sábado, 3 de dezembro de 2011

[Castle Fic] Opening Doors




Opening Doors
Autora: Karen Jobim
Classificação: PG-13/NC-17
Gênero: AU / Missing Scene POV Beckett
Advertências: Angst,Romance – Episódio 3x22 LA
Capítulos: One-shot
Completa: [ x ] Sim [ ] Não

Resumo: A ida para Los Angeles logo após a morte de seu ex-parceiro acabou por mexer com os sentimentos de Beckett. Castle como sempre embarcou na aventura junto com ela mesmo que o Capitão a tenha dispensado e afastado do caso. O clima da cidade, a frustração ou simplesmente as palavras de Castle? Algo estava mexendo com Beckett... e afinal qual seria o resultado dessa viagem?


Nota da autora: adorei esse episódio de Castle e sempre quis escrever a cena que faltou. Ao ver Beckett fechar a porta pela segunda vez queria morrer! Porem, isso é apenas uma missing scene. Nada de exagero, analises de relacionamentos ou angst. Pura diversão. Ah, mudei algumas coisinhas do episódio mas nada grave. Espero que gostem.

Atenção...NC-17!!!



Opening Doors


Los Angeles
Primeiras horas da manhã


Beckett abriu os olhos. Os primeiros raios de sol já invadiam o quarto de hotel pairando sobre a cama. Ela esfregou os olhos ainda preguiçosa embalada pelo calor do edredom. Ela estava sem roupa. Ao virar-se para o outro lado da cama, percebeu o vazio. Suspirou.

Lentamente, ela se levantou da cama. Puxou o roupão que estava em cima da cadeira. Vestiu-o. ajeitou os cabelos e foi até o banheiro. Após fazer a primeira higiene do dia, ela finalmente saiu do quarto não se importando por não vestir nada por baixo do roupão.

Assim que abriu a porta, ela o viu sentado à mesa com uma xícara de café na mão.

- Bom dia, Kate...

- Caiu da cama, Castle?

- Não, acordei cedo e cuidei do nosso café da manhã. Aceita um croissant? Brioche? Ovos e bacon?

- Espere um instante, você pediu todas as opções do cardápio?

- Não, somente aquelas que sei que você gosta...

Ela sentou-se ao lado dele. Serviu-se de café e roubou um pedaço de bacon do prato dele.

- Dormiu bem?

- Maravilhosamente bem...

- Bom saber.

Ela bateu nele com o jornal a sua frente.

- Não se gabe!

Ele sorriu para ela. Quieta, ela continuou a comer. Ainda não acreditava na noite que tivera. Parecia algo tão estranho, tão inesperado e ainda assim muito bom. Beckett terminou seu café e levantou-se já voltando para o seu quarto.

- Aonde você vai?

- Tomar banho.isso não são férias, Castle. Temos trabalho a fazer...

- Mas...

Beckett apenas se virou para ele e lançou um daqueles seus olhares desconcertantes. Castle entendeu o recado.

Ao entrar no banheiro, ela ligou a água fria e deixou o roupão cair no chão revelando as curvas do corpo esbelto. Beckett se olhou no espelho, sorriu. Entrou no chuveiro e no mesmo instante que a água deslizava pelos cabelos e pela pele, ela fechou os olhos e se deu a chance de também voltar no tempo.


12 horas antes...


Beckett e Castle tinham chegado da rua num dia que não tiveram muito sucesso. Beckett estava mexida com o caso. Queria saber quem afinal matara Royce. Sentados no sofa do quarto chique de hotel de Castle, eles trocavam algumas idéias.

- Imagine isso: uma jovem atriz desesperada para fazer seu nome. Ela encontra nosso alvo no clube. Ele precisa de uma garota bonita para ajudá-lo a conseguir o código de voz. Ele diz a Violet que é um produtor promete fazê-la famosa se ela o ajudar com uma brincadeira com um amigo.

- Ela nem percebe que está participando de um crime, só muito depois. Ela não pode chamar a polícia então contacta Royce.

- Então nosso Mr. McCauley descobre.

- E Royce tenta mudar o jogo. Vai pra New York, vantagem de estar em casa. Clássico, clássico do Royce.

Ela suspira e aparenta uma certa tristeza.

- Eu era tão vidrada nele, Castle, quando eu o conheci, eu absorvia cada palavra dele e depois eu descobria que ele apenas estava inventando histórias para mexer comigo,

Ela sorri e logo depois fica séria.

- Não acredito que não vou vê-lo novamente.

- Você sabe o que eu pensei quando te conheci?

- Humm

- Que você era o mistério que eu nunca ia desvendar. Mesmo agora depois de passar todo esse tempo com você eu... eu ainda me surpreendo com a profundidade da sua força, seu coração... e sua sensualidade.

Um novo sorriso.

- Você também não é nada mal, Castle.

E por um momento tudo para. Ambos absorvendo o significado daquelas palavras e do momento, sem saber se devem arriscar um movimento para talvez seguir adiante. Depois de alguns segundos, Beckett fala.

- Melhor eu ir. Está tarde. Boa noite.

- Kate?

Ela já está na porta do quarto. Percebe o significado da pergunta atrelada a seu nome. If Only...

- Boa noite, Castle.

Ela fecha a porta mas a dúvida paira na sua cabeça. Ela encosta-se na porta e suspira. As palavras de Castle sobre ela repetiam-se aos seus ouvidos. O que deveria fazer? Era uma luta entre coração e razão, impulso e cautela. Beckett passou as mãos pelo cabelo, soltou um suspiro profundo e pos a mão sobre a maçaneta da porta abrindo-a. O olhar tenso e ansioso tornou-se resignado, desapontado ao se deparar com a sala vazia e a porta do outro quarto fechando-se.


Ela mordeu os lábios e fechou a porta do seu quarto atrás de si. Fechou os olhos e jogou a cabeça para trás. Sentia a tensão estalando na sua nuca. O que fora aquilo? Um desejo súbito? Uma recaída? Uma curiosidade?

Kate sentou-se na cama e apoiou o rosto entre as mãos. Era um pouco de tudo, verdade, porém havia um outro componente que parecia ser o que a dirigia naquele momento. A companhia. Kate Beckett não estava sozinha, mas toda noite quando voltava para casa, ela sentia solidão. Queria ter alguém ao seu lado que pudesse ouvir o que ela tinha a dizer, entende-la e aconselhá-la ou contestá-la. No fundo sentia falta de Castle. E apesar de reclamar ela gostava das idéias malucas, das teorias non-sense, do carinho que ele tinha por ela.

Ela perdera a noção de quanto tempo se passara desde que começara a divagar.

De repente, um frisson percorreu-lhe o corpo, uma lembrança veio à mente. O beijo. Ela sorriu ao lembrar da urgência do momento, parecia um choque de hormônios. Desejo. Um suspiro e Beckett se sentiu cheia de coragem. Abriu a porta e caminhou silenciosamente pelos poucos metros que os separavam.

Com cuidado abriu a porta de Castle e segurou a respiração por uns segundos. Ele estava deitado de bruços esparramado na cama. Vestia uma camiseta branca e um boxer que ficara aparente pela perna esquerda exposta enquanto o resto do corpo estava coberto pelo edredom.


Ela admirou a cena.

Em seguida, aproximou-se da cama. A vontade de tocá-lo era muito grande. O perfume amadeirado e o cheiro de after-shave invadiram seu nariz. Ela seguiu sua vontade e sentou-se devagar na cama. Ele não percebeu ou pelo menos foi o que pareceu a ela. Beckett notou que ele tinha os fones do ipod no ouvido. O aparelho tocava. Deve ter adormecido escutando música, pensou. Ela se pegou admirando a serenidade que ele aparentava enquanto dormia e sua mão não resistiu à vontade de tocá-lo. Suavemente, os dedos de Kate deslizaram pelos cabelos fartos e sedosos de Castle, retirou alguns fios teimosos que caiam sobre os olhos dele. Sem reconhecer qualquer movimento de Castle, ela se aventurou um pouco mais.

Tocou o rosto dele com as pontas dos dedos, acariciando de leve. Ela não percebeu mas o sorriso não saíra de seus lábios. Castle mexeu-se um pouco. Beckett se assustou e tirou a mão em reflexo. Ele abriu os olhos e a viu sentada a seu lado. Virou-se de lado para encará-la. Beckett prendeu a respiração por alguns segundos especialmente ao ouvir seu nome escapar dos lábios dele.

- Kate...

O silêncio pairou entre eles por um momento que a ela pareceu longo demais porém somente representaram segundos.

- O que foi que houve?

Ele sentou-se na cama. Tirou os fones do ouvido e deixou o ipod na cabeceira. Beckett suspirou e passou a língua pelos lábios como uma forma de tomar coragem para falar e até mesmo fazer o que pretendia quando decidira vir ate ali.

- Eu apenas pensei que...

Ela ajeitou-se na cama e tocou a mão dele. Virou a cabeça de lado e manteve os olhos fixos nele. Castle entendera exatamente porque ela estava ali sem que trocassem uma palavra sequer. Sabia também que isso significava um passo enorme para ela, para os dois. Ele segurou a mão dela e beijou-lhe a palma.

- Você tem certeza?

A resposta de Beckett foi através de um gesto. Ela inclinou a cabeça na direção de Castle e roçou seus lábios nos dele. Vagarosamente, ela abriu os lábios instigando-o e Castle tomou-os para si. Com ambas as mãos nos braços dela, ele a puxou para perto e intensificou o beijo.

Castle tocou-lhe os cabelos e sentiu as mãos de Beckett no seu pescoço e no seu peito. A temperatura no quarto aumentou vários graus. Ele deslizou suas mãos para os botões da blusa dela e desfez um a um sem perder a concentração no beijo que seguia-se. Beckett sentiu as mãos ágeis trabalhando em sua roupa e ajudou-o a livrar-se da peça. Ela agora estava de soutian na frente dele. Beckett finalmente quebrou o beijo e arfou por ar.

Ela livrou-se dos botões e tirou a calça. Apenas com a lingerie, ela subiu de volta na cama. As mãos dirigiram-se a camiseta branca de Castle e a suspenderam deixando-a ao chão. Segurou o rosto dele com ambas as mãos e se perdeu novamente nos lábios dele. A língua dela sentia-se em casa, explorando cada pedacinho que podia daquela boca. As mãos de Castle porém, deslizaram pela cintura dela sentindo o calor e a maciez da pele. Os dedos alcançaram o fecho do soutian branco e o abriu. Gentilmente, ele tirou a peça intima e revelou os seios pequenos e firmes.

Ele deixou seus dedos roçarem pelos mamilos e Beckett gemeu na sua boca. Ele segurou firme a cintura dela e rapidamente se colocou sobre ela surpreendendo-a. Os lábios agora desciam pelo colo e atravessavam o caminho entre os seios e o abdômen deixando beijinhos por toda a extensão. Beckett sorria e aproveitava o momento. Ela prendeu-o com as pernas longas pela cintura. A sensação da proximidade de seus corpos era tão nova e gostosa.

Castle não se intimidou por estar preso a ela. Beijou um dos seios e voltou a brincar com o mamilo. Segurava-o com os dentes de leve e chupava devagarinho. Ela se contorcia com o prazer que isso a proporcionava. Ele podia vê-la perdida no momento de desejo, tinha os olhos fechados.

Ele largou o seio e pressionou o corpo sobre ela. Acariciou os cabelos e beijou-lhe o queixo.

- Abra os olhos, Kate...

Ela obedeceu. Castle pode ver as pupilas dilatadas. Roçou o polegar nos lábios dela e voltou a beija-los, dessa vez apaixonadamente, mais lento e mais carinhosamente. Beckett sentia o desejo se intensificar no corpo. A umidade no seu centro aumentava a cada toque dele na sua pele. As mãos de Castle dividiam-se entre acariciar um seio e percorrer a extensão da lateral do seu corpo apenas para acabar entre suas coxas e tocá-la no lugar que mais ansiava. Ele massageava a área sobre o tecido da calcinha fazendo Beckett se contorcer e cravar as unhas no ombro dele.

Ela gemeu entre os lábios dele. Castle quebrou o beijo e continuou a beijar o pescoço dela. Beckett suspirou e deixou escapar um gemido e o nome dele.

- Oh, Castle...

Ela sentiu os dedos ágeis tocando o elástico da sua calcinha e percebeu que ela deixara de ser um obstáculo para eles. Castle se distanciou do corpo dela apenas para ouvir um gemido de protesto. Ele livrou-se rapidamente do boxer libertando a ereção que já se formara. Ele tornou a deitar-se sobre ela e Beckett sentiu o membro pressionando sua coxa. Aquilo a fez tremer de ansiedade, a umidade entre suas pernas aumentou. Castle já voltara para os seios dela quando sentiu que Kate o puxava e mordiscando sua orelha ela sussurrou.

- Castle...preciso de você agora...

Ele não esperou por outra manifestação. Beckett afastou as pernas para melhor acesso e Castle penetrou-a devagar. A cada movimento, ela sentia-se preencher gerando uma sensação deliciosa de prazer pelo ato. Quando ele estava totalmente dentro dela, Beckett envolveu as pernas na cintura dele e Castle começou a movimentar-se dentro dela. Beckett mordia os lábios diante do momento de transe que vivenciava. Deixava escapar pequenos gemidos a medida que ele orquestrava os movimentos dentro dela.

Ele sentia a resposta do corpo dela ao seu. Sentia seu membro pressionado na maciez e umidade do seu centro. Aumentava o ritmo, buscava levá-la ao orgasmo. Os gemidos começaram a intensificar. Ela arqueava o corpo e pedia.

- Mais...por favor...mais...

E ele obedecia. Queria vê-la sucumbir de prazer. O ritmo era acelerado agora. Beckett começou a tremer debaixo do corpo dele. Castle tirou todo o membro de dentro dela e viu-a gemer em protesto.

- Nãooo...

Mas era apenas para provocá-la. Penetrou-a de uma vez arrancando um grito de satisfação e voltou a mover-se dentro dela. Os arrepios e tremores de Beckett aumentaram e ela por fim cedeu ao orgasmo que a tomou.

Castle ainda não estava satisfeito. Queria prolongar o momento. Ela arfou tão alto que ele a tomou pela cintura e puxou-a para si. Seus rostos ficaram na mesma altura e ele pode ver o quanto ela estava em êxtase com o orgasmo. Beijou-a rapidamente e continuou a estocá-la.

Ele estava à beira do seu próprio gozo. Não agüentaria mais. E sem controle do corpo, ele a preencheu ainda sentindo os tremores do corpo dela sob o seu.

O corpo dele a pressionava contra a cama enquanto sentia os últimos efeitos do seu próprio gozo. Porém, Rick Castle ainda queria satisfazê-la, impressioná-la. Ele saiu de dentro dela mas procurou novamente pelos lábios deliciosos e a envolveu num beijo carinhoso enquanto a mão tocava-lhe o centro. Ele massageava o clitóris habilmente para proporcionar a ela mais prazer.

Kate percebeu a luxúria percorrer seu corpo como um comichão. Sentiu a respiração faltar-lhe por uns segundos e quebrou o beijo. Mas Castle a estava levando ao clímax mais uma vez e sentiu os lábios dele tomarem os seus sem pedir licença. Tomada pela força do orgasmo, ela mordiscou o lábio dele e o beijo tornou-se urgente. As mãos passeavam pelos cabelos dele com pressa. Ao sentir os dedos de Castle a tomando, não resistiu e gritou de prazer. Ela fora invadida por orgasmos múltiplos cravando suas unhas nas costas dele em resposta ao turbilhão que a atingira.

Ele retirou os dedos de dentro dela e concentrou-se em beijar-lhe o colo e os seios brincando com a língua neles. Beckett ainda tremia por conta dos últimos espasmos em seu corpo. Castle deitou-se ao lado dela acariciando o estômago liso e beijando-lhe o ombro. Ela tentava se recuperar daquilo tudo. Respirava pausadamente buscando por ar.

Quando finalmente sentiu-se em condições de mexer-se, ela virou o rosto para o lado e encontrou-o acariciando seu braço. Sorriu.

- Isso foi...

- Quente...

- Louco...

- Muito bom, Kate... e surpreendente como você sempre é.

Ela virou e se aconchegou no peito dele. Ele acariciava os cabelos dela. Depois de alguns minutos,Castle não conseguiu resistir a pergunta.

- Kate, o que acontece agora? Quero dizer conosco?

