Kiss me to make it better
Autora: Karen Jobim
Classificação: NC-17
Gênero: AU/Songfic
Advertências: Angst / Romance – pós Reckoning
Capítulos: Oneshot
Completa: [ x ] Sim [ ] Não
Resumo: Kate matara para salvar a própria vida. Isso ainda mexia com
ela. castle sabia que a esposa precisava relaxar, Gates deu a sua detetive três
dias de descanso, assim Castle decidiu leva-la aos Hamptons para desligar-se e
restaurar as energias. Queria mima-la, cuidar de sua amada e fazê-la entender
que estaria ali ao seu lado.
Nota da autora: Essa fic começa exatamente da última cena do episódio. Inspirada
na música do Ed Sheeran, uma rápida oneshot para nos recuperarmos das maldades
do 3XK. Songfics são difíceis de escrever porque geralmente a música deve estar
no contexto da história. Não é bem o caso aqui, mas como é uma espécie de
declaração de amor, bolei algo para encaixa-la. Espero que gostem.
Dedicada a Letícia (Leh) – que reflita a beleza da melodia dessa canção
maravilhosa. Enjoy!
Sugiro ler com a música, eis a letra:
Settle
down with me
Cover
me up
Cuddle
me in
Lie
down with me
And
hold me in your arms
And
your heart's against my chest, your lips
pressed to my neck
I'm
falling for your eyes, but they don't know me yet
And
with a feeling I'll forget, I'm in love now
Kiss
me like you wanna be loved
You
wanna be loved
You
wanna be loved
This
feels like falling in love
Falling
in love
We're
falling in love
Settle
down with me
And
I'll be your safety
You'll
be my lady
I
was made to keep your body warm
But
I'm cold as the wind blows so hold me in your arms
Oh
no
My
heart's against your chest, your lips pressed to my neck
I'm
falling for your eyes, but they don't know me yet
And
with this feeling I'll forget, I'm in love now
Kiss
me like you wanna be loved
You
wanna be loved
You
wanna be loved
This
feels like falling in love
Falling
in love
We're
falling in love
Yeah
I've been feeling everything
From
hate to love
From
love to lust
From
lust to truth
I
guess that's how I know you
So
I hold you close to help you give it up
So
kiss me like you wanna be loved
You
wanna be loved
You
wanna be loved
This
feels like falling in love
Falling
in love
We're falling in love
Kiss Me to Make It Better
Loft dos Castles
Kate estava deitada depois de
um banho relaxante para livrar-se de todas as marcas físicas do pesadelo que
vivera. As lembranças psicológicas, porém seriam difíceis de apagar da mente.
Tinha receio de fechar os olhos porque todas as vezes que o fazia, a imagem de
Kelly Nieman voltava a sua cabeça. Ouviu os passos de Castle entrando no
quarto.
- Eram minha mãe e Alexis. Disseram
que voltarão logo após algumas compras – ele se deitou ao lado dela, Kate ainda
estava de costas para ele, pensativa, abatida - Não sei como você conseguiu.
- O quê? – ela o fitou.
- Se manter firme nos dois
meses em que sumi. Dois dias sem saber onde você estava e isso quase me matou.
- Você pensa no que
aconteceu...quando estava longe? – ela perguntou.
- O tempo todo.
- Sempre que fecho meus olhos vejo
o rosto dela.
- Vejo o dele também – Castle
confessou - Desde aquela noite na ponte. Sabe como lido com isso?
- Não.
- Abro meus olhos e olho para
você.
- Obrigada por ter ido me
encontrar.
- Sempre – ela acariciou o
peito dele com a ponta dos dedos acomodando-se e fechando os olhos. Talvez
estivesse a salvo perto de Castle, afinal.
Mas Kate não conseguia dormir,
por mais que tentasse. Ela permaneceu deitada sobre o peito dele, sentia a mão
de Castle a abraçando até o momento que o sono o dominou relaxando os músculos.
As horas se arrastaram durante a madrugada, virando-se para o lado, ela colocou
as mãos sob o travesseiro fazendo uma retrospectiva dos últimos dias. Momentos
de incerteza e terror. As luzes da manhã invadiram o quarto. Kate viu o momento
que Castle acordara, porque ele esticou-se para beijar-lhe o rosto e constatar
o que temia.
- Você não dormiu… - ela
assentiu – oh, Kate! Precisamos mudar isso, vou preparar um café. Sei que vai
te fazer bem - se levantara da cama. Logo em seguida, ela o encontrou na
cozinha. O cheiro de café inundara suas narinas fazendo o estomago reclamar. Castle preparara uma refeição reforçada. Ovos, frutas,
bacon, pães e queijo. Sentados à mesa, Castle pretendia anunciar o que
fariam. Tinha um plano para fazê-la relaxar e se recompor. Uns dias nos
Hamptons, apenas os dois.
