segunda-feira, 11 de outubro de 2010

[Bones Fic] As Time Goes By - Cap.26

Cap.26
Presente


Brennan estava reorganizando suas coisas no Jeffersonian. Depois de um ano, muito mudara na sua vida. Escrevia em seu notebook.

“O calendário virou seu inimigo mais cruel, dia após dia eu me pego olhando e contando os dias para reencontrar Booth. Três dias para meu encontro com ele, finalmente! A ansiedade me domina, não vejo a hora de estar novamente em seus braços. Já pensei em mil maneiras de como reagir no nosso encontro mas a verdade é que não sei. Quero beijá-lo, abraça-lo, sentir o corpo dele junto ao meu e depois, bem depois acho que nossos corpos e corações falarão por si só.”

A noite, ela convidou as meninas para comer algo e bater papo. Chamou inclusive Daisy que ficou lisongeada com o convite. Depois de muita conversa, elas deixaram o bar por volta das 11 da noite. Daisy estava sem carro e Brennan acabou oferecendo uma carona a ela. No caminho da casa de Daisy, ela puxou o assunto.

- Então, Dr. B, ansiosa pela volta do agente Booth? Nào perguntei antes porque não sabia se poderia na frente das outras.

- Vcoê fez bem, Daisy. Não contei a elas ainda, por enquanto é segredo.

- Entendido.

- Respondendo a sua pergunta, sim estou muito ansiosa para ve-lo novamente. Contando os dias.

- Que bom! Fico feliz de vê-la assim e o agente Booth é bonitão e um homem de muita sorte por ter o amor de uma mulher como você.

- Não Daisy, sorte não existe apenas percebemos que tinhamos vários pontos em comum além da compatibilidade sexual.

- Dr. Brennan, sei que você é uma cientista como eu mas eu acredito em destino e amor. Você e o agente Booth foram feitos um para o outro. Boa noite, dr.B.

- Boa noite, Daisy.

Brennan saiu dirigindo, sorria. Sim, talvez daisy tenha razão, Booth certamente concordaria com ela. Mesmo que não hovessem fatos para corroborar a hipótese de Daisy, ele teria uma explicação mais que coerente para convence-la que a idéia era válida.

3 am

Ela corria, o suor escorrendo pelo rosto. Era uma angústia, uma ansiedade que ela não sabia o porque. Corria sem conseguir alcançar seu destino. Ouvia o grito de dor ao longe, ele parecia estar sofrendo. Ela precisava encontrá-lo, precisava confortá-lo. Se algo acontecesse ela não suportaria. De repente, a imagem de Booth num caixão a fez gritar.

Brennan acordou gritando. A camisola encharcada, o coração descompassado. Ela procurou o relógio na cabeceira. 3 da manhã. Respirou fundo. Se ao menos pudesse falar com ele, saber se ele estava bem. Não gostava de ter pesadelos, para ela isso não era um bom presságio. Claro que como cientista ela não acreditava em premonições porém sua experiência com o coveiro a ensinara que não podia subestimar o cérebro humano, ele é sempre responsável por respostas involuntárias do subconsciente e da imaginação.

Tornou a deitar na cama. Passou um bom tempo olhando o teto com a imagem de Booth na mente. Finalmente sentiu o nível de adrenalina baixar e cedeu ao sono.

Afeganistão – 3 dias para a volta

Booth estava voltando de mais uma missão em campo de guerra. Cansado e mentalmente esgotado. Seguiu para o seu alojamento e foi direto tomar um banho e tirar os últimos rastros de areia e sangue do corpo. Depois de um longo banho, ele foi ao refeitório pegar um sanduíche e uma caneca de café. Não via a hora de tomar um café decente no dinner e comer uma boa fatia de torta de maçã. Porém, nada era mais importante do que reencontrá-la, sua Bones. A pessoa que dominava seu coração, seu corpo e sua alma. Ele não sabia mais como viver sem ela. Sabia que ela estaria esperando por ele no local que combinaram a um ano atrás.

E pensar que quando eles partiram cada qual em sua missão, Booth sentia-se sozinho e muito triste. Jamais pensou que essa viagem o fizesse voltar diretamente aos braços de quem amava. Bones fora uma surpresa maravilhosa na vida dele e a cada dia ela continuava o surpreendendo.
Passos recobraram sua atenção. Um dos seus superiores estava de pé junto a ele.

- Oficial Booth acabo de receber a notícia de que você está dispensado de seus serviços no Afeganistão poderá retornar a Washington amanhã mesmo. Seu vôo parte às 9h da manhã. foi uma honra tê-lo em nosso regimento.

Eles estendeu a mão entregando a passagem a Booth. Sorriu.

- Melhor arrumar as coisas...

- Certo, obrigado senhor.

Assim que o oficial saiu, Booth não podia caber em si de contentamento. O sorriso estampado no rosto não se desfazia. Agora sim, segurando a passagem nas mãos ele sentia que sua volta ao Estados Unidos era real. Rapidamente se pos a arrumar suas coisas queria sair bem cedo, cada minuto aproveitado era um minuto mais próximo dela.

Na manhã seguinte...

Booth acordou bem disposto. Tomou café as seis da manhã e já estava pegando suas malas para seguir ao alojamento principal onde tomaria o carro até o aeroporto. O caminhão estava parado na frente da porta. O motorista encostado na traseira dele.

- Bom dia, Cabo!

- Bom dia, senhor! E bateu continência.

- Descanse. Estou oficialmente dispensado. Estou voltando para casa.

- Ah, então é o senhor que devo levar ao aeroporto? Que sorte hein?

- É verdade, não vejo a hora.

Booth colocou suas coisas na parte de trás do caminhão e rumou para o banco do carona.

- Somos somente nós dois cabo?

- Sim, senhor.

- Então é melhor irmos andando, não posso perder um minuto sequer!

Ele sentou-se ao lado do motorista. Puxou a foto de Brennan do bolso e acariciou a imagem levemente com os dedos.

- Sua mulher?

- Namorada e quem sabe futura esposa.

- Você é um homem de muita sorte.

-É sou sim.

O motorista fechou a porta e deu partida no caminhão. Booth guardou a foto no bolso do uniforme. De repente, caiu sobre o volante e sangue escorria pelo vidro. Booth estava desarmado mas percebeu quando uma granada foi jogada na sua direção. Rapidamente, ele abriu a porta do caminhão e jogou-se no chão. Infelizmente, não foi rapido o bastante e quando a granada atingiu o veículo, estilhaços de vidro voaram sobre ele acertando-o na perna e no braço. Ele arrastava-se pelo chão quando sentiu a bala perfurar o ombro esquerdo.A última coisa que vira foram vários soldados correndo e atirando, a terra subia e mistarava-se ao ar do deserto, sentiu a vista turva, a areia invadiu os pulmões. Ele apagou.

Washignton
2pm

Brennan estava debruçada sobre um esqueleto quando viu Angela se aproximar.

- Angela estou quase terminando com esse crânio. Precisarei da sua ajuda para identificarmos a vítima.

Ela levantou o rosto para encarar a amiga e percebeu que algo estava errado. Angela estava pálida.

- Você está se sentindo bem Angie? Está pálida. Você se alimentou?

- Tá tudo bem. A Cam, ela tá t-te chamando no escritório dela.

- Diga que estou finaiizando uma reconstrução e estarei lá em dez minutos.

- Bren, é-é urgente.

Brennan suspirou. Tirou as luvas.

- Ok, vamos ver o que ela quer.

Caminhava sem pressa pelo corredores do Jeffersonian, de repente, sentiu uma pontada no peito. Fechou os olhos. Respirou fundo mais uma vez e seguiu andando até a sala de Cam. Sentia-se estranha. Ao entrar na sala, Brennan se deparou com um homem negro vestido com o fardamento do exército.

- Dr.Brennan nós precisamos falar com você.

Ela olhou bem para Cam e virou-se para o oficial. Num piscar de olhos, tudo ficou claro.

- Booth, oh não!

Ela foi até o oficial e segurou-o pelos braços. Os olhos começaram a arder pela lágrimas que se formavam.

- O que você fez com ele? O que você fez?

- Calma, Dr. Brennan.

Cam foi até ela tentar contê-la mas Brennan era forte o bastante para se desvencilhar dela. Esmurrou o braço do homem uma vez.

- Fale! O que fez com ele?

A voz de Brennan se elevava. O tom sugeria desespero.

- Dr.Brennan a senhora precisa se acalmar. O oficial Booth foi atingido quando estava voltando para Washignton, foi uma emboscada. Ele estava desarmado. Foi atingido por estilhaços e vidros resultantes da explosão de uma granada e levou um tiro no ombro esquerdo. Ele está na UTI em um hospital de Cabul porque está instável e não pode ser transportado nessas condições para outro país.

Brennan finalmente largou do homem à sua frente. Deixou o corpo cair numa das cadeiras de Cam. As lágrimas molhavam a face vermelha. Sua cabeça estava a mil. Suspirou profundamente e voltou a fitar o oficial do exército.

- Eu preciso vê-lo. Quero o nome do hospital.

- Senhora é melhor não, ele está em situação crítica. Uma viagem ao Afeganistão dura mais de 24 horas não seria prudente.

- Não me diga o que posso ou não fazer. Me dê o nome do hospital agora.

Brennan olhava-o séria e furiosa. Ninguém a impediria de ver Booth nesse momento. Pegou o celular e discou um número.

- Sua última chance, estou ligando para o Diretor do FBI, chefe de Booth. Diga!

Ela gritara dessa vez. Estava nervosa e perdendo a paciênca com o homem.

- Andrew, é Temperance. Preciso de uma informação.

O homem por fim falou.

- Hospital universitário americano.

- Onde está o Booth?

Temperance ouvia as palavras de Andrew ao telefone.

- Tks, Andrew.

Ela voltou a olhar para o oficial.

- Sua informação confere. Cam eu vou me afastar por um tempo, preciso ficar com o Booth.

- É claro, Dr. Brennan. Fique o tempo que precisar. Só nos informe como ele está, precisamos de notícias.

- Obrigada Cam.

Ela discou outro número no celular.

- Boa tarde, preciso de um vôo para Cabul no Afeganistão. O trecho mais rápido que você tiver em classe executiva ou primeira classe. Eu espero.

Cinco minutos depois, Temperance Brennan deixava o Jeffersonian como um raio rumo ao aeroporto. Meia hora depois, ela estava sentada na poltrona de um vôo da American Airlines com destino a Cabul passando por Berlim. Seriam as 27 horas mais longas da sua vida. Encostada na poltrona percebeu que suas mãos tremiam, sem poder mais resistir, deixou o pranto rolar inundando os olhos e a face alva.

Temperance Brennan não acreditava em Deus, naquele momento porém, ela pediu sussurrando.

“Por favor, se Booth acredita em um ser superior que ele chama de Deus, peço que se sua existência for correta, não o abandone. Se está me ouvindo, por favor, não o deixe morrer. Ele é tudo que tenho, minha felicidade, minha vida.”

O avião cortou o céu nublado de Washington rumo ao destino incerto de Temperance Brennan.



Continua...

2 comentários:

Marina disse...

OMG, Karen, esse seu capítulo me matou. Estava tudo indo tão bem. A Bren contando os dias pra chegada do Booth e ele contando os dias para voltar pra casa, e eu contando os dias pra poder vê-los nos braços um do outro, e de uma hora pra outra, tudo muda e o Booth está mais do que com o pé na cova!
Me matou ver a Bren desesperada daquele jeito, me matar ver o Booth morrendo, tudo me matou nesse capítulo.
Bem que dizem que alegria de pobre dura pouco, estava tudo bom demais pra ser verdade.
Isso foi ruindade, karen. Muita ruindade mesmo.
OMG Morri !

Ass.: MLSP

Rubine disse...

Tão triste! A alegria durou pouuco! :(
E aguardando pelo próximo capítulo!