Nota da Autora: Sim, estamos em hiatus, porem ainda tem muita historia para contar. Esse capitulo ira entrar em un momento critico do relacionamento de Nathan e Stana. Existe varias coisas em jogo, pontos de vistas e perspectivas diferentes. Angst a caminho porque afinal todos sofremos algum tempo com a verdadeira danca das cadeiras da ABC. Quem disse que nossos babies tiveram vida facil? Essa parte da historia 'e a preparacao para um momento tipico na vida de qualquer casal. O proximo promete!
Enjoy!
Cap.46
No dia seguinte, assim que eles
chegaram ao estúdio, Dara veio encontra-los. Pelo menos o semblante de ambos
parecia bem.
- Tudo bem? Por favor, digam
que está.
- Sim, está – disse Nathan –
obrigado por me interromper antes que eu fizesse uma besteira. Alguém
desconfiou?
- Não. Eu conversei com
Terence, expliquei que além do suposto acidente no set, o ator tentara
pressionar Stana. Também conversei com David e eles reforçaram a segurança.
David vai falar com a agente dele e conversar com o pessoal de seleção da ABC.
Não se preocupe, ninguém viu o que aconteceu além de mim. Que tal falarmos de
coisa boa? Hoje é o último dia de filmagens do episódio. Sabe quem estar aqui?
Carly Rae Jersen! Vocês filmarão a última cena com ela. Não é a última do
episódio, mas achamos que seria mais adequado e descontraído se encerrássemos
com música.
- Acho uma excelente ideia –
disse Nathan.
- Só finjam que não sabem, Terence
deve contar para vocês agora, eu não resisti – ela disse rindo.
- Tudo bem – disse Stana
sorrindo.
Uma rápida reunião de dez
minutos, o escritor explicou como funcionariam as últimas filmagens. Começariam
com a cena de Susan no distrito, depois as cenas do interrogatório final e por
fim, três cenas no set do próprio programa, incluindo a da prisão e a de Carly.
Seguiram para o estúdio, porém Terence segurou Nathan por uns instantes.
- Uma última palavra com você –
ele mostrou uma página do script para Nathan – está vendo o comentário que fiz
no texto, sobre o momento que Carly estaria cantando? Aqui sugerir que Castle e
Beckett se balançassem ao som da música. Mas, depois do que vi sábado, eu o
deixo à vontade para fazer o que achar melhor. Não vou comentar nada disso com
Stana. Fica ao seu critério decidir o que fazer.
- Certo, na hora penso em
alguma coisa.
A manhã passou carregada de
trabalho. Os momentos com Susan no set sempre rendiam ótimas risadas entre takes
o que descontraia quanto à pressão de se finalizar o episódio dentro do
previsto. Fizeram a parada do almoço por volta de duas e meia. Carly já estava
no estúdio ensaiando sua participação musical.
Stana queria muito observa-la então praticamente pegou seu prato de
salada e dirigiu-se para o set. Sentou-se em uma das cadeiras para os
assistentes de direção, cruzou as pernas e ficou observando. Carly conversava
com sua banda, algo sobre tom. Permaneceu quieta não querendo atrapalhar o
trabalho da cantora.
Carly pediu para tocarem as
primeiras notas do single. A voz e o ritmo pegaram Stana desprevinida. Aos
poucos, ela foi cedendo à batida, remexendo o corpo na cadeira. Quando Carly
terminou, deu um pulo do palco para o chão já caminhando na direção de sua
única audiência.
- Hey, Stana! O que faz aqui?
- Hey, Carly. Ainda não fomos
apresentadas formalmente.
- E quem não conhece a mulher
por trás de Kate Beckett? Eu realmente quero te dar um abraço!
- Claro! – elas trocaram o
abraço, beijos e sorrisos. Stana elogiou a performance dela dizendo que
admirava seu jeito no palco – posso dar uma de fã? Você pode dar uma palhinha
de “Call Me Maybe”? Essa música marcou um ótimo episódio de Castle.
- E eu não sei? After hours.
Adoro a cena do abraço, mais do que aquela em que a música toca.
- Você realmente fez a lição de
casa! – espantou-se Stana.
