terça-feira, 28 de dezembro de 2010

[Bones Fic] six Months or a Lifetime? - Cap.17

Cap.17


Quando Brennan voltou ao Jeffersonian acompanhada de Booth, eram quase seis da tarde.

- Mais um caso solucionado, Squints. E pela rapidez, quero convidar todos para tomarmos uma bebida no dinner, que tal?

Angela e Cam se entreolharam.

- Tem certeza? Você ainda se lembra da última vez que foi tomar algo conosco Booth?

- Não seja tão cruel, Angela.

- E a Hannah?

- Cam, estou convidando os amigos para um happy hour, que mal a nisso?

- Nada... é só estranho.

Angela olhava para Brennan que disfarçava ao máximo.

- Você está de acordo com isso,Bren?

- Porque não? Eu estou mesmo precisando de uma boa taça de vinho.

- Vamos, o Sweets já está esperando a gente lá.

- Até o Sweets?

- Claro! Ele me ajudou durante o interrogatório a pegar o culpado.

Cam deu de ombros.

- Por mim ok, vou pegar minha bolsa.

- Tá, - angela ainda olhando estranho pro Booth – vou chamar o Hodgins.

- Eles não gostaram muito do seu convite...

- Acho que me afastei demais mesmo.

- Eu concordo.

No dinner, todos já estavam bebendo e conversavam alegremente. Brennan evitava estar próximo de Angela para que a mesma não perguntasse de Hannah novamente. Angela observava tudo atentamente e comentou com Cam.

- Não parece tão bom estarmos todos reunidos novamente? Como nos velhos tempos? Olha só, a Bren até está conversando com o Sweets! Booth parece relaxado, você não acha Cam?

- É, ele parece bem mais tranquilo que das últimas vezes que esteve conosco. Pena que no fundo sabemos que ele vai para casa e se atirar para aquela loira sem graça.

- Acho que algo na nossa conversa ficou... ele está tentando se redimir do que vem fazendo aos amigos.

- Você conversou com ele?

- Semana passada, disse tudo que queria só não o chamei de santo.

- É se tiver servido, fico feliz que você tenha feito isso Angela.

Do outro lado da mesa, Booth fez sinal para Brennan que concordou com a cabeça.

- Hey, pessoal! Posso pedir a atenção de vocês um minuto?

Todos se entreolharam, Brennan deu de ombros ao sentir o olhar inquisidor de Angela sobre si.

- Eu queria dizer umas coisas para vocês. Sei que ultimamente eu não tenho sido o mesmo Booth que brigava com vocês, trabalhava, saia, e se divertia. Aquele Booth que sempre olhava pelos amigos e os defendia. Vários de vocês me xingaram que eu sei. Angela me procurou e disse muitas verdades e ela estava certa em todas elas.

- Estava mesmo!

- Bem, não foi somente você que me procurou para abrir meus olhos mas alguém foi decisivo para que eu realmente acordasse e compreendesse que tudo o que fazia era me enganar.

- Ah, Booth para de enrolar! Afinal você terminou ou não com a Hannah? É só isso que nos interessa.

- Bem direta você hein Angela! E a resposta é sim, terminei com a Hannah.

- Aleluia!

Cam riu.

- Seeley já não era sem tempo!

Todos brindaram a isso. Até que Angela falou.

- Isso explica parte da história mas porque a Hannah foi procurar a Brennan no Jeffersonian?

- Ela foi? Cam parecia surpresa.

- Foi, Cam. Ela me procurou ontem.

- Deve ter sacado que você poderia ter sido o motivo da separação, ou que você teria alertado o Seeley.

- Na verdade, Cam. Você acertou. A Bones foi o motivo do meu rompimento. Foi ela que me trouxe de volta.

Ele pegou a mão de Brennan na sua e sorriu. olhando para todos os seus amigos, ele tornou a olhar para ela.

- Eu e a Bones somos um casal agora.

- OMG!

- Eu não acredito!

Angela foi correndo até a amiga e a abraçou. Olhou para Booth e sorriu. Também o abraçou.

- Eu sabia que tinha algo estranho nessa história toda. Porque você não me contou Bren? Sou sua melhor amiga! Quando isso aconteceu?

- No fim de semana. Angie eu queria tanto te contar mas não podia. Nós tinhamos que resolver como íamos fazer com o FBI, por isso procuramos o Sweets.

- O Sweets já sabia?! Ah, não!

- Soube hoje pela manhã. Eu sei que você teria sido a primeira a saber pela Dr.Brennan se não fosse esse lance da parceria deles...

Ela voltou a abraçar a amiga pulando de alegria.

- Ah, estou tão feliz! Vamos fazer um brinde!

