndo levando consigo a foto da menina enquanto Gage
tenta protege-los. Descobrem que ele não é realmente o bandido. Gage diz para
virem com ele. No carro, ele os manda manterem-se abaixados. Obviamente, eram
alvos fáceis agora que estavam com ele.
A sós em uma garagem qualquer, Gage conta
que estão armando para ele. Tentado transforma-lo em um bandido para que
Pandora se realize. Ele era a distração e a real operação além de financiada
pela Europa ocidental precisava de autorização interna, ele precisava saber
quem era o alvo. Beckett já estava convencida de que ele falava a verdade, porém,
antes que pudesse continuar a conversa foram surpreendidos por atiradores e
carros. Sophia Turner outra vez.
De volta ao quartel general, Sophia fez
questão de dizer que estavam sendo ludibriados por Gage. Ela tentou arrancar
informações dele sem sucesso. Ele insistia que era alguém de dentro. Usando a
tecnologia da CIA, eles rastrearam o contato que apontou diretamente para o
parceiro de Sophia. Ele se negou a baixar a arma e dizia-se leal. Infelizmente,
rodaram a foto da garota por toda a base de dados e não descobriram quem ela é.
Estavam em um beco sem saída até que Castle deu uma ideia. Olhar para a
topografia, as montanhas a fim de saber onde a foto foi tirada e reduzir a área
de busca. Beckett foi obrigada a ouvir Sophia dizendo que ele era um gênio com
direito a beijo no rosto. Droga, ela tinha razão. Quantas vezes esses insights
de Castle a ajudara a resolver casos?
Durante a pesquisa, Castle se afastou das
duas para pegar café. Era a primeira chance de Beckett conversar a sós com
Sophia. Não podia perder a chance. Precisava saber.
- Você gosta dele.
- Gostei. Uma vez.
- O que aconteceu? Se não se importa em
responder.
- Você já encontrou alguém e teve aquela atração
intensa? Sabe, aquela tensão? Brigamos por meses por ela, então não conseguimos
mantê-la mais. Mas depois parecia que toda aquela tensão era tudo o que
realmente tínhamos, e sem ela, tudo que nos restava eram as coisas que nos
deixavam loucos – Beckett teve quer rir, sabia exatamente do que ela falava -
Você sabe como ele pode ser.
- Sim, eu sei.
- Às vezes, eu desejo que nós nunca
tivéssemos dormido juntos. Prolongado aquilo – elas trocaram um olhar. Na
verdade, tudo o que Sophia dizia fazia sentido para Beckett, a mesma história,
a mesma tensão. Exceto por um detalhe. Ela dormira com ele, várias vezes. E até
agora, isso não estragara a relação de parceria e amizade que construíram. Sim,
ele a deixava irritada com pequenas coisas, mas também sabia deixa-la nas
nuvens com outras. A história com a musa se repetiria afinal?
Ele voltou entregando as canecas de café
para as duas. Beckett manteve-se calada. Estava perdida em seus próprios
pensamentos avaliando sua vida e a relação com Castle. As palavras de Sophia
apenas serviram como complemento para tudo que vinha avaliando nos últimos
dias. Desde a última consulta com Dana.
Finalmente acharam algo. A menina é filha
de um megaempresário chinês amigo do secretário da fazenda dos Estados Unidos,
conhecido como suposto financiador das dívidas do país. Se a filha dele morrer,
ele poderia exigir o dinheiro de volta, mas esse pais vive de déficits e não
teria como pagar. O mundo entraria em colapso economicamente, um dominó após outro
cairia levando-os a terceira guerra mundial como fora previsto por Blakely. A
outra notícia era que ele acabara de pousar em Nova York e a filha estava com
ele.
Sophia saiu com Castle e Beckett para
intercepta-los e tentar salvar o momento e impedir pandora de acontecer, ou
assim eles pensavam. Quando chegaram em uma espécie de salão abandonado, Sophia
apontou a arma na direção de Beckett que fez o mesmo para ela. Infelizmente, o
outro agente manteve uma arma na cabeça da detetive.
- Desculpe – Beckett perdeu a arma.
- O que você está fazendo? – a ficha de
Castle ainda não caíra. Já a de Beckett...
- Damberg não era o traidor. Você é... –
disse a detetive. Ela ordenou ao parceiro para matar a garota enquanto cuidava
deles. Castle não conseguia acreditar que era ela esse tempo todo. Sophia
confirmou. Ela revelou que os trouxera para dentro porque protegia a operação
simplesmente porque os dois não paravam. Eles nunca estavam satisfeitos com as
respostas. Ela armara para Gage. Tudo por dinheiro. Dar a China o direito de
dominar o mundo. Castle não estava convencido. Não acreditava que ela, a Sophia
que o inspirou, faria isso. Ela os ordenou a ficar de joelhos.
- Você nunca se safará dessa – disse
Beckett.
- Claro que sim, direi que tentamos tudo e
vocês foram mortos no processo pelo traidor, claro. Será heroico. Seu pai
ficará muito orgulhoso – Castle trocou um olhar com Beckett.
- Meu pai?
- Você não acha que ganhou acesso especial
a CIA naquele tempo por causa do seu charme – Beckett não sabia o que pensar,
Castle muito menos – você realmente não sabe, não? Acho que nunca saberá –
engatilhando a arma na cabeça de Castle, ela se preparou para atirar.
- Não! – foi o grito de Beckett, mas o
tiro não veio da arma de Sophia. Ela caíra morta ao seu lado. Damberg os
salvara. Beckett se levantou, seu senso de justiça falara mais alto. Saíra
correndo atrás do agente. Castle ainda olhava para o corpo de Sophia, de
joelhos, incrédulo.
No saguão, o parceiro de Sophia se
aproximava de arma em punho. Procurava uma visão clara para atirar. Seguia a
menina. Quando ele a colocou sobre a mira foi empurrado por uma furiosa Kate
Beckett. Ela salvara o dia.
Mais tarde no distrito, agente Damberg
conversava com eles sobre o final da operação, agradecendo por sua ajuda. Castle
ainda estava intrigado com o último comentário de Sophia.
- Sophia disse algo sobre meu pai ser da
CIA. Você sabe algo sobre isso? – Beckett apenas observava, ele ficara mexido
com a revelação. Até ali, Castle nunca mencionara ou se importara com o pai.
- Nunca ouvi nada sobre isso – ele
devolveu a chave do carro para Beckett agradecendo por todo o apoio e deixou a
sala. Ela esperou um momento, não queria tocar no assunto. Via como ele estava
pensativo. Fora Castle quem primeiro falou.
- Acha que ela estava falando a verdade
sobre o meu pai? Isso explicaria porque ele desapareceu completamente.
- Eu... – como colocar isso de uma maneira
que não o ferisse? Beckett pensou – eu acho que Sophia contou um monte de
mentiras. Deve ser difícil descobrir que ela era uma traidora, especialmente
depois de inspirar Clara Strike nela.
- Bem, Clara começou com Sophia, mas
terminou mais como você, inteligente, feroz e gentil. Acho que foi uma das
razoes para ter escolhido você como musa – ela sorriu, o pensamento dele
esquentara seu coração, se debatia se devia abraça-lo ou não, ele parecia
precisar de um. Havia uma certa decepção em seus olhos. Mas Castle continuou
falando – você acha que o Dr.Blakely estava certo? Sobre o estopim? Acha que
realmente salvamos o mundo? – o pequeno sorriso no rosto dele tornava tudo
melhor, aos poucos ele voltaria a ser o velho Castle.
- Eu acho que salvamos a vida de uma
menininha e isso é o bastante para mim – ela se levantou sorrindo, ele
retribuiu o sorriso. Deixando a sala da capitã, eles caminhavam lado a lado
como fizeram tantas vezes. Ela não dera o abraço por fim, mas usara o próprio
corpo para tocar em seu ombro, um gesto que tornara-se outra marca registrada
deles.
