Nota da Autora: Nesse capítulo próximo da reta final, temos um pouco de tudo. Alguns elementos da história da série foram ignorados, outros mudados, afinal é uma fic AU. Espero que gostem, estamos perto do fim. Ah! A música "La Mer" para quen não sabe é a versõa francesa de "Beyond the sea". Enjoy!
Cap. 33
Alexis retorna
ao loft uma semana depois com várias ideias para mostrar a Kate sobre o
aniversário de Alex. Castle estava no escritório concentrado em seu livro. O
falatório das duas parecia bem animado. Logo em seguida, Martha se juntou a
pequena festa que elas faziam atiçando a curiosidade dele. Porém, como estava
no meio de uma cena de ação, isso teria que esperar.
O painel
sugerido por Alexis era lindo. Além de balões, enfeites e sugestões de
lembrancinhas. Sem esquecer do bolo. Havia modelos maravilhosos, porém as duas reduziram
a três. Kate apresentou a lista de convidados e definiram o cardápio. A maioria
das coisas já estava definidas, o resto ia esperar por Castle.
- Papai está
bem dedicado a esse livro, não?
- É bom que
esteja. Gina está cobrando de nós para lançarmos o quanto antes. E ficou meio
chateado porque eu reescrevi o último capítulo que ele fez praticamente todo e
ainda escrevi mais um com cenas calientes. Sabe como Castle é competitivo. Sua
missão agora é fazer algo melhor. Nem quero ver quando Alex puder brincar com
ele de igual para igual, vai ser uma loucura controlar o garoto de nove anos.
- Se prepare
querida, você terá que ter muita paciência – disse Martha.
- Foi
telefonar para esses locais. Como já adiantamos os preparativos do Alex, quero
conversar e mostrar algo que pode interessar a você, Kate. Andei pesquisando os
cursos disponíveis in loco e online voltados para o Direito criminal. Eles tem
inicio em julho como curso de férias e seguem sendo oferecidos a partir de
setembro. Você faz seu horário. Ao final dos módulos deverá ir a universidade
prestar o exame final. Trabalhos, relatórios tudo pode ser enviado pela
internet. Você deveria mesmo dar uma analisada. Acredito que seria muito bom
para você. Vou passar os links via email para que cheque os conteúdos e escolha
aquilo que melhor se encaixa em seu dia a dia.
- Obrigada,
Alexis. Talvez eu realmente siga em frente com a ideia. Longe de mim querer expulsar
a Capitão Gates do 12th, mas não custa nada estar preparada. Ela quem sugeriu,
não?
- Sugeriu o
que? – Castle apareceu na sala querendo se inteirar da conversa.
- Os cursos de
direito. Será muito bom para ela, pai.
- Também
concordo.
- Mesmo? –
Kate parecia surpresa.
- Pense bem,
tenho o maior orgulho da minha esposa como Lieutenant, imagine como Capitã. Sem
contar que com você no comando, não preciso ficar passando por algumas saias
justas.
- E o que o
faz pensar que comigo seria diferente? Terá que andar na linha da mesma
maneira. E Gates tem sido muito compreensiva com você desde que, você sabe. E
como vai o livro?
- Muito bom.
Escrevi mais três capítulos, depois discutimos sobre eles. Então, decidiram
tudo para a festa? Eu ainda não estou acreditando que seremos discretos.
Imaginei a festa de um ano de Alex como um verdadeiro baile.
- Sei muito
bem as loucuras que passaram por sua mente. Por você, festejaria na Disney.
- Será feito
com certeza quando ele estiver um pouco mais velho e puder andar nos brinquedos
– Kate revirou os olhos batendo no sofá para que sentasse ao seu lado a fim de
mostrar o que tinham escolhido.
Mais tarde, na
cama, eles acabaram discutindo os novos capítulos escritos por Castle. Kate
novamente deu sugestões e reescreveu pelo menos um deles. Concordou com ele que
deveria dedicar-se ao próximo, pois tratava-se de um momento intimo e pessoal
para Nikki e como tinha ligação direta com o que Kate escrevera em Heat Blows,
ela era a pessoa mais indicada. Prometeu escrever no fim de semana.
O trabalho do
FBI estava estagnado. Apesar da ampla divulgação do APB do capanga de Bracken, especialmente
pela ABC, nada surgiu. McQuinn continuava buscando o rastro das munições e do
corolla, porém estava cada vez mais difícil avançar na investigação.
Ao contrario
do FBI, a cidade de New York estava numa onda bem crítica de assassinatos. O
distrito estava com uma média de quatro casos por semana fazendo Beckett se
redobrar com os rapazes para solucionar o mais rápido possível aqueles
homicídios. O nível de trabalho estava tão pesado que voltava para casa todos
os dias após às nove horas e um dos dias da semana acabou virando a noite no
distrito. Castle até mesmo suspendeu suas atividades com o livro para ajuda-la.
Estenderam o trabalho até o sábado para reduzir o numero de casos para apenas
um.
Tudo o que
Kate queria ao voltar para casa por volta das sete da noite naquele sábado era
um banho relaxante com sais na banheira e uma boa noite de sono. Antes da
devoção, porém ela cuidou de aprontar o jantar do filho aproveitando o momento
para curtir o pequeno Alexander. Castle acabou pedindo jantar para os dois do
Le Cirque, pois sequer almoçaram naquele dia. Preparou a banheira para a esposa
como imaginava que ela queria. Checou a temperatura da água, despejou os sais e
o liquido para fazer as bolhas. Também estava cansado e a ideia de passar uma
hora de molho ao lado dela na água morna era bem convidativa.
Quando Kate
colocou Alex no berço e entrou no quarto, não o encontrou. Tirando a roupa
suja, despiu-se completamente. Caminhou até o banheiro, ao abrir a porta, ela o
viu de frente para o espelho, com uma toalha enrolada na cintura prestes a
fazer a barba. Havia alguns pelos parcos formando-se no queixo e na mandíbula.
- Prefiro que
não faça isso agora, Castle – ela aproximou-se dele – não tire a barba ainda.
Gosto de como ela roça na minha pele. É excitante.
- Hum... se é
para agrada-la... – inclinou-se beijando seus lábios deixando o queixo deslizar
no rosto dela – que visão maravilhosa – deslizou a ponta dos dedos pelo meio de
seus seios – seu banho já está pronto, entre logo, você merece esse descanso.
- Você não
vem? – não deixou que ele respondesse, puxou a toalha levando-a ao chão. Entrou
na banheira, pé ante pé, deslizando seu corpo vagarosamente sentindo a pele
esquentar ao ter cada parte do seu corpo tocada pela água. Quando estava
praticamente submersa, suspirou encostando o pescoço na lateral da banheira.
Brincou um pouco com a espuma que se formara, jogou um pouco de água para
molhar seu rosto. Não tinha pressa. Castle também não. Ele estava parado no
meio do aposento admirando-a. Tinha olheiras pelas noites mal dormidas ainda
assim esbanjava beleza. Sua musa, sua esposa.
- Castle...
por que ainda está de pé me olhando? Vem logo.
Quando se
juntou a ela na banheira, Castle começou a massagear os pés cansados de Kate.
