Nota da Autora: O que nos espera nesse capítulo? Dúvidas e reflexões sobre o futuro, Alguém especial virá ajudar nossa rainha. O texto também vem acompanhado de momentos cutes, claro! Afinal, chega de sofrimento... Enquanto houver silêncio, vou transformando pequenas migalhas em bons momentos. Enjoy!
PS. Quando virem o nome Kate, não é erro de fic, esse é o nome da diretora do episódio.
Pitadas de NC17...
Cap.44
Era o último dia de gravações
para o episodio dezenove, estavam atrasados. Faltavam filmar cinco cenas sendo
uma delas a última do episódio e metade do dia já tinha ido. Duas da tarde, ia
ser um longa noite. Os cenários para o próximo estava sendo ajustados, era um
dos importantes. Além disso, Stana tinha um monte de coisas fervilahando em sua
cabeça. Tinha dois eventos e mais uma reunião com o pessoal do ATP na manhã
seguinte. Iriam peomover um leilão online para arrecadar dinheiro aproveitando
os fãs da série.
Muito precisava ser resolvido,
porém era hora de focar nas suas cenas de Castle. Desde o dia dos namorados,
eles não estavam tendo muita folga. Sequer tempo para conversar sobre outros
assuntos que não fosse o trabalho. Os próximos dias não seriam diferentes. O
episodio que abordaria o sumiço de Castle era o próximo a ser filmado. Além de
várias cenas entre os dois, era uma daquelas historias criticas que não saberia
se agradaria ao público, ela particularmente dera uma rápida olhada no roteiro
e não ficou muito convencida.
Lindsay informou que acabara a
maquiagem. Kate esperava por ela para filmar. Assim, Stana colocou de lado
todos os seus pensamentos para abraçar sua personagem. Beckett.
Três cenas depois, Kate
inverteu a ordem para filmarem o último take do episodio. Filmar não era bem o
termo. Eram quase oito da noite quando a diretora explicou a ambos que a cena
do chuveiro iria ser feita pelos dublês, o que preciava deles era apenas a voz.
Sendo assim, levou-os ao estúdio sonoro para gravarem versos da canção de
Sinatra.
Stana não escondia sua decepção
com a decisão.
- Ah, Kate... isso não é justo.
Pensei que íamos filmar essa cena, são apenas nossas sombras. Qual o problema?
- Estamos correndo contra o
tempo aqui, Stana. Se as cenas de dança dos rapazes não tivessem levado tanto
tempo, assim como a de vocês até podíamos fazer. Mas, a essa hora, eu já
deveria estar com todas as cenas entregues na ilha de edição. Vocês pode
cantar, certo?
- Música de Sinatra? Vai ser
mole! – disse Nathan.
- Prestem atenção no que quero
que façam. Devem se imaginar no chuveiro, vocês estão curtindo um momento
íntimo a dois como a própria Beckett já mencionara antes. A cantoria não se
trata apenas de voz, tem atuação. É preciso passar para o público que vocês
estão vivendo um ótimo momento, realmente desfrutando disso.
- Não será difícil – concordou
Stana.
- Certo, Mark vai guia-los com
o áudio da música. Ensaiem primeiro e sugiro que gravem pelo menos umas três
amostras, irei ouvi-las com vocês e decidimos qual deverá entrar no episodio.
Vou para o set filmar com Jon e Seamus. Mark, avise quando terminarem. Quero
vocês no set do distrito em seguida para o último take do elevador – assim que
ela deixou a sala, Nathan virou-se para fitar Stana com um sorriso. Apesar do
técnico de som, eles estavam sozinhos numa sala sem câmeras e ninguém para
observa-los. Podiam se aproveitar disso. Ela entendeu o brilho no olhar do seu
parceiro. Ele logo colocou seu pequeno plano de escapada em ação.
- Mark, você se incomoda se nós
ensaiarmos umas duas vezes sozinhos? Decidir sobre as falas e pequenos
detalhes? Quando tivermos prontos lhe chamamos novamente, daí gravamos pra
valer quantas vezes quiser.
- Por mim, tudo bem. Vou
aproveitar e tomar um café, comer alguma coisa. Basta apertar esse botão aqui
quando estiverem prontos que um alerta soa no meu celular.
- Sério? – Nathan já olhava
fascinado querendo entender como aquilo funcionava – é um aplicativo? Um
programa? Tem para baixar no itunes?
- Nathan! Foco! Precisamos
gravar e já são quase nove da noite, eu realmente queria chegar em casa antes
da meia-noite.
- Tudo bem, desculpa – viu que
a esposa apesar de alerta-lo de suas responsabilidades sorria – converso com
você depois, Mark. Isso é bem interessante.
- Está certo... – o assistente
de som sorriu do jeito dele – até mais. Quando a porta se fechou atrás deles.
Stana revirou os olhos, aproximando o seu corpo de forma a deixar seus joelhos
roçando na coxa dele enquanto a lateral do corpo encostava no torso dele.
- Então, Nate, o que exatamente
você tinha em mente quando expulsou o Mark daqui? – o sorriso travesso já despontando
nos lábios, a mão apertando o ombro dele.
- Apenas ensaiar em modo
privado, Staninha. Como você é maliciosa! – puxou-a pela cintura fazendo-a
inclinar-se para beija-lo, ela hesitou.
- É seguro fazer isso aqui,
babe? – a voz já meio rouca pelo simples fato de estarem arriscando-se em pleno
estúdio. Excitante.
- Você vê alguma câmera? –
depositou os lábios entre os seios dela sobre o tecido da blusa, desabotoou os
primeiros botões apemas para ter contato com a pele macia, beijou-a novamente
no mesmo local. Isso fez os pelos do braço arrepiaram-se. Roçou os dentes na
pele dela, Stana soltou um gemido. O desejo a fez inclinar todo o corpo
encontrando os lábios dele em um beijo carinhoso. As mãos passeavam pelo
pescoço de Nathan, os dedos brincando entre seus cabelos. Ele fazia pequenos
círculos na altura das costas dela com a ponta dos dedos. Ao se separerem,
ambos sorriam.
- Que tal cantar um pouquinho,
Nate? – ela sentou-se na cadeira ao lado dele. Com a folha do script nas mãos,
ela jogou as pernas sobre o colo dele sem cerimônia – como vamos dividir?
Existe uma proposta no texto, mas acho que devemos testar nossas vozes, como
elas combinam. E tem que ser algo sexy, empolgante, afinal é um momento íntimo.
- Disso não tenho dúvidas! Vamos
cantar a parte que está no roteiro juntos. Preparada? Na minha contagem. 3…2..1..-
eles começaram a cantar a música, porém na metade Nathan parou abismado com a
voz maravilhosa da mulher a sua frente. Estava impressonado, hipnotizado. Um
largo sorriso formou-se no rosto dele. Ela terminou de cantar e torceu os
lábios.
-Você trapaceou! Por que me
deixou cantando sozinha? – ela mordiscava o lábio inferior.
- Não resisti à beleza da sua
voz. Deus, Stana, isso é injusto.... essa voz sexy e tentadora...
- Você acha? – fingindo-se de
inocente.
- Você é uma provocadora,
Staninha....
- Podemos nos concentrar e
ensaiar, Nate? Kate vai nos matar. Por favor, cante comigo – eles tentaram mais
uma vez, sem brincadeiras. Analisaram as frases e definiram a divisão.
Precisavam trabalhar no tom. Enquanto repetia a cantoria, eles não podiam
deixar de trocar olhares, carícias e acabaram transformando a música em algo
deles. Íntimo e divertido. Quando terminaram, Stana avancou para beija-lo,
feliz com a ideia de ver seus personagens cantando juntos em um momento de
descontração.
- Precisamos de risadas no
final, é um banho sensual, não? Carícias e toques não são opcionais – disse
Nathan.
- Concordo. Tentamos mais uma
vez? – e transferindo a sugestão dele para a canção, eles chegaram ao seu
momento ideal, toda a intimidade aflorando entre os dois. Ao rirem no final,
trocavam um olhar tão cheio de amor que Nathan não conseguiu ficar longe dela,
apertando a mão carinhosamente na sua, ele inclinou-se para beija-la novamente.
- Acho que já podemos chamar o
Mark...
- Podemos, é… queremos? – ele
roçou os dentes nos nós da mão dela olhando-a com um desejo surreal que
arrancou um gemido e um suspiro de Stana.
- Mais tarde, babe, mais
tarde... aperte o botão, Nate – ele obedeceu. Mark levou uns cinco minutos para
voltar à sala, o que deu a Nathan a oportunidade de abraça-la rente ao corpo um
pouco mais enquanto seus lábios e o nariz perdiam-se entre os cabelos e o
pescoço de Stana. Ao ouvirem a voz de Mark, se separaram. Cada um com seu texto
na mão, disfarçando.
- Decidimos o que fazer.
Dividimos as falas de uma maneira interessante. Acho que vai ficar muito bom –
ela entregou a folha do roteiro – aqui, cada linha da canção, sinalizei com as
iniciais de Castle e Beckett. Estamos prontos para gravar.
- Ótimo! Deixa eu ajustar os
equipamentos. Aqui vocês falam cada um com seu microfone individual. Acompanhem
o display. Aparecerá uma contagem regressiva bem aqui, apareceu a palavra
“Record” vocês começam. Certo?
- Beleza! – eles se entreolaram
uma vez mais antes de cantar. Ao receber o sinal, eles iniciaram a gravação. A
interação dos dois era incrível, Mark ficara surpreso, uma sincronia invejável.
Gravaram três sequencias, mas ele tinha certeza que ficaram praticamente
idênticas. Não tinha como não ser um momento alto do show.
- Perfeito! Agora eu vou
transferir a gravação para um cd, entregar para a Kate e esperar a edição para
que a cena fique completa. Muito obrigado aos dois. Foi bem fácil fazer isso –
ele devolveu a folha do script para Stana.
- Melhor irmos para o estúdio,
Kate já deve estar nos esperando. Obrigado, Mark – Nathan apertou a mão dele.
Stana fez o mesmo.
-Tchau, Mark - ela disse saindo
da sala de som. Foram direto para o set. com uma rápida retocada na maquiagem,
logo eles voltaram a gravar a última cena da noite e para eles do episódio. Uma
hora depois, ambos deixavam o Raleigh com o novo script já indicando as cenas que
filmariam no dia seguinte. Passava das dez da noite, quase onze.
Stana chegou ao quarto
livrando-se de seu casaco, suas botas e jogando o script na cama. A folha
avulsa que Mark entregara a ela caira a seus pés. Sorrindo, ela apanhou o
papel. As letras de uma bela canção do Blue Eyes... cabem perfeitamente para
seus personagens, não apenas essa, mas tantas outras de Sinatra. Ela murmurava
a música quando Nathan entrou no quarto.
Ele abraçou-a por trás.
Don't
you know little fool - C
You
never can win –C
Why
not use your mentality - B
Step
up, wake up to reality - C
And
each time I do just the thought of you - B
Makes
me stop just before I begin – C/B
Because
I've got you under my skin - C/B
- Que tal um banho para
relaxer, Nate?
- Com direito a cantoria?
- Por que não? Será nosso
próprio momento Caskett... vem! – puxou-o pela mão em direção do chuveiro
jogando a folha no chão do quarto, as gargalhadas antecederam a música,
certamente. E banho sempre significava um momento de muito sex appeal para os
dois.
Uma semana depois, as filmagens
continuavam em ritmo acelerado. Havia uma série de cenas de casal, muitas cenas
de Nathan. Outro compromisso tomava a cabeça de Stana. Ela tinha um leilão
próximo para o seu projeto de ATP, decidiu leiloar algumas coisas de sua
historia em Castle para agarriar fundos. Ao contrário de Nathan, ela tinha que
oferecer algo para ter as pessoas investindo em seus projetos. Foi daí que teve
a ideia de usar objetos valiosos e importantes para ela a fim de suportar a sua
causa. Precisava obviamente da ajuda dos amigos. Convenceu Jon a oferecer um
jantar com ele para um fã em seu próprio restaurante, jantar com Seamus,
caminhada com Penny, além de vários pacotes exclusivos para fãs da série. Os
itens de maior valor tanto em dinheiro como sentimental, eram os mais difíceis
para ela. Ainda precisava conversar com Nathan e pedir o apoio dele, seria algo
discreto, porém precisava ter algo que lembrasse o casal.
Naquela noite, ela trouxera o
assunto à tona quando estavam na cama prontos para dormir. Ela já havia
separado os itens para mostrar a ele. Também havia comentado do evento com o
marido que a apoiou numa boa. Encostando-se no peito dele, ela puxou a
conversa.
- Nate, preciso conversar com
você sobre uma coisa importante. Quero sua ajuda no meu projeto.
- Projeto?
- ATP. O leilão.
- O que precisa de mim? Sabe
que não pode oferecer uma foto minha ou nossa autografada, isso ia gerar muita
especulação e confusão.
- Não pensei nisso. Mas tem uma
lembrança que pode ser assinada por nós dois. O ingresso do show de 2008, do
Duran Duran. Você assinaria para mim? Sei que podia arrecadar muito com isso –
ele parecia meio surpreso com a decisão dela de abrir mão de algo tão
simbólico, tão importante – Não posso assinar, e nem quero, a minha blusa do
primeiro teste. Nem o encosto da cadeira de Beckett.
- Você vai mesmo leiloar sua
camisa? Sério? – sim, ele estava surpreso – pensei que fosse especial...
- É claro que é, babe. Muito
mesmo. Da mesma forma que será especial para algum fã de Castle. Estou fazendo
isso pela minha causa que também é importante. Não é apenas isso. Eu podia
guardar essas lembranças, mas eu já tenho ao meu lado quem me fez
transforma-las em momentos especiaos, eu tenho o melhor símbolo de todos – e
mostrou a aliança sorrindo - e tenho você. Nathan foi tomado por emoções fortes, acabara de
receber uma declaração de amor de Stana, como resistir a isso? Ele a puxou
contra seu corpo envolvendo-a em um beijo intenso e apaixonado.
- Diante dessa declaração, como
não assinaria?
- Obrigada! Vou pedir isso a
você amanhã no set, para ficar casual tudo bem? – ele piscou para a esposa,
beijou-lhe a aliança. Com o gesto, ela tornou a sorver os lábios dele nos seus.
Aprofundando o contato e demonstrando através de ações o quanto o amava.
No dia seguinte, ela aproveitou
um momento que estavam na minicopa, ele, Seamus e Penny para trazer o assunto
do ingresso ao conhecimento dos demais. Com uma caneca de café nas mãos, ela
sentou-se ao lado de Nathan e começou uma conversa.
- Nathan, eu preciso te pedir
um favor? Sabe que eu estou fazendo um leilão para o meu projeto do ATP, certo?
Então, eu estava pensando se você não poderia me ajudar assinando algo para ser
oferecido.
- Stana, você realmente pensa
em leiloar uma foto de Nathan autografada? – Seamus parecia não apreciar a
ideia – quer dizer, nada contra certamente ajudaria a arrecadar dinheiro, mas e
quanto aos comentários?
- Quem disse que é uma foto
dele? – ela respondeu voltando sua atenção a ele novamente – estava pensando em
seu autografo sim, mas em outra coisa. Você se lembra do show do Duran Duran
que fomos em Nova York quando filmamos o piloto?
- Lembro, só que... não entendi
seu ponto.
- Você podia assinar o
ingresso.
- Você ainda tem aquele ingresso?
– ele falou parecendo surpreso a fim de tornar o ato crível.
- Sério, Stana? – Seamus também
estava surpreso.
- Tenho. Foi importante para
mim. Era o piloto de Castle e eu até já postei no twitter... então, você
assina?
- Claro! Por que não? Se minha
assinatura pode ajudar e fazer um fã feliz...
- Ótimo! Vou pegar em meu
trailer – ela saiu para pegar o pedaço de papel, o ato saira perfeito. Penny
que escutara a conversa, acabou soltando um comentário.
- Sim, acho interessante
guardar algo de um momento importante. Mas algo me diz que o piloto não é o
único motivo dela guardar isso por tanto tempo – ela olhou séria para Nathan,
deu um sorriso malicioso – tenho certeza que envolve você – Nathan engoliu em
seco permanecendo calado porque definitivamente não sabia o que dizer sem se
compromenter ou confirmar o comentário de Penny.
Ao fim de fevereiro, Stana
arrecadou 88 mil dólares no seu leilão, um ótimo valor para investir em seu
projeto. O que mais a surpreendeu foi o fato de fãs se juntarem para comprar a
blusa do teste e retornar para ela como um presente. Infelizmente, na agitação,
ela demorou a postar um agradecimento apropriado para os fãs. Faltando dois
dias para o fim do episodio, Nathan leu a nota que ela postara na internet,
inclusive pedia desculpas por demorar a responder. Sempre atenciosa, pensou.
Ele tinha muito orgulho de sua esposa. Ao final daquele dia, Dara os chamou na
sala dos escritores para conversar sobre o seu episódio.
- Tenho boas e não tão boas
novidades para vocês. O que querem ouvir primeiro?
- Tanto faz – disse Stana.
- Ok, a boa é que no meu episódio
você apenas trabalhará dois dias. Terá a semana toda de folga, Stana. A não tão
boa é que você deverá trabalhar muito para manter esse cronograma em estúdio.
Para o Nathan, só posso dizer sinto muito, passará cinco dias em locação. Minha
história é centrada em Castle e Alexis dentro de um avião cruzando o atlântico.
Sem folga para você, talvez tenha um lado positivo. Com sua esposa em casa, ela
pode lhe paparicar.
- Sério que você, a escritora
dos shippers fez um episódio sem qualquer momento Caskett? – Stana estava meio
surpresa com a atitude da amiga – será que vamos ter que destitui-la do posto
de fada madrinha? – ela sussurrava com medo que alguém entrasse na sala e os
surpreendessem.
- Relaxe, Stana. Não tem mais
ninguém aqui além da Kate que está na edição. Aliás, ela me pediu que se os
visse por aqui era para encontrarem com ela, queria a opinião de vocês numa
cena, não sei se era ADR...
- Deve ser a cena do chuveiro –
disse Nathan – para todos os efeitos, você não nos viu aqui. Estou louco para
ir para casa. Amanhã resolvemos isso.
- Certo – concordou Dara.
- Não enrole, Dara por que não
tem momentos de casal no seu episódio? – insistiu Stana.
- Quem disse que não tem?
- Você! Vamos até filmar
separados.
- A magia de Caskett acontece
mesmo quando eles estão separados por 39 mil pés de altura. Sério, eu não tenho
culpa se me deram um episódio de orçamento reduzido. Tive que bolar uma
história com o dinheiro disponível. Não podia me dar ao luxo de ter várias
locações ou alugueis de estúdios. Sinto muito. Chad teve mais sorte que eu no
seu solo. Aqui estão os scripts começamos na quinta focando em estúdio com
você, Stana. Nathan não precisará trabalhar o dia todo na quinta e sexta, mas
quero você por aqui para passarmos informações importantes para você e Molly.
Claro que levarei os dois à locação em San Fernando. Air Hollywood.
- Se isso é o que temos... –
disse Nathan.
- Sim, é o que temos.
- Boa noite, Dara.
- Boa noite, queridos.
Em casa, eles resolveram
conversar sobre a notícia inesperada de Dara. Eles não contavam com essa
mudança quase na reta final da temporada. Os seus contratos foram levados à
direção da ABC na segunda-feira com as propostas de cada um. Mesmo casados,
eles não chegaram a conversar sobre como endereçariam a renovação deles. Nathan
sabia que ela pediria por mais dinheiro porque era a oportunidade que tinha.
Ele a apoiava nisso. De resto, não conversaram. Era melhor deixar o assunto
caminhar entre seus agentes. No fundo, ele sabia que Stana tinha medo que
rejeitassem o seu contrato. Mas isso era assunto para depois, ainda tinha muita
água para rolar debaixo daquela ponte. O assunto aqui era outro.
- Então, você terá uma semana
de folga. Que sortuda!
- Não sei... quer dizer, eu
adoraria ter uma folga desde que fosse com você. Entendo que é um episódio com
baixo custo, mas é meio estranho. Não estou acostumada.
- Pense pelo lado positivo,
terá um tempo para si. E pode aproveitar o conselho de Dara e me paparicar....
– disse com um sorriso sincero.
- Essa parte você gostou, não?
Folgado! – deu um murro no braço dele – vou pensar no que fazer. Ainda terei
que trabalhar bastante antes disso.
Dois dias depois, Stana estava
correndo contra o tempo para completar suas cenas ao lado dos rapazes. Em um
dos pequenos intervalos que tiveram, ela checou o celular vendo uma ligação
perdida de sua irmã. Ela nem sabia que Gigi estava de volta a Los Angeles.
Decidiu retornar a ligação.
- Hey, sis! Finalmente!
- Estava gravando. Tudo bem,
Gigi? Pensei que estava viajando, a mãe comentou que você passaria o mês todo
fora.
- É quase isso. Tenho uns cinco
dias em LA e depois vou para Chicago. Uma convenção e uma apresentação de
projeto. Como vai meu cunhado preferido?
- Vai bem. Sabe, sis, eu estava
querendo conversar com você. Só nós duas. Acha que é possível?
- Problemas no paraíso? – Gigi
demonstrou preocupação na voz.
- Não, nada disso. Coisas de
mulher. Olha, eu vou ter a próxima semana de folga. Vai ser um episódio focado
em Castle e Alexis então, tenho tempo livre. Podemos nos encontrar? Um almoço
talvez? Preciso dar atenção para ele nesse meio tempo você pode imaginar, não?
- Claro! Mas está um pouco
complicado, sis. Tenho compromissos a semana toda e sei que não adianta sugerir
o final de semana porque ele é do cunhadinho. Hey! Acabei de ter uma ideia. Por
que não vem comigo para Chicago? Aproveita a folga, espairece um pouco de LA,
conversamos. Não será tão pesado assim. Quanto ao Nathan, você pode mima-lo até
quarta. Viajamos na quinta e já voltamos no domingo. Que tal?
- Não sei se será uma boa
oferta para ele...
- Se você pedir com jeitinho,
ele cede... ah, se cede!
- Você não presta Gigi!
- Olha quem fala!
- Tenho que ir. Eu falo com
você depois sobre a oferta. Mas pense um pouquinho em mim, quero mesmo
conversar.
- Ok, vou ver o que consigo
fazer. Um beijo pro meu cunhado – Stana desligou revirando os olhos.
Ela chegou depois da uma da
madrugada em casa. Cansaço não descrevia o que seu corpo sentia. Ia além disso.
Antes de subir as escadas, decidiu tomar uma taça de vinho, a bebida a
relaxaria. Ao ficar de frente para a geladeira, ela encontrou uma nota presa
com um dos magnéticos.
“Se estiver com fome, guardei
um pedaço de empadão para você. Tem uma cheesecake também. NF.
Ps.: quem está mimando quem
agora? ”
Ela riu. Só podia ser do Nathan
mesmo. Talvez um pouco do empadão não fosse uma má ideia. Será que ele estava
dormindo? Serviu-se da torta, da bebida e sentou-se no balcão americano para
comer. Deu algumas garfadas na torta pensando na sugestão de Gigi. Os reflexos
estavam alterados então ao alcançar seu copo, ela acabou por derruba-lo do
balcão. O vidro se espatifou no chão da cozinha.
- Droga! – agora ela teria que
limpar. Stana esfregou as duas mãos na cara, suspirou. Ao voltar a arrumar os
cabelos por trás da orelha para então limpar a sujeira, ela o viu na beira da
escada.
- O que aconteceu?
- Um pequeno desastre – ela se
deixou apoiar no balcão, ele se aproximou pegando um papel toalha, pegando os
pedaços maiores de vidro – obrigada pela torta, estava uma delicia. Acho que
precisava disso - ele jogou o resto no lixo. Jogou um outro pano para sugar o
vinho. Abraçou-a pela cintura.
- Você está cansada... por que
não sobe, deita-se. Precisa relaxar, amor – beijou-lhe o ombro – deixa que eu
arrumo isso aqui.
- Estou mesmo cansada – ela se
libertou dos braços dele, beijou-lhe a bochecha e subiu as escadas.
Quando Nathan a encontrou no
quarto, ela já estava de pijamas escovando os dentes. Sorriu e enfiou-se
debaixo das cobertas. Ela se juntou a ele logo depois. Colando seu corpo no
dele, Stana esperou que ele a envolvesse em seus braços, o que foi seu próximo
movimento. Beijou-lhe o pescoço.
- Relaxe e descanse, Stana.
Amanhã é sábado. Não temos que acordar cedo.
- Não, graças a Deus. Gigi
ligou, mandou um beijo para você. Está em Los Angeles por uns dias apenas, está
indo para Chicago.
- Ela está uma verdadeira
viajante.
- É, ela me convidou para
acompanha-la. Faz um tempo que não faço uma viagem com ela.
- A última foi a do Havaí.
- Sim, mas essa não conta. Você
estava lá. Estou falando de somente eu e ela. Seria bom ir a Chicago. Mas, eu
não quero deixa-lo sozinho. De certa forma, não sei se teremos tempo para
aproveitar essa minha folga, eu não sei...
- Durma, Stana. Amanhã pensamos
sobre isso.
Durante o fim de semana, ele
acabou concordando em que ela fosse viajar com a irmã. Stana não aguentava de
felicidade. Nos dias que ele trabalhava, ela se esmerou. Fez um jantar especial
numa noite, arrumou a cama e vestiu uma lingerie especialmente para recebê-lo e
não faltou motivo para fazer amor. Nathan estava adorando a atenção que recebia
naqueles três dias. Claro que Stana não pensara apenas no seu marido. Ligou para
a cunhada e em um dos dias que Nathan ficaria além das oito no trabalho, pegou
a sobrinha para um passeio de bicicleta no parque com direito a sorvete. Logicamente,
a menina perguntou pelo tio. Explicou para Anne que estava de folga, porém
Nathan estava trabalhando.
- Como assim, tia? Castle não pode
ficar sem a Beckett.
- Ele não está sem ela. Castle
está viajando com a filha e pediu a ajuda da Beckett para desvendar um crime no
avião. Só que eu já fiz a minha parte.
- Ah... e o que mais vai fazer
na sua folga, tia?
- Vou viajar com a tia Gigi. Vamos
para Chicago.
- Poxa, Anne queria ir para
Chicago, não é mentira. Anne quer viajar com a tia e o tio.
- Sério? – a menina balançou a cabeça
afirmando - Mesmo difícil, quem sabe um dia.
Ela viajaria na madrugada de
quinta. O evento de Gigi era à noite, sexta também, porém a irmã garantiu a ela
que apenas precisava de uma volta rápida no local. Depois elas sairiam para
jantar, uma boa comida italiana e podiam conversar tudo o que Stana quisesse.
Diante da possibilidade de
finalmente expor para a irmã o que vinha rondando sua mente nos últimos tempos,
ela ficou nervosa. Quer dizer, era um assunto delicado e por mais que Gigi
fosse sua melhor amiga, como ela poderia aconselha-la sobre algo que não
conhecia? Não, brigava consigo mesmo. Não era o momento de se acovardar. Viera
até ali, pediu uma conversa, teria que ir até o final.
A visita à exposição foi
excelente. Um mundo bem diferente do qual Stana estava acostumada. Excelente
diversão, pensou. Por volta das seis chegaram ao hotel. Gigi tagarelava sobre
seu projeto e os chefões que se renderam ao que ela apresentara. Ambas tomaram
banho, trocaram de roupa e pegaram o metro para ir ao restaurante. Uma cantina
italiana bem típica, com música, muita conversa e barulho. Por um momento,
Stana pensou que o local não era o ideal para o que ela pretendia discutir com
a irmã. Mas Gigi pensara em tudo.
Pediu uma mesa no salão
reservado. Quem diria que um lugar tão tradicional tinha um espaço assim. Gigi
explicou.
- Essa cantina tem mais de cem
anos. No passado, era usada para grandes negociações da máfia. Essa sala era
usada em reuniões secretas. Bem bacana, não? Eu imaginei que a conversa podia
tomar um rumo muito intimo para ficarmos no salão principal. Confesso que estou
curiosa, sis, mas também morta de fome então pediremos a comida primeiro. Quer
vinho? O que eles servem como o da casa é delicioso e vou pedir uns antepastos
com fuschia.
- Você manda, não conheço o
lugar.
- Ótimo! – ela explicou para o
garçon o que queriam. Ela continuou contando as curiosidades do lugar para a
irmã, pois sabia que Stana se ligava nesse tipo de informação cultural. Esse
era um dos lugares secretos que nem mesmo ela descobrira ao morar naquela
cidade. Feito que Gigi ostentava com orgulho. Adorava surpreender a irmã. Elas
já estavam comendo os antepastos quando Gigi pediu o jantar para as duas.
- Esse vinho é realmente muito
bom.
- Eu sei. Agora que já estamos
a meio caminho do jantar, que assunto aflinge a minha irmãzinha a ponto de
querer conversar comigo e não com o seu amado marido? Achei bem estranho, sis.
- É por que o assunto é um
pouco complicado e delicado. Envolve um lado emocional que Nathan talvez não
entenda em sua totalidade. Eu nem sei se você pode me ajudar, talvez não. Mas a
vontade de colocar para fora, dividir com mais alguém. E só quem sabe de nós é
você e Dara. Escolhi você, Gigi.
- Tudo bem, você está me enrolando
e estou ficando nervosa. Fala de uma vez, Stana!
- Você terá que ter calma. Não
é assunto para simplesmente jogar ao léu sobre a mesa – ela respirou fundo
antes de começar - Algum tempo atrás, um pouco depois do
casasmento, eu peguei nossa sobrinha para passar um final de semana conosco,
havia acontecido algo na escola e não estava bem, Marcus pediu minha ajuda. Nós
estávamos com Anne nos divertindo quando eu a abordei e um assunto surgiu.
Filhos – Gigi ergueu as sobrancelhas, mas não disse nada – ela chegou a pensar
que se eu e Nathan tivéssemos filhos não íamos querer tê-la por perto. Ficou
mal com isso. Eu tive que explicar que não era tão simples assim e convencê-la.
Só que ao fazer isso, abri a discussão com Nathan. Exceto que não sabia o que
dizer realmente.
- Filhos, hum... é um grande
passo. E no que deu a conversa?
- A primeira eu fiz o possível para
evita-la. Claro que ele queria saber se eu pensava em ter um bebê, pois disse a
Anne que era complicado nesse meio em que trabalho, Nathan não comprou a minha
desculpa. Consegui empurrar a conversa até outra hora. Quando finalmente
conversamos, eu falei do meu receio, não é que eu não tenha vontade de ser mãe,
eu tenho. A nossa situação é complicada. Quer dizer, nem nossos pais sabem que
estamos juntos.
- Mas desconfiam. Dona Rada não
é boba, Stana. Ela já andou me sondando. Lógico que desviei a atenção dela. Isso
não é relevante agora. Continue. Como Nathan reagiu a sua resposta?
- Incrivelmente bem. Deixou
claro que quer ter um bebê ou vários. Porém, ele deixou claro que a decisão era
minha, não ia me apressar quanto a isso. Sabia que eu precisava assimilar o
significado disso e estar pronta.
- Um cavalheiro como sempre.
Isso está incomodando você? Estar sobre a pressão de ser a pessoa da relação
que irá decidir sobre filhos? Nathan não é tão novo assim, você deve estar com
seu relógio biológico dando sinais de vida ou você... Stana, você chegou à
conclusão que não quer crianças?
- Gigi, ainda não terminei de contar
a história...
- Oh! – Gigi mordiscou o lábio
da mesma forma que a irmã fazia, será que... fez sinal para que continuasse.
- Outra vez, eu decidi tocar no
assunto para que não ficasse um mal entendido entre nós. Porque na última
conversa fiquei com essa impressão, mais uma vez ele foi perfeito. Então, Anne
atacou de novo, aquela menina tem o dom de me colocar em saia justa.
- Ela é uma Katic, sabe bem
como conseguir o que quer.
- Dessa vez, não foi só a
colocação de Anne. Eu já vinha observando o jeito do Nate com crianças,
especialmente com ela. O pensamento não sai da minha cabeça. Até sonhei com
isso. Vejo o jeito que ele trata e cuida da minha, nossa sobrinha e me derreto.
Ele será um pai maravilhoso.
- Então, você está considerando
ter filhos? Está se sentindo pronta para ser mãe.
- Acredito que pronta nós nunca
estamos. Há uma parte de nós que sonha com um bebê nos braços, mas temos medo.
Eu estou perdendo esse medo e visualizando as cenas dos momentos dele com Anne,
parece que algo mudou aqui dentro – ela leva a mão para o coração, Gigi percebe
que ela está emocionada.
- Então, se está se sentindo
assim, se ele quer, por que não dão o próximo passo? Ou... Stana, você está
grávida?
- Não! Eu não estou. É
complicado, Gigi. Nossa vida é complicada. Eu preciso encontrar um equilíbrio.
Nosso trabalho é muito puxado, exige demais. Como irei engravidar e criar uma
criança? Minhas horas são as piores possíveis!
- Stana, você não é a única
atriz de Hollywood a enfrentar isso. Muitas já fizeram. Qual é o real problema
aqui?
- O futuro.
- Esse é o seu futuro, não? –
perguntou Gigi sem entender o que a irmã queria dizer realmente.
- O futuro do trabalho, Gigi. Eu
ainda não sei como ficará o show. Eu e Nate precisamos renegociar um novo
contrato. Na verdade, já começou. Minha agente levou a proposta para a ABC.
Pedi aumento de salário e redução de horas. Mesmo assim, é difícil considerar
uma gravidez.
- Você não conversou com o Nathan
sobre isso? – ela viu a irmã enrubescer mordendo os lábios – você não
falou...Stana, ele é seu marido. Deviam conversar sobre o trabalho
especialmente porque afeta aos dois. Não acredito que você escondeu suas
escolhas, dúvidas dele. Tem algo que você não está me contando?
- Eu... – ela passou a mão nos
cabelos – eu não sei... não sei se quero continuar. O que existe mais para Kate
Beckett? Agora que ela resolveu o assassinato da mãe, parece que não há grandes
mistérios. Qual o próximo passo? Sei que disse a ele que me desapegar da
personagem seria bem difícil, eu a adoro! – percebeu que a irmã ficara chocada
– eles viraram um casalzinho que trabalha solucionando casos e tem a vida
domestica juntos? Ou ainda há obstáculos? Um grande mistério?
- Não, Stana. Kate Beckett é
uma personagem tão rica, tão forte. É claro que os escritores tem várias ideias
para desenvolver para ela. O lado doméstico é tão prazeroso. Dá gosto de ver
vocês dois na tela.
- Sim, não me leve a mal. Eu
amo esses momentos. São os instantes que eu e Nathan podemos agir como
realmente quem somos, marido e mulher. Eles vem abordando carreira e filhos.
Isso me deixa apreensiva. Não posso engravidar sem saber o futuro. Se tivesse
que escolher preferia ter bebê depois do final de Castle. Podia tirar um tempo
apenas para isso. Dedicação total.
- Certamente é o melhor
caminho. Nathan deixou a decisão de filhos em suas mãos, mas e quanto ao show?
Você não foi honesta com ele em relação ao trabalho. E se ele assinar e você
não? Como acha que ele irá se sentir? É uma forma de traição, não?
- Nós concordamos que não
falaríamos sobre as negociações dentro de casa. Mesmo porque para o resto do
mundo não estamos juntos, que dirá casados. E também não sei como será essa
primeira rodada, quando eu tiver uma resposta mais concreta de como a emissora
recebeu as minhas novas exigências, eu conversarei com ele.
- Eu quero que saiba que Castle
não existe sem Beckett.
- Você acha que eu não sei
disso? Não acontecerá nada, a ABC aceitará minha proposta e pronto.
- E quanto ao outro assunto? A
gravidez?
- Gigi, você acha que estou
sendo egoísta ao querer adiar esse momento das nossas vidas? Ao querer ser
cautelosa para podemos aproveitar ao máximo o que estará por vir? Ambos
queremos construir uma família...
- Eu diria que egoísta é uma
palavra muito forte. Conheço você para saber que a intenção é a melhor possível.
Contudo, não é porque Nathan deu o direito de decidir a você que pode priva-lo
da discussão. O que ele fez foi dar um tempo para que a ideia de ser mãe a
tocasse. Isso já aconteceu. Não tenho dúvidas. O seu dilema é o tempo. Quando
terão esse bebê? Isso é uma conversa a dois. Não pode negar a ele uma palavra
nessa escolha.
- E você acha que não sei
disso? O meu problema é quando. Eu não sei quando será o melhor momento.
- Isso, seu coração que irá
dizer, Stana. Quando o momento chegar, você terá a conversa mais franca e mais
bonita com seu marido e sabe por que? Vocês pertencem um ao outro e medo não
cabe nessa relação, somente amor.
- Ah, Gigi... eu sabia que
conversar com você era o mais certo a fazer. Obrigada – ela suspirou, os olhos
mareados – ele nunca duvidou de que eu seria uma ótima mãe, como ele pode saber
se nem eu tenho essa confiança toda em mim?
- Porque ele te conhece. Ele vê
aquilo que você mesma se nega a enxergar.
- Eu sinto falta dele.
Demais... – um sorriso sincero surgiu nos lábios de Stana, a lágrima descia
pelo rosto.
- Está achando que vir comigo
nessa viagem foi um erro, não?
- Não, Gigi. Eu precisava dessa
conversa, precisava de você – estendeu a mão para toca-la.
- Tá bom, tá bom – Gigi se
levantou e abraçou-a apertado – já bebemos, já comemos e estamos ficando
sentimentais. Definitivamente é hora de pedir a conta e seguir para o hotel.
Amanhã iremos fazer compras.
- Sim, eu preciso providenciar
o presente de aniversário do Nate.
- E só mais um pouco de paparico
para o cunhadinho – nesse instante, o celular dela tocou. Era o próprio –
falando na figura...
- Hey, babe...
- Staninha, que saudade! Está
tudo bem, amor? – ele notou a emoção na voz dela.
- Está sim, estamos jantando.
Italiano.
- O que significa que tem vinho
envolvido...hum, isso me dá uma ideia. Lembra de quando você estava na Itália?
Nossa conversa apeiitosa e estimulante no telefone? Que tal repetir a dose,
Staninha? Estou saindo do trabalho, encerramos as cenas da locação. Eu
realmente gostaria de um tempo com você.
- Nate, você sabe que não estou
sozinha...
- Mande a Gigi ir para uma
festa, ganhar mundo na noite de Chicago. Eu quero uma ligação em facetime pelo
menos.
- Isso eu posso fazer. Pode me
ligar daqui a uns trinta minutos?
- Mal posso esperar. Um beijo,
amor – ela desligou rindo.
- Pedi a conta. E para sua
informação, eu irei sair. Marquei com uns colegas para festejar o projeto numa
boate. Não falei nada antes porque não sabia se ia. Tudo dependeria da sua
conversa. Sei que ficará bem. Não se preocupe comigo. Aproveite para curtir seu
maridinho.
Minutos depois elas deixam o
restaurante de volta ao hotel. Gigi se arruma bem depressa enquanto Stana
espera para usar o banheiro. Um bom banho seria o ideal para encerrar o dia antes
de conversar com o seu marido. Passando o batom em frente ao espelho, Gigi se
despediu da irmã.
- Vou indo. Juízo vocês dois.
Sei que vão aprontar. Não quero o hotel reclamando depois, viu Stana?
- Gigi! Que horror! – ela deu
um beijo na irmã – divirta-se!
- Obrigada e comporte-se! –
Stana revirou os olhos assim que a porta fechou a sua frente. Dirigiu-se ao
banheiro.
Ela já estava na cama quando
Nathan ligou. Acionou o facetime. Ver o rosto dele sorrindo para ela, encheu
seu coração de amor fazendo-o acelerar.
- Hey, babe... adivinha? Estou
sozinha...
- Sério? Você não está
brincando comigo? Provocando?
- Não, estou mesmo sozinha.
Gigi foi para uma festa.
- Que maravilha! Lembre-me de
comprar um presente para minha cunhada depois, ela merece – Stana riu.
- Como você é bobo!
- Como vai Chicago?
-
Não mudou muito e ao contrário do grande Blue Eyes, Chicago is not my kind of
town...
- Que bonitinha!
- E o trabalho? Está muito
cansado?
- Não, esse último dia de
filmagens foi até tranquilo. Pior para Molly. Mas não vou mentir, bem que
gostaria de uma massagem. Você podia estar aqui.
- Eu sei, amor. Nós dois
concordamos com a viagem, também estou sentindo muito sua falta especialmente
para passear, aproveitar os lugares e você iria adorar esse restaurante que
fomos hoje. Se está tão dolorido assim, que tal imaginar uma massagem?
- Isso seria muito bom,
Staninha...
- Tudo bem, primeiro eu me
sento atrás de você na cama com minhas pernas afastadas envolvendo as suas. O
poder da massagem está nas mãos. Com o toque certo, fazem maravilhas. Sinta as
palmas das minhas mãos acariciando levemente seus ombros. A ponta dos dedos
deslizam sobre a nuca quase como uma dança. Deslizo pelos ombros, aperto seus
músculos, bíceps fortes e apetitosos para os meus dentes. Pode senti-los
mordiscando sua pele? – ouviu um suspiro de prazer.
- Sim, o que mais? – a voz dele
já um pouco mais grossa devido à tentação.
- Minhas mãos escorregam agora
por suas costas, os dedos pressionando os músculos. Tocando uma a uma suas
costelas, não me contento com essa distância então inclino meu corpo sobre o
seu. Não estou usando nada. O encontro é de pele contra pele. Quente, sua pele
é quente em contraste com a minha fria. Sinto um arrepio na espinha. Mordisco o
seu ombro. Preciso desesperadamente beija-lo. Você percebe o quanto mexe
comigo, Nate? Estou te beijando, minha língua desliza vagarosamente pelos seus
lábios até o instante de adentrar sua boca – o fôlego começa a mudar, a voz se
altera, mas ela continua – uma das minhas mãos tateia em busca de seu membro. Eu
preciso saber, necessito saber se eu tenho esse efeito em você, o poder de me
deixar excitada, em ponto de ebulição querendo seu toque, seus beijos, seu
cheiro... você tem ideia, consegue ver, Nate? – a última frase sai uma mistura
de sussurro e rouquidão.
- Apenas pare, Stana... por
favor, pare... – era quase um lamento. Ele podia ver o desejo refletido nos
olhos amendoados. Tinham um tom de verde agora e as pupilas denunciavam o
quanto ela estava excitada, mordia o lábio olhando fixamente em seus olhos
azuis. Respirando fundo, ele sorriu. E foi surpreendido uma vez mais.
- Eu te amo, Nathan... o que
quer que aconteça, eu apenas amo você – um silêncio de trinta segundos se
estabeleceu entre os dois mantendo o sorriso vivo.
- O que aconteceu com a
conversa sexy? Sentimental, amor? – ela gargalhou do jeito que ele mais amava.
- Você é um bobo mesmo, meu
bobo. Sabe que esse lance de sexo por telefone é um pouco frustrante e vulgar, não?
- Eu diria que essa é a melhor opção
que temos no momento. E Staninha, você nunca seria vulgar, isso é impossível...
- Quer tentar mais uma vez,
Nate? – ela mordia o indicador entre os dentes. Como resistir?
- Vá em frente...
XXXXXXX
Compras. Stana tinha um
objetivo específico para aquela manhã de sábado em Chicago. O presente de
aniversário de Nathan. Era quase um projeto, segundo o comentário de Gigi. Contatara
um conhecido em Los Angeles para fazer o que ela imaginara, porém no instante
que soube da viagem a Chicago, estava certa de que conseguiria seu objetivo
ainda mais fácil. Tudo que precisara foi encontrar o atelier de um colega do
ensino médio que era artista plástico. O projeto saira do papel e Gigi já afirmava
que a irmã marcaria um home run com a escolha do presente. Nathan ficaria
babando.
Quando Stana chegou em casa no
domingo, jogou-se com todas as forças nos braços de Nathan. Um beijo intenso
exatamente como ela descrevera durante a conversa deles foi protagonizado
deixando-o um pouco zonzo ao se separarem.
- Isso tudo era saudades? – ela
riu – eu estava muito solitário sem você, amor. Nenhum videogame no mundo pode
substitui-la.
- Bom saber disso – ela brincava
com os botões da camisa dele. Desfazendo alguns deles. A ponta dos dedos
acariciavam o peito dele, fazendo pequenos círculos. Seu nariz se acomodara na
dobra do pescoço de Nathan, inalando o cheiro de loção pós-barba e suor,
tipicamente masculino. Amava aquilo – Nate?
- Hum... – ele resmungou
acariciando as costas dela bem devagar.
- O que você acha de colocarmos
em prática aquela conversa por telefone? – ele se distanciou um pouco do corpo
de Stana somente para fita-la.
- Pensei que não ia sugerir... –
beijou-a e saindo puxando o braço de Stana como pressa, como alguém que acabara
de achar uma garrafa d’água no deserto.
Continua.....
2 comentários:
Oh" Quero que eles tenham o bebê, quero que a D. Rada flagre os dois. Mas, já sinto um gosto de final. Vai depender do que teremos de novidades da ABC,na próxima semana?
Não quero que acabe, nem a série, nem a fic.
Que cap. Incrível!!!!
Decisões e decisões,ainda bem que a Gigi entrou em cena,nada como um momento entre irmãs para por as coisas nos eixos. Como disse antes,fico imaginando o Baby deles ♡_♡
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