Ao chegarem na mini copa, Castle serviu
outra caneca de café para eles. Beckett o fitava. Nesses últimos dias tinha
descoberto um pouco mais do passado de Castle e tudo isso a fazia questionar-se
sobre seus próximos passos. Kate necessitava de tempo para pensar, para
escolher seu próximo movimento no tabuleiro de xadrez. Havia duas perguntas críticas
para responder. Somente conseguiria fazer isso excluindo as emoções dos últimos
momentos que vivera ao lado dele. Ou assim ela pensava.
- Vá para casa, Castle. Foi um longo caso
com muitas descobertas. Devia aproveitar para descansar e relaxar um pouco.
- Você deveria fazer o mesmo. Também
esteve nas mesmas circunstancias que eu.
- Eu vou. Afinal, esse caso não tem
papelada. É confidencial – ela sorriu – te vejo por aí?
- Até amanhã, detetive. É sempre um prazer
tentar salvar o mundo ao seu lado. Derrick Storm adoraria conhecer Kate
Beckett.
- Acho que ele..., meio que, conhece... –
isso fez Castle sorrir. Debruçando-se na direção dela, Castle beijou-lhe o
rosto.
- Se cuide, Beckett – deixou a sala. Ela
se escorou na parede fechando os olhos. Era demais para digerir. Com tudo
acontecendo, ele ainda arranjava uma forma de provar como era fofo. Suspirando,
Beckett mordeu os lábios. Pegou suas coisas e deixou o distrito.
Em casa, ela se sentara no sofá com um
copo de vinho. As imagens de sua irritação, seu comportamento, Sophia, Castle.
Todas faziam parte de sua pequena reflexão. Talvez Beckett já soubesse o que
esperava, o que deveria fazer. Porém, de alguma forma, ela precisava dividir
seus pensamentos com alguém. Conhecer Sophia a fez imaginar ideias de futuro,
em um deles nada de bom acontecia, perdia a magia, o encanto. No outro, ela
tinha o que precisava, suas respostas. Cada um deles dependia de uma escolha.
Qual decisão tomar? Que caminho seguir? Dana. Ela precisava da terapeuta.
Pegando o telefone, ela ligou para a
amiga. Explicou que precisava antecipar sua consulta, queria muito conversar.
Obviamente, Dana perguntou o que havia acontecido e Beckett negou-se a
antecipar qualquer assunto ou comentário. Teriam bastante tempo amanhã, fora a
sua resposta.
Consultório de Dana
Kate Beckett chegara meia hora antes do
que combinaram. A secretaria avisou que ela ainda estava com um outro paciente.
Não se importou. Esperaria. Não tinha para onde ir. O dia no 12th estava muito
calmo, nenhum novo caso, nenhum relatório. Consegui tirar um dia de folga. A
mente fervilhava. Tinha muito o que discutir com Dana hoje. Se bem que discutir
era uma palavra inadequada para usar em um consultório de terapia. A última
coisa que a terapeuta fazia era inflamar uma discussão. Quanto a colocar ideias
e interrogações em sua mente, nisso Dana era mestra. A porta do consultório se
abriu e após cumprimentar um rapaz que saíra de lá com cara de poucos amigos, a
terapeuta virou-se para encara-la.
- Sua vez, Kate – virando-se para a
secretaria, perguntou – você bloqueou o resto da minha agenda para o dia?
- Sim, senhora.
- Ótimo! – ela deixou Kate entrar antes
dela no consultório. Vendo a sua amiga e paciente ir diretamente se sentar no
divã podia apostar que a conversa seria longa e porque não dizer difícil. Para
quebrar o gelo, ela preparou dois cafés. Sentou-se em sua cadeira e entregou a
caneca a Kate que agradeceu.
- Então, Kate. Você pediu por essa
conversa. Antecipou sua consulta. Isso somente indica que você tem algum
problema, algo te incomoda ou tomou uma decisão que pode ter grandes
consequências para a sua vida. E algo me diz que não tem relação com a nossa
última sessão. O que aconteceu?
- Nossa! Se vivêssemos nos tempos
medievais, lá pelo século dezoito, você seria uma bruxa. Iria morrer enforcada.