- Angie você não pode beber.

- Eu brindo com suco de laranja.

Booth riu.

Eles encheram o copo novamente e Angela puxou o brinde.

- A Booth e Brennan! Que ele a faça esquecer da antropologia por um tempo e viva a vida!

Todos riram. A noite entre amigos seguiu adiante como nos velhos tempos.


Dois dias depois


Brennan e Booth tiveram sua primeira consulta com Sweets. Dessa vez, ele pegara leve e se concentrou apenas na defesa que apresentaria ao FBI e principalmente ao chefe de Booth. É claro que para ele o caso complicava um pouco por dois aspectos: ele era amigo dos dois e Brennan já saíra com Andrew anteriormente. Sweets não sabia como ele aceitaria sua defesa. Ele pediu aos dois que esperassem do lado de fora da sala de Andrew e que somente entrassem se fossem chamados. Sweets já marcara hora com o Diretor-Assistente.

Logo que foi anunciado, recebeu permissão para entrar.

Booth olhou preocupado para Brennan.

- O que você acha que vai acontecer?

- Não sei. Espero que o Sweets faça a coisa certa. Quer dizer, eu não aprovo o trabalho dele com psicologia mas se de alguma forma ele usar esses conceitos sem nexo para conseguir a aprovação de Andrew ficarei satisfeita.

- Se você não confia no trabalho dele como isso pode dar certo? E você ainda saiu com o meu chefe!

- Booth o fato de eu ter saído com Andrew algumas vezes, não quer dizer que ele se recusará a aceitar o nosso relacionamento. Andrew é uma pessoa racional e profissional acima de tudo, ele sabe como nossa parceria é importante para o FBI.

- Espero que você tenha razão.

- Eu tenho.

- Oh, modesta...


Na sala do diretor

- Dr. Sweets, a que devo essa visita?

- Bom dia, Diretor Hacker. Estou aqui para tratar um assunto importante referente ao agente Booth.

- Agente Booth? Você não vai me dizer que ele voltou a ter alucinações depois do período do Afeganistão certo? Isso seria muito ruim para o FBI.

- Não,senhor. O agente Booth está ótimo, ele não apresenta nenhum sintoma de pós-guerra e nenhuma das síndromes.

- Bom, bom. Sabe Dr. Sweets, o agente Booth é um dos meus melhores agentes. O FBI se orgulha do modo como ele trabalha e de sua eficiência em pegar os bandidos. Sei que ele tem uma excelente parceira que o ajuda mas ele tem faro além de ser um exímio atirador.

Aquelas palavras deixaram Sweets nervoso. Ele percebeu o quanto o diretor admirava Booth e isso poderia ser um mal sinal quando ele contasse qual era o problema. O diretor continuou.

- O futuro do Agente Booth é bastante promissor. E aqui entre nós, ele é meu provável substituto.

- Isso é excelente, senhor. O agente Booth certamente é um homem astuto e ético, um agente muito envolvido com as causas do bureau.

- Mas afinal Dr. Sweets porque você me procurou? Disse que era importante.

- Então, como estava dizendo o agente Booth por ser cumpridor das regras do FBI me procurou para confessar uma mudança em sua vida. Na verdade, ele não veio sozinho. Sua parceira, Dr. Brennan veio com ele. O agente Booth e ela me procuraram para se aconselharem sobre algo importante para os dois, o relacionamento pessoal.

- Sim mas é por esse motivo que você fazia terapia com eles. O que está havendo? Eles estão brigados, se desentenderam?

- Não, ao contrário, eles estão apaixonados, eles agora são mais que parceiros profissionais, estão envolvidos romanticamente. Eles gostariam de saber como o FBI encararia isso e portanto vieram conversar comigo.

Andrew permaneceu calado mas atento as palavras de Sweets.

- Como psicólogo e terapeuta dos dois, eu avaliei os prós e contras dessa nova situação e a verdade senhor é que a forma como a Dr. Brennan se portou durante a explicação da união e quanto aos seus sentimentos me fez perceber que a minha maior preocupação quanto ao envolvimento deles estava resolvida. Particularmente falando, eu não tinha visto a Dr.Brennan tão feliz antes. E quanto ao agente Booth, por ele ser uma pessoa mais emocional, saberá dosar as ações na medida correta afim de não prejudicar o relacionamento profissional de ambos e nem arriscar a parceria entre o FBI e o Jeffersonian.

Sweets suspirou. Percebeu que Andrew tinha a testa franzida. Não sabia ao certo o que pensar afinal não conhecia o diretor tanto assim.

- É meu parecer profissional de que eles não constituem nenhuma ameaça ao FBI. E se o senhor, como chefe de Booth estiver de acordo, eu os acompanharei com a terapia quinzenal e farei relatórios para o FBI relatando o progresso deles.