Beckett suspirou. Ela não queria falar disso agora, porque complicar?

- Castle, não pergunte. Porque você não aproveita o momento? Agora a única coisa que devemos fazer é curtir. Sem cobranças, sem motivos, apenas a diversão.

- Você fala como se quisesse evitar a mudança, Dormir com você não é algo apenas para diversão, pelo menos não para mim.

- Então por mim, você pode esquecer essa conversa? Pelo menos por umas horas?

Ela apoiou o corpo sobre o dele. Mordiscou o queixo dele e sorriu. Beijou-o nos lábios. O olhar intenso para ele demonstrando que queria mais. Ele sorriu.

- Ah, Kate Beckett sempre um mistério...

- Eu gosto de você, Castle. Tente não estragar o momento...

Ele a puxou para si, voltando a intensificar o beijo e perdendo-se com ela novamente em uma espécie de rendez-vous.


XXXXXX


Beckett estava enrolada na toalha escovando os dentes quando Castle entrou no banheiro. Ele acariciou os ombros dela e beijou a nuca.

- Qual seu plano para hoje, Cérebro?

- Achar uma pista do negociador daquelas balas que dissolvem. Vá se arrumar, Castle. Vamos dar um bom passeio.

Depois de entrevistar o segurança num esquema armado com o estúdio onde Nikki Heat estava sendo filmado,eles voltaram para o hotel. Maurice, o concierge acabou revelando-se muito útil quando falou que Ganz estava na piscina do hotel.

- O que você pretende fazer, Beckett? Você não pode agir como uma policial aqui. Temos que ligar para a polícia de LA.

- Tenho uma idéia melhor.

Rick Castle estava à beira da piscina saboreando um drink. Como Maurice preverá, Ganz estava sentado numa cabana bebendo e apreciando as beldades. Tinha um celular com ele. Na piscina, uma mulher sensual e extremamente bonita sobe os degraus. Ao vê-la, Castle quase engasga com o drink. Kate Beckett estava de tirar o fôlego. Ela sabia como atrair olhares e o de Ganz não passou despercebido. Após momentos de uma pequena conversa sem sucesso, Beckett acabou denunciando-se pelo simples fato de ver Castle na cabana onde antes estava Ganz. Por causa dele, ela foi desmascarada.

Ela estava uma fera e já chegou apontando o dedo e machucando-o.

- Olha o que você fez! Ele me desmascarou! O que pensou que estava fazendo?


- Vi o telefone dele na cabana e achei que valia a tentativa.

- Você pegou o telefone dele?

- Não tirei uma foto das ultimas ligações. Não me bata.

- Bater? Eu quero beijar você....

- Oh, Detetive...vá em frente.

Ela sorriu para ele mas o olhar era aquele que ela gritava “foco, Castle”.

- Podemos chamar o detetive Seamus agora?

E eles realmente fazem isso. Com o apoio da LAPD, eles conseguem armar uma emboscada no próximo local de venda. Santa Monica Pier. Mais uma vez, a destemida Beckett não se deixa abater pelo fato de não ser uma autoridade do local. Tomada pela raiva e pelo senso de justiça por Royce, ela segue a pista correta e deixa os outros para trás.

Numa caçada rápida, ela corre pelo píer e pela praia em busca do Ganz. Castle percebe sua ausência e começa a procurar por ela temendo o pior. Beckett está mais próxima dele e atira fazendo-o cair.

Por um instante, ela sente o corpo trair-lhe e a vontade de continuar a fazer justiça a dominou. Ela ajeitou a arma e seu dedo coçou no gatilho quando ouviu aquela voz familiar chamando-a.

- Kate...

E ela sabia exatamente o que teria de fazer.

Após a prisão de Ganz, ela não dissera nada. Ele respeitou seu momento. De volta ao hotel, ele perguntou.

- Como você está?

- Acho que é hora de voltar para casa, Castle.

- Tem certeza? Podíamos ficar alguns dias a mais em LA, descansar. Você não estava de férias?

- Castle é melhor não, prefiro estar em New York.

Castle se aproximou dela, acariciou o braço e beijou-a na bochecha. Kate fechou os olhos sorrindo. Ele deslizava a sua boca pelo pescoço dela. As mãos na cintura.