- Ouch! Eu poderia encarar como um elogio,
mas você praticamente desejou a minha morte... – isso fez Kate sorrir, bom,
quebraram o clima pesado.
- É um pouco de tudo isso. Você lembra que
comentei na última sessão sobre a minha vida, a minha parceria com Castle estar
se tornando doméstica demais e que isso estava começando a atrapalhar meu
julgamento. Então, eu andei pensando sobre várias coisas. E durante essa
semana, algo aconteceu que acabou me fazendo refletir melhor sobre o que quero
de agora em diante.
- Você está se referindo as perguntas que
lhe fiz?
- Também, mas antes eu preciso te contar o
que aconteceu – suspirando, Kate tomou coragem para contar a Dana as suas últimas
aventuras e dolorosas descobertas. Falou de Sophia, do encanto de Castle, do
lance da musa. E dos ciúmes. Detalhou cada momento que achou significativo. A
terapeuta ouvia com cautela, fazia algumas anotações. Não queria perguntar
nada, Kate estava livre para ordenar seus pensamentos e colocar suas dúvidas
para fora.
- Não se trata de uma demonstração de
ciúmes propriamente dita. Não era como no caso de Serena. A conotação é
diferente. Meu Deus! Eu dei um pequeno show no necrotério e para piorar a filha
dele ouviu tudo! Desde aquele momento, eu fiquei envergonhada. Era estranho
encara-lo, mas minha curiosidade foi maior, fiz perguntas, quis ouvir a
história, entende?
Ela se levantou. Começou a andar de um
lado para o outro na sala. Tentava escolher as palavras para falar de Sophia.
- Ela não era apenas uma conquista dele.
Ela foi sua musa, como eu. Sophia inspirou Clara Strike uma personagem que eu
mesma admiro. Independente dela ter mudado de lado, Castle a conheceu antes.
Quando Sophia me contou que tudo era um jogo de poder e sedução, não podia
deixar de comparar com a minha própria experiência com Castle. É isso que
fazemos todos os dias, essa dança. Então, quando ficaram juntos para valer. O
clima, a faísca, se fora. Ouvi-la dizer que gostaria que nunca tivessem dormido
juntos para preservar a magia me fez pensar no que temos. Em resumo, o que ela
quis dizer foi que ao cruzarem a linha, tudo desmoronou. Será esse o meu
destino também? Tornar-me uma mera conquista? Eu não quero isso.
- Se me permite interromper, acho que você
está esquecendo de alguns detalhes importantes que fazem diferença entre a sua
história e a de Sophia. Apesar de vocês duas terem servido de musas para o
escritor, não tem o mesmo tratamento e não são vistas sob a mesma ótica por
ele. Quando Castle teve contato com Sophia, ele queria a inspiração, as
informações da CIA, no fundo queria acesso por pura curiosidade e usou de seu
charme para consegui-lo. Flertou, jogou e funcionou. Acabou com as informações
e na cama com a sua suposta musa. Na sua história, porém, tem dois fatores que
a colocam em outro patamar comparada a Sophia.
- Será que dá para você ser mais clara? –
Dana sorriu.
- Kate, quando Castle a escolheu como sua
musa, ele ficou fascinado por quem você era. Sua personalidade, seus mistérios.
Ele decidiu contar a sua história. Também me lembro de que naquela época, ele
era um playboy milionário acostumado a ter tudo que queria. Castle não é mais
esse homem. Ele amadureceu. E ao contrário de Sophia, apesar de existir
joguinhos de prazer e poder entre vocês dois, você já dormiu com ele. Já esteve
em seus braços muitas vezes. Isso mudou o modo de agir, a dinâmica de vocês
como parceiros? Foi ruim dormir com Castle?
- Não, você sabe que não. Acho que
encontramos um ritmo.
- Viu a diferença entre vocês duas? E tem
outro detalhe muito importante. Castle te ama.
- Eu sei, Dana. Pode ser diferente, mas o
que estou querendo explicar é que a parceira com benefícios, esse ataque de
ciúmes, eles prejudicam minha visão do todo, meu tratamento. Eu preciso focar
na minha terapia, nas perguntas que você me fez. Já imaginou se a cada mulher
que apareça com algum interesse em Castle eu dê esse piti? E não é só isso, o
desgraçado sabe como me deixar confusa. É só ver o que ele falou de Clara
Strike depois para mim. As vezes tenho vontade de soca-lo! – ela sentou-se
outra vez no sofá, Dana estava rindo do desabafo dela. Era muito interessante
ver Kate lutando contra seus próprios sentimentos.
- Diante de toda essa explicação e de sua
própria analise, o que você quer fazer?
- Vou procura-lo. Vou contar para Castle
que preciso acabar com a nossa parceria com benefícios. Continuamos parceiros,
investigando, mas irei dizer que preciso focar no meu tratamento.
- E você acha que ele vai aceitar isso
numa boa? Sem maiores explicações?
- Terá que aceitar.
- Acho que não funciona assim tão fácil,
mas respeito a sua decisão.
- Ainda bem que respeita porque eu preciso
focar em responder as perguntas que fez para mim. Só então poderei seguir em
frente.
- Certo. Quando pretende conversar com
ele?
- Amanhã.
- Não tem medo de como ele possa reagir? E
se não gostar da sua decisão? Já pensou nisso? Castle pode simplesmente dizer
que se não houver benefícios, não haverá parceria.
- Ele não pode fazer isso. Não vai – de
repente ela ficou preocupada. Dana podia ter razão? Castle podia se irritar e
ir embora? – quer dizer, não tem como. Ele não iria embora. Não depois de tudo.
- Por que você acha que ele não iria
embora?
- Porque ele tem um compromisso. Ele está
escrevendo livros baseados em mim. Não pode abandonar isso.
- Kate, não é esse o motivo de Castle
ficar. Ele tem experiência e talento suficiente para escrever dez livros usando
Nikki Heat, não precisa estar lhe seguindo para isso. Ele é o rei dos best-sellers
de mistério. Qual o verdadeiro motivo por Castle possivelmente ou
hipoteticamente não ir embora do seu distrito, da sua vida?
Ela fitou a terapeuta calada. Claro que
sabia a resposta. Dana também, porém queria que ela dissesse.
- Porque ele me ama...
- Exato! Ele está esperando você dizer o
mesmo. Talvez essa seja a única razão de Castle não abandoná-la. Porém, você
precisa ter cuidado. Castle pode surpreender até a mim.
- Por que você faz isso? Fica me dando
argumentos para pensar o pior, para ficar confusa?
- Não quero lhe deixar confusa. Estou
tentando faze-la enxergar todos os fatos. Você disse há algumas sessões atrás
que estava preocupada com a parceria de vocês porque ela estava se tornando
domestica demais, vocês estavam convivendo quase como um casal. Até aí é
compreensível sua preocupação, afinal você não quer que Castle pense que está
pronta para um relacionamento de verdade. Então, eu leio o seu caderno. A forma
como escreveu sobre as coisas. Os momentos. Há ternura ali. Até aqui você está
me acompanhando?
- Sim.
- Ótimo. Por conta da sua análise, eu lhe
explico como espero ver seu tratamento terminado e lhe formulo duas perguntas.
Ao responde-las corretamente saberei que você está pronta para encerrar o
tratamento. Isso meio que a apavorou. É perceptível pela sua escrita, seu
desabafo, contudo compreensível. Responder as perguntas e encarar seus medos. O
futuro. O desconhecido. De repente, uma nova variável é adicionada ao seu
cotidiano. Uma outra musa. Sophia Turner. E os ciúmes aparecem, e como é de lei
o sentimento a faz reagir de maneira irracional, dando show e perturbando seu
próprio julgamento de tudo. Exatamente por esse último acontecimento você
decide recuar sua parceria com Castle. Resumi bem, não?
- Sim.
- Diante de tudo o que contei, você
consegue perceber o que há de errado na história?