Depois de uma longa pausa, Andrew finalmente falou.

- Temperance e Booth, juntos. Não posso dizer que estou surpreso. Achei até que eles já tinham se envolvido e decidiram não ir adiante. Entendi seu ponto de vista Sweets. Porém, gostaria de ver os dois.

- Se o senhor quiser, eu mandei eles esperarem lá fora.

Andrew alcançou o telefone.

- Rose, você poderia mandar o agente Booth e a Dr. Brennan entrarem?

- Claro,senhor.

Rose fez sinal para os dois.

- O Diretor quer ve-los.

- Tks, Rose.

Booth olhou para Brennan mais uma vez como quem procura pela coragem. Ela suspirou.

- Vamos.

Ao entrarem na sala do diretor, viram Sweets sentado a frente dele.

- Agente Booth.

- Bom dia, senhor.

- Dr. Brennan, é sempre um prazer reve-la.

- Olá, Andrew.

Ele perdeu o sorriso e tornou-se sério.

- Agente Booth, o Sweets acabou de me contar uma novidade curiosa. Você e a doutora Brennan estão juntos romanticamente. Você conhece as regras do FBI certo, Agente Booth?

- Sim, senhor.

- Então sabe o quanto nos opomos a envolvimentos com parceiros de trabalho. O bureau não vê com bom olhos o relacionamento além do profissional entre agentes.

Booth estava ficando nervoso. Não gostava do rumo da conversa. Brennan resolveu falar.

- Andrew, concordo com a regra que você citou porém devo concluir que ela não se encaixa ao nosso caso afinal todos sabem no FBI que sou uma antropóloga forense que trabalha no Jeffersonian, não sou uma agente federal.

- Sim, Dr. Brennan, sua análise está correta porém eu preciso saber algo do Agente Booth.

- Pois não senhor.

- Eu preciso dizer que você é um dos meus melhores agentes, sua produtividade e eficiência é uma das maiores do bureau. Portanto quero saber se tenho seu compromisso em honrar sua posição e não deixar qualquer acontecimento pessoal influenciar em seu trabalho para o FBI.

- Com certeza, senhor.

- Agente Booth, eu levo a vida muito a sério. Foi bem difícil ficar um ano sem você aqui na unidade de Washington quando você foi para o Afeganistão. Não quero sequer pensar em ver seu trabalho cair de rendimento de agora em diante. Estamos entendidos?

- Perfeitamente, senhor.

Andrew olhou para Brennan e depois para Booth. Sorriu.

- Sabe, não fico surpreso com isso. Era meio óbvio.

- Não para eles.

- Sweets!

- Andrew, você está dizendo que está de acordo com o parecer do Sweets?

- Sim, Temperance. Estou de acordo. E agradeço por terem procurado o FBI antes de qualquer coisa.

Booth abriu o sorriso pela primeira vez. Sentiu a tensão se dissipar dos seus ombros.

- Senhor, desculpe a pergunta mas sem ressentimentos?

- Sem ressentimentos, agente Booth. Afinal só sendo mesmo um tolo para não perceber que quando eu saía com uma mulher tudo o que ela falava era em outro homem, nesse caso, você.

Booth olhou para Brennan. Ela sentiu o rosto corar.

- Apenas respeite-a e cuide muito bem dela. E parabéns aos dois.

- Obrigado, senhor.

- Obrigada, Andrew.

- Dr. Sweets confio ao senhor a missão de mante-los na linha e de me fornecer relatórios das sessões de terapia.

- Sem problemas, senhor.

- Podem se retirar.

Eles deixaram a sala do diretor sorrindo. Lá fora, Booth não resistiu e deu um empurrão seguro em Sweets quase o derrubando.

- Tks, Sweets!

Juntos, Booth e Brennan deixaram o FBI.


XXXXXX


Os meses passavam tranquilamente. Angela anunciou para todos que teria uma menina. Brennan ficou feliz com a notícia. Vários casos se passavam sem maiores problemas. A parceria de Booth e Brennan continuava de vento em polpa.

Hoje era dia de sessão com Sweets. Brennan ficou de encontrar com eles no FBI. Bateu na porta.

- Olá,Dr.Brennan! Entre.

- Bom dia,Sweets. Oi Booth.

- Bem, vamos começar. Está tudo bem com vocês?

- Claro.

- Sim tudo.

- Vocês estão morando juntos?

- Não, cada um no seu lugar. Porque pergunta?

- É apenas para checar como anda o grau de intimidade de vocês. Não pretendem fazer isso?

- Por várias noites Booth dorme na minha casa. As vezes, eu na dele. Achamos bem conveniente.