Passar mais de doze horas naqueles saltos acabava com seus pés, ela não abria
mão deles mesmo sabendo que precisaria correr atrás de suspeitos pelas ruas da
cidade. O carinho nos pés transferiu-se para os ombros. Com paciência, ele
conseguiu desfazer todos os nós que formaram-se em seus ombros. Kate que se
mantinha calada recebendo os mimos do marido, resolveu levar o momento de
relaxamento para um outro nível. Movendo-se no espaço da enorme banheira, ela
colocou-se de joelhos entre as pernas de Castle. Seus lábios roubaram-lhe um
beijo sensual. Kate deixou o rosto roçar na barba recém-crescida, sentindo os
pelos dos braços arrepiarem. As mãos percorriam o peito marcando a pele em
alguns momentos com as unhas. Voltou sua atenção para os lábios novamente.
A língua de
Kate explorava todo o interior da boca de Castle. Seu membro rijo flutuava na
água, ela o tomou nas mãos massageando a cabecinha com a palma da mão. Os
gemidos dele serviam como estímulo. Apertou os seios dela e segurando-a pela
cintura trocou de posição. Provou-lhe os seios e instigou deixando sua barba
deslizar na pele macia do colo e do abdômen, ela já estava prestes a gozar,
pressentindo isso, ele escorou o corpo numa das laterais da banheira puxando-a
para si. Kate deslizou o corpo para encaixar no dele, como um molde perfeito.
Juntos, eles se entregaram ao prazer.
Deixaram a
água enrolados em roupões de seda. Castle secava gentilmente os cabelos dela
com a toalha. Extremamente relaxada, ela vestiu uma camisa da NYPD deitando-se
ao lado dele. Dormindo quase que instantaneamente.
Após um dia
relativamente calmo no distrito, Kate passou no restaurante indiano e comprou o
jantar para os dois. Castle saíra uma hora antes do distrito porque tinha uma
reunião agendada com Gina. Chegando em casa, ela encontrou a babá brincando com
o filho na sala. O pequeno Alex ao ver a mãe correu em sua direção
agarrando-lhe as pernas. Kate o suspendeu do chão enchendo-o de beijos. Pediu a
Amy para dar o jantar dele essa noite e coloca-lo para dormir.
Preparou a
mesa de jantar, arrumou as comidas em pratos em vez de vasilhas de papel e
colocou um vinho para gelar. Queria comer com Castle. Naquele dia, ela tivera
que dar a notícia da morte de uma mãe a sua filha. Contar a alguém que ela
perdeu um ente querido era sempre doloroso, porém quando se tratava de mãe, era
impossível que Kate não sentisse seu coração entristecer, uma nostagia a
invadiu. Por isso estava fazendo tudo aquilo para Castle. Há dois dias, ele
mencionara os diários de sua mãe novamente. Em vez de cumprir o que prometera,
desconversou alegando cansaço, não estando com cabeça para uma viagem ao
passado.
Hoje ao
enfrentar as lágrimas de uma filha desesperada, ela percebeu que fora injusta
com o marido. Queria desfazer a sensação ruim que pairava em seu coração e se
redimir com Castle. Seria bom passar um tempo nas lembranças da mãe. Deixando
tudo preparado, ela foi para o quarto tomar um banho e colocar uma roupa mais
leve.
Castle chegou
meia hora depois, Kate estava conversando com Amy que acabara de colocar um
adormecido Alex no berço. A moça se despediu do dono da casa e deixou-os
sozinhos.
- Está com
fome? Comprei comida indiana. Vá troca de roupa para jantarmos.
- Sim, senhora
– sentados à mesa, Castle serviu o vinho para os dois, saboreavam os pratos picantes
quando Kate perguntou sobre a reunião.
- Como foi? A
Gina pegou muito no seu pé? Apertou o prazo do livro?
- Nem tanto.
Ela ficou um pouco surpresa por entregar cinco capítulos dessa vez. Já avisei
que estamos perto do final. Pela nossa história, faltam apenas quatro. Dois
meus e dois seus. Curiosamente, ela não fez qualquer pressão.
- Ótimo. Eu
pensei em aproveitar a noite de hoje para remexermos nas coisas de minha mãe.
Venho adiando seu pedido por muito tempo, está na hora de revisitar aquelas
caixas novamente.
- Isso é uma
excelente notícia – ele debruçou-se para beija-la – por que hoje? Tem relação
com a vítima que morreu ontem de madrugada?
- Como você
faz isso? Não consigo esconder nada de você. Castle, às vezes, fico
impressionada com o quanto me conhece. Sim, eu tive que comunicar a filha da
morte da mãe. Não me lembrar daquele dia frio de janeiro era impossível. Senti
saudades, olhar todos os seus diários e anotações talvez seja um modo de me
sentir próxima a ela, manter a ligação.
- Entendo
perfeitamente, fará bem a você – ela sorriu acariciando a mão dele.
O local da
casa escolhido para a volta ao passado foi a sala de estar. Sentados no sofá
com as caixas sobre a mesinha de centro, Castle e Beckett dedicavam-se a
folhear vários diários escritos por Johanna. Anotações de casos jurídicos que
trabalhava, alguns pro-bonos, havia recomendações para estudantes que
estagiavam sob sua supervisão e detalhes pessoais. Fotos, pequenas lembranças
compartilhadas com a filha.
Kate segurou
uma daquelas luvas para café do Java Coffee, o nome da mãe estava escrito nela
juntamente com uma estrela desenhada, guardara o pedaço de papelão após tomarem
a bebida. Lembrava-se claramente desse dia. Castle percebeu o olhar nostálgico
que ela exibia enquanto analisava o pequeno pedaço de papel.
- O que foi? O
que tem de tão especial nesse papel do Java?
- Era um dia
das garotas. Minha mãe combinara de me levar às compras, queria um vestido novo
e sapatos para um encontro especial. Tinha dezessete anos, o nome dele era
Brad. Nós rodamos muito tempo em lojas do Soho e acabamos na Macy’s. A escolha
da roupa, porém não foi o melhor momento do dia. Subimos a quinta avenida
falando de tudo, futuro, trabalho, garotos. Entramos numa das cafeterias Java,
aquela que fica na esquina da sétima com a 50th próximo ao Rockfeller Center.
Pedimos café – ela olhou diretamente para Castle – o mesmo que você me traz
todos os dias.
Ele apertou a
mão livre dela, puxou-a para perto de si aconchegando-a em seu peito. Kate
brincava com o papel rodando-o entre seus dedos.
- Essa era a
luva do seu copo. Enquanto minha mãe me dava dicas de como agir com garotos em
encontros importantes, o café foi terminando. Vê aqui – ela ergueu o papel na
altura do rosto dele – o atendente escreveu o nome dela aqui em vez do copo. Eu
retirei o papel e desenhei o coração escrevendo meu nome embaixo “Johanna S2
Katie”. Eu disse que a amava, disse que quando terminasse a escola eu seria uma
advogada maravilhosa como ela. A suprema corte que me aguardasse. Ela ficou tão
feliz, Castle. Foi a primeira vez que revelei a vontade de seguir a mesma
carreira dela.
Ele percebeu
as lágrimas molhando o rosto dela. Erguendo seu queixo para poder fita-la,
Castle beijou o local por onde as lagrimas escorreram. Os olhos azuis estavam
serenos, cintilando uma cor que a lembrava do oceano pacifico.
- Sua mãe está
muito orgulhosa da mulher que se tornou, Kate. Não tenho dúvidas disso – ele a
beijou carinhosamente – essa história de cumplicidade é um dos momentos que
merecem sempre ser recordados por você. Daqui a alguns anos, você terá a
oportunidade de repeti-la ou criar novas com o nosso filho, quando isso
acontecer você vai se lembrar de Johanna novamente, da forma como ela a ajudou,
vai se sentir mais próxima de sua mãe.
- Eu sei disso
agora, mas antes de você aparecer na minha vida não imaginava ser mãe
justamente por não ter a minha por perto. Formar uma família me fez pensar que
eu teria a chance de reviver um pouco do que foi quando ela estava ao meu lado
e tentar ensinar a Alex um pouco do que ela me ensinou. Por isso eu te amo
tanto, você me deu essa chance.
- Fico feliz
de poder ajuda-la. Alex terá a melhor mãe do mundo – beijou-a novamente. Kate
ainda segurava o papel nas mãos pelo bom tempo que permaneceu acomodada no
peito dele até o instante que resolveram continuar o que faziam. Ela entregou
um dos diários de capa azul para Castle, ao todo eram quatro. Eram ali que
continham as informações mais preciosas que Johanna registrara sobre as
atividades suspeitas e ilegais envolvendo o senador.
Kate
relembrou-o de como funcionava o código criado por sua mãe a fim de entenderem
bem o que estava analisando. Decidiram concentrar suas atenções em um diário por
vez. Dividiam-se entre o conteúdo do diário e as anotações do arquivo
eletrônico montado por Castle com todos os detalhes coletados por ela ao longo
dos anos de investigação.
Continuaram a
remexer naquela parte do passado até seus olhos arderem. O sono dominou-os e
decidiram encerrar os trabalhos. Castle ajudou-a com as caixas deixando-as em
um lugar mais acessível para as próximas sessões, seu escritório. De mãos dadas
seguiram para o quarto.
Com uma semana
para o aniversario de Alex, Nadine voltara ao trabalho estreando como âncora
principal do jornal das nove. Infelizmente em sua volta, ela não foi capaz de
trazer a noticia que esperava, a captura de seu perseguidor. Mesmo assim,
estrelou com louvor seu papel à frente do público que aprendeu a gostar da
loira atrevida que escolhera o jornalismo investigativo como sua opção de vida.
Assim que a
edição do jornal acabou, Kate pegou o celular e ligou para a amiga. Essa tarde,
um caso interessante caiu em suas mãos o que seria um prato cheio para Nadine
trabalhar com eles, além disso, ela estava com saudades da amiga repórter.
- Hey, Nadine!
Acabei de ver sua estreia poderosa. Parabéns!
- Lieutenant
Kate Beckett, a que devo a honra? Você ligou somente para me cumprimentar?
Nossa! Sinto-me lisonjeada.
- Você merece,
tanto que tenho uma ótima reportagem para você. A fim de seguir uma
investigação ao meu lado? Recebi um caso que pode lhe interessar.
- Tá
brincando? Estou louca pra andar pelos corredores policiais novamente. Esse um
mês boiando em casa foi um tédio. Conte comigo. Encontro você no distrito?
- Sim, amanhã
às oito horas e por enquanto nada de câmeras. Você não esqueceu da pequena
reunião semana que vem aqui para celebrar o aniversario de Alex, certo? Espero
você e Jeff.
- Claro que
irei. Vejo você amanhã.
Ao chegar em
casa naquela noite, Nadine encontra Jeff resmungando em frente ao monitor de
21”. Ele digitava ferozmente sobre o teclado, particularmente envolvido no que
fazia. Ela se aproximou dele, beijou-lhe a nuca e somente depois de ver uma das
mãos tocando seu braço soube que tinha a atenção dele para perguntar.
- Por que você
está resmungando com o computador?
- Nad, eu não
aguento mais garimpar no escuro. Todos os possíveis assuntos referentes ao
envolvimento com o esquema da máfia ou o assassinato de Johanna Beckett já
tentei. Não consigo achar um documento, uma pista do que precisamos. Sem a
ajuda de Castle ou Beckett, duvido que encontremos algo nesse mundarel de
coisas. Por que não podemos consulta-los? Explique-me novamente.
- Jeff
continuamos trabalhando em sigilo. Ou melhor, você continua porque ultimamente
não tenho feito grandes coisas para ajuda-lo. Esse lance de não poder salvar os
aquivos em outro lugar limita muito a nossa interação. Se Kate sonhar que
estamos investigando e com um potencial muito bom de achar provas contra o senador,
ela vai nos odiar a princípio e depois vai querer analisar tudo pessoalmente. O
problema que assim como eu, ela é muito focada e passional com relação a esse
assunto. Irá esquecer de tudo e todos até encontrar o que precisa para derrubar
o senador.
- E ela
estaria errada ao fazer isso?
- Claro que
não! Tem esse direito. O problema é que pode ser uma ida sem volta.
- Ainda não me
convenceu, você não está sendo clara.
- Não posso
dizer, seria errado e uma traição. Eu pesquisei e conheço o passado de Kate,
ela mesma me contou alguns detalhes que não posso revelar a você. Acima de
tudo, ela é minha amiga e confiou em mim. O que posso dizer é que ela se tiver
acesso a esses documentos sem nada concreto, pode ser uma estrada sem volta. Se
você quer ajudar Kate, continue o trabalho. Ela me convidou para participar de
mais um caso. Pode ser uma boa oportunidade para sondar o que procurar. Talvez
Castle seja a nossa fonte ideal.
Na manhã
seguinte, Nadine se juntou a Castle e Beckett no 12th distrito para mais uma
reportagem. Beckett percebeu que sentia mais falta da companhia da repórter do
que pensava. Juntos revisaram os dados, passaram por todas as evidências e
pistas listadas até aquele instante.
Foram até o necrotério e caminharam uma vez mais pela cena do crime.
Beckett prometeu que no dia seguinte ela poderia trazer sua câmera para
documentar alguns detalhes a fim de complementar a reportagem. Os rapazes tinha
ido à casa de um dos suspeitos para trazê-lo até o distrito para
interrogatório. Nadine teimosamente filmou o momento que Beckett esfolou o cara
sem dó. Infelizmente, não fora ele o responsável pelo crime, mas deu a ela
outra pista valiosa. Dessa vez, Kate Beckett pressentia que podia estar lidando
com o assassino. Ordenou uma pesquisa das finanças além de antecedentes. Se as
suspeitas se confirmassem, trariam o cara para o distrito na primeira hora da
manhã.
Antes de ir
embora, Nadine fez uma média com a Capitã Gates e agradeceu sua cooperação
junto à mídia. Depois, Castle a chamou para um café.
- Espero que
esteja satisfeita com esse caso, Nadine. Só aviso que você terá que estar aqui
às sete da manhã.
- Não se
preocupe, estarei aqui. Será ótimo brindar meus telespectadores com uma nova
investigação ao lado da Lieutenant Beckett. Como está Alex?
- Ótimo!
Contei para você que a primeira palavra que ele falou foi Nikki?
- Você está
brincando? O pai deve ter ficado todo orgulhoso! – disse olhando para Castle –
afinal é sua criação.
- Você não
conhece Castle. Se a primeira palavra dele foi essa, ele julga que é devido a
minha ligação com o menino.
- Há! Essa é
boa.
- Hey! Eu estou
bem aqui – disse ele contrariado.
- Por falar em
Nikki, e o livro? Quando sai?
- Logo.
Estamos na reta final. E Jeff? Você ainda não me contou como o fisgou de vez.
Espera vocês ainda estão juntos, certo?
- Claro, ele
foi um amor comigo durante a recuperação. Deveríamos agendar um encontro de
casais. Que tal um jantar para comemorar a minha promoção e o novo livro de
Nikki Heat? Vamos marcar.
- Acho
excelente a ideia – disse Castle quando Tory surgiu na minicopa.
- Com licença,
tenente. Ryan está lhe chamando para ver algo das finanças. Também encontrei algo
interessante que merece sua atenção. Oi, Nadine! – a jornalista acenou para
ela.
- Pode me dar
licença, Nadine? – Beckett falou já saindo em companhia de Tory. Nadine
aproveitou para sondar Castle.
- Ela parece
estar bem tranquila, não? Pensei que após parar o tal projeto, Kate ia sucumbir
ou até enfrentar um momento de depressão. Talvez a julguei errado. Ela
realmente é uma guerreira. Castle, hipoteticamente e entre nós, se tivéssemos
uma chance em procurar uma única evidência capaz de colocar você sabe quem
atrás das grades, qual seria?
- Nadine, nós já
falamos que não iremos procurar nada referente a esse assunto. Prometemos para
Kate.
- Castle, sei
disso. Estou falando hipoteticamente. Eu me recuso a aceitar que alguém tão vil
ficará impune. Aquele homem é a escória. Não preciso envolver ninguém ou
espalhar aos quatro ventos seus crimes contra o país, mas como jornalista
existe outros meios de se aproximar do senador sem que ele saiba qual o real motivo.
- Jura? Depois
dele ter mandado te apagar? Você vai insistir em ir atrás dele?
- Claro que
não, Castle. Podia usar um colega do meio político ou você esqueceu que a ABC
tem um dos melhores comentaristas e cientista político do país? Seriam pequenas
dicas, nada mais.
- Nadine em
nome de nossa amizade, não. Prometi a Kate que não voltaria a insistir nessa
história, você irá fazer o mesmo. Sinto-me tão frustrado quanto você, ou acha
que eu não gostaria de colocar minhas mãos naqueles documentos comprometedores
provando o envolvimento dele em uma série de assassinatos? Os mesmos documentos
responsáveis pela morte de Montgomery, que deixaram Beckett entre a vida e a
morte. Por causa deles, eu quase perdi o amor da minha vida. Tudo porque Smith
não recebeu aquela pasta a tempo – ele balançou a cabeça, por um momento se
deixou vagar por memórias do passado – desculpe, minha resposta continua sendo
não.
- Tudo bem, eu
entendo. Sei o quanto a ama. Admiro muito o sentimento e a cumplicidade de
vocês. Acho melhor eu ir andando. Quero editar tudo isso para ir ao ar amanhã
de preferência, se o suspeito for o culpado, claro. Vejo vocês amanhã e o
convite pro jantar está de pé. Tchau, Castle. Diz para Kate que ligo avisando
se precisar de algo mais enquanto adianto a edição da reportagem, quero muito
ver esse caso ir ao ar – e o furacão Nadine saiu apressada, como sempre, para o
elevador. Beckett surgiu logo em seguida.
- Castle, cadê
a Nadine?
- Teve que ir.
Pediu para agradecer, amanhã está aqui e disse que liga se precisar de mais
alguma coisa. Ah! E o jantar está de pé, basta marcar.
- Certo.
Parece que Nadine vai ter o desfecho que quer para o caso. E nós também.
Adivinha o que achamos nas finanças de Jerry? Vem comigo – quando Castle fez
menção de sair da minicopa, ela coloca a mão no peito dele – não antes de pegar
mais uma caneca de café para mim.
- Mandona! –
ele disse rindo.
No dia
seguinte, Nadine estava cedo no distrito para assistir e filmar outro show de
interrogatório. Satisfeita com a conclusão do crime, Nadine fez mais umas
perguntas para Beckett para completar a reportagem e correu para a redação a
fim de editar e anunciar o novo quadro que infelizmente ficaria para o dia
seguinte, sexta-feira, por limitação de tempo no jornal segundo o editor-chefe.
Dessa maneira,
Nadine editou toda a gravação feita em companhia de Beckett. Gravou o jornal
mais cedo rumando para casa por volta das sete. No caminho, ligou para o
namorado. Tinha boas noticias para ele também. Como ele estava cheio de ler
documentos, com a cabeça latejando, saiu de casa e estava naquele momento em um
pub irlandês a poucos metros do apartamento de Nadine. Com o telefonema, ele
pediu mais uma Guiness e a conta.
Ao chegar ao
apartamento encontrou Nadine sentada no sofá da sala. Tinha um copo de vinho
nas mãos. Ele se sentou ao seu lado beijando-lhe os lábios.
- Como foi a
reportagem no 12th?
- Excelente.
Será mais um sucesso da nova fase de Nadine Furst, sem diminuir os méritos da
NYPD e da tenente. Kate Beckett é uma tigresa, nunca vi alguém tão boa na sala
de interrogatório. Espero nunca ter que passar por essa situação, levar uma
bronca dela já foi ruim demais. Apesar que...talvez estejamos fazendo isso
continuando a investigação e ficará melhor.
- Como assim?
- Sondei o que
pude de Kate, mas ela é esperta. Não consegui nada. Castle também se mostrou
muito arredio à ideia. Felizmente, eu também tenho os meus truques e fiz as
colocações corretas. Conclusão? Castle acabou, apesar de negar ajuda, falando
algumas coisas interessantes para pesquisarmos entre os arquivos do senador.
Nada realmente comprometedor, porém me lembrei de ter lido algo nas anotações
de Kate com o mesmo nome. Smith. Castle afirmou que tanto Montgomery quanto
Beckett tiveram suas vidas em risco por conta de uma pasta de documentos
comprometedores. Sabemos que o capitão não teve muita sorte, mas acredito que
poderemos partir daí. Vamos reler o arquivo de Beckett dando especial atenção a
esses nomes. Então, poderemos voltar ao banco de dados do senador.
- É melhor do
que tínhamos antes.
A reportagem
de Nadine foi ao ar, sendo um novo sucesso. A audiência apenas provou que a
jornalista estava no lugar certo. Porém, nem todas as notícias foram boas.
McQuinn procurou Beckett no início do seu turno no distrito para comunicar-lhe
que voltaria a Washington no dia seguinte. Não que a notícia tivesse pego
Beckett despreparada, infelizmente as pistas esfriaram, nada novo surgiu e o
chefe dele em DC tinha muitas outras investigações que precisavam de sua presença.
Desculpando-se com a tenente, ele agradeceu pela cooperação dela, de Castle e
também falou com a Capitã.
Naquela mesma
noite, Kate voltou a dedicar um tempo nos diários da mãe em companhia de
Castle. Novamente, foi outra volta ao passado. O que Kate acabou descobrindo
era que a invenção de Castle para revisarem as anotações da mãe, serviu para
que ela se sentisse próxima a ela, conectada às lembranças mesmo que não
conseguisse encontrar nada comprometedor, o tempo passado com os diários era
precioso.
Nas vésperas
do aniversário de Alex, Jeff estava debruçado sobre o monitor lendo mais uma
bateria de arquivos do computador de Bracken. Já tinha passado por pelo menos
dez documentos naquela noite quando Nadine se aproximou com uma xícara de café
e um pedaço de brioche.
- Você não vai
parar de mexer nesse computador? Já são mais de dez da noite. Por que não
encerra por hoje? – ela envolveu o pescoço de Jeff com os braços beijando seu
ouvido.
- Só vou ler
mais dois ou três. Prometo que em vinte ou trinta minutos vou pra cama.
Em outro lugar
de Manhattan, outras pessoas estavam também muito ocupadas com a arrumação de
um ambiente. Alexis, Kate e Castle faziam os últimos ajustes na sala do loft.
Os balões seriam colocados apenas no dia seguinte. As comidas que podiam ser
preparadas com antecedência estavam armazenadas na cozinha de Castle. O painel
ficou incrível e Kate estava muito satisfeita com as escolhas. O bolo seria
entregue logo pela manhã. Cansados, resolveram encerrar os trabalhos.
Na cama,
Castle já se preparava para dormir. Kate, ao contrario, estava desperta. Trouxera
o terceiro diário da mãe para sua cabeceira. Folheava as páginas com cuidado.
Ele apenas observava o que a esposa fazia. Ficou surpreso de ver que ela havia
pego o diário de maneira espontânea. Eles ainda não tinham finalizado essa
leitura. Reparou que ela parara em uma página específica. As pontas dos dedos
pareciam acariciar a escrita que ali estava. Castle remexeu-se na cama ficando
de lado para poder observa-la melhor. Kate reparou no interesse dele.
- Essa música...
“La mer” minha mãe cantava sempre que possível. Era a nossa canção de ninar. À
medida que fui crescendo, ela me ensinou a dizer os versos com a pronúncia
correta do Francês antes mesmo de eu estudar a língua. Quando comecei a tocar
piano, foi uma das primeiras melodias que aprendi. Meu professor ficava
reclamando que deveria me ater a clássicos como Chopin, Vivaldi, mas minha mãe
dizia que a música de Trenet era um orgulho francês. Claro que falava isso para
implicar com o meu professor. Ela se sentava ao piano e tocávamos juntas.
- Você tem
boas lembranças dela.
- La mer, qu'on voit danser le long des golfes clairs. A
des reflets d'argent. La mer des reflets changeants sous la pluie... – parou de
cantar fitando a página do diário - não sei porque ela escreveu a letra dessa
música aqui.
- Era algo
importante para ela, talvez quisesse ter você no pensamento mesmo quando estava
advogando. Você não me disse que esse diário e o quarto foram escritos quando
você já estava na faculdade? Um momento de nostalgia, queria relembrar coisas
que fizera com sua garotinha. Aposto que se perguntar para o seu pai usando a
data ele deve saber se ela se queixou de sentir sua falta.
- Ele não
saberia. Essa música era algo simbólico e íntimo. Pertencia apenas a nós duas.
Eu nunca toquei “La Mer” para meu pai. A canção era minha e dela – Kate fechou
o diário colocando-o novamente na cabeceira.
- Então, isso
significa que nunca verei você tocando para mim.
- Nunca é uma
palavra muito forte, Castle – ela inclinou-se para beijá-lo. O clima de
intimidade ainda estava no ar e Kate decidiu tirar proveito disso.
Ela se enfiou
debaixo das cobertas distribuindo beijinhos pelo abdômen e o tórax dele até
chegar aos lábios. Castle abraçou-a mantendo o contato com a pele dela. Sentiu
as pernas longas enroscarem-se nas suas de maneira provocante. Ao quebrar o
beijo, perguntou.
- O que deu em
você? Pensei que estava cansada – apoiando-se no peito dele, ela sorriu e
falou.
- Você já se
deu conta que já passou um ano? Se me dissessem há quatro anos atrás que
estaríamos festejando tantas mudanças... sempre acreditei que você estaria aqui
comigo, a esperança e meu amor por você foram decisivos para vencer aquele
coma. E agora, estaremos celebrando o aniversário de um ano do nosso filho,
Castle. Nosso filho, nossa família. Eu estou feliz e excitada demais para
dormir. Quero festejar.
- Hum,
imaginando o tipo de comemoração, quem sou eu para discordar? – puxou-a contra
si arrancando-lhe a blusa e sorvendo os lábios. A noite foi bem mais longa e
prazerosa para os dois.
Aniversário de
Alex
Por volta de
seis da tarde, tudo estava pronto. A mesa de doces estava muito bem montada com
o painel ao fundo dava um tom de perfeição. O bolo trazendo vários minifoguetes
na base, tinha o cowboy Wood e o personagem preferido de Alex, Buzz Lightyear.
Uma outra mesa estava coberta de petiscos, salgados, lugares para as tábuas de
frios e pizza afinal, era um aniversário de criança. Os convidados deveriam
chegar em meia hora e os pais já estavam prontos. Kate terminava de vestir a
pessoa mais importante da festa.
Aos poucos, as
pessoas foram chegando. A lista de convidados era pequena. Os rapazes do
distrito acompanhados de seus pares, Lanie e Jenny trazendo o pequeno Patrick,
Tory, Nadine e Jeff, Gina, Mandy e o avô Jim Beckett. Era uma reunião bem
aconchegante e informal. Gates ligou agradecendo o convite de Beckett, mas não
podia participar. Todos pareciam se divertir, as conversas fluíam naturalmente,
havia muitas risadas e mesmo sendo aniversário de criança, Castle servia
bebidas aos convidados.
Patrick e Alex
pareciam ter encontrado uma forma de se entender. Amy e Alexis estavam de olho
nos dois enquanto Kate trocava figurinhas com Jenny que podia dar muitas dicas
para ela. Cantaram os parabéns, Alexis se encarregou das fotos e registrou o
momento com todos sem esquecer dos avós que pareciam estar bem absortos em suas
próprias conversas.
Nadine estava
conversando com Gina, a editora e ex-mulher de Castle a elogiava pelas
reportagens feitas para promover a NYPD usando o trabalho de Kate. Ela também
comentava que descobriu que Kate era uma mulher de muitos talentos. Castle
aproximou-se das duas trazendo mais bebidas.
A jornalista queria muito um tempo com o escritor para ver se descobria
algo mais para as pesquisas de Jeff apesar de desconfiar que seria uma missão
impossível naquele dia.
- Estávamos
aqui elogiando sua mulher, Castle. Kate se revelou ser uma verdadeira caixinha
de surpresas – disse Gina.
- Como assim?
– claro que ele imaginava o que a ex queria dizer, mas adorava ouvir alguém
falando de sua esposa.
- Ela é muito
versátil. Tenente competente da NYPD, mãe, escritora, trabalha com as câmeras
de maneira impressionante, tem boa oratória. Se quisesse podia entrar para a
política. E o melhor? Tudo que ela faz é perfeito. Não admite que seja
diferente. Especialmente manter você sob rédea curta, tenho que tirar o chapéu.
- O que posso
dizer? Minha musa é perfeita.
- Não vejo a
hora de ler a próxima aventura de Nikki Heat! – exclamou Nadine – quando será
lançada?
- Cuidado, Gina.
É a repórter falando. Uma armadilha – ele disse piscando – não revele nada que
não possamos cumprir.
- Oh, Rick!
Deixe de besteira, mas ainda não tem data Nadine.
- Vocês me dão
licença? Vou pegar mais um pedaço de pizza. Está deliciosa – Nadine se afastou
e viu que Castle conversara um pouco mais com Gina para se afastar dela em
seguida. Kate ria bastante conversando com os amigos detetives em um momento de
descontração como a muito não fazia. Ao detectar o escritor sozinho no balcão
da cozinha, Nadine aproveitou para aborda-lo.
- Pode me
servir um pouco mais de vinho? Meu namorado parece que me abandonou. Está a
quase uma hora conversando com Tory. Devem estar falando em códigos de geek.
Muitas vezes não entendo quase nada do que ele diz, a forma que encontro para
não me entediar é transformando a maioria delas em algo sexy. É bom que possa
conversar com alguém que se empolgue com palavras como firewall, variante e
outros.
- Deve ser
engraçado observar essa falta de interação técnica entre vocês. Disso não posso
reclamar com Kate. Nossa linguagem é única, muitas vezes nem precisamos falar,
basta o olhar.
- É verdade.
Chega a ser irritante essa sincronia perfeita de vocês. É por isso que às vezes
não consigo entender porque desistiram de incriminar seu maior inimigo. Ela
merece a justiça, a mãe dela também.
- Nadine, já
disse a você que viramos a página, escolhemos curtir nossa família.
- Você
realmente acredita nisso? Não se pergunta se deveria continuar buscando
respostas?
- Nadine por
mais que lá no fundo eu quisesse encontrar uma forma de mandar aquele individuo
para a cadeia, não estou disposto a colocar minha relação em risco por causa
desse assunto.
- Entendo e
tenho uma confissão a fazer – Nadine olhou séria para Castle – eu e Jeff não
desistimos. Nós continuamos investigando o senador e nada será esquecido.
Acredito que estamos perto de encontrar alguma coisa, mas apenas diremos a Kate
quando tivermos certeza. A razão para estar contando para você é porque eu
sabia que no fundo você esperava acabar com o senador. E já vou avisando. Não
adianta querer me convencer do contrário dizendo que Kate irá me matar. No
fundo, eu sei que ela gostaria tanto quanto eu de ver o senador atrás das
grades. Sabe o que eu acho? A Kate Beckett que conheço não pararia.
Investigaria mesmo escondido. Aposto que está fazendo isso sem que você saiba.
- Nadine, nós
não temos segredos. Se Kate quer fazer algo que afete a nós dois, as nossas
vidas, ela me conta e decidimos juntos. Olha, sinceramente escolher se dedicar
a uma investigação por conta própria não é um problema. Só espero que saiba o
que está fazendo, sua teimosia quase custou sua vida da última vez.
- Sei que sim.
Sou grandinha, Castle. Sei me cuidar – quando ela se afastou, Castle não sabia
o que pensar. Parte dele gostaria de saber exatamente o que Nadine estava
pesquisando. A outra parte desejava não ter ouvido o que ela contou. Decidiu que
o melhor a fazer era não contar absolutamente nada para Kate, como se a
conversa com Nadine nunca tivesse existido. Porém, ao seu modo, ele daria um
jeito de intensificar suas próprias investigações ao lado dela. Afinal, também
não fora completamente honesto com Nadine.
Aos poucos as
pessoas foram se despedindo e deixando o loft. O pequeno Alex já se cansara e
estava dormindo no colo da mãe até Amy vir pega-lo para coloca-lo em seu berço.
Quando a casa ficou vazia apenas com os de casa e Jim, Kate se deixou esticar
as pernas no sofá e suspirar.
- Foi um
sucesso, não? – perguntou Castle sentando-se no canto do sofá erguendo as
pernas dela colocando-as sobre seu colo. Ele massageava os pés dela.
- Sim, tudo
correu bem – concordou Kate – todos gostaram. Só estou pensando em ter que
limpar tudo isso.
- Não se
preocupe, Kate. Falei com o papai sobre isso. Amanhã tem duas pessoas que
contratei para limpar tudo, não precisa se preocupar.
- Nossa, você
pensou em tudo Alexis – ela se virou para Castle – obrigada amor – erguendo-se
no sofá e beijando os lábios de Castle.
- Filha, eu já
vou indo. Preciso voltar para a cabana antes que fique tarde demais – Jim se
despediu de todos e Kate o acompanhou até a porta. Alexis e Martha se
recolheram para seus quartos desejando boa noite aos dois. Por algum tempo,
eles permaneceram namorando e bebendo na sala. Kate estava pensativa e resolveu
compartilhar o que tinha em mente.
- Cas, estava
pensando em levar Alex amanhã ao cemitério no túmulo de minha mãe. Sei que é
estranho, mas gostaria de alguma forma mesmo que simbolicamente, ela o
conhecesse. Acha loucura?
- É claro que
não. Vamos leva-lo até Johanna amanhã. Podemos também voltar aos diários já que
é domingo.
- Tem mais uma
coisa, eu me inscrevi em alguns cursos de Direito. Vou enriquecer meu currículo
e ver onde isso me leva. Não teremos problemas, pois farei cursos online então
darei atenção a você, Alex e ao trabalho sem qualquer problema. Os cursos
começam mês que vem. Não se preocupe ainda teremos nossas duas semanas nos
Hamptons.
- Isso é
ótimo. Quantas notícias para uma noite. Continuo afirmando apoiarei suas
decisões, Kate. Agora, vamos para cama.
No dia
seguinte, Castle e Beckett acordaram cedo para evitar levar Alex em sol muito
quente para visitar a avó. O sol estava leve pela manhã. Eles estacionaram bem
próximo à entrada que dava acesso ao túmulo de Johanna. Beckett segurava a mão
do filho caminhando sobre a grama. Assim que viu a lápide a sua frente, Kate
suspirou. Era sempre um momento emocional voltar ali e encarar que sua mãe
estava a sete palmos do chão representada por uma pedra. A mão de Kate passeou
sobre o nome da mãe. Colocou Alex sentado junto ao túmulo e começou a conversar
com a mãe simbolicamente, ao mesmo tempo que falava da avó para o menino.
Alex parecia
estar vidrado na voz da mãe, ela exercia um fascínio incomum sobre o filho. Os
pequenos olhos azuis não tiravam a atenção de seu rosto. Kate falava baixinho
contando histórias da mãe e falando do feito do filho como se Johanna estivesse
ali. Castle admirava o momento à distância. O encontro simbólico de três
gerações tinha uma atmosfera comovente apesar de ser triste, podia sentir seu
coração apertar diante de uma cena como aquela. Uma pena Johanna não poder
estar entre eles para ver em que mulher extraordinária sua filha se
transformou. Ela fez sinal para que Castle se aproximasse pegando-o de surpresa
querendo disfarçar a umidade ao redor dos olhos sem sucesso, pois estavam
vermelhos. Kate abriu um sorriso doce diante dessa constatação.
Ela ergueu-se
do chão acariciando o rosto dele, beijando-o. Ele envolveu a cintura dela
puxando-a para perto de si. Alex mexia com uma pequena margarida que crescera
próxima à lápide. Era um momento de descoberta bem perto da sua vó. Uma
joaninha andava sobre a pedra chamando a atenção do menino que esticava a
mãozinha para pega-la. Castle se agachou colocando o bichinho na palma de sua
mão, mostrando para o filho em seguida. Os dedinhos fofos mexiam-se devagar
sobre a pele do pai, a mãozinha rechonchuda lembrava a do pai, percebeu Kate.
Ela capturou o momento de pai e filho numa foto.
- Cas, pode
pegar Alex um instante? Quero ficar um pouco a sós.
- Claro, amor
– pegou o filho no colo distanciando-se para dar a ela o momento que precisava
junto a mãe. Mesmo ao longe, ele conseguiu escutar alguns sons. Ela não falava
em inglês, na verdade, cantava. O vento trazia alguns dos versos da melodia em
francês até seus ouvidos. Recordações poderosas que esquentam o coração.
Naquela manhã de domingo, Kate dividira novamente a música íntima delas. La
mer.
Três dias
depois...
Jeff estava
abrindo seu quarto arquivo do dia. Como era de praxe, ele primeiro realizava
uma pesquisa preliminar em todo o documento em busca de palavras chaves.
Levantou-se e deixou o computador trabalhar sozinho enquanto servia-se de uma
caneca de café. Estava entediado. Não havia achado nada comprometedor exceto o
tal projeto de lei que apresentaria para o congresso sobre o novo software. Não
comentara nada com Nadine, mas lera o documento e redigira um próprio
desbancando várias das vantagens do sistema e alertando seus possíveis
problemas e ligações que caracterizavam a invasão de privacidade. Deixara salvo
em seu HD. Talvez nem chegasse a usar o relatório técnico.
Ao vasculhar
as cinco primeiras paginas do dossiê, a ferramenta deu uma parada resssaltando
algo em amarelo. Ele voltou a sentar-se na cadeira e reparou que a tela não
estava movendo-se como era de se esperar. Ele se aproximou mais do monitor e
deu o comando novamente. A caixa não se mexeu. Afastando o quadro, ele percebeu
a palavra destacada em amarelo: Montgomery. Sentiu um arrepio na espinha, durante
longas semanas ele procurava algo consistente. A adrenalina começou a correr em
suas veias e Jeff teve certeza que agora estava no caminho certo. Voltando ao
início do documento, ele dedicou-se a lê-lo atentamente.
Beckett estava
investigando um caso complicado precisando sair do distrito bem mais tarde já
tinha pelo menos três dias. Quando isso acontecia, Castle vinha para casa mais
cedo por causa de Alex. Isso fazia parte de um acordo entre os dois. Por mais
que seu trabalho fosse agitado e os obrigassem a fazer concessões ou virar a
noite no distrito algumas vezes, eles decidiram que sempre um deles viria para
casa fazer companhia ao filho. Não importava que houvesse babá ou a vó no loft.
Kate se preocupava com o bem estar do filho. Era importante mostrar que nunca
estaria sozinho, gerar esse senso de família.
Tinha sido
exatamente assim nesses últimos dias. Castle chegava em casa ainda a tempo de
dar o jantar ou uma última mamadeira a ele, brincava e o aprontava para dormir.
Fazia questão de coloca-lo em seu colo e contar histórias para vê-lo adormecer
em seus braços. Essa noite, o tema era viagens intergaláticas com direito a
armas de laser, foguetes supersônicos e um inimigo mortal, a melhor bandida de
todas as galáxias Rainha Kate. Gostava de imaginar a esposa como vilã de vez em
quando. Ela era tão boa que na opinião de Castle apenas a própria Beckett
poderia derrota-la. O que não deixava de ser irônico. Ou nesse caso, a vilã
seria abatida e derrotada pelo cowboy espacial e charmoso inspirado nele mesmo.
Quando
percebeu que o sono de Alex estava pesado, o colocou de volta no berço
cobrindo-o com a manta e acendendo o abajur em luminosidade baixa antes de
deixar o quarto. Kate chegara em casa uma hora depois encontrando Castle na
cama assistindo os minutos finais do noticiário da ABC com Nadine.
- Você
demorou...
- Nem me fale!
Estou muito cansada, felizmente tudo acabou. Fizemos uma prisão agora a pouco.
Amanhã redigirei o relatório e o caso passa para a promotoria. Comuniquei a
Gates que farei aulas no verão, ela me pareceu empolgada. Vou tomar um banho e
se não foi abusar, quero uma massagem. Minha nuca está me matando.
- Seu desejo é
uma ordem, amor – depois de deitar ao lado dele, Castle caprichou na massagem
com um óleo aromático que servia para relaxar. Assim que ele terminou e a
envolveu nos braços, ela apagou.
XXXXXXX
Jeff andava de
um lado para o outro. Já havia deixado três recados para Nadine mesmo sabendo
que ela não poderia atendê-lo devido à gravação do jornal de hoje ser ao vivo. Ele
já não aguentava de ansiedade para falar com ela. Tropeçara em algo muito
grande e precisava convencê-la a procurar Beckett e Castle. Ele estava certo de
que podiam agarrar o senador com isso.
Mal Nadine
chegara em casa, ele a arrastou para o computador.
- Nad! Eu
achei. Demorou mas consegui encontrar algo que deixará o senador de calças
curtas. Vem, sente-se – ele quase a jogou na cadeira – está vendo esse arquivo?
Leia-o com atenção. Avise quando terminar porque ele não é o único – Nadine
esfregou os olhos para restabelecer a concentração que havia decidido desligar.
Tudo o que queria era uma taça de vinho até começar a ler aquele documento.
Terminado o
primeiro, ela virou-se para Jeff de olhos arregalados. Um pequeno sorriso de
satisfação se formou no rosto dele.
- Chocante,
não? Só que ainda não acabou. Depois que li esse arquivo, fiquei um bom tempo
olhando para o nada, pensando em como faríamos para ter essa prova em mãos. Não
há meios eletrônicos, está além de minhas capacidades. Então reparei no nome do
arquivo, aqui – ele apontou para o número 1 ao final – esse é apenas o
primeiro, estamos falando de três. Deixe-me abrir para que possa ler – dando os
comandos necessários os dois arquivos faltantes surgiram na tela.
Meia hora
depois, Nadine acabara e suspirava olhando para o computador. Estava ali.
Provas concretas e explosivas para incriminar Bracken em seu envolvimento com
drogas, na morte de um agente do FBI e de mais três pessoas, sendo uma delas
mulher que ela deduziu ser a mãe de Beckett. Mesmo não havendo menção direta a
Johanna, as demais provas não deixavam dúvidas que o senador estaria liquidado
com esses documentos. Seriam eles os mesmos que Smith possuía? Aqueles que Kate
disse terem sido destruídos? Ou os antigos tratavam apenas do caso Johanna,
motivo pelo qual Kate conseguiu segura-lo mantendo a ela e a Castle a salvo?
- Isso é
bombástico, Jeff.
- Eu sei. Nem
acreditei quando vi aquilo tudo escrito na minha frente. Estava quase
desistindo, considerando essa busca inútil. Tenho outra pasta bem interessante
também, o projeto de lei sobre o sistema que Bracken pretende usar para ter
acesso a tudo o que acontece no país. Eu mesmo redigi um documento contestando
o projeto. Relatório técnico, achei que não ia precisar dele, que bom que
estava errado. É mais uma arma contra o crápula. Porém, continuamos com
problemas. A única maneira de conseguirmos esse material é invadindo a casa do
senador em Washington. Precisamos de Beckett e Castle. Sei que é loucura,
Nadine, mas é a nossa chance de agarra-lo.
- Cometendo
invasão domiciliar em outra jurisdição? Kate estaria arruinada. Sua carreira ia
pelo ralo sem contar que poderia morrer por causa disso. Ela nunca aceitaria.
- Mesmo depois
de ver tudo o que lhe mostrei?
- Ela precisa
de respaudo, um mandado. Quem em sã consciência compraria essa história com
ela? Incriminar um senador dos Estados Unidos usando um hacker para descobrir
supostos documentos incriminatórios? Nenhum juiz concordaria com isso.
- E quanto a
McQuinn? Ele é federal, tem suspeitas no caso Denver que levam ao senador. As
nossas gravações das câmeras. Ele pode alegar saber de documentos e conseguir a
autorização para vasculhar a residência dele em Washington.
- Talvez – a
jornalista pensou por um momento – Jeff consegue reunir tudo o que já achamos e
levar o seu notebook para mostrar o que achou a Kate? Consegue executar todos
os caminhos para chegar aos documentos novamente? Igual como fez em seu
computador?
- Consigo.
- De quanto
tempo precisa?
- Agora que já
sei o caminho, me dê umas oito horas – Nadine checou o relógio, passava de
meia-noite. Se dependesse dela, alguém iria ter companhia para o café.
- Precisamos
pegar Kate e Castle em casa. Será um bom dia interessante.
Por volta das
quatro da manhã, Kate remexia-se agitada no colchão. Estava sonhando com a mãe.
Balbuciava algumas palavras com voz tão baixa, que não pertubou o sono de
Castle. A agonia do sono, porém, aumentou. Ela deu um grito sentando-se na
cama.
- Mãe! – o
suor escorria pelo rosto e peito, o coração batia acelerado. Castle deu um pulo
da cama.
- Kate, o que
foi? – ele a envolveu nos braços – pesadelo?
- Sonhei com a
minha mãe, ela cantava comigo. A mesma canção e então o tiro. Ela morria nos
meus braços, Castle. As últimas palavras dela foram: nunca se esqueça da nossa
canção.
- Está tudo
bem agora. Seu subconsciente foi ativado pelas lembranças, o stress. Você está
cansada. Tudo contribuiu. Quer um chá? Água? – ele percebeu que as lágrimas
marcavam seu rosto – fique aqui – ele sumiu logo retornando com um copo com
água. Kate bebeu a metade entregando de volta a ele. Deitou acomodando-a em
seus braços – procure não pensar mais nisso. Feche os olhos e tente dormir, eu
estou aqui.
Mas Kate
demorou a pegar no sono. As peças do sono pareciam dançar em sua mente. A
música, as palavras, o olhar de Johanna. Tudo parecia bastante significativo,
como se a mãe quisesse mandar uma mensagem a ela. Finalmente, o cérebro cansado
rendeu-se ao sono.
Castle
levantou-se primeiro que ela a fim de preparar um bom café da manhã para a
esposa. Ela não comera nada ontem à noite, além de não ter descansado direito
após o pesadelo. Kate despertou alerta. Passou pela sala sem ao menos falar com
ele indo direto ao escritório. Pegou os diários de número três e quatro, sentou-se
no sofá folheando em busca de respostas.
- Hey,
gorgeous... não acha que está muito cedo para fazer isso? Tome ao menos um
pouco de café. E vai se alimentar direito, também – estendeu a ela uma caneca, Kate
sorveu um pouco e apoiou-a sobre a mesinha de centro. Continuava virando as
paginas até a última folha escrita pela sua mãe. Havia uma menção a um
policial, chamava de “o outro homem”. Também tinha uma palavra: áudio. Seguida
de uma interrogação. Kate se lembrou desse detalhe assim que acordou. Vendo-a
deixar o diário de lado, ele perguntou – ok, o que foi? Conheço esse olhar. Você
está formulando alguma teoria.
- Eu comentei
que no meu primeiro ano de recruta, o capitão Montgomery me pegou escondida na
sala de arquivos remexendo o caso da minha mãe. Ele foi gentil em não me
reportar, da mesma forma que me tirou das ruas meses depois para trabalhar no
12th distrito. Ele me disse uma coisa sobre uma fita. Perguntou se alguém havia
achado alguma gravação. Todos esses anos não me lembrava desse detalhe, até o
sonho de hoje. Nossa canção, áudio. Algo me diz que isso está conectado com o
que Montgomery disse. Só não consigo entender o que.
- Você mesma
disse que a música era algo íntimo, seu e da sua mãe. Nem seu pai sabia. Por que
essa suposta ligação entre Montgomery e a canção? Ou o áudio como sua mãe escreveu
no diário?
- Eu não sei. Chame
de instinto. Sei que não estou enxergando algo importante.
- Então,
relaxe por um tempo. Esqueça. Isso pode ajudar a clarear sua mente – ele segurou
a mão dela – vem, vamos tomar café. Eles mal sentaram à mesa quando a campainha
tocou – será que Alexis esqueceu a chave?
- Deve ser Amy
– respondeu Kate.
- Não. Amy já está
no quarto com Alex – ele abriu a porta, estranhando as pessoas que vira – Nadine?
Jeff? Vieram tomar café da manhã? – a repórter e seu namorado entraram na sala.
Kate se levantou da mesa mordiscando um morango.
- Ainda bem
que ainda estão aqui.
- Aconteceu
alguma coisa? – Kate perguntou – alguma catástrofe jornalística?
- Não se trata
de catástrofe, mas pode ser chamado de bomba. Não me interessa o quanto você me
odeie depois disso, estou disposta a levar uma surra se for preciso. Sente-se,
Kate. Você também, Castle. Precisamos conversar.
Kate trocou um
olhar preocupado com Castle percebendo que ele estava tão surpreso quanto ela.
O que quer que fosse a notícia de Nadine, era séria. As olheiras em seu rosto e
de Jeff não deixavam dúvidas quanto a isso. Castle sentou-se ao lado da esposa
esperando pelas notícias. Sem querer esperar, Kate ordenou.
- Desembucha,
Nadine...
Continua....
2 comentários:
Primeiro música linda,confesso que quando fui obrigada a estudar francês me deixou com um certo abuso do idioma,mas de uns anos pra cá mudei totalmente com relação a isso. Passei a amar a língua e o país... enfim,vamos ao que interessa.
Tudo está se encaixando,Nadine e Jeff são super amigos tiraram a sorte grande,as lembranças dos momentos com Johanna me emocionou principalmente o “Johanna S2 Katie”.Não é novidade do carinho que tenho pelo vó Joh,mesmo que numca tenha aparecido na série, as fics me ajudam a imaginar como ela é.
O primeiro aninho do Alex oooooh passou rápido até pra mim que to acompanhando a história desde o início.
Vou logo para o próximo cap para ver o que acontecerá.
Lindo capítulo, o café, a música, o aniversário do Alex. E cerco está se fechando.
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