- Se você já terminou, arrume
suas coisas. Nós vamos aos Hamptons. Ficar
longe da cidade. Saímos em uma hora, tudo bem?
- Ok,
é melhor mesmo.
Kate
está calada. Passa a maior parte do tempo sem conversar. Vez ou outra, Castle procurava
sua mão ou acaricia sua coxa recebendo em troca um singelo sorriso ou um
selinho. Daria o tempo necessário a ela.
Na casa de praia, eles
encontraram o almoço pronto. Após a refeição, ficaram sentados no sofá da casa.
Ele a mantinha deitada contra seu peito, acariciando a pele fria dos braços.
Ouvia alguns suspiros dela, como se tivesse lutando para não chorar. Sugeriu um passeio na praia. Mesmo sem disposição, ela o acompanhou.
Sabia que ele estava fazendo o possível para anima-la, agrada-la. Na beira do
mar, Kate fincou os pés na areia deixando as ondas dançarem sobre a planta do
pé e seus dedos. Inclinou o corpo se apoiando no corpo de Castle, fechou os
olhos. Ele a segurou acariciando-lhe os braços, era a primeira vez que a vira
um pouco relaxada desde que tudo aconteceu.
Ao retornar para a casa,
enquanto Kate tomava banho, Castle ajeitava o jantar. Pretendia servir-lhe um
vinho com macarronada depois dar a ela um calmante para fazê-la relaxar. Já
estava a mais de vinte e quatro horas sem dormir. Quando apareceu na cozinha já
de camisola, o cheiro do manjericão despertou sua fome.
- Está cheirando...
-
Sim, amor. Espero que esteja bom. Aqui – ele serviu a taça e entregou a ela – beba
um pouco. Seu corpo tem que descansar. Depois do jantar estive pensando, você
ficaria com raiva de mim se lhe desse um calmante para dormir? Eu poderia
omitir isso e apenas diluir na sua bebida. Não
é certo. Você deve decidir junto comigo. Nada de enganações ou segredos. O que me diz?
- Acho que você tem razão. Estou
muito cansada – provou o vinho. Castle serviu a mesa para jantarem. Novamente,
notara que a esposa permanecia calada – levando as taças para o quarto, Castle
ligou a lareira. Eles ficaram bebendo, Castle tentou conversar.
- Amor, eu não gosto de te ver
assim, calada, quase que isolada em sua própria ilha. Converse comigo, estou
aqui para ajudar. Para o bem e para as coisas ruins. Não me importo de vê-la
chorar, gritar, até bater em mim desde que não fique indiferente. Não me afaste
dessa tempestade, o que quer que esteja sentindo, não me deixe fora disso. Quero
conforta-la, acalenta-la, qualquer coisa para te ver melhor.
- Eu sei, babe. Mas um assunto desse
não merece a nossa atenção. Eu gostaria de esquecer. E vejo o quanto me ver
assim te faz mal. Não quero que sofra,
Cas. Acabou. Temos que pensar no futuro, na nossa vida. Estou sendo uma péssima
companhia, uma péssima esposa. Por que essa imagem não sai da minha cabeça? –
com as mãos na lateral da cabeça, ela estava à beira de lágrimas – estou aqui
com você, a pessoa que eu amo, em um lugar aconchegante e me sinto sufocada,
angustiada. Por que? – as lágrimas desciam rapidamente pelo rosto pálido.
-
Está cansada, Kate. É melhor tomar o calmante agora. Precisa dormir, amor. Não pense
mais nisso, eu não estou te cobrando nada.
- Tudo bem, você tem razão –
Kate tomou o remédio. Castle a trouxe para perto, acalentando-a como se faz com
um bebê indefeso, envolta em seus braços, podia sentir a respiração ofegar
ainda por conta do choro reprimido. Meia hora depois, ela adormecera agarrada
ao marido.
Por volta das três da manhã...
Kate corria por um labirinto,
um emaranhado de corredores e portas. O olhar desesperado cobria cada canto por
onde passava. Precisava acha-lo antes que fosse tarde demais. As mãos tremiam,
os pulsos machucados pelas algemas que conseguira retirar, havia sangue preso e
pequenos hematomas devido à força empregada para se livrar do objeto. Sabia que
Castle estava em algum daqueles cubículos, preso e prestes a perder a própria
vida. Por ela. Por ter vindo busca-la. A doutora sociopata
queria seu rosto, sua identidade, sua vida e Castle. Ela estava sendo punida. Não podia ser tarde demais.