- E você agente Booth, concorda com a Dr.Brennan?

- Sim, é claro que talvez mais tarde nós podemos pensar em morar juntos mas ainda estamos naquela fase inicial do relacionamento,Sweets. Tudo é novo.

- Especialmente para mim, tenho aprendido muito com o Booth.

Sweets ainda não estava satisfeito então arriscou a pergunta mais importante.

- Vocês se amam?

- Claro! – a resposta foi imediata de ambos.

Sweets sorriu. Isso dizia muita coisa.

- Mais alguma coisa que gostariam de comentar sobre a semana que passou, seus últimos casos?

- A melhor notícia desses dias foi a do bebê de Angela. É uma menina.

- Você parece bem interessada e feliz com o bebê de Angela.

- Estou sim. Angela disse que vai dar meu nome a ela.

- Mesmo?

- Sweets olha o que você vai falar...

- Sim, como nome do meio.

- Ah... isso despertou algum instinto maternal em você?

- De certa forma mas acho que esse assunto é algo que só interessa a mim e a Booth.

- Mas você falou uma vez que...

- Isso foi antes de eu estar envolvida emocionalmente com Booth.

- É Sweets, você ouviu a Bones.

- Ok, vou respeitar isso.

- Que tal fazermos um teste?

- Ah,não! Esses testes não servem para nada!

- Eu concordo. Não entendo como isso pode ser considerado algo científico. Isso é pura suposição!

- Ok, vocês podem pensar o que quiserem mas estão sob minha supervisão e não podem questionar meus métodos de terapia. Agora o que terão de fazer é...

Sweets passou mais uma hora com eles afinal tinham que seguir suas orientações para evitar problemas.


Duas semanas depois...

Brennan estava analisando um crânio quando Angela apareceu.

- Hey, Angie. Como foi a consulta?

- Tudo bem. Ela está linda,Bren. A mãe é que anda acabada com as dores nas pernas.

- É natural, você está no 8º mês de gravidez,quase no nono. Tem certeza que não quer entrar de licença?

- E ficar em casa sem fazer nada quando posso ajudar vocês trabalhando nesse crânio? No way!

- Você já escolheu o nome?

- Depois de muito conversar com o Jack acho que chegamos a um acordo sim.

- E?

- Ela vai se chamar Anne.

- Anne... bonito nome.

- E sei qual será sua próxima pergunta, sim será Anne Temperance. Eu prometi lembra?

Brennan sorriu.

- Ah, Angie.

Ela abraçou a amiga.

- E não se esqueça, você e Booth serão os padrinhos dela. Quero que ela seja inteligente como você e perspicaz como Booth.

- Ela será incrível Angie afinal com uma mãe como você...

- Tks,Sweetie.

- Agora você poderia tentar achar um rosto para essa vítima?

- Claro...

Brennan estava saindo do Jeffersonian quando seu celular toca. Booth.

- Hey...

- Oi, está a fim de uma comida chinesa?

- Pode ser no meu apartamento ou no seu?

- No seu, assim você fica mais a vontade. Chego em vinte minutos.


Apartamento de Brennan

Brennan já saboreava os pratos trazidos por Booth. A tv ligada no noticiário.

- Angela me disse o nome da filha dela hoje.

- E como será?

- Anne. Anne Temperance.

- Espero que ela puxe para você na inteligência porque a personalidade tenho certeza que será de Angela.

- Que o Hodgins não te ouça.

Eles riram.

- Bones, aquele papo do Sweets não te deixou cabreira não?

- Sobre bebês? Não. Booth isso não é para agora. E essa é uma decisão nossa.

- Na verdade, é uma decisão sua,Bones. Eu já sou pai. Você que precisa decidir se quer ser mãe.

Ela beijou-o.

- Teremos tempo,Booth. Além do mais, teremos que cuidar da pequena Anne. Seremos padrinhos dela.

- Mesmo?

- Sim, Angie confirmou hoje.

- Isso é ótimo!

- é parece que você estava certo mais uma vez. A família Jeffersonian está crescendo.

- Bones... você não sabe o quanto fico feliz em participar dessa família.

Ele a beijou novamente.

- E vou ser ainda mais feliz se eu for a pessoa responsável por te dar um filho.

Brennan tinha as mãos sobre a coxa dele. Deixou deslizar até a virilha. Olhou para ele com uma cara malandra.

- Não é porque não quero filhos agora que não podemos praticar...

Ela apertou o membro dele e mordiscou a orelha dele. Booth a puxou contra si e tomou-a nos braços. Em instantes, ele estava deitado sobre ela no sofá e a brincadeira estava apenas começando.




Continua....

Nenhum comentário: