sexta-feira, 15 de maio de 2015

[Stanathan] Kiss and Don't Tell - Cap.45


Nota da Autora: E a fic voltou! Depois de uma turbulência que mexeu com nossos corações, decidi que o lado alternativo e o mundo do faz de conta ainda podem ser um bom lugar para proporcionar emoções e contar boas histórias. Esse capítulo aparece com uma pitada de alegria, romance, sedução e que tal um toque de ciumes?! 
Dedicado a todas as minhas leitoras Stanathans por aí, lembrem-se: Don't dream it's over! O show tem que continuar. 

PS.: Não contém NC17, apenas insinuações. E sobre a música, escutem, nunca é demais. 

Sway - Michael Bublé - https://www.youtube.com/watch?v=u-tmTlTPYi0 


Cap.45             


Durante a noite enquanto jantavam, Nathan comentou que o novo episódio começaria a ser filmado na terça. Havia ajustes a serem feitos em duas cenas e uma ADR. Terence tinha comentado com ele que entregaria o script de Stana na segunda, porém disse que se quisesse ler o dele, não tinha problema, estava na cabeceira da cama.

- E você não vai comentar a viagem? Quer dizer sei que estava com saudades de mim, mas passar um tempo com Gigi deve ter suas vantagens.

- Sim, ela é Gigi. Louca e divertida. Estava radiante com a aprovação do seu projeto.

- Que bom – enquanto metia uma nova garfada na boca, ele pensava em como aborda-la sobre o outro assunto. Não deveria ser tão difícil - Podemos falar sobre outro assunto? Essa semana que você viajou, Michelle veio me perguntar se eu iria comemorar meu aniversario.

- Sim, é sexta. O que você tem em mente? Teremos nosso tempo juntos, não? Nossa própria comemoração a dois.

- Claro, na verdade, o que quero saber é se você está de acordo em organizar uma festa. Você será minha convidada. Terei que fazer uma lista de convidados.

- Você pretende convidar muita gente? Fazer uma festa de arromba? – perguntou Stana já preocupada.

- Não. Minha lista teria no máximo cinquenta, sessenta convidados e não faria em casa justamente para não tirar nossa privacidade.

- Você já pensou no local?

- Michelle mostrou três locais. Quero que me ajude a decidir, confio mais na sua opinião. Pensei em fazer no sábado. Você não terá que se preocupar com nada. Deixa que a Michelle arruma tudo.

- Ok, posso ajuda-lo a escolher o local, mas a sexta é minha incluindo a manhã de sábado.

- Tudo bem – eles terminaram de jantar, limparam a cozinha e subiram para o quarto. Ainda pensativa pela história do aniversário, Stana queria entender se havia possibilidade dele convidar pessoas indesejáveis. Não sabia como se dirigir a ele sem parecer ciumenta. Lembrou-se de Gigi e resolveu usar a tática infalível, como ela mesma dizia.

Já na cama, Nathan tinha seu ipad nas mãos. Stana demorou-se um pouco no banheiro. Tomou um banho, passou hidratante na pele e uma colônia de essência de cerejas. Em vez do pijama, ela optou por colocar apenas uma camiseta de alcinhas e a calcinha minúscula. Sabia que sua estratégia podia ser interpretada de outra maneira, mas ia seguir assim mesmo. Quando ela deitou-se na cama ao lado dele, Nathan logo percebeu o aroma delicioso que emanava da pele dela. Também sentiu as pernas lisas dela enroscando-se nas dele. Provocando.

- O que você está fazendo, babe? – ela deixou a mão brincar fazendo círculos sobre a camisa do pijama. Os lábios mordiscavam o lóbulo da orelha.  

- Estou listando os convidados para a festa. Como o número é reduzido, vou ter que deixar algumas pessoas de fora. Quer ver? Basicamente listei por enquanto apenas as pessoas do nosso convívio. Já deu quase metade. Quero chamar o pessoal de Firefly, Gina, Wheldon, Alan, Adam, você sabe. Tem alguém que deveria ou não deveria estar nessa lista? – os lábios dela se se perdiam no pescoço dele, mordiscava o lóbulo da orelha, roçava muito seus dentes na pele. Estava adorando fazer isso, especialmente quando viu Nathan largar o ipad sobre o estomago ao gemer por conta das caricias dela.

- Não me importo com o pessoal de Firefly... – ela deslizou a mão pra a beira do short de Nathan, vencendo o obstáculo do elástico, ao sentir o que ela fazia, ele gemeu. Podia continuar, então - mas você vai me prometer não convidar quem eu disser?

- Dependendo de quem... – ela apertou o membro novamente, fazendo-o gemer – Deus!

- Dependendo? Não, Nate não é assim que funciona. Eu estou falando de algo que você fazia muito antes, tem fama de manter amizades com suas ex-namoradas.

- Ah! Então é esse o problema. Ciúmes.

- Não é ciúmes, mas se eu não posso representar o papel de esposa, nada mais justo que suas exs não apareçam querendo fazer gracinhas. Especialmente você sabe quem.

- Oh, Stana! Isso é passado. Somente você me interessa – ele viu a carinha manhosa que fazia – tudo bem, nada de ex-namoradas.

- E nem, aquelas que se acham especiais. Já chegam se entitulando dona.

- Krista? É claro que não! – Nathan disse – e quem você vai levar? Não pretende trazer nenhum homem a tiracolo, certo?

- Minha acompanhante será a Gigi.

- Ótimo. Prometo, sem inconvenientes e exs. Quer ver os lugares que Michelle sugeriu? Gostaria de amanhã já dizer para ela o que quero.

- Pode mostrar – eles ficaram conversando sobre os prós e contras de cada local até que concordaram com um deles. Antes de dormir, ela ainda leu parte do roteiro do próximo episódio e sorrateiramente induziu seu marido a fazer amor com ela.

No dia seguinte, todos pareciam felizes com a volta de Stana. Enquanto matava as sauades de seus companheiros de elenco e de bastidores, Nathan seguiu para o estúdio de som trabalhar em ajustes. Terence a chamou para entregar-lhe o script e conversar sobre o cronograma do episódio. Explicou que as cenas filmadas com os convidados especiais iriam ocorrer na segunda semana apenas. Agora eles focariam em cenas do loft e do distrito.

Como uma eterna shipper, Stana procurava sempre por cenas onde sua interação com Nathan fosse maior ou rendesse momentos fofos entre os dois, sejam beijos, abraços, toques. Qualquer coisa que destacasse o casal. Dessa vez, não encontrou nada realmente interessante, o que estranhou. Esse era o episodio de número 150, deveria ser especial. Tudo bem que a menção ao lance do colete do escritor, os saltos dela, a menina que queria lhe imitar a todo o custo, ela não via nada mais que representasse o casal.

Queria colocar sua opinião para Terence. Sem dúvida adorou o destaque dado à personagem de Susan.

- Terence, adorei essas cenas de Susan. Acho que vai ser uma boa interação familiar, quer dizer, é a primeira vez que Beckett presencia isso entre os Castles. Não tem algum momento fofo de casal?

- Calma, você não tem o script completo em suas mãos somente as cenas a serem filmadas essa semana. Acho que vai gostar das situações que vão se desenrolar entre Castle e Beckett, os diálogos. Você irá gostar, Stana. E a participação da Carly só irá melhorar isso.

- Carly? Que Carly?

- Ah, esqueci que você não estava aqui na semana passada. Carly Rae Jepsen fará uma participação nesse episódio.

- Ah, como a parte musical do tal programa que imita o SNL. Muito bom! Lembro daquele episódio que Castle pega um celular e o toque é a musica dela. Call me maybe... agora fiquei curiosa.