- Você não vai me convencer assim, Castle...

A voz saiu rouca. Na verdade, já estava convencida. Ele a beijou e Beckett cedeu ao instante de caricias que ele sugeria para ela. Beckett se perdeu nos braços dele aproveitando o beijo. Seu corpo já estava desperto para o algo mais. Infelizmente tinham um vôo para pegar e ao contrario de Castle, ela queria muito voltar para casa.

Ela quebrou o beijo e disse baixinho.

- Vamos perder o vôo...

- Podemos ir amanhã, Kate.

- Não, Castle...

Ele a olhou sério. Fez a pergunta que o atormentava.

- E depois? O que acontece com a gente em NY?

- Nós continuamos a investigar assassinatos e você escrevendo Best-sellers.

- Você sabe que não foi isso que perguntei...

Ela suspirou e sentou-se no braço do sofá.

- Eu sei...

- Então?

- Olha Castle, eu gosto muito de você, de verdade. Mas não quero apressar as coisas. Nós trabalhamos juntos, temos um vinculo profissional grande. Você é um civil, tenho a responsabilidade de protege-lo como policial, isso só aumenta pelo simples fato de eu gostar e me preocupar com você.

- Você já faz isso, Kate. E eu também. Protejo você, sempre que precisar.

- Eu sei. Só não quero que se estivermos juntos isso passe a ser uma barreira para a gente, que interfira no nosso dia a dia, no nosso trabalho.

- E não vai. Prometo. Ainda serei o escritor que te perturba, com as teorias e idéias malucas e você ainda será a policial mandona e bad-ass que eu amo.

- O que você disse?

- Disse que amo você.

- Mesmo?

- A culpa é sua por ser tão extraordinária Kate.

Ela sorriu para ele. Sentiu o coração acelerar. Ele aproximou-se dela. Acariciou-lhe o rosto.

- Vai ficar tudo bem, confie em mim.

Ela o puxou pelo colarinho e beijou-o intensamente. Sem fôlego, ela o soltou.

- Vamos para casa, Castle.

Ela já estava na porta de saída quando ele finalmente saiu do transe que ela o deixara após o beijo intenso. Ao caminharem lado a lado rumo ao carro, Castle resolveu jogar.

- Hum, Beckett...estive pensando. Quando você irá vestir aquele maiô para mim? Podia ser na piscina do meu apartamento, o que acha?

- Castle... mas ela tentava segurar o riso.

- Aquilo foi extremamente sexy, Kate...diz para mim, você vai vestir ele de novo?

Ela riu e empurrou o ombro contra ele.

- Cala a boca, Castle.

XXXXX


Como a perspectiva do ser humano pode afetar alguns fatos importantes da sua vida.

Ela estava ao lado de Castle na primeira classe no vôo de volta a NY. Ele dormia a seu lado. Quando Beckett pegou aquele avião para Los Angeles, ela tinha um único propósito em mente: descobrir o assassino de seu mentor e amigo Mike Royce. Ela ainda estava mexida com a sua morte e com tudo que aquilo ele representava na vida dela. Mais uma pessoa querida que se vai. Determinada como sempre, ela estava disposta a por um fim no caso e vingar o policial. Não queria fracassar com Royce, não queria decepcioná-lo depois de toda a confiança que ele depositara nela. Não, Kate Beckett decidiu que Royce não iria se transformar num coldcase como acontecera com sua mãe. E ela conseguiu o que queria. E talvez algo mais.

Los Angeles acabou por mostrar um cenário diferente da sua própria vida. É incrível que todas as vezes que algo novo acontece a ela, ele sempre está lá. Kate virou o rosto para observá-lo. Castle dormia sereno.

De alguma forma, as palavras de Royce, a atmosfera de LA e porque não dizer as palavras certas daquele escritor a fizeram ver que ela podia se oferecer algo mais. Ela cedera as suas próprias vontades, ao seu desejo. Deixou algumas barreiras caírem por terra dando a si mesma a oportunidade de recomeçar. A Kate Beckett que voltava agora para New York não era a mesma que a deixara três dias atrás. Ela gostava disso e nesse momento era tudo que importava, afinal porque não viver um dia de cada vez? Como policial, ela aprendera a não chegar a conclusões antes de obter os fatos, não pular etapas. Porque não fazer o mesmo agora? Apenas apreciar o que estava acontecendo aos poucos à sua vida?