- Nada.
- Kate... – ela suspirou. Dana era
terrível!
- O fato de eu tomar a decisão de recuar
com a parceria de cabeça quente, baseada em momentos de puro ciúme?
- Está vendo? Você disse, não eu.
- Você me induziu a fazer isso, Dana.
- Não mesmo! Você tirou suas conclusões. A
verdade é que se analisar esse pequeno resumo que fiz, você poderá ser capaz de
responder ou pelo menos começar a achar o caminho para a resposta de uma das
perguntas que eu lhe fiz. Sabe, Kate, você é uma mulher admirável. Ler suas
próprias reflexões, suas palavras, me fez perceber porque Castle se encantou
por você, o quanto você o fascina. Kate Beckett é uma caixinha de surpresas.
Não o culpo por ter se apaixonado.
- Eu sei o que você está fazendo, Dana.
Não vai funcionar. Você está dizendo todas essas palavras bonitas sobre mim,
falando do modo como Castle se sente envolvido comigo apenas para que eu
desista de ir adiante com a minha proposta para Castle. Desista! Não voltarei
atrás.
- A escolha, como sempre disse, é sua.
Você faz sua jornada.
- Ok, Dana. Por que não diz na minha cara
com todas as palavras que estou tomando a decisão errada?
- Você acha que está? – Kate grunhiu na
frente da terapeuta.
- Às vezes tenho vontade de socar sua cara
com essas respostas evasivas.
- O sentimento é reciproco quanto a sua
teimosia – Dana sorriu fazendo a detetive sorrir também – devíamos tentar algum
dia. Nos livrarmos do estresse no tatame.
A clássica rodada de olhos. Dana
continuou.
- Kate, não existe decisão errada. Cada
decisão tem suas consequências, elas levam a diferentes caminhos. Isso não
significa que não devem ser tomadas. Você muda o curso da sua vida cada vez que
faz uma escolha. É assim que funciona. Ação e reação. Causa e consequência.
Isso existe desde que o mundo é mundo.
- Mas você mesma disse que existe
respostas certas para as perguntas que me fez.
- Sim, elas existem simplesmente porque
suas respostas definirão onde quer chegar no fim do caminho, o que quer para o
seu futuro e a sua vida – Kate soltou um longo suspiro.
- Eu não consigo mais pensar sobre as tais
respostas, por isso mesmo vou terminar a parceria com benefícios com Castle.
- Tudo bem. Sua decisão. Na próxima sessão
você me conta como tudo terminou. Boa sorte, apenas tenha cuidado com a velha
Kate – ela balançou a cabeça e deu um sorriso para a amiga antes de deixar o
consultório. Dana sabia que era o medo que a dominava porque percebera o quanto
estava envolvida e próxima de admitir seus sentimentos em relação a Castle.
Como terapeuta, Dana não podia dizer a ela o que fazer, seu papel era de guia.
Nesse instante, torcia para que Castle não fizesse uma interpretação errada das
intenções de Kate. Caso contrário, meses de terapia seriam perdidos.
Na manhã seguinte, Castle apareceu no
distrito para acompanhar uma nova investigação que começara. Passaram parte da
manhã na cena do crime e depois na delegacia montado o quadro de evidências.
Uma novidade aqui, outra ali, as peças do quebra-cabeça começavam a se
encaixar. Ryan conseguiu uma informação com os peritos que os levou até o
suspeito. Ou pelo menos eles pensaram. Pista errada. Ao final do dia, sem muita
direção para continuar a investigação, Beckett decidiu encerrar o dia de
trabalho. Começariam de cabeça fresca cedo pela manhã. Após dispensar os
rapazes, virou-se para Castle e perguntou.
- Será que você pode vir até a sala de
interrogatório comigo? Preciso conversar com você e não gostaria de fazer isso
no meio da delegacia.
- Não prefere um terreno mais neutro? É
uma conversa difícil? Podemos ir para o loft.
- Não é uma conversa difícil, mas é
importante. Talvez você tenha razão. Precisamos de um lugar neutro. Já sei, vou
te dar uma carona para casa. Quando estacionar, eu explico.
