Best
Prize
Autora: Karen
Jobim
Classificação: NC-17
Gênero: AU
Advertências: Romance – S/N Shipper Real .
Capítulos: Oneshot
Completa: [ X ] Sim [ ] Não
Classificação: NC-17
Gênero: AU
Advertências: Romance – S/N Shipper Real .
Capítulos: Oneshot
Completa: [ X ] Sim [ ] Não
Resumo: É
chegada a hora de conhecer os vencedores do PCA 2015. Em meio às gravações,
Stana acaba acertando com sua agente que comparecerá a cerimônia, o que deixa
Marlowe satisfeito já que estavam bem ocupados. Ela representaria a todos. A
surpresa da vitória deixou-a muito feliz e animada. Ver que não fora a única a
ganhar tornou o gostinho de vitoria bem melhor. Ela só não imaginara o
quanto.
Nota da
Autora: Essa fic é diversão pura a pedido de Miky, uma história rápida sem
muitas explicações com NC bem sugestiva. Lá vamos nós! Pessoalmente podia ter ficado bem melhor, mas acho que não caprichei na NC, sorry :(
Atenção...NC17
Best Prize
Raleigh
Studios – Segunda
Stana chegara
para trabalhar por volta das sete da manhã. Era o primeiro dia de gravações
depois do pequeno intervalo das festas de fim de ano. Na semana passada, eles
receberam o script com algumas orientações indicando que começariam com todo o
gás. Entrariam num ritmo bem pesado para filmar o episodio duplo dessa
temporada e não tinham hora para sair do estúdio. Porém, na véspera, ela
conversara com sua agente publicitária para confirmar sua presença no evento
que considerava o mais importante da televisão. O People’s Choice era o
termômetro do público. Ser indicada já era uma honra, a possibilidade de ganhar
então significava muito. Ela sabia que seus fãs haviam se dedicado com afinco para
que ela repetisse a dose nesse ano.
Sinceramente,
não estava muito preocupada em ganhar, mas retribuir o carinho dedicado por
milhares de fãs ao redor do mundo que passaram um bom tempo afiando e usando
seus dedos em diversos dispositivos apenas para que ela estivesse entre as
melhores da TV. Torcia para que a série ganhasse, devia muito a Castle, a
Marlowe e Terri. Na primeira hora, teriam uma reunião de produção onde
conheceriam o esquema de gravação com horários e ordens de cenas. Depois, era
maquiagem e cair no set.
- Hey, Dara!
Como foi de festas? Tudo bem? – disse cumprimentando a escritora com beijos.
- Tudo ótimo.
Você?
- Muito bem,
nada como uma pequena pausa. Já estão todos na sala?
- Sim, estão a
sua espera – piscando ela seguiu para a sala dos escritores. Dara tinha razão,
todos estavam lá. Sorrindo ela entrou e foi logo falando com todos – bom dia,
feliz 2015 – sentou-se ao lado de Nathan, a única cadeira disponível. Ele
sorriu para a companheira de trabalho que o cumprimentou com um abraço e um
beijo – então, episódio duplo... parece que você terá muito trabalho, Nathan.
- Resolvemos
dar uma folga para você, Stana. Ultimamente só você se ferrava com as cenas de
ação e trabalho pela madrugada – disse David implicando com os dois – temos que
dividir o fardo, não acha? Vamos tentar ser bem objetivos aqui. Esse é o
cronograma de filmagens para toda a semana. A ideia... – enquanto David
comentava alguns detalhes do episódio, Stana dividia sua atenção entre as
palavras do produtor e o perfume maravilhoso do homem ao seu lado. Cheirava a almíscar
com toque amadeirado, reconheceria aquele perfume em qualquer lugar. Carolina
Herrera 212. Considerava aquela fragrância excepcionalmente atraente, sexy e
sobre a pele dele tornava-se ainda mais irresistível.
Ela nunca se
enganara com relação ao parceiro. Ele era um homem charmoso, educado e
carinhoso. Sabia que era extremamente atencioso com as pessoas que se
importava, falando de relacionamentos. Com ela, sempre fora brincalhão,
provocante e de forma geral respeitador. Droga! Isso às vezes a irritava. Por
muitas vezes, sonhara que Nathan saísse da zona de conforto e esquecesse a
compostura agarrando-a e tomando-a para si.
Ela adorava a
cor dos olhos dele. Podia se perder como em um oceano. A alguns anos já se
sentira atraída por ele a ponto de ter que se fechar para o mundo, se distanciar
dele porque caso contrário, poderia jogar sua carreira e seu profissionalismo
no ralo. Era reservada, o que não significava fechada para o mundo ao seu
redor. Estava sempre atenta ao que se passava em volta dele, tanto que já
sentira um ciúme louco dele com outras namoradas especialmente a tal “amiga
colorida” Ochoa. Não tinha direito, nunca tivera.
Com a mudança
da dinâmica na relação de seus personagens, ela voltara a alimentar sentimentos
pelo co-star. Especialmente nessa temporada. Filmaram cenas e momentos intensos
para o relacionamento de Castle e Beckett que acabaram por despertar
sentimentos adormecidos nela. Beija-lo, abraça-lo e sentir aquele perfume
apenas a relembrava que tinha um desafio enorme todos os dias, resistir à
tentação de agarrar seu companheiro de elenco. Os pensamentos acabaram por
provocar certas reações no corpo dela, mordendo os lábios podia sentir a
umidade aflorar no meio das pernas. Foco, Stana dizia para si mesma. Não é hora
de fantasiar, foco.
David já
explicara praticamente tudo que teriam que priorizar para conseguirem manter o
episódio em questão dentro do esperado tempo. Nem hoje, nem amanhã tinham hora
para sair do estúdio. Na quarta, ela já havia reparado que as gravações
entrariam pela noite. Nathan certamente estava escalado para trabalhar à noite.
Mas, não ficara claro se ela também precisaria. Se fosse esse o caso, teriam
que negociar, pois não perderia o prêmio de jeito nenhum.