Beckett releu pela terceira vez a carta de Royce. Ao fim da página onde havia o ultimo conselho deixado por ele, Kate não pode deixar de sorrir. If only. Essa dúvida ela não tinha mais. Dobrou o papel e o guardou. Tornou a olhar para Castle. Consultou o relógio. Eles ainda tinham uma hora e meia de vôo. Um pensamento divertido cruzou sua mente.

Ela inclinou-se e beijou o pescoço dele, pode inalar o cheiro masculino característico dele. Mordiscou a orelha e sussurrou ao ouvido.

- Castle...acorda...

Deixou sua mão acariciar o peito dele. Apenas a idéia já deixou-a excitada. Ele abriu os olhos.

- Você não vai dormir o vôo todo tendo outras possibilidades de diversão vai, Rick?

Ele sorriu e ajeitou-se na poltrona.

- Como isso, Beckett?

Ele a puxou pelo pescoço e sugou-lhe os lábios. Beijava-a com paixão e ela correspondia da mesma forma. As mãos de ambos esbarravam em seus corpos buscando o máximo de contato entre eles. O arrepio de desejo já tomava toda a extensão do corpo dela e arfando e gemendo ela quebrou o beijo em busca de ar.

- Era essa sua idéia de diversão, Kate? Dar uns amassos a milhares de metros de altura?

- Na verdade, eu pensei que...

Ela aproximou-se do ouvido dele e sussurrou.

- Me encontre no banheiro em cinco minutos...

- Beckett você está sugerindo o que eu estou pensando?

Castle arregalou os olhos e fitou-a. O olhar de Beckett confirmara suas suspeitas.

- Você é uma policial! Não pode fazer isso...

- Não tenho jurisdição aqui em cima Castle. Ainda não sobrevoamos New York. Pensei que você era mais aventureiro, gostasse de arriscar...

Ela debruçou o corpo todo sobre ele, provocando passou a língua nos lábios e deixou uma das mãos deslizar pelo peito dele.

- Então, Castle...é pegar ou largar, o que você escolhe?

Castle suspirou profundamente sentindo a fisgada na virilha em resposta.

- Eu pego, Beckett... não precisa perguntar duas vezes.

Ele acariciou o seio dela sobre a blusa e a fez gemer baixinho.

- Cinco minutos, nem um segundo a mais.

E sorrindo ela desapareceu pelo corredor do avião rumo ao banheiro. Castle a acompanhava com o olhar. Ele amava um desafio porém nada superava seu fascínio por um mistério. Não era à toa que estava fascinado por ela. Kate Beckett, o maior mistério da sua vida.



The End

4 comentários:

Eliane Lucélia disse...

Oi, gêmea, adorei essa fic, vc colocou no papel o que a gente sonhou com esse epi, e gostei mais ainda que foi a Beckett que procurou Castle, ela se soltou, nossa como Castle foi carinhoso e o mais importante ele estava sempre se preocupando com a dia seguinte com o futuro profissional e pessoal, bom sabemos que rola sentimento dos dos lados então... agora pelo Amor de Deus, vc tem que continuar a cena do avião, a Beckett é aventureira adoroooo kkkkk, não querendo saber d+, mas perguntando, será que a escritora tem alguma história com avião? kkkkkkkkk

Este disse...

OMG. Preciso de água. Abana que tá calor. Nossa que fic hot. Adoro. Karen sempre realizando o sonho dos surtados das séries. kkkkkkkk
Ficou perfeita a noite deles. Castle super gentil e carinhoso... e Becket deixando se envolver por ele.
Agora a parte do avião. Nossa tá pegando fogo. kkkkkk Becket toda cheia das boas intenções. Achei um máximo. Quero continuação. Imaginando coisas como essa cena do avião.

val disse...

por que a série não esse desse jeito, acho que o Marlowe devia se demitir e te contratar.kkkkk

por favor mais fics de castle eu vicieiiiii!

Castle Brazil disse...

Ahhh muito demais.... pena que nao é verdade! Parabens mandou muito bem love Amei demais s2