Ela corria limpando as lágrimas
que teimavam em cair. Um barulho chamou sua atenção. Vozes. Eram distintas. Um homem e uma mulher. Estavam
próximos. Kate reuniu toda a força que tinha e chutou a porta. A imagem de Castle
totalmente amarrado e a médica louca bem a sua frente segurando um bisturi a
paralizou. Sentiu o corpo esmorecer. Como se toda a energia
tivesse sido drenada, entorpecida.
- Kate…
- Castle sussurrou. A Dr.Nieman se virou sorrindo.
-
Olá, Kate. Fico feliz que tenha se juntado a nós. Não esperava você tão cedo,
melhor assim. Creio que já perdemos muito tempo nesse pequeno jogo de gato e
rato. Eu já tenho seu rosto, ficarei igual a você e terei o seu marido. Senhora Rick Castle. Eu gosto. É claro que você precisa
sofrer um pouco, não? Ou talvez eu mude meu plano. E se eu o ferisse? Você gostaria disso?
– ela rodava o bisturi entre os dedos – sabe, eu simplesmente amo as maravilhas
que um bisturi pode fazer, quer ver?
De repente, a médica corta o
rosto de Castle do olho direito até o queixo. Sangue jorrava em meio a um grito
de dor capaz de fazer o coração dela parar. Quando virou-se para fita-la, ela
era a própria Kate. Sem pensar duas vezes, um novo golpe foi deferido sobre o
peito dele, e outro e mais outro. Kate ajoelhou-se gritando por ele.
-
Castleeeee….nãooooooooooooooooo!
- Nãoooo…. – acordou gritando,
suada. Tremia. Castle assustou-se – ela matou você, ela era eu, cortou seu
rosto – as mãos de Kate alcançaram o rosto dele – o meu, ela matou. Castle... –
desatou a chorar. Ele a abraçou forte aconchegando-a em seus braços. Castle
estava segurando as lágrimas, queria fazer essa dor sumir para sempre.
-
Shhhh…. Foi um pesadelo, estou bem aqui. Oh, Kate… eu não suporto de ver
assim.
Mesmo com o calor do quarto, da
lareira, um frio corria por sua espinha, dominava suas veias, reflexo do medo.
Por esse motivo, Castle a apertava rente a pele, sentiu os dedos dela em seu
queixo, a respiração quente em seu pescoço, os lábios roçando a pele. Simples
gestos de que ela estava ali com ele, sua Kate.
O olhar gélido e apavorado que
vira quando ela acordou assustada sumira. Aos poucos, ele podia constatar a
volta do pequeno brilho no olhar, uma nesga de ternura surgia recompondo os
olhos amendoados que o conquistaram um dia, verdadeiros e apaixonados.
-
Castle…
- Oi,
amor…
- Eu
preciso de você. Preciso voltar a ser a mulher que você ama, que conhece e luta ao seu
lado.
- Você é. Sempre sera. Essa
mulher está aqui – ele tocou o coração dela – não foi a lugar algum. Basta você
desligar isso aqui – ele apontou para a testa dela.
- É
por isso. Eu te amo tanto. Foi por isso que lutei, que matei, porque não queria
ver a dor em seus olhos, se eu morresse...
-
Shhhh….isso não aconteceu. Você está aqui, nos meus braços. E sabe o que se passa
na minha mente agora? Um misto de
sentimentos. Ódio, por ver o quanto você foi afetada. Amor, para mostrar que estou
aqui protegendo-a como antes não pude. Luxúria, por perceber o quanto você era
desejada, apesar de soar terrivelmente cruel e errado se pensarmos em quem o
fazia, ela nunca seria você, pertence somente a mim. Desejo somente você – ele parou
para beijar-lhe os cabelos - A verdade é que eles tentaram nos destruir Kate,
física e psicologicamente, mas eles são doentes, não conseguem entender que
nenhuma maldade poderá ganhar de um sentimento tão forte e puro quanto o nosso
amor. Eles nunca entenderão – ele beija-lhe a testa – porém, eu conheço você,
sei quem é, o que exatamente guarda em seu coração. Deus! Como estou feliz de poder ser capaz de dizer isso mais
uma vez, como eu te amo, Kate.
Ela se afastou um pouco do
corpo dele. Fitou os belos olhos azuis. Beijou o pescoço dele, os lábios,
abaixou o rosto beijou-lhe o coração deixando os lábios ali, sentindo as
batidas. Voltou a ficar na mesma linha do rosto dele.