- David, como
fica o esquema na quarta? Sei que o nome de Nathan aparece no set além das oito
da noite. E quanto a mim? Vale o mesmo? Se assim for, teremos problemas. É a
noite do PCA.
- Sei disso,
Stana. Não se preocupe. Você não precisa negociar nada. Será a nossa
representante no prêmio. Pode deixar o estúdio às quatro da tarde. Nathan vai
deixar o trabalho de celebridade para você.
- Além de
curtir os drinks e as comidas deliciosas – ele completou – enquanto eu ficarei
aqui ralando.
- Ah, Nathan,
você sabe que eu somente vou a esse evento em respeito aos fãs que ficaram
horas e horas votando por nós. Às vezes acho que falta respeito para conosco e
principalmente para a audiência, afinal foi ela que nos colocou ali. A CBS peca
demais nesse evento. Ano passado, apesar de subir ao palco para apresentar a
talentosa Sara Bareilles, achei um tanto quanto ridículo o lance de entregarem
os prêmios do que eles chamam de subcategorias nos bastidores. A conclusão que
chego é que a emissora morre de medo da concorrência e de dar destaques aos
outros shows que não os dela.
- Você tem
razão, mas o importante é nós sabermos valorizar nosso público – destacou
Nathan.
- Certo, agora
que vocês se entenderam, podemos começar os trabalhos? Castle e a equipe
estarão muito bem representados por você, Stana. Vão para a maquiagem.
Eles demoraram
um certo tempo na preparação. De volta ao set, ouviram as instruções do diretor
e iniciaram a sua tarefa de gravar. Foram umas três horas sem qualquer
intervalo para declamarem falas e agitaram o que deviam em cada cena. Como
trocariam de set, um descanso lhes foi concedido. Enquanto esperavam, Nathan
serviu-se de uma caneca de café após entregar uma também para ela. Stana
agradeceu sorvendo o liquido distraída. Não reparou que ele a observava. O
jeito como ela parecia relaxada naquele momento chamava a atenção dele.
Involuntariamente, ela enrolava uma mecha de cabelo nos dedos. Aquela imagem
era sublime, de repente ele se viu perdido no tempo. A recordação do perfume à
base de vanilla parecia enevoar sua mente. A fisgada na virilha aconteceu
automaticamente. Virou-se de costas para ela a fim de não demonstrar que estava
quase que enfeitiçado pela mulher a sua frente.
- Por que você
está tão calado, Nathan? Normalmente não é assim.
- Estou bem.
Estava pensando na próxima cena – disse ele ainda de costas para ela – quer
mais café?
- Claro! – ele
a serviu ganhando tempo para recuperar a compostura. Assim que entregou a
caneca novamente cheia, uma das assistentes de set entrou na minicopa avisando
que o diretor chamava por eles. O tempo não podia ser melhor, ele podia
recuperar-se da sensação de prazer que tomava conta de seu corpo. Viu que ela
se levantou rapidamente, tomou um grande gole de café antes de deixar a caneca
sobre a mesa e voltar ao set – vamos?
Ao lado dela,
Nathan aproveitava para se recompor. O diretor esperava por eles perto de uma
das câmeras no set do distrito.
- Mudança de
planos. Trocaremos a cena cinco pela sete, depois voltaremos à ordem anterior.
Significa que somente Stana grava agora com Jon e Seamus. Tudo bem?
- Tudo – disse
ela.
- Nathan, você
pode observar ou aproveitar para decorar suas próximas falas. Acredito que não
demoraremos muito. Vinte minutos no máximo.
- Não se
preocupem comigo – disse Nathan adorando a possibilidade de estar um pouco a
sós com seus pensamentos. Tempo para talvez tirar da mente o momento ocorrido a
pouco na minicopa. Ele se afastou ficando próximo a um dos câmeras. Ainda
sentia seu corpo afetado pelo que acontecera.
Suspirou fundo
tentando se acalmar, a imagem vivida de Stana despertou os tais sentimentos de
atração em seu corpo. Como isso não poderia acontecer? Stana é uma mulher
surpreendente. Inteligente, divertida e meiga. Sem considerar o que normalmente
a maioria das pessoas veem logo de cara, a beleza. Já trabalhavam há seis anos
juntos, muitas pessoas lhe perguntavam se havia algo errado com ele pelo
simples fato de conseguir trabalhar lado a lado com uma mulher tão bela quanto
Stana e não ter nenhuma espécie de relação com a atriz. Nathan sempre
desconversava, não gostava de ficar falando sobre esse assunto com outras
pessoas. Ele teria que ser chamado de gay se não tivesse desejo por uma bela
mulher como aquela bem ali a sua frente. Caramba! Ele já ficara em mãos lençóis
durante algumas filmagens. Esse era um problema que homem nenhum conseguia controlar,
nesse ponto as mulheres eram privilegiadas.
A verdade é
que desde o mês de julho quando iniciaram as filmagens dessa nova temporada, a
dinâmica entre os dois mudara. Além das mais de dezesseis horas de convivência
ao dia, interpretar o casal tornava-se pouco a pouco parte de uma rotina
agradável. Ele se descobriu gostando de estar ao lado dela, abraça-la,
beija-la. Talvez na cabeça de Stana, era tudo parte do trabalho, ele certamente
nunca deixara de transparecer que tudo era bastante profissional. Mas de uns
tempos para cá, sentia que já passaram da fase de dizer que cada cena era
coreografada, cada beijo era técnico porque não era. Simplesmente não era.
Esse tempo de
recesso que passara com sua família o fez perceber que o tempo estava passando
e ele não conseguira encontrar alguém para estar ao seu lado, ou era isso que
pensava até se deparar com a noite de ano novo. Ele se pegou pensando nela, no
que estaria fazendo, se estava sozinha. Tentou se enganar dizendo que era parte
da melancolia que afligia as almas solitárias nessa época do ano. Fruto de um
subconsciente afetado por um local cheio de casais apaixonados celebrando e
observando os fogos que saudavam o novo momento de recomeçar.
Dissera e
repetira esse discurso introspectivo por várias vezes durante aqueles dias no
Canadá todos os momentos nos quais se
recordava de algo a respeito dela, seus olhos, sua boca, sua gargalhada. Por
que deveria ser tão profissional a ponto de esquecer e reprimir o que sentia em
relação a ela? Estava atraído por Stana, talvez alguns diriam que fora fisgado
completamente pela bela conterrânea de olhos amendoados. Não saberia explicar
ao certo qual era o sentimento que nutria por sua parceira sem admitir para si
mesmo que estava apaixonado. Era como se tivesse voltado a seis anos atrás, no
instante que se conheceram. Naqueles primeiros momentos de convivência, ele
tivera que fazer uma escolha. Ser profissional e ganhar seu respeito e amizade
ou partir a favor da atração e do sentimento arriscando a chance de ambos em
transformar aquele novo show em um hit de sucesso. Como saber se uma simples
atração iria perdurar e virar um relacionamento capaz de sustentar-se após
tanto tempo? Escolhera a forma mais fácil, criara um clima profissional,
desenvolvera uma amizade interessante que foi se moldando ao longo dos anos que
conseguiram fazer de Castle um marco nas suas carreiras.
A convivência
ia além disso, viviam momentos engraçados, tensos, emotivos e de extremo
cansaço naqueles sets. Porém uma coisa nunca mudara entre eles: a química
perfeita. Os gestos, seus olhares, seu sincronismo era o mesmo desde o primeiro
dia. Stana possuía um magnetismo próprio, uma alegria que contagiava e um jeito
sexy de transformar as coisas mais simples em algo prazeroso e algumas vezes pecaminoso.
O mais interessante era que na maioria das oportunidades sequer se dava conta
disso deixando-o à beira da loucura. Agora, com as cenas de casal tudo parecia
mais evidente.
Havia momentos
memoráveis ao lado dela nesses seis anos, contudo um dos preferidos dele entre
os últimos foi a cena do episódio escrito por Dara onde eles se agarravam após
os meses de sumiço de Castle. Naquela hora, ele não conseguiu apenas atuar.
Nathan não contara isso a ninguém, mas ele a agarrou de verdade o que acabou gerando
um momento espontâneo e de improvisação quando ajeitou o cabelo que lhe caíra
no rosto. Talvez a única pessoa que sabia a verdade era a própria Stana.
O diretor fez
sinal para que se aproximasse obrigando-o a guardar as imagens e os pensamentos
em seu subconsciente. Durante o resto da tarde e à noite, eles mal tiveram
tempo de respirar. Encerraram os trabalhos por volta da uma da manhã.
O dia seguinte
não foi diferente, começaram as gravações às sete horas e tiveram a primeira
real pausa às duas da tarde. Havia sequencias à noite que seriam filmadas
apenas com Nathan, deixaram essas cenas para a quarta-feira já que Stana
atenderia ao evento. Após o almoço, ambos estavam remexendo no celular. Ela
conversava com sua agente sobre os últimos detalhes para a premiação de amanhã
via what’s app. Quando terminou, ficou olhando para Nathan de soslaio.
Percebendo que estava sendo observado, ele aproximou-se dela mostrando a tela
do seu telefone.
- São as fotos
do final de ano em família. Depois do Canadá, eu e Jeff fomos para o Caribe
mergulhar. Que mar incrível! Nem sei como descrever sua cor. Um verdadeiro
paraíso, mas sabe que não aguentaria passar mais de quatro dias ali? Acredito
que sou urbano demais. Gosto do barulho, do agito.
- Lugares
muito calmos ou desertos tendem a criar essa sensação mesmo – disse Stana – a
menos que você esteja muito bem acompanhado. Qualquer lugar do mundo torna-se
agradável quando se está com a companhia certa.
- Nisso você
tem razão, Stana. E você? Foi para onde nesse recesso?
- Estive no
Canadá, mas voltei logo com a minha irmã para Los Angeles. Deu para descansar.
Fui matar as saudades da comida da mamãe – continuava vendo as fotos dele,
quando se deparou com uma realmente interessante – nossa, olha essa foto. A cor desse mar! Ele parece um pouco mais
escuro que seus olhos, se bem que seus olhos chegam a ficar desse jeito em
alguns momentos, especialmente quando está pensativo – a observação dela o fez
erguer a sobrancelha inclinando a cabeça para o lado.
- Não sabia
disso, eles ficam mais escuros? – Nathan perguntou curioso para entender a
colocação dela.
- Sim, azuis
escuros quase cinza. Embora o tom de cinza apareça mais quando está preocupado.
Da mesma forma que a claridade realça o azul mais claro quando você está feliz,
de bem com a vida.
- Como agora?
- Não, eles
estão escuros. Pensando muito em algo, Nathan? – ele sorriu para Stana que
retribuiu o sorriso. Deslizando o dedo para ver a próxima foto, ela
automaticamente mordiscou os lábios. Na imagem, ele sorria para uma selfie
usando óculos – nossa! Que foto linda. E esses óculos, ficaram muito bem em
você, combinou perfeitamente. Sei lá, você está com um ar diferente. Não sei
explicar, ficou ainda mais charmoso – ela calou-se mantendo os olhos fixos no
celular. Nathan a observava extremamente abobado diante do suposto fascínio que
ela exibia no semblante à frente dele.
- Já sei! É
por isso que isso me parece tão familiar. Você está com um ar descansado,
jovial. Lembra demais a primeira temporada, o Castle de seis anos atrás. Muito
enigmático, intelectual e bonito – ao levantar o olhar para encontrar o dele,
ela enrubesceu. Um pouco sem jeito desconversou – o recesso fez muito bem a
você, Nathan.
- Obrigado
pelo elogio, Stana. É bom quando os outros te fazem sentir jovem. Vejo que o
velho Castle do primeiro ano ainda agrada você.
- Talvez seja
o jeito moleque e encrenqueiro. Sem falar na implicância, mas sobretudo é um ar
divertido que não deixa de ser sexy.
Isso não quer dizer que não gosto da aparência do Castle agora, ele
continua tendo um ar de menino embora tenha perdido o jeito vazio e
superficial, principalmente em se tratando de mulheres. Ele amadureceu.
Aquelas
palavras mexeram com Nathan, ela falava do personagem ou dele próprio. Se era
um teste, a carapuça serviu.
- É verdade, todos
precisamos evoluir. Por mais que tenha gostado do recesso, ainda assim é
maravilhoso estar de volta especialmente para rever as pessoas queridas. Mesmo
que Marlowe e David nos façam trabalhar até de madrugada.
- Tem razão, é
muito bom estar de volta – ela estendeu o celular para ele. No instante que
seus dedos se tocaram, demorou uma eternidade para pegá-lo de suas mãos
deixando os dedos roçarem na pele dela enquanto a olhava intensamente.
- Temos que
voltar – ele disse. Ainda perdida em seu olhar, respondeu.
- É... temos.
Nathan virou-se de costas para a parceira deixando a minicopa. Stana ficou
estática absorvendo o que acabara de acontecer ali. Sacudindo a cabeça para
retomar o foco, juntou-se a ele para continuar o trabalho.
Na
quarta-feira, ela trabalharia até às quatro horas para então deixar o estúdio e
se arrumar para o PCA. Desde o dia anterior, ela ficara intrigada com a forma
que reagiu diante da foto dele ainda vivenciando um momento íntimo, sim porque
aquele roçar de dedos não fora algo comum, fora proposital. Ele deixou sua mão
para tocar a dela mais do que normalmente acontece. Não sabia explicar ao certo
porque elogiara tanto Nathan. Os óculos realmente ficaram lindos nele, parecia
inteligente e sinceramente? Gostoso. Essa era a palavra que combinava
verdadeiramente com a foto.
O ritmo
acelerado das filmagens, mal dera tempo para eles interagirem a exemplo do
outro dia. Estaria tão acostumada a viver momentos de Castle e Beckett que
estava tendo dificuldades em separar a personagem de sua vida real? Stana tinha
consciência de que isso não era verdade. No fundo, não queria admitir a atração
ao companheiro de elenco que nos últimos tempos acabara sendo intensificada
pela relação dos personagens. Mais que isso, sabia que em alguns momentos as
cenas entre eles ultrapassaram a atuação. Isso não parecia acontecer desde de
Always. Porém, Stana voltara a sentir no inicio dessa temporada, não estava
enganada. Sentira bem antes essa aproximação e a atração desde o episódio dirigido
por Chad no qual dançara com Nathan ao som de “In my veins”, o que apenas
revelava a importância da música para os dois. Porém, a cena do outro episódio
escrito pelo casal, provou a Stana que isso não era coisa de sua cabeça. Ali,
eles foram Nathan e Stana.
Terminada a
sua última cena do dia, Stana despediu-se de todos, ouviu muitos “boa sorte”
especialmente de Marlowe e Terri. Quando já estava deixando a sala dos
escritores, Nathan surgiu na sua frente.
- Hey... ainda
bem que você ainda está aqui. Quero te desejar boa sorte. Conhecendo seus fãs,
sou capaz de apostar que ganhará pela segunda vez.
- Obrigada.
Espero que ambos ganhemos.
- Sim, se isso
acontecer, traga meu prêmio, ok? – ele se curvou e beijou-lhe o rosto
carinhosamente pegando-a de surpresa. Quando se afastou, sumindo pelo corredor,
ela escorou-se na parede abrindo o sorriso. Definitivamente, estava gostando
das surpresas que o ano novo reservara para ela.
Apartamento de
Stana
Quando chegou
em casa com sua agente, ela foi direto para o banheiro. O evento iniciava-se às
sete da noite com a chegada do tapete vermelho marcada para seis da tarde. Após
um banho, encontrou em seu quarto os vestidos pendurados atrás da porta. Ela
não sabia qual era a roupa escolhida por sua aparição no PCA. Claro que
escolhera uns três vestidos de vários que foram mostrados a ela por meio de
fotos. Somente vestindo era que saberia qual deles a agradaria mais.
Com calma,
provou cada um dos vestidos disponíveis. Se encantou pelo segundo. O modelo de
Carolina Herrera caíra como uma luva para Stana. Ficara perfeito em seu corpo.
Por ser sem alças, ela decidiu não colocar nenhuma joia e prender os cabelos
para cima. O toque a mais ficaria por conta da maquiagem, especialmente do batom
que planejava usar, um vermelho.
Uma hora
depois, estava pronta. Ao se olhar no espelho, gostou muito do que viu. Estava
linda e seu pensamento a fez lembrar de uma pessoa. Ele mesmo, Nathan Fillion.
Gostaria de saber o que ele acharia se a visse assim.
- Vamos,
Stana. Já passadas seis não podemos nos atrasar se quiser andar pelo tapete
vermelho.
- Tudo bem,
tem alguma entrevista programada ou vou com o ritmo dos jornalistas do local?
- Somente siga
o fluxo. Pedi a Cristina para lhe entrevistar, mas se faça enxergar, apesar de
achar que você roubará a cena do evento. Não me surpreenderia se estivesse
entre as mais bem vestidas.
- Tem apenas
um detalhe. Sei que os fãs estarão por lá e como sempre faço quero um tempinho
para agradar a alguns deles.
- Você terá o
tempo que precisar para falar com eles desde que entre no teatro na hora do
evento. Mas, fique certa que se você ganhar ou mesmo o show e Nathan, receberá
seu prêmio ainda na área externa.
- O que
considero algo terrível para um evento criado pelos fãs e para os fãs. Todos
deveriam subir no palco para receber seus prêmio e agradecer. Não consigo
entender o propósito de mobilizar milhões de pessoas ao redor do mundo para
sequer dar destaque ao seu ídolo.
- Stana, não
pense demais. Curta o momento – foram as últimas palavras de sua agente antes
dela descer do carro rumo ao tapete vermelho.
Sede da CBS – Tapete
vermelho
Assim que
pisou no tapete vermelho, Stana atraiu os olhares de curiosos, fotógrafos,
jornalistas e claro, dos fãs. Sorrindo e de bem consigo mesmo, ela levara as
palavras da sua agente a sério. Acenava para todos, deixava-se fotografar,
permaneceu mais tempo do que previsto diante dos holofotes. Abordada por
repórteres, ela concedeu entrevistas sempre simpática falando da roupa, do
significado do prêmio, da importância dos fãs.
Conforme havia
comentado, ela se aproximou de fãs, tirou fotos, sorriu e conversou com eles
com a simpatia que lhe era peculiar. Enquanto aguardava atrás de outra artista
para ser entrevistada, ela se pegou pensando em Nathan. Ele adorava essa
muvuca, os flashes, as fotos. Devia estar ali com ela hoje representando o show
que milhares aprenderam a amar. Sim, ela gostaria de tê-lo ao seu lado.
Independente do resultado, ela devia muito aos fãs, a sua dedicação, os
telespectadores e a Marlowe por ter acreditado nela tão facilmente.
Ela já fizera
três entrevistas quando foi abordada por um canal chinês. Às vezes, ela se
esquecia da dimensão e da proporção do sucesso de Castle no mundo. Começou a
responder perguntas sobre a série após receber muitos elogios sobre sua roupa e
sua aparência, explicou em linhas gerais qual a história de Castle para o
público chinês. Então, veio a pergunta que a pegou totalmente desprevenida
diante dos chineses.
- Então, você
gosta do escritor? – Stana já se preparava para responder como a detetive
Beckett, mas o complemento a fez ficar sem reação – na vida real? – ela
primeiro prendeu a respiração para em seguida gargalhar diante da pegadinha
embaraçosa. Como sair dessa, ela pensou. Não conseguia parar de rir ficando
envergonhada e à procura de uma forma de escapar daquela saia justa.
- Eu...eu
acho...- mas a gagueira a traiu. Parecia ter esquecido como formular frases,
fez tudo isso sem perder o sorriso apesar do rubor na face.
- Alguém está
ficando envergonhada – disse um dos repórteres, mas o outro resolveu ajuda-la
mudando de assunto falando de como ela era em relação a sua personagem. Comparando
o jeito de Beckett ao dela que claramente eram bem diferentes, assim Stana se
sentiu mais segura para discorrer um pouco sobre a sua personagem e de como a
admirava, confirmando ser bem diferente dela.
- Você parece
gentil, vinda de um conto de fadas – ela não poderia ter ficado mais feliz com
o comentário e lisonjeada. Despedindo-se dos jornalistas, ela procurou um canto
calmo para respirar. Uma pergunta capciosa como aquela a deixara com borboletas
no estomago. Travara legal porque não esperava a pergunta mesmo já tendo
respondido algumas similares outras vezes, ou por que a sua resposta mudara em
relação à outra época?
Estava
observando o movimento quando uma das organizadoras do evento a chamou comunicando
que ela havia ganho o prêmio de melhor atriz em drama policial. Feliz com a
notícia, ela agradeceu e acompanhou a mulher até uma área onde lhe entregaram a
peça com seu nome gravado e posara para muitas fotos. Um câmera estava a espera
dos famosos para gravar seus agradecimentos para serem vinculados na internet
para os fãs que os ajudaram a conquistar aquilo.
Assim que
gravou seu agradecimento bem descontraído para os fãs, ela despediu-se dos
organizadores, mas antes que pudesse entrar para assistir a cerimônia, Stana
foi surpreendida com mais dois prêmios. O show e Nathan ganharam também. Cabia
a ela levar os prêmios para seu criador e seu co-star. Novamente, ela tirou
várias fotos com os três prêmios brincando com eles sensualizando na frente dos
fotógrafos. Finalmente, entregou as peças para sua agente e entrou no auditório
para curtir a noite.
Após mais de duas
horas de evento, os convidados e os ganhadores seguiram para um jantar muito
interessante e delicioso. Stana comeu, bebeu apenas duas taças de champagne e
conversou bastante com outros astros do cinema e da televisão. A noite fora
agradável, porém em vários momentos sentiu falta de ter alguém ao seu lado.
Esse alguém era Nathan. Passou um pouco mais de uma hora no local, resolvendo
ir embora, pois o dia seria cheio amanhã.
Em casa antes
de cair no sono, ela se pegou pensando novamente em Nathan e no momento que
acontecera entre eles no dia anterior e mesmo hoje quando fora desejar-lhe boa
sorte. Será que podia pensar em levar sua relação para outro nível? Estariam
dispostos a ultrapassar o limite da amizade? Apenas saberia se arriscasse a
perguntar ou fizesse algo inusitado. Olhando para a peça com o seu nome dele,
ela passou a ponta dos dedos como quem faz carinho a alguém muito querido.
Suspirou e decidiu dormir, depois pensava sobre ela e Nathan.
Raleigh
Studios – 8 da manhã
Stana chegou
ao estúdio trazendo os prêmios de Marlowe e Nathan. As gravações já estavam a
todo vapor por isso, tratou de ir para o camarim se maquiar. A atmosfera era de
festa, apesar do episódio tenso que gravavam. Todos vieram cumprimenta-la não
apenas pelo prêmio como também por estar linda e ser eleita uma das mais bem
vestidas da noite. em algumas enquetes, havia ganhado e não apenas a imprensa
dos Estados Unidos a elogiara, o mundo fez o mesmo.
Claro que ela
não esperava tanto e nem vira toda essa repercussão acerca de si mesma. Ao
entrar em seu camarim, tivera uma nova surpresa. Um lindo buque de flores
compostos de lírios, tulipas e rosas vermelhas fora deixado sobre a bancada com
um cartão. Logo deduziu que era obra de Andrew e Terri. Estava errada. Ao abrir
o cartão, reconheceu a letra antes mesmo de ver a assinatura.
“Para a mais
bela da noite e a melhor detetive da NYPD. Comemore seu sucesso, você merece e
conquistou cada minuto dele. De seu maior admirador e parceiro. NF.
PS.: Resolvi
deixar esse agrado para você, já que gostou tanto.”
Dentro do
envelope, estava a foto dele de óculos junto ao mar.
Encontrar tudo
aquilo ali era inesperado e revelador. As flores ela poderia entender, pois Nathan
era um cavalheiro e o gesto combinava com o homem em questão. Porém, a foto
adicionava um tempero a mais em tudo isso. Somada ao beijo e a conversa que
tiveram no outro dia, não era algo comum e nem mesmo uma coincidência, ele
estava mandando um recado e Stana tinha uma maneira de responder a ele.
Deixou o
premio dele em seu camarim levando apenas o do show para entregar a Marlowe. Na
sala dos escritores, ela encontrou Dara, Andrew, David e Terri conversando.
Nathan estava em cena com o diretor.
- Olha quem
chegou, nossa estrela maior. Nossa rainha! – disse Dara – explica uma coisa
para mim, Stana. Por que você gosta de humilhar as pessoas? Acho muito errado.
Você fez qualquer mulher se sentir um nada ontem à noite. Espetacular – disse
isso em meio a sorrisos.
Andrew se
aproximou dela e recebeu o prêmio também abraçando-a e agradecendo por fazer de
Castle um sucesso. Terri também festejou com ela.
- Gente, não
se esqueçam de parabenizar o Nathan também. Ele ganhou.
- Sabemos
disso, Stana. Vocês são os responsáveis de manter milhares de telespectadores
atentos à tela de TV todas as segundas. Foram os mesmos fãs que os escolheram
como preferidos.
- E por causa
deles – disse David – precisamos trabalhar. Vou leva-la ao set onde Nathan a
espera para gravar.
- Já entendi,
acabou a folga. Vamos lá, David.
No set do
loft, Nathan conversava com os assistentes de câmera quando ela chegou. Os
rapazes fizeram uma festa assobiando e batendo palmas para a estrela do show.
- Obrigada,
obrigada. Mas não devem cumprimentar somente a mim. Nathan e Castle também
ganharam. Esses prêmios são de todos nós.
Cada um de vocês trabalhou para isso
e me sinto honrada de fazer parte dessa equipe.
- Parece que
alguém gostou de fazer discursos – brincou Nathan aproximando-se dela e
abraçando-a – parabéns, Stana – beijou-a no rosto e deixou seus braços
aconchegarem-na por um pouco mais de tempo antes de solta-la.
- Para você
também. Graças aos nossos fãs.
- Para sua
informação, você estava deslumbrante ontem à noite – ele disse.
- Para sua
informação, senti sua falta naquele tapete vermelho ao meu lado e obrigada
pelas flores – deu um novo beijo nele – agora, vamos trabalhar.
O dia foi
puxado para todos, David queria terminar o episódio ainda aquela noite. Tanto
forçou que conseguiu fazer com que todos ficassem no estúdio até às duas da
manhã. Não podiam estar mais exaustos. Além do cansaço, Stana estava faminta.
Após serem dispensados, ela pediu para Nathan espera-la, pois iria pegar o prêmio
para entrega-lo.
Demorou cerca
de dez minutos, voltando com a bolsa, as flores e a peça dele.
- Eu cheguei a
beija-lo para uma foto, mas prometo que limpei o batom.
- Aquele
vermelho maravilhoso? Não teria me importado se não tivesse feito.
Pessoalmente, aquele batom estava muito convidativo em seus lábios.
- O que você
quer dizer com isso, Nathan?
- Eu? Apenas
que qualquer um se sentiria lisonjeado por tirar aquele batom – ela prendeu a
respiração por dois segundos. Isso era tentação demais, porém não poderia fazer
nada ali. De repente, se lembrou que não viera de carro e precisava chamar um
taxi. O problema foi que ao pegar seu celular na bolsa estava sem bateria.
- Nathan, pode
me emprestar seu celular? Fiquei sem bateria e preciso de um taxi.
- Adoraria
emprestar o telefone, mas posso fazer melhor, eu te levo. Uma carona é o mínimo
que posso oferecer para você por pegar meu prêmio – ela não recusou. Caminharam
até o estacionamento e entraram na BMW dele. Durante o trajeto, ele comentara
sobre a noite dura que tivera no estúdio enquanto ela contava sobre o evento.
Não havia nada diferente naquela conversa, eles riam, tiravam sarro de algumas
situações e viram o sono se dissipar. Ao parar o carro em frente ao apartamento
de Stana, a sensação de melancolia começou a reaparecer na mente de Nathan.
- Está
entregue. Deve estar cansada. Ainda bem que podemos chegar as nove amanhã.
- Nem tanto,
eu perdi o sono conversando com você, apesar que se tem alguém cansado aqui,
esse alguém é você – ela olhou para o homem a seu lado. Queria dar um passo
além, provar que os pensamentos na mente dela eram reais. Deveria perguntar a
ele? – Nathan, por que me deu aquela foto?
- Porque você
gostou. Vi em seus olhos que queria aquela foto. Parece que os óculos são um
que a mais para o meu sex appeal – disse isso fazendo uma daquelas caretas
engraçadas de Castle – eu apenas achei que fosse o melhor a fazer, que você
iria gostar.
- Eu gostei.
Você tem razão. Acredito que devo retribuir o presente.
- Não precisa,
Stana. Hey – ele tocou a mão dela acariciando-a de leve - eu quis dar um
presente e pronto. Aceite sem sentir-se na obrigação de fazer o mesmo – ela
olhou profundamente para o rosto dele. Por impulso, ela tocou o rosto dele com
a palma da mão deixando as pontas dos dedos emoldurarem-lhe o queixo e a boca.
Ele entreabriu os lábios, beijando a ponta do dedo indicador dela. Os olhos
fixaram-se nos dele enquanto seu corpo se aproximava tendo como objetivo
beija-lo.
Ela queria
isso. Para sua sorte, ele também.
Não chegou a
encostar seu corpo no dele, na verdade, foi Nathan quem a puxou contra si de
supetão. Colando sua boca contra a dela sem cerimônia. Rapidamente, o beijo
tornou-se intenso, ardente. Ele queria o contato daqueles lábios, da língua
como sempre quis desde o primeiro beijo cenográfico que trocaram.
As mãos
perdiam-se pelo corpo dela sentindo Stana acariciar seus cabelos. O momento não
poderia ser mais perfeito. Ele não queria apenas um beijo, queria todo o seu
corpo, por completo – eles se separaram por uns instantes. Mantiveram os
olhares fixos um no outro. Stana mordiscou o lábio inferior e sorriu.
- Adorei o
presente, Stana.
- Se quiser,
esse beijo é apenas uma amostra.
- Stana, você
tem certeza do que está dizendo?
- Nathan, eu
quero você. Preciso de você. Não quero apenas sentir o seu perfume, um aperto
de mão ou um abraço. Preciso de mais – agora fora ela quem avançara para
beija-lo. Deixara a mão no peito dele, mantendo o contato. Nathan a pressionou
contra o próprio corpo, querendo senti-la bem perto de si. Eles se perderam
entre bocas e carícias. As mãos dele se colocaram sob a blusa dela sentindo a
pele macia. Ela estava acomodada em seu colo, as bocas se devoravam com pressa,
as mãos já trabalhavam nos botões deixando a camisa dele parcialmente aberta. Ele
perdia-se no pescoço dela sentindo a dor na virilha e o aperto nas calças. Estava
excitado.
- Stana, por
favor... aqui não. Quero sentir cada centímetro do seu corpo – ele mordiscava
de leve o pescoço dela – por favor... – ela se distanciou dele com dificuldade.
Nathan destravou a porta do carro, mas em vez de sair do veículo, ela falou –
não, vamos entrar na garagem.
- Como assim?
Meu carro não é conhecido.
- Não tenho
problema, a porta da garagem se abre com cartão – ela remexeu na bolsa e entregou
um cartão magnético a ele – é só colocar próximo e o sensor irá ler. Nathan
seguiu as orientações dela e em cinco minutos eles desciam na garagem e
entraram no elevador. Stana não resistindo pegou o batom vermelho na bolsa
pintando os lábios. Ao vê-la encostada no espelho com a boca vermelha
extremamente convidativa, ele avançou sobre ela. O corpo de Stana pressionado
contra o espelho e o peso de Nathan enquanto ele devorava cada pedacinho
daquela boca com jeito de pecado. As portas do elevador se abriram.
Stana conseguiu
fazê-lo andar rumo ao seu apartamento mesmo que as bocas permanecessem
conectadas. Com muita dificuldade, ela conseguiu pegar a chave para abrir a
porta de casa fechando-a em um único empurrão que chamou a atenção dos dois
fazendo-os gargalhar. Devia passar de três da manhã. Ela tornou a usar os dedos
rápidos para desabotoar a camisa dele. Nathan já puxara a camisa que ela usava
pela cabeça e abrira a calça jeans que ela vestia. Ajudou-o a jogar as roupas
para bem longe.
Ela vestia apenas
a lingerie enquanto ele estava de boxer. Nathan a puxou para si mais uma vez e
mordiscou de leve sua orelha antes de joga-la no sofá. Retirou a última peça de
roupa que vestia deslizando seu corpo sobre o dela espremendo-a entre ele e as
almofadas. Beijou-lhe a boca fazendo-a gemer entre os beijos. Afastou um pouco
mais as pernas dela. Tocando-a com as mãos, ele beijou as coxas, o tecido da
lingerie sobre seu centro, tornando a olhar para ela. Stana se mantinha de
olhos fechados. Seus dedos ágeis tiraram a calcinha jogando-a em algum lugar da
casa.
Ali na sua
frente estava o que mais ansiava ter. Ele acariciou-a com a mão, massageando o
clitóris com precisão. Ouvia os gemidos dela enquanto sentia o seu corpo se
contorcer diante dos movimentos. Ele queria mais, queria prova-la. Nathan
inclinou-se beijando o centro dela deixando sua língua deslizar nos grandes
lábios para ter seu gosto em sua boca. Desligara-se de tudo. Sua missão era
leva-la ao prazer mais intenso. Stana já não conseguia dominar o comichão que
se espalhava sobre seu corpo da cabeça aos pés. A pele estava quente, o calor
que emanava de seus poros era tão forte quanto o tremor que tomava-lhe o corpo.
Então, ela gritou mais alto sentindo a explosão de prazer apagar quase que
completamente seus sentidos. O momento o fez erguer a cabeça para contemplar a
imagem a sua frente. A expressão no rosto da bela mulher era cativante. Os
pequenos sons ininteligíveis deixavam-no ainda mais rijo. Precisava tê-la
completamente.
O efeito do
orgasmo ainda estava presente no corpo dela quando Nathan a beijou novamente
trazendo-a junto consigo, mantendo o contato da pele quente. Sentia o coração
dela bater acelerado em seu peito. Ainda grogue, foi a vez dela se colocar
sobre ele. Mordiscando-lhe os lábios, Stana posicionou-se para deslizar sobre o
membro dele, sentindo-se preencher até tê-lo completamente dentro de si.
Segundos depois de se acostumar à sensação prazerosa, ela começou a mover-se
ditando o ritmo ideal para imprimir um novo orgasmo ao seu corpo. Ele a
segurava pela cintura, impulsionando-se dentro dela. A pequena dança durou
poucos minutos antes que um novo orgasmo a atingisse. Ela cravou as unhas nos
ombros dele que mesmo sabendo da vulnerabilidade dela frente a uma nova
explosão de prazer, continuava a envolvê-la em movimentos que prolongavam a
sensação deliciosa que Stana experimentava com ele. Não aguentando mais,
deixou-se cair completamente sobre o corpo dele, abraçando ainda na mesma
posição no sofá.
Ele a deixou
descansar para recuperar o fôlego, afagava os cabelos devagar enquanto a sentia
preguiçosa aproveitando do calor que o corpo dele proporcionava para si.