- Funciona para mim – ela pegou a bolsa,
vestiu o casaco, a chave do carro e seguiram para o elevador – você não quer
adiantar o assunto? Tem a ver com Sophia? Sei que eu fiquei de responder mais perguntas
sobre ela e acabamos nos enrolando com o caso e...
- Não vou começar a falar agora. E não tem
a ver com Sophia, trata-se de mim. Consequentemente, de nós.
- Tudo bem – Castle agora estava realmente
intrigado. Que mistério era esse, afinal? Ao parar o carro na frente do loft,
Beckett desligou o motor. Deixou a chave na ignição. Ajeitando-se no banco,
virou-se para ele a fim de fita-lo. Era o tipo de conversa que se deve olhar
nos olhos do outro – aqui estamos. O que tem para me falar, Kate?
- Eu andei pensando bastante nos últimos
dias e após conversar na minha sessão de terapia, eu cheguei à conclusão que
precisamos conversar sobre a nossa parceria.
- O que tem ela? Estamos bem, não?
- Sim, mas eu preciso que recue. Não posso
mais continuar com a nossa parceria com benefícios, Castle.
Sem saber se ouvira corretamente, ele
olhou intrigado para a detetive e franziu o cenho.
- Desculpe, não entendi. Você disse o que
mesmo? – ele não estava surdo, somente não queria acreditar que aquelas
palavras saíram da boca de Kate Beckett.
- Eu preciso parar com a nossa parceria
com benefícios.
- Eu não acredito nisso... – e ainda
assim, ele sabia que ela estava falando sério.
Continua....
11 comentários:
Senhorrrrrrrrrrrr.. se eu não tivesse assistido essa série e não soubesse como termina, queria voarr em cima de Kate e encher a carinha dela de tapas!!kkkkkkkkkkkkkkkk
Essa mulher é muito complicada e Dana é uma terapeuta mt paciente, pq se fosse outra já teria abandonado a causa!!!kkkkkkkkkkk
Aiiiiiiiiiiiiii q raiva que eu tô de Kate Beckett!!!
Ansiando por The Limey, pq ela merece um iceberg!!!
Agora a porra fico seria como sera que Castle vai reagir diante de tudo afs Kate como Sempre complicando ttudo mal posso esperar pelo próximo cap
Ai Meu Deus... quando vc acha que a Kate esta caminhando, ela recua 1km. Que mulher é essa... tomara que tome um gelo do Castle. para deixar de ser dodha. Ok ela é Broken... mas poxa, ouve a Dana um pouquinho. E o que dizer da Dana? Mal conheço mas ja considero para caramba. Terapeuta e amiga maravilhosa...
PQP! Eu vou bater na Kate. Sei que o Castle ama muito ela, mas tá difícil, viu. Vou querer vê ela correndo atrás.
Nossa proximo capitulo promete..levando em totalmente em conta como a Genia Karen esta conduzindo essa Maravilhosa Fic.....simplesmente amando... vem lovo cap. 56
Kate não facilita nem um pouco kk
Eu nem sei o que falar, tô bem triste e com raiva ok respira, estamos esperando os próximos capítulos dessa patifaria de Kate Beckett djdnfjfjfjfjfjsjsss
Eu nem sei o que falar, tô bem triste e com raiva ok respira, estamos esperando os próximos capítulos dessa patifaria de Kate Beckett djdnfjfjfjfjfjsjsss
Karen Karen estou morrendo de raiva da Kate!#
É tão bom ver a Kate com ciumes. Ver ela reconhecendo que surtou, não tem preço. Ai o medo vem, e ela se esconde, recua. E a velha Kate domina e ainda tenta criar argumentos para justificar que sua decisão é a correta. Ela é tao teimosa que é mais facil pensar assim. Eu amo a Dana. E ao meu ver elas ja estao em um tatame e a luta da terapeuta é bem difícil.Dana merecia um premio em Always. Hahaha
Como é minha fía? 😱 Tu tá loka mulher!!!!
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