Nota da Autora: Capítulo fresquinho! Quem disse que o angst acabou? Um pouco de cada ingrediente nesse post. Divirtam-se... enjoy!
Cap.30
- Olá, Kate. O
Alex está melhor, fiquei preocupada com ele. Ah! Oi, Castle!
- Não tente me
enrolar Nadine. Como você pode agir pelas minhas costas? Você investigou pistas
sozinha, sequer me consultou. Eu confiei em você! Contei meus segredos, meus
medos, as ameaças que recebi porque achei que podia conficar em alguém pela
primeira vez desde Castle. Obviamente, estava enganada.
- Kate, eu...
- Não, o que
não consigo entender é porque se arriscar tanto por uma audiência? Colocar o
trabalho da polícia, do FBI em risco por números? Isso é egoísta, mesquinho,
você não traiu apenas a mim, mas a todo o time que busca justiça. Onde estava
com a cabeça quando resolvi dar credito a mídia! Fui tão idiota! – Kate andava
de um lado a outro da sala, irritada a ponto de lutar contra a própria vontade
de dar um soco na cara de Nadine – sabe o que me incomoda nisso tudo? A sua
burrice! Apesar de ter me traído, você se atirou aos lobos. O que deu em você,
Nadine? Você podia ter morrido e pelo que, um pulitzer, sério? Arrscando-se com
Vulcan Simmons! Ele é mal, pura maldade, ele poderia...
- Eu estava te
protegendo, Kate! – a jornalista gritou – enquanto você estava presa em um
hospital cuidando do seu filho, preocupada, nós descobrimos novas pistas,
revelações. Sim, nós! Eu, Jeff e trabalhamos em conjunto com McQuinn. Você acha
que sou doida de ligar pra contar isso quando tudo que importava era sua
família? Eu fiz tudo aquilo, pode chamar de burrice, heroísmo, eu não ligo. Eu
estava fazendo justiça, mostrando que temos um grande problema e apesar de tudo
que descobrimos, não há qualquer ligação com seu nome. Para todos os efeitos,
Kate Beckett continua trabalhando em homicídios como qualquer tenente da NYPD.
Quem está à frente de tudo é o FBI. Eu
sou apenas a mensageira. Fiz e farei quantas vezes precisar ate que veja homens
como Vulcan e Bracken atrás das grades. Sei que isso é o mesmo que você quer.
Um silêncio sepulcral
se abateu sobre elas. Nadine a olhava fixamente com os braços cruzados dando
sinal de que não cederia às ordens de Kate. Do mesmo modo, o olhar tão
conhecido por Castle fuzilava a repórter. Ele conhecia sua mulher muito bem
para entender o que ela estava fazendo. Podia ver as engrenagens do cérebro
maquinando. Estava em um dilema, admitir que Nadine estava certa e saber
exatamente tudo o que descobriram, ou expulsar a jornalista de vez da sua vida,
da equipe aceitando a punhalada nas costas como outro beco sem saída em sua
saga. Mas Kate já experimentara essa estrada uma vez, com Castle. A resposta
dele foi a mesma de Nadine, mentir para protegê-la. Uma vez, virar as costas
quase custou sua vida, sua felicidade.
- Kate, por
favor, nós queremos a mesma coisa. Estamos do mesmo lado. Tudo bem foi estúpido
seguir Vulcan, mas valeu a pena. Você se tornou uma amiga, por sua causa eu e
Jeff encontramos coragem para ser um casal finalmente. Juntas podemos achar uma
forma de derrotar o senador. Eu sei que podemos.
Kate passou a
mão nos cabelos.
- Droga,
Nadine! Duas pessoas geniosas não deveriam trabalhar juntas. Eu cometi o erro
de ignorar um pedido de alguém há alguns anos, sobre proteção. Quase morri por
isso e podia ter jogado minha felicidade no lixo. Não vou arriscar novamente.
Por que eu só arrumo gente teimosa para ficar perto de mim? – Kate bufou ao
sentar no sofá.
- Tem
funcionado bem comigo – disse Castle sorrindo massageando os ombros da esposa.
Nadine se aproximou sentando-se ao lado da amiga, apertou a mão dela.
- Então, você
e Jeff... – Kate bateu no ombro dela rindo.
- É, graças a
você. Podemos falar disso depois, sei que você quer saber tudo o que
descobrimos. Não vou tortura-la, contarei tudo nos mínimos detalhes além de
mostrar o que Jeff nos trouxe. Vou pegar meu notebook.
Conforme prometera,
Nadine contou toda a história para Kate e Castle. Falou das conexões, dos
possíveis crimes, mostrou o vídeo da gravação. A cada nova peça, Kate se contorcia
com as descobertas. Homens sujos e inescrupulosos. Tudo farinha do mesmo saco.
Assassinos, ladrões, criminosos da pior espécie capazes de destruir um ao outro
sem pensar duas vezes.
- É isso,
então? Temos a comprovação, a confissão de que Bracken ordenou matar Collins e
não podemos sequer usar a prova em nossas mãos. Do contrário arriscamos a minha
vida, a sua, da minha família. Resumindo, estamos de mãos atadas. Quando isso
vai ter um fim?
- Sei que é
frustrante, Kate. Ainda estamos na batalha. O jogo não acabou.
- Sei que não,
Nadine. Porém, qualquer passo que dermos nos tornamos vítimas.
- Talvez.
Kate. Acho que uma importante informação chegou até nós por meio desse vídeo. A
relação entre Vulcan e o senador está abalada. Você mesma ouviu Kate, Vulcan
deu um mês para Bracken consertar a sujeira que fez.