Afastando-se um pouco para fita-lo, abriu um sorriso e brincou com o polegar
sobre seus lábios. Nathan beijou a ponta do dedo antes de toma-lo em sua boca
instigando um tanto mais, passando a mensagem de que aquilo ainda não
terminara. Vagarosamente, ela ergueu-se do sofá oferecendo a mão para guia-lo
finalmente até seu quarto. Ele levantou-se e a acompanhou.
A cama dela
estava bem arrumada, repleta de travesseiros que ele adoraria ter a chance de
bagunça-la. Ela ainda usava o soutian preto. Antes de qualquer outro movimento,
ele desabotoou a peça levando-a ao chão. Em seguida, beijou-lhe os lábios.
Dessa vez de modo terno e sensual. Com todo o zelo, ele a deitou sobre a cama.
Não tinha pressa, queria saborea-la por completo. Começou pelo pescoço,
deslizando pelo colo e encontrando os seios pequenos e firmes. Provou um deles
com a ponta da língua, roçando os lábios provocando-a até abocanha-lo sugando-o
com vontade. Uma das mãos perdia-se entre as pernas dela tocando-a,
pressionando-a a ponto de despertar o mesmo desejo intenso de poucos minutos
atrás. A reação dela, o fez endurecer novamente, mas Nathan continuou a
degustação do belo corpo a sua disposição.
Repetiu o
mesmo jogo de sedução com o outro seio. Nada de pressa. Ia e vinha na extensão
do corpo dela. Estomago, umbigo, seios, colo e voltava novamente para os
lábios. Sentiu as mãos dela puxando-o para manter o contato da pele, mas estava
muito ocupado desfrutando do momento ao sentir aquela pele macia para realmente
obedecer aos comandos dela. Em vez disso, Nathan a surpreendeu penetrando-a
devagar, acomodando-se ao novo lugar aconchegante dando início ao balé de
movimentos que apenas o ato de fazer amor podia criar.
Ele queria
olhar para Stana, ver a transformação do prazer em seu rosto. Prendendo as mãos
dela através dos pulsos, ele tornou a beija-la sem perder o ritmo das estocadas
que a conduziam cada vez mais para próximo do prazer.
- Não feche os
olhos, Stana. Quero ver o desejo neles – ela tornou a abri-los fitando-o
diretamente. As pupilas dilatadas escondiam uma nesga do tom amendoado tão
familiar ao qual se acostumara. Segurando-lhe firme os pulsos, ele se lançou dentro
dela em ritmo mais acelerado. Chegou a deixa-la vazia, apenas para penetra-la
de uma vez arrancando-lhe um grito de prazer. Ele sabia que ela estava próxima
de um orgasmo, podia sentir as vibrações da pele macia debaixo dele. Céus! Ele
também estava em seu limite. Aquilo tudo estava a ponto de se transformar em
uma tortura deliciosa quando atingissem o clímax do prazer. Beijou-a de forma
voraz, sentindo o coração dela martelando debaixo dele e seus olhos ficarem
opacos. Com uma última estocada, ele a viu sucumbir ao desejo deixando as ondas
de prazer a dominarem. Certo da revolução que acontecia dentro do corpo dela,
cedeu ao momento de prazer que também o consumia.
O peso do
corpo dele era como um bálsamo. Uma boa lembrança do quanto é bom ter alguém
para compartilhar a cama. Ainda zonza, Stana deslizou as mãos pelas costas dele
acariciando-o de leve. Os dentes morderam o ombro dele fazendo-o perceber que
deveria dar um espaço para que ela pudesse respirar. Deitou-se ao lado dela. A
respiração de Stana aos poucos voltava ao normal. O peito subia e descia
encontrando o ritmo adequado. Sentiu a mão quente sobre o seio dela
acariciando-o levemente até deslizar o braço forte e definido até a lateral do
corpo dela no intuito de puxa-la ainda mais para perto de si.
Para ceder a
sua vontade, Stana virou-se de lado facilitando o contato de pele entre eles.
Nathan fez o mesmo procurando sua boca beijando-lhe suavemente os lábios.
- Hey – disse
ele de frente para ela acariciando-lhe os cabelos.
- Hey – foi a
resposta dela tocando-lhe o peito com uma das mãos.
- Tudo bem? –
ele perguntou.
-
Maravilhosamente bem – sorriu – você está feliz.
- Como sabe?
Sou tão transparente assim?
- Eu já disse.
Seus olhos. Eles estão bem azuis, bem claros – ela o beijou. Acariciando o
rosto dela, Nathan tornou a perguntar.
- Stana, isso
não foi o seu modo de retribuir aquela foto e as flores, certo? Quer dizer, o
que fizemos aqui não foi algo de uma noite apenas. Estou errado?
- Não, acho
que foi uma noite válida por seis anos. Difícil de abrir mão depois de um
furacão desses. Acho que a descrição do que isso significa precisa ser
respondida com calma, com tempo.
- Concordo,
com tempo e com muitas outras experiências a dois – ele tirou uma mecha de
cabelo teimosa do rosto dela – mas eu preciso confessar uma coisa. Eu estou
apaixonado por uma bela mulher de sorriso fácil e olhos amendoados. Ela é sexy
e extremamente cativante. O melhor prêmio que uma pessoa pode receber. O resto,
bem, o tempo dirá.
- Sim, o tempo
dirá... – disse sorrindo fechando os olhos e adormecendo com as carícias dos
dedos leves de Nathan sobre seu braço.
THE END
2 comentários:
Uau !!!
Karennnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
Se você achou que não ficou bom tu é louca rsrsrrsrsrsr
Ficou perfeito ... Maravilhoso ... Quente ... Fofo ...
Ficou TUDO ...
Gzuis como eu queria que isso tivesse acontecido no final da noite do PCA ...
????????? Também quem disse que não aconteceu ? Sou Stanathan Always e para mim foi assim ... sempre será ...
Adorei a Fic ...
Tu arrebenta ...
Parabéns ...
Penny
Uau! Isso foi melhor que subir no palco, ahahaha
Postar um comentário