- Você tem que esperar... vamos falar um pouco das suas cenas – eles entraram em uma conversa animada sobre as dicas e o que ele queria dela nesse episódio. Nathan continuava fazendo os ajustes do último com a companhia de Dara, a escritora fazia questão de supervisionar tudo o que acontecia.

Quando deram uma parada para almoçar, Nathan comunicou que já havia adiantado as coisas com Michelle. Ela arrumaria toda a festa e eles não precisariam se preocupar com nada. Aproveitou o intervalo para fazer o convite àqueles que pretendia chamar para sua festa. Atores, escritores, produtores, alguns membros da equipe de apoio. Quando convidou Stana fez uma espécie de convite coletivo. Estavam todos na minicopa, ela, Seamus, Penny e Jon conversando.

- Já que estamos todos aqui, quero fazer um convite a vocês. Sábado irei comemorar meu aniversario em um restaurante de Los Angeles. Conto com a presença de todos, viu Stana? Seamus nem preciso lembra-lo que é extensivo a Juliana. Michelle passara os dados de local e hora.

- Podemos imaginar que vai ser uma daquelas festas de arromba com muita gente, bebida à vontade sem hora para acabar? – perguntou Jon – uma festa digna de Nathan Fillion?

- Não totalmente, dessa vez a festa será mais reservada. São apenas cinquenta convidados e nada de estravagâncias, sinto muito por decepciona-lo, Jon.

- Hum, Nathan, o que deu em você? Bom comportamento? – brincou Penny – não ligue para a frustração do Jon, é uma festa e você é o melhor anfitrião que eu conheço. Pode contar comigo no sábado.

- Obrigado, Penny. E eu realmente peço que confirmem sua ida e de seu acompanhante. Espero todos vocês lá. Os convidados foram escolhidos a dedo.

Durante o resto da semana, as gravações fluíram naturalmente. Stana e Nathan se divertiram bastante filmando na companhia de Susan. A atriz, sempre animada, acabara proporcionando grandes lições de atuação. Conselhos, risos e a brincadeira íntima que a frase “Is He dead?” acabou marcando bem aquele que era o 150º da série.

Na sexta-feira, todos no estúdio queriam parabenizar Nathan. Ele recebera presentes, chocolates, abraços, beijos. Ao final da tarde, Dara reunira o pessoal na sala dos escritores. Ela e Stana haviam encomendado um bolo enorme de chocolate. Cantaram parabéns e saborearam o doce. Todos os companheiros de elenco abraçaram-no, ganhou beijo na boca de Penny, apertos de mãos e brincadeiras de Jon e Seamus. Stana foi a última que o cumprimentou com ares de co-star e bons amigos.

- Hey, Nathan! Parabéns! – ela disse depois de abrir os braços sorrindo para recebê-lo. Ao sentir os braços de Stana em seu pescoço e deslizando pelas costas, Nathan retribuiu o abraço e suspirou. Tudo que queria era poder beija-la, afinal era sua esposa. Sentiu o nariz dela em seu cangote para então ter os lábios pressionados em seu rosto.  No fundo, não queriam se largar.

- Hey, está bom vocês dois. Isso não é uma cena de Castle e Beckett – disse Terri.  

- Deixa de ser estraga prazer, Terri! – retrucou Penny obrigando aos dois se separarem, Stana tentando esconder um pouco da vergonha que já transparecia em seu rosto. Para disfarçar, correu para pegar um pedaço de bolo. Dara acabou distraindo os presentes para que não ficasse uma situação constrangedora.

As risadas enchiam a sala com as histórias e implicâncias deles. Um momento agradável. Claro que nada superasse a manhã de Nathan.

Stana o acordou às seis da manhã com carícias e beijos. Enroscada em suas pernas, ela começou enchendo-o de carinhos que rapidamente culminaram em desejo intenso. Após o ato de amar matinal, ela trouxe o café na cama para eles. Era muito bom receber esses mimos de uma mulher tão maravilhosa, sua mulher.

- Feliz aniversário, babe... – o beijo extremamente apaixonado e sensual, o dia estava apenas começando.

- Obrigado, gorgeous. Adorei ser acordado assim, você sabe que eu te amo, não?

- Claro.

- Então, cadê o meu presente? – ela riu, seu menino não tinha jeito.

- Só à noite... você pode esperar um pouquinho, Nate.

- Vai me deixar na curiosidade? – a cara manhosa fazia Stana suspirar.

- Você trate de tirar essa carinha de cachorro pidão que não vou recuar, mais tarde a gente conversa.

Por esse motivo, Nathan não via a hora de estar em casa, sozinho com sua esposa. Claro que não era apenas pelo presente, ele não via a hora de estar com ela em seus braços. Stana saiu primeiro dessa vez com a ajuda de Dara para prendê-lo um pouco mais no estúdio. Ela tomou seu banho, arrumou-se, checou o jantar, o vinho. Sabendo que não teria tempo para se dedicar como gostaria em ela mesma preparar o jantar, ela pediu ajuda a irmã para conseguir um belo lombo de porco que estava assando nesse exato momento. Um purê de maçãs e uma salada completavam o cardápio. De sobremesa, uma torta floresta negra diferente, feita com brownies.

Quando Nathan chegou em casa, ele encontrou a mesa posta, velas e uma música ambiente. Stana sentada no sofá usava um vestido preto básico curto. Os saltos sempre agulha destacavam os pés e ajudavam-na a ficar quase na altura de Nathan.

- Hey, gorgeous....- deu um selinho nela – você travou o meu celular. Ou melhor, você travou meu twitter de tanta notificação, eu simplesmente não consegui ler metade delas – ela riu – sério! Mal li o que você escreveu. Por que não me avisou que ia fazer isso? Sabe o que acontece...

- E estragar a surpresa? Não mesmo – ela pegou seu celular e mostrou o que escrevera para ele, o sorriso maroto e apaixonado surgiu na frente dela, ele estava encantado – você gostou...

- A Beckett do seu Castle... isso é tão você, Staninha – Nathan inclinou-se para beija-la – não é à toa que o twitter está uma loucura. Você está cheirosa.  Dá tempo de tomar um banho antes de comemorarmos?

- Claro que sim. Eu espero – vinte minutos depois, Nathan retorna vestindo uma calça social e uma camisa de manga comprida, os primeiros botões abertos para mexer com a imaginação dela. Stana acabara de checar o forno. Estava pronto para jantarem. Ele se aproxima dela, puxando-a pela cintura colando seus lábios de maneira urgente nos dela. Entrando no clima de caricias, envolveu o pescoço dele aprofundando o contato gemendo na boca de Nathan. Ao se afastar, sorriu.

- Agora sim, esse era o cumprimento que queria ter recebido naquela sala, Stana.

- Eu realmente aprovo. Quer beber um pouco antes de jantar? Coloquei um daqueles vinhos gostosos e excitantes.

- Mesmo? Então, o que estamos esperando? Fique aqui porque se tem algo que adoro fazer é servi-la, especialmente esse vinho e depois da surprea gostosa de hoje de manhã – ele se dirigiu para a geladeira, abriu o vinho e veio ao encontro dela com a taça. Brindaram e beberam juntos a primeira dose.

- Como você se sente hoje, babe?

- Feliz, extremamente feliz. Tenho tudo o que quero, especialmente uma mulher maravilhosa como você.

- Isso é muito bom, porque é bem difícil escolher presente de aniversário para você, o que Nathan Fillion não tem? Missão quase impossível!

- Oh, Staninha... eu sei que falei de presentes hoje de manhã, mas a verdade é que não me preocupo com isso. Como disse, tenho tudo que quero. Você e um jantar com direito à sobremesa é suficiente para mim. Teremos sobremesa, certo?

- Está falando metaforicamente? – ela gargalhou diante da cara safada dele – teremos a real e a imaginária, Nate. Vamos jantar não quero que esse vinho faça efeito antes do tempo. Ela seguiu para a cozinha trazendo o lombo e os demais acompanhamentos. Nathan acendeu as velas a pedido dela e sentaram-se para apreciar um bom jantar. Satisfeito, ele elogiava a comida e o esforço de arrumar tudo isso mesmo trabalhando direto toda a semana. Terminando de comer, ela pegou o bolo de brownie.

Eles já estavam de volta ao sofá com suas taças de vinho devidamente abastecidas quando Stana voltou a distrai-lo com beijinhos. Aproveitando a blusa semiaberta, deslizou sua mão tocando a pele, iniciando mais um contato entre os dois. Nathan a puxou para o seu colo, o que apenas facilitou o contato de Stana. Perderam um pouco da noção do tempo ali. Quando percebeu a temperatura subir, ela se afastou um pouco esperando recuperar o controle de seu corpo. Levantou-se e ofereceu a mão para que ele a seguisse rumo ao quarto. Ela trocara os lençóis da cama e havia várias almofadas espalhadas. Stana o sentou no canto inferior do colchão.

- Espere aqui – sumiu dentro do closet. Dois minutos depois, ela apareceu com uma caixa vermelha envolta por um laço branco. De frente para ele, sorriu e entregou a embalagem – feliz aniversário, Nate.

- Staninha, não precisava... – como uma criança, ele livrou-se do laço abrindo a tampa. Havia algo retangular envolto em papel manteiga e duas caixinhas menores. Primeiro, ele verificou o embrulho retangular. Suspirou ao que viu. Uma imagem dele e dela, tirada no dia do casamento pintada em um quadro. Simplesmente linda – nossa!

- Gostou? Eu peguei uma foto do nosso casamento e decidi que era melhor que uma fotografia. Você pode colocar onde quiser – ele pegou a mão dela beijando-lhe a palma.

- Adorei! – como uma criança empolgada, ela segura o rosto dele nas mãos e beija-o – vamos, abra as outras caixas, estou ansiosa para ver sua reação – sorrindo com o olhar de menina da esposa a sua frente, Nathan pegou a primeira caixa, antes de abrir tentava adivinhar o que poderia ser. Era quadrada, mas não dava qualquer dica ao balança-la. Decidiu fazer do jeito mais fácil. Tirando a tampa, percebeu que era um boneco estilo funko. Curioso e intrigado pegou a outra caixa e fez o mesmo. Sim, dois bonecos. Puxou-os da embalagem e colocou-os a sua frente, segurando um em cada mão. Não sabendo o que dizer, ele fitou-a boquiaberto.

- Somos nós, não nós, nós. Castle e Beckett, nossos alteregos.

- Stana, isso...

- É algo que você não tem. Pode ter o funko do Malcom Reynolds, mas... sei que gosta de fazer coleção.

- Somos nós, item de colecionador.

- Não, item exclusivo.               

- Como você fez isso?

- Tenho meus métodos e minhas fontes.

- Foi o melhor presente que já me deu. Eu te amo demais. Vou colocar na estante do escritório, lado a lado. Muse e Writer.

- Nada melhor que os coletes para nos representar, não? – ele sorriu. Retornando os bonecos cuidadosamente para a caixa maior, colocou-a no chão. Em seguida, puxou-a pela cintura ficando entre as pernas dele. Nathan beijou o vestido bem ao meio dos seios. Uma das mãos desfazia o fecho. Com delicadeza, ele segurou os lados do vestido fazendo-o cair no chão. Stana ficara apenas de calcinha. Nathan dedicou-se a explorar a grande parte de pele macia e exposta a sua frente. Não tinha pressa. Uma trilha de beijos cobria Stana do ombro até o estomago com direito a pequenos toques de língua nos seios, sugando os mamilos repentinamente.

Stana desabotou o resto dos botões da camisa dele. Suas mãos já seguravam o fecho da calça quando ele agarrou seus pulsos. Deitou-a sobre o colchão ainda beijando os lábios. Após esse primeiro contato, ela arqueou o corpo na direção dele ansiando pelo seu toque, por querer sentir o calor da pele, o peso pressionado sobre si. Nathan porém, manteve-se de pé admirando-a enquanto livrava-se das últimas peças de roupas. Então, deitou-se sobre ela sentindo o corpo da bela mulher reagir ao contato.

Vagarosamente, eles se amaram. Nathan abusava dos toques, dos beijos, de sentir o cheiro da pele dela. Provou-a duas vezes essa noite e finalmente cedeu às suplicas de Stana preenchendo o vazio que a incomodava. O orgasmo dos dois fora poderoso. Assim que esparramaram seus corpos no colchão, Nathan buscou pela mão dela trazendo-a até seus lábios. Roçou levemente os lábios na pele e beijou-a. Estava realmente feliz. Não faltava mais nada na sua vida, exceto... e o sorriso se alargou. Não, esse definitivamente não era assunto para aquela hora.  

No sábado, Stana marcara com a irmã para ir ao salão. Não que fosse fazer grandes mudanças no visual, ela queria um pretexto para deixar Nathan à vontade para resolver o que precisasse da festa e também porque não queria que ele a visse antes. Escolhera um vestido vermenlho com detalhes de transparências que criavam a dúvida da exposição ou não. Sabia que mexeria com a imaginação dele. Talvez estivesse brincando com o fogo, mas estava disposta a arriscar. Gigi aprovou a ideia da irmã e agradeceu pelo convite.

Por volta das oito da noite, ele mandou uma mensagem para o celular dela “onde você está, sentindo sua falta o dia todo. Já estou no restaurante. Não demore. NF” Ela já estava na esquina, respondeu “Estou chegando. XS”

Quando Michelle a viu entrando no restaurante, sorriu. Estava surpresa de vê-la ali. Tudo bem que ela viera no ano passado rapidamente, dessa vez chegara cedo e estava deslumbrante, vestida para matar.

- Boa noite, Stana. Seja bem-vinda e fique à vontade. Misture-se. Nathan está em alguma parte do salão.

- Obrigada – sorrindo, caminhou ao lado de Gigi buscando por ele no salão. Estava sem a aliança no dedo. Escondera pendurada no cordão que usava sob o vestido. Ela o avistou conversando com Jon. Caminhando até onde ele estava, Stana foi interceptada por Dara.

- Wow! Você caprichou, hein? Lembre-se que aqui você não pode agarrar o aniversariante.

- Teremos tempo para isso depois, será apenas a continuação de ontem – piscou para a escritora.

- Ouch! Não sabe brincar – disse Dara. Gigi sorriu respondendo.

- Não mesmo, pega pesado, viu?

- Gigi! – mas ela desistiu de continuar a conversa porque seus olhos encontraram os de Nathan. Sim, ao vê-la ficou com cara de paisagem e boquiaberto. Stana caminhava lentamente na direção dele. O termo correto não era caminhar e sim, desfilar. As longas pernas à amostra na transparência da saia, os saltos agulha passavam imperceptíveis no assoalho, mas o jeito como rebolava simplesmente o tirava do sério. Suprimiu um gemido mordendo os lábios. Estando de frente para ele, abriu o sorriso lançando um olhar sexy e malicioso para Nathan.

- Olá, Nathan. Feliz aniversário!

- Staninha – ele sussurrou – quer me matar?

- Não, estou apenas me fazendo “presente” na sua festa – beijou-lhe o rosto e sussurrou em seu ouvido – mais tarde a gente conversa – ao afastar-se dele ainda sorria. Gigi segurava-se para não gargalhar, sua Irmã não valia nada. Ficava imaginando como ela não o provocava antes de estarem juntos realmente.

- Parabéns, Nathan – Gigi o cumprimentou com um beijo no rosto.

- Obrigao, Gigi. Fiquem à vontade, mas controle sua irmã. Se eu soubesse que ela vinha com essa roupa, não saia de casa.

- Até parece. Você está babando, só mais um presente para você. Vou circular um pouco.

Ficar um pouco longe dela podia ajuda-lo a controlar a excitação que se formava em seu corpo. Tratou de pegar um copo de whisky e vira-lo de uma vez seguindo para o banheiro. Não queria passar vergonha com seus convidados.

A noite estava bem agradável. As conversas fluíam facilmente, os amigos pareciam felizes, ele estava rindo muito. A única coisa que a incomodava era não poder ficar um tempo maior ao lado dele, abraça-lo e curtir a festa propriamente como merecia. A banda contratada por Michelle tocava musicas contemporâneas e antigas. Alguns se atreviam a dançar, porém a maioria queria mesmo era conversar e beber. O jantar já fora servido e tudo estava sob controle. A própria Michelle já estava curtindo a festa.

Contudo, alguém tinha uma surpresinha a mais para o aniversariante. Dara sabia o quanto era complicado manter essa pose de “Não me importo” diante de situações como essa para Stana, além do mais, havia pessoas ali que certamente não aprovariam a relação dos dois ou mesmo tinham inveja da química daqueles dois. Dara se aproximou da banda, conversou com o vocalista que acatou o pedido dela. Quando pediu o microfone emprestado, estava louca para ver a cara do aniversariante ao descobrir o que ela estava prestes a fazer.

- Pessoal, um minuto da sua atenção... – aos poucos os convidados foram voltando suas atenções para Dara – tenho um pedido especial para o aniversariante. Ultimamente, ele vem se revelando um ótimo par de valsa. Desde quando eu e Chad escrevemos a cena do baile, Nathan vem nos mostrando seus movimentos. Só que tudo era ensaiado, bonitinho. Então, eu desafio você, Nathan Fillion, a inventar uma coreografia para uma música escolhida por mim. E sua parceira nessa dança tem que ser sua co-star da tela. Vamos, Stana. Quero os dois no meio do salão.

- Dara! – exclamou Nathan. Stana olhou sorrateiramente para ele como quem pede ajuda – isso é uma festa, desafiar o aniversariante? Não é legal.

- Ah, Nathan, vai ser divertido! – ela retrucou – estamos entre amigos.

- É, Nathan, aproveita e mostra seus movimentos para nós – disse Penny botando lenha na fogueira.

- Dara, não é legal fazer o aniversariante de palhaço na sua festa.

- Seus argumentos não me convencem, Nathan e Stana! – ela gritou o nome da amiga – nada de se esconder no banheiro. Quero os dois no centro do salão agora. Uma dança. Simples assim. Prometo que não será nada constrangedor. A música é uma clássica. Vamos...

Nathan suspirou. Não tinha como escapar, na verdade, estava adorando aquilo seu único problema era ter que dançar com Stana na frente de todos e se controlar para não fazer besteira. Ele caminhou até onde ela estava estendendo a mão. Sorrindo, ela aceitou indo lado a lado com ele para o salão. Dara fez sinal para o vocalista da banda e os primeiros acordes apareceram. A canção escolhida pela escritora era Sway de Michael Buble, certamente uma bela canção para dançar a dois, valendo ressaltar sexy também.

Nathan enlaçou a cintura de Stana que colocou seu braço ao redor dos ombros dele se segurando. Ele começou a dançar naturalmente, pequenos passos, dois para lá, dois para cá. Então, ele puxou-a contra seu corpo fazendo movimentos mais rápidos rodopiando com ela pelo salão. Os demais aplaudiam. Segurando suas mãos, ele a fez distanciar-se e rodar, uma, duas, três vezes. Stana obedecia aos passos dele e acabou entrando na brincadeira, que melhor forma de dançar com seu marido em pleno aniversário? Na parte mais sensual da música, ela colou o corpo nele, quase esfrengando-se quando rebolava com ele. Nathan prendeu a respiração, ela estava provocando. Precisava fazer alguma coisa antes que demonstrasse toda a sua “alegria” na frente dos convidados. Ele a afastou e a fez rodopiar em sua direção várias vezes como fizeram na dança de Castle e Beckett. Stana aproveitou para provoca-lo com os cabelos ao voltar ao seu abraço roçando seu nariz no pescoço dele. Na última parte da música, os dois já não ligavam para a audiência, dançavam se provocando, se tocando até o ultimo momento onde ele a jogou para trás segurando-a firmemente em seu braço.

A salva de palmas que se seguiu juntamente com gritos e assobios os fez rir amenizando um pouco da tensão que o momento criara para os dois. Ambos estavam excitados e precisavam de um tempo para se recuperar. Antes de soltar da mão de Nathan, ela deu uma última olhada para ele. O que viu foi desejo e amor naqueles olhos amendoados, muito amor. Dara acertara novamente.

- Wow! Vocês são bons até na dança. Que química! – era Penny que falava com um sorriso de admiração nos lábios. Stana apenas sorriu para a atriz servindo-se de uma taça com água. Ao olhar para Dara, fez uma cara feia, mas piscou. Dara fez questão de cumprimentar Nathan.

- Você se saiu muito bem.

- É, exceto pela parte que você quase me matou. Você já viu como Stana está vestida? Viu como ela se move quando dança? – a amiga riu – obrigado, foi o ponto alto da minha festa.

- Vocês merecem.

- Falar nisso, você a viu?

- Acho que foi ao banheiro. Provavelmente... – só que Dara não terminou de falar, Nathan já saia em direção dos banheiros. Isso não ia dar certo. Mordiscando os lábios preocupada, resolveu ir atrás dele. Pelo menos as pessoas pareciam estar se divertindo e alheias ao aniversariante na pista de dança.

Stana entrara no banheiro ainda com uma taça na mão, dessa vez, vinho. Gigi a acompanhava. Estavam apenas as duas no banheiro quando ela se encostou na parede recuperando o fôlego depois da dança e da tentação que experimentara ali. Gigi a observava, ficara impressionada com o jeito dos dois na pista. Eles agiam naturalmente. Penny tinha razão.

- Ele te deixou sem fôlego, não?

- Acho que ambos fizemos isso... esse é o problema, não podemos nos tocar. É terrível!

- Que inveja de você, sis.

Nesse instante, alguém mais entra no banheiro. Nathan. Ele parou no meio do espaço, seus olhos fitando os de Stana. Gigi entendeu que essa era a sua deixa. Saiu encontrando Dara do lado de fora da porta.

- Acho que teremos que manter guarda aqui, não?

- Pelo bem deles – respondeu Dara.

Ele ainda estava parado observando-a. Ela tinha o mesmo olhar sensual de antes. Apoiada contra parede, mordia o lábio inferior. Nathan deu um passo à frente, então ela sussurrou seu nome correndo em sua direção. As bocas se encontraram com uma certa força, ansiando por aquele beijo. O choque do corpo, o toque das mãos, as línguas, tudo em um ritmo acelerado e louco. Ele a empurrou contra a parede. Impossível não se deixar levar por essa dança e a eletricidade que percorria seu corpo todas as vezes que ele a tocava. Agora as mãos dele estavam acariciando seus seios sobre a roupa sem para de beija-la. Stana deslizou uma das mãos para apertar o bumbum dele enquanto a outra acariciava sua nuca puxando-o cada vez para mais perto dela quase a sufocando como se não tivesse mais espaço disponível entre os dois.

Do lado de fora, Gigi e Dara esperavam um pouco apreensivas diante da situação. E parecia que estavam prestes a passar por uma turbulência. Julianna caminhava na direção delas certamente para ir ao banheiro. Dara se colocou na frente dela impedindo a passagem.

- Preciso ir ao banheiro.

- Você não pode. O banheiro está interditado. Estourou um cano e o chão está todo molhado. Gigi estava indo justamente chamar Michelle para ver se o pessoal do restaurante pode resolver.

- Ai, e agora?

- Vai ter que segurar um pouquinho... – Dara fez sinal para Gigi.

- Deixa eu tentar resolver logo – e Gigi sumiu pelo corredor. Sem muita opção, Julianna voltou ao salão. Respirando fundo, Dara reconheceu que fora por pouco. Tinha que tirar os dois dali. Precisava desfazer essa pequena mentira antes que acarretasse em um problema maior do que gostariam, especialmente se Julianna fosse cobrar algo de Michelle. Enquanto Dara se preparava para interrompe-los, Gigi voltava ao seu encontro.

- Acho que Julianna se conteve. Seamus a puxou para a pista de dança. O que faremos?

- Adivinha? Vamos atrapalhar os pombinhos.

Nathan já tinha sua camisa totalmente aberta e fora das calças. Stana perdera o batom vermelho além de ter manchas no queixo e na pele do rosto. O peito dele tinha marcas do batom vermelho. Ela estava sobre o balcão, o vestido longo fora puxado para cima, Nathan estava entre as suas pernas, prestes a perder as calças quando ela o puxava para mais um beijo apaixonado.

Então, Gigi invadiu o banheiro falando com as mãos no rosto.

- Espero que estejam decentes. Não vou olhar, prometo – se mantendo de costas – precisam sair daqui antes que o pessoal suspeite de vocês. Já estão perguntando pelo Nathan. Vai ser rapidinho para perguntar por você e ligar os pontos, Stana – ouviu o gemido frustrado de ambos – desculpe!

Nathan e Stana se separaram tentando se recompor. Ela acabou ajudando-o a limpar o rosto depois que ele já estava vestido decentemente.

- Melhor você ir andando. Nós inventamos sobre um vazamento aqui, então Stana terá ainda um tempinho.

- Tudo bem – virou-se para ela jogando um beijo no ar que Stana fingiu pegar sorrindo - A gente continua em casa... 

Quando saiu do banheiro, Gigi aproximou-se da irmã ajudando-a com a maquiagem. Stana ainda estava meio ofegante. Queria se livrar daquela sensação que comandava seu corpo, a necessidade de tê-lo. Limpou o rosto. Retocou o batom e suspirou. Podia voltar para o salão.

- Tudo bem?

- Exceto pela parte que queria estar tendo sexo selvagem com meu marido nesse minuto? É, está tudo bem. Nunca esteve melhor. Eu mato a Dara por isso! – não aguentando, Gigi cai na gargalhada.

- Vamos sis, a única pessoa que você irá matar hoje é seu marido, mais tarde, de prazer.

Dara estava agoniada do lado de fora. Ao vê-las, respirou aliviada.

- Finalmente. Vou dizer que o banheiro está liberado e você – disse olhando para Stana – não vai dar bandeira. Você não sabe, mas o banheiro estava com um cano estourado.

Os convidados começavam a se dispersar. Stana conversava com Penny e algumas pessoas do crew comendo alguns aperitivos pela primeira vez naquela noite, tudo para tirar sua mente da real necessidade básica que queria naquele momento. Molly se aproximou dela, sentando-se ao seu lado.

- Adorei a dança, Stana. Não sabia que Nathan tinha tantos passos e fôlego para isso. Quem vê vocês dançando pensa que enssaiaram várias vezes antes. Eu queria ter essa desenvoltura para dançar.

- Eu nunca dancei essa música. Obrigada, Molly, mas não sou tão boa assim.

- Como não? Você parece uma dançarina nata.

- É verdade, Stana. Tem ritmo e jogo de cintura, fora o lance da sedução, sabe o que fazer – disse Penny. De repente, Susan aparece ao lado de Molly.

- Ah, minha aluna preferida. Kiddo, você aprendeu direitinho. Vi o jeito como jogou o cabelo e os rodopios. Parabéns, Stana – deu um beijo nela.

- As dicas foram ótimas, Susan. Molly estava dizendo que não consegue dançar, talvez você pudesse ensinar o básico para ela. Susan me deu uma mãozinha naquela cena do episodio da dança, lembram?

- Não que tivesse muito a ensinar. Sabe usar seu corpo muito bem. Molly, querida se quiser posso te dar umas aulas.

- Mesmo? Eu adoraria!

- Ótimo, vamos combinar. Bem, estou de saída. Vejo vocês no estúdio. Ainda filmamos até quarta esse episodio, não?

- É verdade – disse Stana.

Uma hora depois, o salão se resumia a Michelle, Dara e o marido, Jon e a noiva, ela e Gigi. Para não levantar suspeitas, decidiu que era melhor ir embora para casa. Imaginava que logo os demais também deixariam o local. Aproximou-se de Nathan se despedindo com um beijo no rosto.

- Obrigado por vir, Stana. Espero que tenha se divertido e desculpa pela Dara e a tal dança.

- Não se desculpe, foi bacana – ela se despediu dos demais e ficou feliz que se aproveitaram da saída dela para fazer o mesmo. Ela agradeceu silenciosamente por isso. A festa acabara. Michelle organizaria o resto, já passava das duas da manhã. Gigi a levou em casa. Meia hora depois, quando Nathan chegou encontrou-a apenas de lingerie com o seu ipod conectado no dock station da sala. Esperava por ele. Ao vê-la sentada no sofá, seu coração encheu de alegria. Todos os sentimentos que o rondaram a noite inteira voltavam com uma força avassaladora.

Ela se ergueu do sofá, mexeu nos botões do ipod e caminhou até ele. Livrou-se do blazer que ele vestia, deixando-o cair ao chão. Os acordes da mesma musica encheram a sala. Stana envolveu seu braço no ombro dele segurou sua mão e começou a dançar. Os lábios roçaram no pescoço dele, sussurrando.

- Agora será a nossa dança, como realmente queríamos dançar naquele salão – Nathan a puxou para si e movimentou-se no ritmo da canção. Sem zelos ou cuidados para esconder o que sentia. O contato dos corpos faziam executar uma dança sensual e extremamente quente. Durante os passos, ele foi perdendo o resto das roupas ficando somente de boxer. Então, próximo ao final da música, Stana começou a roçar seus dentes pelo pescoço, ombro e clavícula, depositava beijinhos molhados fazendo um longo caminho de caricias até a sua orelha mordiscando o lóbulo, a reação dele foram apenas gemidos. As mãos dela deslizavam pelo peito dele até senti-la apertando seu membro. Ele gemeu mais alto. Os olhos se encontraram. Paixão, luxúria e amor. Não podia resistir mais, o nome dela saiu rouco, como um sussurro.

- Stana... – instintivamente jogou a cabeça para trás dando espaço para que ela mordiscasse a pele da garganta dele, passasse a língua sobre seu pomo de adão. Ele a puxou contra os lábios num beijo violento. Ao se separarem, ela puxou-o pela mão e correram para o quarto.

Movidos pelo desejo e a paixão, eles se perderam entre quatro paredes até o último suspiro de prazer.

Raleigh Studios – segunda

Nathan chegou ao estúdio apenas quinze minutos após Stana. Terence chamou aos dois na sala dos escritores para conhecerem os convidados com quem filmariam naqueles próximos dias. As apresentações correram muito bem até chegar a vez de Gregory Harrison, o ator convidado para fazer Danny Valentine uma espécie de galã do suposto show. Ao ficar de frente para Stana, ele tomou sua mão, beijou-a demoradamente. Quando soltou-a, os olhos fitam a mulher a sua frente de cima abaixo. Nathan observa estando ao lado dela. Não gostara nada do jeito dele.

- Encantado em conhecê-la. Você é ainda mais linda em pessoa. A televisão não lhe faz justiça – droga! Aquele olhar de lobo faminto estava incomodando. Ele precisava fazer alguma coisa.

- Olá, Nathan Fillion! – estendendo a mão e colocando-se entre Gregory e Stana.

- Ah, você é o velho capitão. Prazer em conhecê-lo. Eu assistia Firefly, uma pena que cancelaram. Wheldon fazia um ótimo trabalho – querendo me conquistar, pensou Nathan. Não vai funcionar, sei bem qual a sua intenção amigo. Ele ia falar alguma coisa quando a diretora chamou por Stana. Pode observar o olhar comprido para o traseiro de sua mulher. Respirou fundo tentando controlar a raiva que subia por cada fibra do seu corpo. Se aproximou da maquina de café, teria que se acalmar e concentrar-se na gravação.

- Relaze, Nathan – repetia a si mesmo para que fizesse efeito. Dara chegara ao seu lado, percebeu o rosto sério e chateado – isso não vai dar certo, controle-se.

- O que foi, Nathan?

- Não gostei desse cara. Ele vai trazer problemas para nós – Dara o olhava com uma interrogação no rosto – esse Gregory. Não gosto dele, não o quero sondando Stana.

- Sondando? Ele é somente um coadjuvante, tem poucas cenas com vocês. Nada demais – de repente, ele tem um estalo. Pega o script que deixara sobre a mesa. Folheando as paginas, encontrou o que queria. Esmurrou a mesa.

- Droga! A cena de ciúmes é com ele. Beckett vai flertar com ele!

- Exato, a Beckett vai flertar, atuando, não a Stana – Dara o puxou segurando-o pelos braços – quer se controlar? Isso é trabalho, por que esse ataque de ciúmes agora?

- Você não viu a forma como ele a secou.

- Você não confia nela?

- É claro que confio. Eu não confio é nele e em mim.

- Nada disso. Você é um profissional, um ator. Engula esse ciúme e haja como se nada estivesse acontecendo antes que estrague tudo e ponha em risco o segredo de vocês – Dara olhava seria para ele cobrando por uma posição – Nathan é serio. Se fizer qualquer coisa estranha, causar problemas com o ator, irá arranjar confusão com Stana. Controle-se. Sabe que se pisar na bola, ela vai ficar chateada com você, não ela vai querer te matar – podia ver ele se debatendo entre as suas opções – Nathan....

- Ok, entendi. Vou tentar. Por Stana.

Assim que pisou no set de filmagens, ele avistou a diretora conversando com ela, provavelmente orientando sobre a cena. Juntou-se às duas e procurou se concentrar no trabalho. Felizmente, ele esqueceu do ator dedicando-se as suas falas. Filmaram quatro cenas antes do primeiro intervalo do dia. Ele estava com fome. Em vez de ir direto ao refeitório do estúdio, optou por voltar ao seu trailer. Tinha deixado o resto das paginas de seu texto que precisava decorar e ensaiar com ela. A tal cena problemática, seria filmada apenas no dia seguinte.

Bastou pisar no refeitório para se deparar com outra cena desagradável. Stana conversava enquanto se servia no Buffet com Gregory. Nathan observava a reação dos dois. Ela agia naturalmente, o que já era um problema. Percebeu que em vários momentos, Gregory procurava esbarrar nela ou toca-la. Stana parecia não notar as intenções do cara. Eles sentaram na mesma mesa. Nathan se debatia se devia sentar na mesma mesa ou em outro lugar. Jon acabou decidindo por ele.

O amigo o puxou para o Buffet e sentaram-se na mesma mesa com Nathan ficando de frente para Stana em diagonal. Talvez pudesse enviar sinais para ela do que estava acontecendo. Porém, não teve chance. Ela parecia bem engajada numa conversa com o tal Gregory e sequer notara que ele estava próximo e com cara de poucos amigos. Lá estava sua esposa conversando alegremente, mexendo nos cabelos e sorrindo. Não, o termo correto era gargalhando.

Tiveram que voltar às filmagens e seguiram gravando até às sete horas. Pelo menos ele estava. Acabara de filmar uma cena com Susan. Dirigiu-se a minicopa louco por um café. Foi surpreendido pela risada de Stana. Devagar, ele primeiro quis ter uma visão da sala antes de se fazer aparecer. Ele estava sentado na mesa, Stana encostada na parede segurando uma caneca de café. Apenas os dois. O cara estava fazendo tudo de novo. O flerte. Não tinha vergonha na cara? Ele é velho para ela. Nathan podia ver a linguagem corporal dele, só faltava lamber os lábios olhando para ela. Precisava evitar que algo mais acontecesse. Entrou na sala.

- Hey, Nathan... Gregory estava contando suas aventuras na India – ótimo, apenas o assunto mais interessante que poderia prender sua atenção, pensou – muitas coisas estranhas e exóticas.

- Nenhuma tão exótica como você – o cara quase sussurrou. Que diacho, Stana! Será que você não entende o que está acontecendo bem na sua frente?

- Preciso de um café. Ainda gravamos mais uma cena hoje, não? Acredito que você não está nela, Gregory.

- É verdade. Acho que deveria ir embora – ele se levantou ficando extremamente próximo a Stana - Amanh ã temos uma cena juntos, a melhor que filmarei nesse episódio – pegou novamente a mão dela levando-a até os lábios, dessa vez Stana sentiu, ele a comia com os olhos – mal posso esperar... boa noite – saiu com um sorrisinho debochado no rosto.

- Velho metido a playboy encherido – ele resmungou entre seus lábios.

- Algo errado?

- Não, estou com fome só isso. Vamos, quero terminar logo essa cena e ir para casa – foi o que aconteceu. Nathan estava seguindo os conselhos de Dara, não ia comentar nada com a esposa. Não estava sendo fácil. E as cenas do episódio também não cooperavam. Amanhã teria que filmar a cena mais difícil de todas, precisaria de toda a paciência do mundo para não estragar tudo.

Em casa, ele foi direto para o banho enquanto Stana preparava uma refeição leve para eles. Evitava ao máximo entrar nesse assnto. Não queria dizer a ela que estava com ciúmes, ou que aquele velho safado a comia com os olhos o dia inteiro. Frustrado, era como ele se sentia. Não queria brigar com ela, claramente não percebeu nada errado com o tal Gregory, ou ela estava fazendo isso de propósito. Não, isso não era dela. Desceu em seus pijamas, Stana já colocara os sanduiches sobre a mesa e servia o café para eles.

- Hum, já em seus pijamas? – ela comentou isso de maneira provocativa. 

- É, ainda preciso estudar minhas falas para as cenas de amanhã – cortando qualquer posibilidade de brincadeiras essa noite.

- Ok, certo. Sente-se – eles comeram praticamente em silêncio. Stana sabia que quando ele ficava muito calado, algo estava errado. Sua mente devia estar remoendo alguma coisa. Estendeu a mão e tocou a dele – babe, o que foi? O que você tem?

- Nada. Estou apenas cansado.

- Você sabe que eu te conheço o bastante para saber que está evitando conversar. Não vou pressionar, mas espero que isso passe logo. Não gosto de ver você calado – ele suspirou, odiava ficar assim só que conversar sobre o assunto não ia ajudar, talvez influenciasse no humor dela também – vamos deitar?

Nathan estava na cama com o script na mão lendo suas falas. Stana no banheiro arrumando-se para dormir. Ler sobre a cena era angustiante. Ele teria que ser um super ator porque Castle tinha admiração pelo cara, o que apenas mudaria com sua atitude ao flertar com Beckett. Teria que dar o melhor de si.

No dia seguinte, eles continuaram em um ritmo acelerado. O mais engraçado é que eles já filmaram as cenas posteriores a do ciúme e não tiveram qualquer problema. Seria a última cena da noite. Nathan estava preocupado com a sua reação. A diretora explicou que iam filma-la em quatro takes sendo os dois últimos os pontos de vista dele e Stana. Milagrosamente, Nathan foi maravilhoso na sua atuação até o terceiro take tudo parecia estar sobre controle apesar de ver que o flerte de Gregory era real, Stana era puramente Beckett, mas reconhecia que esse era um daqueles momentos que suas personalidades colidiam, acontecia várias vezes, em vários episódios do show.

Então, Nathan viu o inesperado acontecer bem a sua frente naquele quarto take. Era a filmagem do ponto de vista de Stana. No momento em que a personagem de Gregory aproxximava-se bastante de Beckett, ele fingiu tropeçar perdendo o equilíbrio e a beijou. Inacreditável!

Nathan estava boquiaberto. O que acabara de acontecer? Não aguentou.

- O que você pensa que está fazendo? – ele o empurrou afastando-o de Stana que estava tão perplexa quanto ele.

- Hey, cara! Se acalme, eu tropecei. Foi sem querer – virou-se para Stana – desculpe, querida – mas seu olhar não demonstrava estar nem um pouco arrependido. Nathan sabia que fora encenação. Tremia por dentro, fechava os punhos de raiva, louco para acertar a cara dele. A diretora e o próprio Terence acalmaram os ânimos encerrando a gravação dizendo que já tinham o suficiente.

Nathan foi o primeiro a deixar o set tentando a todo o custo controlar a raiva que sentia. Foi direto para o seu camarim, precisava esfriar a cabeça. Assim que se trancou no trailer esmurrou a mesa com ódio. Semtou-se na sua poltona, passando as mãos no rosto vermelho. Suspirava buscando forças para se acalmar. Então um pensamento o atingiu. Ele deveria ter ficado perto dela. E se aquele cara tentasse mais alguma coisa? E fazer o que, Nathan? Esmurrar o sujeito?

- Droga! Como isso é frustrante! – exclamou desolado. Melhor ir para a casa, não adiantaria falar com Stana agora, em pleno estúdio e com cabeça quente. Aliás, nem deveria vê-la naquele momento. Porém, uma coisa era racionalizar sobre o assunto, outra era cumprir isso de verdade. Seu instinto protetor dizia para procura-la, precisava saber se ela estava bem. Viu o espanto em seu rosto. Por mais que fossem para casa separados, era importante ver como ela estava, assegurar que poderia se acalmar e conversar em casa. Chame de instinto, sintonia ou qualquer outro nome. Nathan pressentiu algo errado.  

Quando Stana começou a se movimentar para deixar o set, percebeu que Gregory vinha atrás dela. Antes de seguir para o camarim, ela encontrou Dara no corredor.

- Você viu o Nathan?

- Acho que foi para o trailer dele. Por que?

- Aconteceu algo bem desagradável no set, só faltava isso para piorar o humor dele. Gregory me beijou e – ela viu o espanto na cara de Dara – não foi proposital, foi um acidente, mas ele já estava estranho desde ontem e temo que isso possa agravar tudo.

- Ele fez alguma coisa? – Dara estava oficialmente preocupada.

- Apenas o empurrou para longe de mim e meio que perguntou qual o problema do cara, não com essas palavras. Foi um acidente, claro que me assustei e fiquei feliz por ele me defender, só que estava na cara dele que detestara aquilo.

- Acho melhor você abrir o olho e conversar com ele.

- Por que? Você sabe de alguma coisa?

- Converse com Nathan, é só o que posso dizer – resignada, ela seguiu rumo ao camarim para trocar de roupa, depois iria ao trailer dele. Na verdade, qualquer conversa era melhor se ter em casa. Quando ela abria a porta do camarim, Gregory surgiu ao seu lado segurando seu braço. Ela se assustou.

- Stana, espere. Tem um minuto?

- Tenho, mas seja rápido. Tenho que sair para um compromisso – ela mentiu, o que importa? Deveria querer se despedir. Deixou-o entrar atrás de si. De frente para ele, perguntou – então?

- Eu só queria pedir desculpas pelo acontecido há pouco. Sinto que estraguei um pouco a filmagem e deixei o pessoal meio tenso. Inclusive você.

- Tudo bem, Gregory. Acidentes acontecessem.

- Só que não foi propriamente um acidente. Eu forcei a situação. Nossa! Você é linda demais, sexy – ele foi se aproximando dela obrigando-a dar passos para trás o que apenas a encurralou mais - Eu não poderia perder a chance de beija-la, não estou me desculpando por isso.

- Acho que você está exagerando, melhor você sair daqui – o pânico se formando no rosto dela, ele a prendeu entre seus braços, os olhos fitavam Stana com desejo - Por que nós não saímos daqui, jantamos e quem sabe após vários beijos eu não te convenço a ter uma noite inesquecível comigo? – não esperou resposta. Puxou-a pelos braços tomando seus lábios com vontade. Stana estava paralisada diante da situação. Nesse instante, a porta se abre.

- Hey! O que é isso? Tire suas mãos dela! – Nathan gritou ao ver sua esposa contra a parede nos braços de Gregory. Não podia ficar sem agir diante do que via. Avançou na direção dele, empurrando-o. Já arrumava o punho pronto para acertar a cara do sujeito quando foi interrompido pelo grito tenso e desesperado da esposa.

- Nate, não... – ele se virou para fita-la. Pode ver o medo nos olhos dela. Recuou no exato instante que Dara entrara no camarim.

Dara que sentira-se um pouco culpada por não dizer a Stana que tudo se tratava de uma crise de ciúmes, decidira falar com ela. Por sorte, chegou bem a tempo de ouvir o grito de Nathan e impedi-lo de avançar no cara que parecia não ter dado a mínima para ele.

- Sai daqui, Nathan! Eu resolvo isso – bufando ele esmurrou a porta e saiu vermelho. Stana assustada empurrou o ator.

- Você é louco? – disse recobrando-se um pouco do choque.

- Ele é fingido e irresponsável, isso sim! Gregory, pegue suas coisas e saia já do Raleigh antes que eu chame a segurança – de cabeça baixa, ele deixou o camarim – você está bem? – perguntou Dara.

- Nathan... droga!

- Deixe de pensar nele por um segundo, ele está de cabeça quente, dê um tempo a ele.

- Ele estava certo desde o começo. Como não pude ver? Que idiota. Ele estava com ciúmes... por isso o comportamento estranho, mas por que não falou logo? Por que ficar remoendo sozinho? Ele deveria brigar comigo, gritar comigo, não? Por que não fez isso?

- Imagino que não queira te magoar. A história se repete, não?

- Droga! Preciso falar com ele.

- Hey, hey. Espere um instante. Tem certeza que está bem? Está pálida – Dara pegou a amiga pela mão, colocou-a sentada e serviu-lhe um copo d’água, pegou o radio e pediu para entrar em contato com a portaria, confirmou que Gregory deixara o estúdio – melhor? – Stana concordou devolvendo o copo - Vá para casa, encontre uma forma de se entenderem, tudo bem?

- Obrigada, Dara. Ele ia mesmo socar a cara do Gregory. Meu Deus!

XXXXXXXXXXX

Em casa, Nathan sequer trocara de roupa. Andava de um lado pro outro na sala. Sabia que precisava acalmar os ânimos. Ele nem queria pensar no que poderia ter acontecido se não tivesse voltado para vê-la. Não queria pensar sobre isso. Teria que estar bem quando ela chegasse porque Stana ia querer conversar e talvez se explicar, mesmo não tendo necessidade. Nathan a conhecia bem para prever o que viria pela frente. Serviu-se de um copo de whisky e vinte minutos depois ouvira o barulho do carro dela na garagem.