- É verdade,
Kate – disse Nadine concordando com Castle.
- Os dois
estão esquecendo que a forma de consertar isso é apagando você, Nadine. Você
jogou a história no ventilador, expos parte do esquema no nome de Vulcan
entregando-o de bandeja para o FBI. Tornou-se uma isca, um alvo. De que adianta
os dois criminosos estarem brigados ou medindo forças se as consequências, de
qualquer forma, pesarão contra nós.
- Não seja tão
pessimista. Para quem não tinha uma pista sequer, saber desse vídeo e dos rolos
com drogas significou uma ótima virada em nosso caso.
- Sim, sabe o
que mais pode acontecer? Um duelo de gigantes. E se Bracken optar por matar
Vulcan? Ele foi bem claro, se cair não irá sozinho. Aquilo foi uma ameaça –
disse Castle – até onde sabemos o senador detesta quem cruza seu caminho para
atrapalha-lo.
- É uma
possibilidade. Mesmo que remota. Pense bem, Vulcan é o responsável por fazer
todo o esquema rodar, o dinheiro entrar na conta da campanha. Por que mataria
sua galinha dos ovos de ouro? Consegue pensar em algum motivo, Castle?
- Raiva?
Traição? Sabotagem?
- É do senador
Bracken que estamos falando. Não de alguém como eu ou você. O senador não se
deixa agir diante das emoções. Ele é frio e calculista.
- Concordo –
anuiu Nadine – se tivesse que descrever o senador usando um perfil psicológico,
certamente o classificaria como um megalomaníaco sociopata.
- Ouch! Você
está começando a gostar muito dele – Castle retrucou piscando para a repórter.
- Só existe
uma pessoa capaz de tirar o senador do sério...
- Nem pense nisso!
Você não veio até aqui, deu o maior sermão em Nadine para se oferecer como isca
para o senador. Nem em um milhão de anos vou deixar você fazer isso, Kate –
Castle estava sério – se essa for sua ideia de continuar, não conte comigo.
- Estou com Castle
nessa – concordou Nadine – se vamos continuar investigando faremos de forma
segura, ou menos arriscada.
- Kate, olhe
para mim – ela obedeceu – promete que não vai fazer nenhuma loucura. Você vai
me obrigar a não sair do seu lado, mas se esse for o preço que devo pagar pela
sua segurança, eu o farei – ela se aproximou dele, pegou sua mão beijou-lhe o
rosto.
- Desculpe, eu
não deveria ter sugerido isso. Foi o calor da discussão. Tenho você e Alex
agora, sou bem diferente da detetive impulsiva de antes – o rosto de Castle
ficou um pouco mais sereno, ela acariciou a mandíbula dele, um risinho no canto
da boca – precisamos analisar bem o que temos a nossa frente. Vulcan pode tomar
a decisão movido pela raiva. Podemos analisar os acontecimentos até agora, Jeff
continua monitorando o senador, certo?
- Com certeza.
Ele ficou realmente empolgado e para sua informação, tanto ele quanto McQuinn
me avisaram que você ia querer me matar por ter escondido isso de você. Eles
estavam certos.
- E como! Não
tenha segredos com essa mulher. Eu já passei por isso e não é uma sensação boa,
acredite. Por hoje, porém, vamos para casa porque precisamos digerir toda essa
informação antes de agir novamente. Amanhã podemos trabalhar melhor nos
próximos passos – se despediu da repórter e abraçado a Kate, deixaram a casa de
Nadine.
Bracken estava
ainda no gabinete, acabara de sair da reunião de orçamento para apresentar o
primeiro draft de seu projeto sobre o software, cansado, porém ciente que atiçara
a curiosidade de seus pares. Ficou em frente a TV de led assistindo o
noticiário. Ao ver a cara de satisfação da jornalista ao noticiar as últimas
informações do caso investigado pelo FBI, seu rosto enrubesceu de raiva. Isso
já estava indo longe demais. Pegou o celular e discou para o seu capanga.
- Onde você
está? Aqui em Washington? Então venha ao meu gabinete.
Vinte minutos
depois, Steve, o capanga de Bracken entrou no prédio vestido totalmente de
preto. Encontrou o senador no sofá com um copo de whisky na mão. Sabia que seu
patrão estava com cara de poucos amigos. Infelizmente, ele era portador de más
notícias.
- Boa noite,
senhor.
- Steve, o que
você está fazendo aqui em Washington? Pensei que tinha sido bem específico
quanto a seguir aquela repórter. Ela está se revelando uma pedra no sapato.
- É por isso
que estou aqui, senhor. Achei melhor conversar pessoalmente.
- Desembucha.
- Eu a segui
como o senhor me recomendou. No início, achei que não ia dar em nada. Quer
dizer, além da redação, ela praticamente só frequenta a academia no Soho e
posso dizer que em horas realmente inapropriadas, provavelmente pelo seu estilo
de vida como jornalista, vai ao mercado raramente e a um bar para encontrar com
amigas, coisas de mulher. Porém, na última semana, essa rotina foi alterada.
Por algum motivo, ela começou a seguir Vulcan. Passou dois dias indo aos mesmos
lugares que ele. Ela chegou até a fábrica de confecções. Ficou por lá até a
saída de Vulcan com uma maleta de dinheiro. Não satisfeita, ela saltou e
invadiu a propriedade. Foi de onde vieram as fotos e as denúncias. A repórter
deu a dica para o FBI, imagino que tenha recebido alguma dica de uma fonte,
apesar de não ter visto nada suspeito. Ela tem um namorado, mas me pareceu
inofensivo.
- Então, a
repórter está mexendo por conta própria em vespeiro. Tudo pela matéria
perfeita. Estaria tudo bem se não tivesse envolvido o FBI. A questão é saber se
ela entregou a investigação ao FBI tornando-se a jornalista exclusiva para
cobertura do caso ou se ainda pretende dar uma de investigadora por conta
própria. Se a sua resposta for a segunda opção, você terá que continuar
seguindo-a para ver o que pretende. Temos pouco tempo. Não deixe que perceba
que está sendo seguida. Assim que descobrir seu próximo movimento quero que me
avise imediatamente. Fui claro?
- Sim, senhor.
Terei que matá-la?
- Se insistir
nessa cruzada, talvez. Ainda não decidi. Quem sabe um susto para afasta-la de
seus holofotes? Mantenha-me informado.
Na manhã
seguinte, Kate retornou ao distrito inclinada a trocar algumas ideias com
McQuinn além de cobra-lo pelos resultados do exame das drogas, ela demonstrou
sua preocupação com a segurança de Nadine. Deveriam designar uma patrulha para
acompanha-la, a tenente tinha a sensação que a jornalista não cumpriria a sua
parte do trato. Na minicopa, ela conversava com Castle.
- Precisamos
nos reunir em outro lugar. Se Nadine estiver sendo observada, não podemos nos
dar ao luxo de sermos vistos em sua companhia, a operação toda estaria em
risco. Vou pedir para Tory verificar os arredores da redação e do apartamento
dela para alguma pista. Deve haver algo suspeito. Pela discussão com Vulcan, o
senador tem um ultimato em mãos. Não deve demorar para agir, precisamos estar
preparados.
- Kate, não
consigo entender porque o Old Haunt não é um ótimo esconderijo. Apenas
precisamos garantir que se Nadine estiver sendo seguida, o sujeito não nos
veja. Em vez de entrarmos pela frente como eles, usaremos a entrada secreta.
Melhor assim? – ele viu que a sugestão não acalmou totalmente a esposa – você
precisa focar na investigação e deixar as coisas acontecerem. Na minha opinião,
se você colocar uma patrulha atrás dela, Nadine saberá. Talvez não seja uma boa
ideia.
- Castle, você
acha que conseguiremos algum dia colocar o senador atrás das grades onde é seu
lugar?
- Acredito que
já estivemos mais longe, Kate. Parte de mim quer desesperadamente que isso
aconteça para fecharmos de vez esse capítulo da sua história, da nossa
história. Vamos trabalhar para isso acontecer o quanto antes. Você vai falar
com a Tory, eu vou comunicar aos outros que nos encontraremos hoje às seis
horas. Estou torcendo para Jeff ter algo importante para a nossa investigação.
Beckett
procurou por Tory levantando suas suspeitas para a analista. Tory concordou com
a visão da tenente e prometeu levar algo ainda hoje à noite para a reunião.
Jeff avançava
a cada hora na sua luta contra o software do senador. O próximo obstáculo após
o áudio e vídeo era acessar o banco de dados, por tudo que vira, apostava que encontraria
documentos comprometedores entre seus arquivos. Enquanto se perdia entre
números e linhas de programação, Nadine movida por sua curiosidade jornalística
decidiu passar mais um dia seguindo Simmons. Infelizmente até aquele momento,
não havia nada suspeito no dia do empresário. Talvez pela repercussão da
matéria, ele estivesse evitando fazer algo que levantasse suspeita. O mesmo não
poderia dizer de certos parceiros, Nadine viu pelo menos dois caras suspeitos
entrarem na empresa de Simmons onde estava de tocaia. Um deles era chinês e
veio acompanhado de três seguranças. Fotografou tudo para mostrar ao grupo o
quanto antes. Ela não levaria nada até a mídia sem antes falar com Kate, essa
lição aprendera. Enquanto os chineses não saiam, ela optou por tomar um café em
uma Starbucks logo na esquina. Ao sair do carro, avistou um cara estranho
escorado em um corolla. Vestia-se totalmente de preto. Nem bem entrou na
cafeteria, percebeu que ele entrou ficando logo atrás dela na fila. Nadine
respirou fundo, decidiu que iria manter a tranquilidade. Observando-o de canto
de olho, viu que deu o nome de Joe para a atendente, se realmente estivesse
seguindo-a não ia usar seu nome verdadeiro. Agindo com naturalidade, ela tomou
alguns goles do seu café deixando o local para continuar sua vigilância. Os
chineses deixaram o prédio e nada aconteceu depois disso. Seguiu para a redação
e não viu o tal sujeito de preto perto dela. Checou seu telefone e havia uma
mensagem de Castle falando sobre a reunião de hoje à noite.
The Old Haunt
Estavam todos
na sala. Kate agradeceu a disponibilidade deles dando a palavra àqueles que
podiam ter novidades. McQuinn
foi o primeiro a falar.
- Estive em
contato com o laboratório hoje. Eles me garantiram que segunda teremos
novidades sobre as substâncias recolhidas na fábrica. Meu chefe já me deixou
alerta sobre a possibilidade de levar Vulcan para interrogatório.
- Eu chequei o
que você me pediu, Kate – disse Tory – não encontrei nada suspeito ao redor da
redação e do apartamento. Apenas carros muito comuns sem qualquer pinta de que
poderia ser um seguidor. Vi SUVs, pontiacs, corollas, nenhum fez a mente ficar
alerta.
- Espere, do
que você está falando, Tory? – perguntou Nadine.
- Eu pedi a
Tory para investigar se havia alguém suspeito seguindo você. Eu estou de olho,
Nadine.
- Tudo bem,
que bom que está cuidando da minha segurança. Aproveitando, tenho umas fotos
que chegaram à redação hoje. Parece que Simmons está recebendo a visita de seus
parceiros ou clientes. Algo me diz que não está sendo muito prazeroso –
resolveu não comentar que ela tirara essas fotos, muito menos que suspeitou de
estar sendo seguida.
- Nadine, você
não vai me enganar. Essas fotos foram tiradas por você. São da mesma máquina,
idênticas às outras que me mostrou ontem. Será que vou ter que amarra-la?
- Não, Kate.
Juro que recebi na redação. Alguém deve ter se empolgado com a minha
reportagem.
- E não
pediram nada? Nem créditos pela foto?
- Havia um
bilhete, mas não li. Queria mostrar para vocês antes.
- Você é uma
mentirosa de quinta, Nadine. Devia aprender a fazer isso melhor – a repórter
ficou vermelha, Castle segurou o riso – algo mais a acrescentar? Aliás, Jeff
obrigada pelo trabalho com os vídeos.
- Só fazendo
meu trabalho. O que me leva a seguinte notícia. Ainda estou brigando com a
linguagem, o próximo passo é invadir o banco de dados do computador principal.
Espero encontrar algo em nuvem ou dropbox. Um cara como ele deve ter arquivos
com podres de algumas pessoas, segredos, teremos muita munição em minha
opinião, preciso de mais uns dias, assim espero.
- Excelente!
Até a próxima reunião e por favor, qualquer novidade me avisem, entendido
Nadine?
- Claro, Kate.
Sim, Nadine
tinha sido seguida, contudo ao ir direto para casa com Jeff, Steve sabia que
nada diferente aconteceria naquela noite.
Loft dos
Castle – sábado
Kate estava
brincando com o filho na sala. Entre cubinhos e bolas, havia sobre o sofá um
boneco do Buzz Lightyear que falava com a criança mediante uma salva de palmas.
Quando seu celular tocou, ela já imaginava que fosse Castle. Tinha ido comprar
comida para o almoço logo mais.
- Hey, babe...
- Kate estou
na dúvida. Você quer comer um belo filé ou um pato laqueado?
- Hum, o pato
não seria uma má ideia... não, Alex toma a bola – jogou o objeto até o menino –
pode comprar. Ah! Sabe o que você poderia trazer? Sobremesa... Alex, cuidado
filho, o controle remoto não! – ela bateu palmas para acionar o boneco no sofá
a fim de prender a atenção do menino.
- Tudo bem,
Kate? – podia ouvir a voz do brinquedo.
- Sim, estou
apenas tentando impedir que Alex faça alguma besteira enquanto brincamos. Acho
que o Buzz conseguiu ser mais efetivo que eu – disse rindo.
- Certo, que
sobremesa vai querer?
- Estava
pensando em uma torta de cheesecake daquela confei...- de repente, ela parou de
falar. Os olhos arregalados quase deixam cair o celular – Alex... – a voz, um
sussurro...
- Kate? Está
tudo bem? Kate?! – do outro lado da linha, um aflito Castle tentava entender o
que estava acontecendo – por favor, fale comigo.
- Cas... ele,
o Alex – na sua frente, o garoto ergueu-se do tapetinho e deu os primeiros
passos até o sofá onde estava o boneco, sorrindo. Apoiando-se nas perninhas
gordas, Alex batia palminhas para o astronauta que falava sobre sua missão –
Cas...ele está andando. Oh meu Deus! Nosso filho está andando!
- Kate... é
verdade?
- Sim, espera
– ela mudou a ligação para facetime mantendo o filho na câmera. Pegou o boneco
e colocou em outra cadeira ficando ao seu lado de frente para o pequeno.
Prontamente, Alex saiu andando ao encontro do boneco, quase correndo enquanto
os dois pais abobados assistiam à cena. Kate ria sozinha deixando tremer a
ligação – vem pra casa, Cas... – ela acionou a câmera passando a filmar os
momentos da criança, boba demais diante da alegria que explodia dentro dela.
Quinze minutos
depois, Castle apressado entrava pela porta de casa, segurava um balão a gás do
mesmo personagem de Toy Story. Encontrou Kate deitada no chão com o filho
brincando ao seu lado. O boneco estava na frente de Alex que o observava
atento. Castle agachou-se na porta colocando o balão à vista do menino. Kate
levantou já imaginando o que o pai iria fazer.
- Oi, Alex!
Papai chegou e olha o que trouxe para você – disse mostrando o balão. Kate de
pé já com o celular em mãos pronta para gravar – vem aqui com o papai, Alex – o
garoto engatinhou até a mãe apoiando as mãozinhas na coxa dela para se levantar.
Sentindo que tinha todo o equilíbrio para mover os pés, ele sai andando na
direção do pai. Após cinco passos, ele cai sentado de bumbum no chão. Kate se
aproxima e o ergue com Castle ainda chamando por ele. A queda parece não ter
abalado o pequeno tanto que após a ajuda da mãe, ele segue na direção do pai
quase se jogando nos braços de Castle para pegar o balão – isso aí, Alex. Muito
bem! Faz um hi-five com o pai – estendeu a mão para ver o filho bater, ele já
tinha ensinado o gesto ao garoto. Conseguindo o seu objetivo, Alex sentou-se
com o balão seguro nas mãos soltando pequenos gritos de satisfação.
Castle pegou o
filho no colo, beijou-o, aproximou-se de Kate que mantinha o olhar bobo cheio
de lágrimas e o sorriso permanente. Beijou-a também carinhosamente nos lábios.
- Nosso bebê,
Castle... nem sei o que estou sentindo.
- Felicidade,
gorgeous. Devemos celebrar de verdade. Vou pegar uma champagne. Mande esse
vídeo para Alexis. Ela vai adorar. Aqui, pegue ele para que eu possa arrumar as
comidas para almoçarmos.
- Você ainda
conseguiu comprar comida? – disse Kate espantada.
- Já tinha
mandado preparar, fico devendo a sobremesa. Peça para Alexis comprar, eu sei
que depois de ver a imagem do irmão ela vai correr para cá mesmo.
- Tudo bem,
vou trazer o bercinho móvel para a sala enquanto almoçamos.
E não deu
outra, uma hora depois, Alexis surgia no loft com uma torta de cheesecake com
frutas vermelhas. Alex se tornara a sensação da casa com fotos e vídeos que
fariam inveja a qualquer celebridade e papparazzi. A tarde passou rápido e os mimos dos pais
estavam longe de acabar. Por volta de oito da noite, logo após jantar, Alex
caiu no sono no colo da mãe, certamente exausto por tanta confusão em um único
dia.
Deitados na
cama já em pijamas, Castle e Kate estavam abraçados um ao outro. Ela beijava o
peito dele até fita-lo. Os olhos azuis tinham uma tonalidade tão clara bem
semelhante a do filho.
- O que foi? –
ele perguntou.
- Seus olhos.
Idênticos ao de Alex.
- Obrigado,
Kate. Obrigado por não desistir de mim um único instante, mesmo quando as
chances pareciam demonstrar que era algo impossível. Sua persistência e
determinação me deram um filho lindo, uma família maravilhosa. Eu te amo tanto.
- Eu também.
Amo tudo a seu respeito e nós fizemos isso acontecer juntos. Eu que nem pensava
em ser mãe, olha para mim babando sobre a cria, chorando por vê-lo andar. Você
me transformou, Rick. Nunca fui tão feliz em poder dividir esses momentos ao
lado do grande amor da minha vida – ela se colocou sentada sobre a cintura
dele, deitou-se sobre seu corpo beijando-o apaixonadamente. Com a ponta dos
narizes apoiadas, o olhar de alegria estampado no rosto, retornava ao beijo.
Ele ajeitou os cabelos dela para trás puxando-o pela nuca uma vez mais. Kate
afastou-se jogando a camisa do pijama longe. Sorrindo, ele perguntou.
- Always?
- Always,
always, always... – e sentiu as mãos quentes dele percorrerem suas costas
trazendo-a de volta para o corpo dele. Mudando de posição, ele saboreava os
seios um a um, mordiscando levemente os mamilos até toma-los por completo em
seus lábios. Kate sentia o corpo arquear pedindo para ser tocado. Seu centro
úmido e pronto para recebê-lo. Ela não se lembrava como e quando ficaram
totalmente nus sobre o colchão, apenas recordava da sensação de tê-lo dentro de
si, invadindo-a em um ritmo rápido e excitante. O primeiro orgasmo aconteceu em
poucos minutos, mas a diversão estava longe de terminar. De fazer amor
preguiçoso, eles evoluíram para o sexo louco e intenso. Quando Castle caiu da
cama levando-a consigo, isso não foi motivo para terminarem o que faziam, de
repente o chão tornou-se seu novo parque de diversão. Mãos, pele, beijos e
orgasmos múltiplos foram saciados ali mesmo acabando por sugar toda e qualquer energia
restante para voltarem à cama por um longo tempo. Quando finalmente retornaram
ao colchão, apagaram no mesmo instante.
Na manhã
seguinte, Kate levantou-se primeiro que ele. Na cozinha, Alexis estava fazendo
ovos enquanto Martha segurava Alex em seu colo. Ela foi direto à maquina de
expresso. Desejava um café antes de qualquer ideia.
- Bom dia...
- Bom dia! A
farra foi boa ontem, não? – brincou Martha vendo Kate tomar um gole do café e esconder
o rosto nas mãos – tudo bem querida, vocês são um casal, é natural.
- Desculpe,
Martha... foi realmente tão alto a ponto de... – a sogra acenou – oh, Deus!
- Que isso,
Katherine. Melhor assim do que ser escondida em um closet, não? – agora era
Alexis quem ria. Tentando se recompor do momento de vergonha que passara, ela
mudou o assunto da conversa.
- Você já terminou
com a frigideira? Quero fazer ovos com bacon e panquecas.
- Fiz ovos
suficientes para todos. Na verdade, esses que estou mexendo são para vocês, eu
e vovó já tomamos café. Os ingredientes da panqueca estão na porta da
geladeira. Tenho que ir ao Central Park encontrar uns amigos.
- E eu vou dar
banho nesse guri. Ele se sujou todo com a papinha de frutas que Alexis fez para
ele – Kate se aproximou do filho pegando-o no colo e enchendo-o de beijos
fazendo o menino gargalhar, devolveu-o a vó – tome seu café tranquila.
- Obrigada,
Martha – quando terminava de fazer as panquecas, Castle apareceu ainda
esfregando os olhos.
- Bom dia...
- Hey, babe...
sente-se acabei de fazer panquecas – ela trouxe o prato à mesa. O cheiro doce
era maravilhoso. Voltou para pegar o mel e a manteiga – o café está terminando
de fazer, bem quentinho para você.
- Preciso de
uma caneca bem forte – Kate olhou para a cara sonolenta, sorriu e beijou-lhe o
rosto deslizando suas mãos pelo peito dele enquanto se debruçava sobre ele
beijando o pescoço. Mordiscou o lóbulo da orelha dele desenhando uma trilha de
beijinhos no seu rosto, pescoço até achar os lábios. A cafeteira apitou.
Voltando com duas canecas cheias de latte, entregou uma a ele.
- Beba seu
café e coma as panquecas – sentou-se ao lado dele provando os ovos. Servindo-se
de panquecas, ela derramou bastante mel colocando o primeiro pedaço na boca –
hum....- cortou outra parte da panqueca e ofereceu a ele. Castle provou,
piscando para indicar que estava muito boa.
- Deliciosa.
Aliás, devo fazer uma observação sobre ontem à noite. Você se lembra quando a
anos atrás eu comentei que sexo com pessoas loucas era incrível? Depois de
ontem, definitivamente você desbancou minha teoria. Não apenas fizemos uma
loucura como a fizemos com amor.
- Bom saber,
foi realmente incrível, babe – acariciou o rosto dele – vai comer esse bacon? –
mas já surrupiou do prato de Castle antes mesmo que respondesse.
Na segunda,
Beckett analisava a papelada do caso Collins pela última vez. Estava pronto
para ser arquivado como sua capitã solicitara. McQuinn ainda não aparecera
naquela manhã. Tory estava trabalhando em um caso para Ryan que a manteve
ocupada sem poder trabalhar em uns arquivos que Jeff a enviara. Do outro lado
da cidade, Nadine trabalhava na redação quando seu editor a chamou em sua sala.
- Srta.Furst,
sente-se – ela obedeceu – estamos bastante impressionados com o seu trabalho
nos últimos meses, Nadine. Você provou ter faro investigativo, excelente dotes
para redigir matérias importantes e bombásticas além de ser muito determinada e
fotogênica diante da câmera. Estive analisando os resultados da audiência nesse
mesmo período. Simplesmente você os fez crescer 30%, colocou o jornal das nove
entre os maiores noticiários assistidos entre nossos concorrentes. Seus furos
deram crédito ao canal e à emissora.
- Obrigada,
senhor – mantinha sua postura profissional, por dentro, sentia o estomago
saltitando, estaria prestes a ouvir uma boa notícia?
- Por isso lhe
chamei aqui. Quero comunica-la que foi de comum acordo diante da diretoria da
divisão de jornalismo que decidimos promove-la a âncora principal do jornal
colocando-a também como editora-assistente. Parabéns, você mereceu – ele
estendeu a mão para cumprimenta-la – seja bem-vinda oficialmente ao mundo da
edição. Você conquistou tudo isso, Nadine.
- Senhor,
muito obrigada – ela não conseguia parar de sorrir – prometo que não vou
decepciona-lo.
- Nem cogitei
isso. Agora fale com a Bety, ela quer organizar uma sessão de vídeos e fotos
para divulgarmos pela mídia e a cidade, prepare-se para ter seu rosto no meio
da Times Square hoje mesmo.
- Oh, meu
Deus! Obrigada – Nadine saiu da sala com o coração saltitando, o primeiro a
receber sua ligação foi Jeff. Em meio a palavras atrapalhadas por risos e
vários “OMGs”, contou a novidade. Mandou se preparar, pois a noite seria de
muita comemoração. Depois, ligou para Kate, agradeceu muitas vezes por
ajuda-la, sabia que não teria conseguido chegar até ali sem as dicas e a
confiança que a tenente depositou nela dando-lhe os furos tão importantes de
reportagem. Ao desligar, tratou de correr atrás de Bety.
Kate desligou
o telefone no distrito ainda rindo da reação da amiga. Estava feliz por Nadine.
Castle se aproximou.
- Perdi alguma
piada?
- Nadine
acabou de ligar. Foi promovida a ancora com a responsabilidade de auxiliar o
editor do jornal também. Não cabe em si de alegria.
- Ela merece –
disse Castle
- Sim, ela
trabalhou duro por isso. Fico feliz por conseguir. Oi, McQuinn! Nadine foi
promovida.
- Que bom.
Beckett, trago notícias. Os resultados do laboratório estão comigo. Palmas para
Nadine. Ela acertou em cheio. Dentre outras drogas, anfetaminas, meta, traços
de cocaína, pílulas de êxtase. Um prato cheio para qualquer viciado. A fábrica
será fechada indeterminadamente. Estarei falando com Washington daqui a trinta
minutos, mas posso antecipar o que terei que fazer. Trarei Vulcan Simmons para
prestar depoimento. O dono da confecção é um chinês, faz todo o sentido. Você
pode pedir mandados para comparecerem aqui amanhã?
- Claro! Falo
com a promotora Robbins e peço para ela agilizar com o juiz Moore.
- Ah, Kate,
somente mais uma coisa. Você não pode estar presente no distrito. Vamos evitar
um encontro entre você e Vulcan para o bem de todos, combinado? – relutante,
ela olhou para Castle.
- Combinado –
ele respondeu – garanto que ela não pisará no distrito amanhã.
- Valeu,
Castle. Nós somos um time e tanto, não? Às vezes me dá vontade de largar o
bureau e trabalhar com vocês. É tão mais empolgante!
- Seria uma
boa ideia, mas a querm eu recorreria no FBI quando estivesse encrencada? –
Beckett disse sorrindo.
Nadine recebeu
a ligação de Beckett quando saia do estúdio de gravação. Suas promos e fotos
estavam feitas. A notícia sobre as drogas e a intimação de dois bandidos fizeram
seus olhos brilharem, sua estreia como ancora seria inesquecível. Podia ver a
audiência bombando quando revelasse os resultados do FBI na noite de amanhã.
Precisava preparar seu texto e pedir exclusividade a McQuinn incluindo uma
entrevista. A cabeça estava a mil, sua veia de jornalista pulsava, o sangue
fervia. Então, ela ligou os pontos. E se o tal chinês dono da fábrica fosse o
mesmo que ela fotografou em frente ao escritório de Vulcan Simmons? Por
impulso, ela mudou a rota. Em vez de seguir para o Upper West side onde ficava
a sede de jornalismo da ABC, ela desceu a Broadway rumo ao Chelsea, onde o
escritório de Vulcan ficava. Atrás de si, um corolla a seguia.
A jornalista
ficou de tocaia novamente na esquina do prédio onde o escritório de Simmons ficava.
Munida com sua câmera, ela esperou. E seus instintos não falharam. Duas horas
depois, um carro preto parou à frente do prédio. Um chinês, o mesmo do outro
dia, soltou acompanhado de três seguranças. Nadine clicava o botão da câmera
como se não houvesse amanhã. Queria capturar as imagens de todos os ângulos
possíveis. Isso ajudaria McQuinn nos seus interrogatórios. Teve que esperar por,
pelo menos, meia hora quando viu o chinês sair, dessa vez com o próprio Vulcan
Simmons. Entraram no carro e saíram. Ela nem pensou duas vezes, ligou o carro e
seguiu atrás deles. Naquele momento, não percebera que o corolla continuava
atrás de seu carro.
Tirando uma
foto da própria imagem da câmera, enviou através do celular para Jeff, ligando
em seguida.
- Jeff, sou eu.
Acabei de mandar uma foto para você. Pode descobrir de quem se trata pelo
programa de identificação da polícia?
- Espere um
minuto – Jeff checou a foto – Nad, esse é o mesmo chinês da foto que você
mostrou para Kate. O que você está aprontando?
- Nada! Eu só
quero confirmar se posso ajudar McQuinn com isso. Cheque o nome dele para mim,
por favor.
- Pode me dar
uns minutos? Eu retorno a ligação.
- Obrigada –
desligando ela voltou sua atenção à estrada, o carro dos chineses estava
separado do dela por um veículo, isso era bom, pois não levantava suspeitas.
Preocupada com o que estava a sua frente, ela continuava alheia ao carro que a
seguia.
Steve pegou o
celular ligando para o gabinete do senador. A secretária o transferiu
rapidamente. Assim que ouviu a voz de Bracken exigindo que não demorasse por
ter uma reunião, ele falou.
- Chefe, estou
numa espécie de perseguição. A repórter estava de tocaia novamente no
escritório de Simmons. Ela o viu saindo com o chinês dono daquela fábrica,
sempre esqueço o nome dele.
- Xing Hao?
- Esse mesmo.
Ela está seguindo-os, tirou fotos e do jeito que é capaz de intercepta-los ou
fazer sei lá o que se passa na cabeça dessa louca. Eu vi o painel com a foto
dela na Broadway. Acho que ficou mais poderosa agora, deve estar achando que é
a mulher maravilha.
- Isso já
passou dos limites. Por que só aparecem essas mulheres justiceiras no meu
caminho? O que aconteceu com as loiras sem cérebro dessa cidade? Temos apenas
duas semanas para agir dentro do prazo que Vulcan nos deu, não quero esperar
mais um minuto sequer. Vamos afastar esse problema da nossa vida. Você sabe o
que fazer.
- Entendido,
chefe – ao desligar o telefone, um carro atrás dele buzinava feito louco. Por
causa da conversa, ele estava andando muito devagar. Aquilo chamou a atenção de
Nadine. Olhando pelo retrovisor ela identificou o cara. Era o mesmo do outro
dia na Starbucks. O mesmo carro. Kate tinha razão, ela estava sendo seguida. Um
fio de suor desceu por suas costas. Não podia entrar em pânico. E se o sujeito
estivesse seguindo Simmons como ela?
O trânsito
estava mais enrolado nesse momento impedindo-a de abrir caminho. Analisou suas
opções e no próximo sinal trocou bruscamente de pista dobrando a direita
tentando despista-lo. Acelerou o quanto podia sem cometer infrações, por um
momento pensou ter se livrado, porém o corolla surgiu um pouco mais atrás.
Estava prestes a iniciar uma caçada de gato e rato. Jogando o carro para o
lado, ela pisou se distanciando, Steve foi atrás. Conseguira uma certa
distancia dele quando seu celular tocou.
- Jeff...
- Nad,
encontrei o sujeito. Chama-se Xing Hao. Tinha razão, ele é o dono da fábrica de
confecções. É ele mesmo quem McQuinn levará ao distrito amanhã. Nad? Está me
ouvindo?
- Sim, Jeff.
Estou – ele ouve o barulho de buzina e pneus cantando quando ela vira a esquina
– preciso desligar agora. No meio do trânsito.
- Está tudo
bem, Nadine?
- Eu não sei,
Jeff... – e desligou.
Viu o corolla
parear ao lado do seu carro. O olhar do sujeito era de causar medo a qualquer
um. Percebeu ele puxar uma arma para aponta-la em sua direção. Sem pensar,
jogou o carro para o lado quase causando um acidente ao tentar pegar a pista da
esquerda entrando em outra rua. Steve continuou em seu encalço, Nadine não
sabia quanto tempo mais iria aguentar. Seus braços estavam cansados, suas mãos
tremiam ao segurar o volante, a adrenalina a movia. Eles estavam novamente
quase em paralelo, se isso acontecesse, ela sabia que levaria um tiro. Pegou o
celular pensando em ligar para Kate, nesse instante, outro veículo na contramão
apareceu a sua frente.
Por puro
reflexo, ela puxou a direção para direita desviando-se do carro obrigando seu
perseguidor desacelerar para evitar uma batida. O celular escapoliu de suas
mãos e caiu entre os pés.
- Droga! –
Nadine via seu fim chegar, era iminente. Não podia desistir, não ia fazer isso.
O corolla bateu em sua traseira fazendo-a puxar o carro para a esquerda, ao
perceber que fora enganada e seu perseguidor estava lado a lado com seu carro
agora, de arma em punho pronto para atirar, ela apenas jogou o carro na direção
dele quando ouviu o tiro. Os veículos se chocaram. Para Nadine, tudo escureceu.
12th distrito
Tory se
aproximou da mesa de Kate, seu rosto estava branco.
- Kate, pode
vir a minha sala de video? Castle, você também. Os dois se entreolharam. Assim
que entraram, Tory fechou a porta – eu sei que você me recomendou que não
usasse o horário de trabalho na NYPD para pesquisar sobre o nosso projeto, por
isso peço desculpas antecipadamente. Desde que Nadine mostrou aquelas fotos na última
reunião, eu fiquei preocupada com ela. Achava que iria se arriscar de novo. O
problema que não tive tempo de checar o que ela fez hoje porque Ryan me manteve
ocupada até meia hora atrás.
- Espera,
Tory, como você está seguindo Nadine? – perguntou Castle.
- Você colocou
um dispositivo de GPS no carro dela – disse Kate quase aliviada pelo movimento
da técnica, não ia brigar com ela por causa disso – bem pensado, Tory.
- Eu fui
checar o percurso dela durante o dia de hoje. Segundo as câmeras, ela esteve na
redação, no escritório de Vulcan e há quinze minutos atrás, o carro dela parece
estar totalmente louco. Cortou vários carros, desviou caminhos e entrou na
contramão. Kate, eu acredito que Nadine estava sendo seguida e a coisa ficou
bem perigosa – Tory digitou alguns comandos no teclado – esse foi o lugar onde
supostamente o carro parou. O ponto verde indica o dispositivo. Esse endereço
não me diz nada.
- Droga,
Nadine – Kate já xingava a jornalista por não atender o telefone – caiu na
caixa postal. Tory me passe esse endereço e mande uma patrulha para o local.
Nadine pode estar em perigo. Meu Deus, Nadine! – Kate ia tentar falar com a
amiga novamente quando o seu celular tocou – Beckett.
- Kate, é o
Jeff. Não consigo falar com Nadine, ela não atende o celular e estava estranha
quando me ligou a uns dez minutos. Ela está em apuros.
- Jeff,
preciso que você vá ao seguinte endereço.
Beckett parou
o carro na esquina da Greenwich St. com a Reade em frente ao Washington Market
Park em Tribeca. O carro de Nadine deveria estar na rua Reade. Logo avistou a
patrulha e dois policiais uniformizados que isolaram a cena e tentavam conter
os curiosos. Havia dois carros, ela reconheceu o de Nadine de imediato.
- Policial,
você pode me atualizar do que aconteceu aqui?
- Eu e o meu
parceiro fomos chamados por causa de um acidente. Quando chegamos aqui,
encontramos uma moça desacordada, ferida na cabeça. Tinha bastante sangue no
carro, mas ela tinha pulso. Liguei para o 911, o paramédico que a recolheu
disse que ela estava ferida no ombro, um tiro.
- Meu Deus! –
exclamou Beckett – para onde a levaram?
- Para o
hospital Presbiteriano de New York.
Então, Jeff
desesperado correu até onde ela estava.
- Cadê a
Nadine? O que aconteceu? Meu Deus, Kate, por favor!
- Jeff, ela
foi levada para o hospital. Precisa se acalmar. Policial, você! Leve esse homem
até o hospital. Precisa dizer que querem infomação sobre Nadine Furst, Jeff
iremos assim que acabarmos aqui – ela pegou o celular ligando para Tory – sou
eu, mande uma equipe do CSU aqui e avise McQuinn para vir supervisiona-los.
- E Nadine?
- Foi levada
para o hospital. Assim que tiver noticias, aviso – desligou - E quanto ao outro
carro? Tinha vitimas? – até ali ela não tinha se preocupado em checar o outro
veículo, Castle, no entanto, já entendera toda a situação.
- Foi
abandonado. Nada exceto – ele virou para o colega policial fazendo sinal para
que ele o entregasse o saco – a possível arma do crime – Beckett pegou a
evidência nas mãos para examina-la, mas foi interrompida por Castle.
- Beckett,
olhe. Acho que sabemos quem estava perseguindo Nadine – ao olhar para o outro
carro, Beckett engoliu em seco. A sua frente, estava o corolla azul
metálico.
Continua....
Um comentário:
COMO ASSIM NADINE????
O AMOR AO PRÓXIMO FICA AONDE????
PQP, QUE CAP. DESGRACADO NO BOM SENTIDO,EU ATÉ QUIS TE ABRAÇAR COM O ALEX DANDO OS PASSINHOS E TAL.
A PROMOÇÃO DA NADINE, ME DEIXOU FELIZ PRA NO FIM FAZER O QUE??? ME LEMBRAR QUE ALEGRIA DE PODE DURA POUCO....
VOU LER O PRÓXIMO ACHO BOM KAREN,QUE ELA ESTEJA BEM.... SE Ñ ME AGUARDE
U. U
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