-
Castle, eu quero você. Quero ser amada, por favor, me faça sentir esse amor.
Lembre-me como é bom apaixonar-se todos os dias por você, acordar ao seu lado.
Quero ser amada, desejada como somente você sabe fazer.
- Tudo que você quiser, apenas
precisa demonstrar.
- Como fiz da primeira vez? –
ele abriu o sorriso – como sempre desejei ser amada – ela sussurrava tocando os
lábios com a ponta dos dedos, os olhos fixos na boca que tanto amava beijar.
Ela encostou os lábios dela na boca de leve, puxou-o pelo pescoço,
arrebatando-o consigo caindo sobre a cama em um beijo apaixonado, colando seu
corpo ao dele. Os gemidos de antecipação entre
as línguas. Sobre o estomago dele, jogou a camisola longe. A mesma urgência
daquela noite chuvosa em Nova York, o mesmo desejo. Apaixonando-se agora e para todo o sempre. Arrancou a camisa de
Castle deixando seus lábios provarem o sabor da pele.
-
Beije-me, Kate. Beije-me como quem quer ser amada. Como demonstrou amar-me naquela
primeira vez.
Ela aproximou-se do rosto dele.
Passou o polegar em seus lábios. Beijou-lhe a testa, o nariz e finalmente os
lábios. Castle a tomou nos braços colocando-se sobre o corpo esbelto da amada. O toque das mãos percorria a pele alva. Acariciou os
cabelos olhando-a com ternura. Kate o puxou convidando a aprofundar o beijo. Erguia
as pernas enroscando-as na cintura de Castle.
O beijo começara suave, aos
poucos retomara a impulsividade, deixando o desejo tomar conta de seus atos. Castle
provava seu pescoço, seu colo, beijou-lhe o mamilo e sugou-lhe os seios,
repetidas vezes. Queria mais, muito mais. Ela
também. Sempre mais, porque a conhecia. Ouviu seu nome sendo sussurrado, ela o
chamava. A
boca chegou ao lugar mais ansiado. Sentia o corpo dela responder aos lábios que
a tomavam, sua intimidade clamava por ele. Alguns minutos depois, ela
agarrava-lhe os cabelos enquanto a explosão do orgasmo se espalhava da cabeça aos
pés. Se era possível amar demais, desejar demais e precisar demais, ele
aprendera com Kate.
Castle voltou a fita-la. Havia um
belo sorriso em seu rosto. Sincero,
apaixonante. Os olhos expressavam o desejo que sentia por ele. Mordiscou-lhe o
queixo, depois o lábio inferior.
-Dentro
de mim, Cas…. Me ame, agora. Faça-me sua….
Ele mergulhou nela de uma só
vez. Os cinco sentidos entraram na dança ritmada dos quadris. Cheiro, gosto,
toque, gemidos e a contemplação da visão turva dominada pelo prazer. Pele contra
pele, coração contra coração. Com uma última estocada, ele a levou consigo deixando-a
agarrar-se em seu corpo fincando as unhas em seus ombros. Os lábios murmuravam algo inteligível pressionados
contra o pescoço. Não importava. Agora estavam juntos novamente.
Corpo,
alma e coração.
Castle virou-se para o lado
trazendo-a contra seu peito. Ela fechara os olhos.
- Eu podia ficar aqui, segura em
seus braços sentindo as batidas do seu coração, calmamente me perdendo em seus
olhos azuis misteriosos e tão ternos – ela olhava para o homem a sua frente, a expressão
de seu rosto era serena, a tempestade e a dor haviam passado, desaparecido –
beijando-o quantas vezes quisesse, sendo sua, completamente. Apaixonando-me a
cada toque, a cada beijo.
-
Nós podemos, Kate. Pelo menos por agora, nós temos esse espaço somente para nós dois. Nada
nem ninguém para tirar-nos essa paz. Você pode fazer o que quiser, amor.
Ela remexeu-se subindo um pouco
mais em seu corpo. Seu olhar fixo no dele.
- Mesmo? Então, acho que vou passar
o resto do dia beijando-o enroscada no calor do seu corpo.
- Isso me parece uma excelente
ideia, então, me beije... – ela aproximou-se quase encostando os lábios, mas
mordiscou a boca em meio a um sorriso.
- Eu te amo, Castle – e finalmente
o beijou.
THE END
2 comentários:
Ameeei! Vc é otimaa! A história é muito profunda rsrs amo
A música combinou com o momento e nossa Kate tendo pesadelos me quebra em pedaços, mas ela tem sorte DE ter o Castle ao lado para ajudar a superar tudo isso e se manter firme. Parabéns :)
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