Stana ainda não sabia como iria encontra-lo, nem mesmo aborda-lo. A imagem partiu seu coração. Nathan estava sentado no sofá. Um copo de whisky na mão quase vazio, a camisa aberta. O semblante era um misto de seriedade e desolação. Ela engoliu em seco. A conversa não seria nada fácil. Aproximou-se ficando de frente para ele. Será que acreditava realmente que ela gostara daquilo? Achava o ciúme justificado? Não, isso não combina com ele, Raiva, sim. Traição, não definitivamente, não.

- Nate...

- Agora não...

- Nate, nós precisamos conversar... por favor, babe.

- Stana, melhor não. Ainda não – ele a fitou e Stana pode ver como os olhos azuis estavam escuros, quase sombrios. Ele a chamou pelo nome, seco. Isso não era um bom sinal. Sentou-se ao lado dele calada, decidia se devia ou não toca-lo, para tentar acalmar o coração dele. Incerta, resolveu seguir seu coração. Ao sentir a mão suave dela sobre a sua, fechou os olhos.

- Fale comigo, Nate... – ele nada disse, Stana não suportaria esse silêncio – eu sinto muito, eu não percebi o que estava acontecendo. Nate, eu nunca iria ceder a Gregory. Eu não traí você. Nunca poderia trair você. Eu...- ele a interrompeu a segunda vez com o mesmo discurso.

- Stana, eu já disse... agora não...

- Como não? Precisamos conversar sobre isso. Desde ontem você está estranho comigo, eu relevei, mas agora que sei o motivo, não podemos simplesmente esquecer. Você acha que quis aquele beijo? Acha que eu planejei isso? – Nathan fechou os olhos, sentia a raiva querendo estravazar. Não queria gritar com ela, não merecia, mas estava prestes a explodir. Puxou a mão evitando o contato. Stana se levantou do sofá, se tivesse que irrita-lo para fazê-lo falar, isso era exatamente o que faria. De pé na frente dele, colocou as mãos na cintura.

- Está com cimues, ótimo! Estou lisonjeada, realmente estou. Só que eu não fiz nada! Não o trai e não quero fazer isso. se está irritado, vai ter que me dizer o porque – ela o viu levantar-se tomando uma certa distância dela, passou a mão nos cabelos. Não podia mais segurar.

- Você acha que gosto disso, Stana? Acredita que estava disposto a socar a cara daquele sujeito, que queria soca-lo? É claro que não! Eu podia ter posto tudo a perder! Se você não tivesse chamado meu nome.... eu não sei. O seu olhar, ele me chocou. Fiquei irracional, só pensava em bater nele, tira-lo de perto. Sei que você não fez nada, eu sei! Droga! E se eu não tivesse aparecido? O que poderia ter acontecido? Eu não gosto nem de pensar. Ele podia... oh, Deus!

- Não aconteceria nada. Eu fiquei em choque por um instante, não esperava que ele me atacasse. Só que eu me defenderia! Você vestiu a armadura brilhante de cavaleiro e veio ao meu encontro, me resgatar. Não precisava fazer isso. O risco é muito grande.

- Eu não fui com essa intenção, eu queria saber se você estava bem! – a voz no mesmo tom elevado que ela usara – sei que você tem pavor de ser perseguida, vi o pânico em seu rosto. Não podia não fazer nada.

- Eu não quis isso!

- Eu sei! Só que você acaba criando possibilidades para isso acontecer sem ao menos perceber.

- O que? – ela estava surpresa com o comentário.

- Sim, tudo em você é sexy, Stana. Você não percebe, mas qualquer coisa que faz, a mais simples, é de enlouquecer. Sou o maior exemplo disso. Eu sofri tudo isso antes de estarmos juntos. O jeito como toca seu cabelo, o sorriso, seu jeito de andar, sua gargalhada. Apenas em segurar uma caneta entre seus dentes, já se pode imaginar milhares de coisas com você. Seu abraço, seu toque, tudo. Não é sua culpa, é parte de quem você é. A diferença é que como fui vítima dessa magia, sei que outros podem ser desafiados pelo mesmo motivo.

Ela se aproximou dele, começou tocando o braço até entrelaçar a sua mão na dele. Com a outra, virou o seu rosto na direção dela para que os olhos se encontrassem.

- Eu não sabia que fazia isso. Desculpe.

- Eu sei, é meio que natural. Sempre me levava à loucura antes de estarmos juntos, ainda me perturba. Eu não suporto a ideia de ver outro homem te beijando.

- Bem, eu sou atriz Nathan, não posso evitar que isso aconteça – sorriu.

- Você sabe o que quis dizer – ele acariciou de leve o rosto dela - Fiquei cego. Não deveria ter gritado com você, não é justo. Você não teve culpa. Eu sinto muito. Agora pude entender tudo o que você sentiu naquela confusão com Krista.

- Tudo bem, nós não somos muito bons em lidar com o ciúme. Todas as vezes que acontece, perdemos a noção das coisas – então ela se lembrou – meu Deus! Deve ter sido horrível fazer aquela cena do flerte, do ciúme.

- Você não tem ideia. Eu quase coloquei tudo a perder, não?

- Já passou.

- Cada vez que isso acontece, eu penso na nossa situação, o segredo. Será que estamos fazendo a coisa certa? Às vezes eu acho que não quando acontece esse tipo de situação. Então, eu me lembro dos momentos como o do meu aniversario, a sensação de perigo e prazer. Tudo bem, nem sempre podemos fazer tudo o que queremos, é verdade. Porém, não faria de outra forma.

- Estamos bem? – Stana perguntou.

- Sim, estamos. Apenas me prometa que quando eu disser que há um predador te sondando, deve acreditar em mim.


- Eu prometo – ela encostou o corpo no dele. Passou o polegar nos lábios e o beijou. Nathan a puxou envolvendo seus braços na cintura dela. Sentiu a mão deslizar pelo peito exposto já fazendo seu corpo arrepiar com o toque macio dos dedos de Stana – podemos ir para o nosso quarto, curtir um momento a dois? – aquele olhar acabava com qualquer resistência que tivera.  Abraçando-a por trás, ele a guiou até a cama.


Continua.... 

3 comentários:

Unknown disse...

Eu super adorei o capítulo, esse dois são tão bons, juntos essa química é perfeita, a cada nova situação eles dão um jeito de consertar do jeito deles. Dara sempre arruma um jeito deles terem um momento a dois e Gigi como sempre fazendo a alegria de todos. Estou adorando que a Stana esta pensando em um bebê deles. Quero tanto um baby dos dois, espero que não demore muito para acontecer.

cleotavares disse...

Só pra constar, a cena no banheiro, bem que podia ter ido até o final,kkkkkkk. E agora estão quites, com relação ao ataque desses malucos, não é? OMG! Tão fofo com ciúmes.

Unknown disse...

NÃO DA PRA ESCREVER TODOS OS PALAVRÕES QUE QUERO,NÃO DÁ PRA GRITAR PQ ESTA DE MADRUGADA 5HS PQP!!!!
ESSE CAP. ESTÁ NO TOP DOS MELHORES DA MINHA VIDA DE LEITORA,CARAMBA!!!!
PARABÉNS... PARABÉNS... PORRAAAAAAA PARABÉNS!!!!!
O LACRE COMEÇOU DESDE A CHEGADA TOP NA FESTA, A DANÇA, A CENA DO BANHEIRO,GIGI E DARA JUNTAS... O CIÚMES,MEU DEUS!!!!
O QUE FOI ISSO???? TÔ.... SEI LÁ COMO ME SINTO!! !
EFEITO KAREN JOBIM!!!!
IMAGINE MEUS APLAUSO!!!!