- Não, eu sou fã da série mesmo
e quando me contactaram da primeira vez sobre a música, fiquei nas nuvens,
agora podendo ser parte disso – a menina pulava de alegria, ação que pegara
Stana de surpresa – Desculpe! Estou assustando você. E será um prazer cantar
para você – ela nem deixou Stana falar alguma coisa, já correu de volta ao
palco e fez o sinal para a banda. Os acordes da canção já faziam a atriz
remexer o corpo. Quando estava curtindo a canção, Nathan apareceu. No memso
instante, Carly parou de tocar.
- Então é aqui que você se
esconde? Já ia reportar seu sumiço, Stana. Carly, o que essa mulher andou
fazendo com você? Ela obrigou-a a cantar? Na hora do almoço?
- Não é nada disso – a menina
parecia um pouco tensa com o comentário de Nathan, queria se desculpar, porém
ela interviu.
- Não ligue para ele, está
zoando com a sua cara e posso dizer morrendo de ciúmes por eu estar soznha aqui
com você.
- Ufa! Por um instante achei
que estava fazendo algo bem errado. É um prazer conhece-lo, Nathan. Posso te
dar um abraço?
- Claro, vem cá! – ele a
abraçou e Carly sugeriu tirarem selfies. O rei das selfies se encarregou de
fazer as melhores poses e caretas. Nathan adorava aquilo. Stana o observava,
parecia criança. Tambem sabia que havia fotos dos dois com Carly e de alguma
forma, eles deveriam evitar que Carly complicasse as coisas postando online. As
risadas chamaram a atenção de alguns membros da equipe técnica e por conta
disso a diretora os achou.
- Muito bem, vocês esqueceram
que ainda tem que trabalhar? E eu pensando que estavam descansando nos
trailers, estão atrapalhando nossa estrela musical. Duas cenas, depois é o
momento de Carly.
- É, acabou o intervalo e a
brincadeira. Nos vemos depois, Carly – disse Nathan.
Por volta de cinco da tarde,
eles terminaram as cenas anteriores, se dirigiam para o estúdio onde filmariam
a última cena. No meio do caminho, o celular de Nathan tocou. Era Michelle. A
sua assistente pessoal tinha estado ausente do estúdio hoje para resolver
alguns assuntos pessoais. Porém, recebera uma ligação da agente de Nathan, não
havia conseguido contato com o ator.
- Você disse que algumas vezes
não posso atender celular no estúdio? Ah, certo. Sabe o assunto, Michelle? –
ele escutava as colocações da sua assistente com atenção. Stana que caminhava
um pouco atrás dele, percebia que pareciam boas notícias pela forma como ele
reagia. Se quisesse dividir com ela, provavelmente o faria em casa.
- Excelente, Michelle. Vou
apenas mandar uma mensagem para eles. Estou entrando em gravação agora. Depois
que terminar, retorno a ligação para ouvir detalhes. Obrigado – desligou o
celular enfiando em seu bolso. Sorria. Diminuiu o passo para que Stana ficasse
ao seu lado a fim de poder comentar em voz baixa o que acabara de ouvir –
adivinha? Minha agência entrou em contato com Michelle para dizer que as negociações
com a ABC estão bastante promissoras. Eles acreditam que até o fim de abril
estarei com contrato renovado com chances de 90% de aceite da minha proposta. Isso
não é ótimo, Staninha?
- Renovar seu contrato, assim tão
fácil? Sim, é bom – embora em sua mente a notícia a deixava um pouco incomodada.
Tentou esboçar um sorriso.
- E quanto ao seu? Nada ainda?
- Não, eles ainda estão em discussão
com a emissora – sem estender-se mais, ela suspirou por já chegarem ao set onde
o assunto não iria se estender.
O lugar mudara consideravelmente
de quando estiveram ali algumas horas atrás. Parecia o palco do Saturday Night
Live com plateia, luzes e holofotes para todos os lados. A primeira cena seria
filmada na área de backstage simulando o momento anterior ao que Carly subiria
ao palco. Foi bem simples de fazer, não dando trabalho algum para a equipe e a
diretora.
Nathan estava ansioso pela
próxima cena, a abertura que Terence lhe dera para fazer a dança como melhor
lhe convinhesse, era algo muito bacana. Ele e Stana tinham certa liberdade
quando se tratava de improvisação. Claro que somente funcionava se os dois
estivessem em sintonia. Ele não queria ter que dizer a ela o que queria fazer. Era
para surpreendê-la, nem que fosse um pouquinho.
Após uma breve conversa entre
eles e Terence, as últimas dicas são passadas e o escritor nada revela sobre a
ideia trocada com Nathan. Todos em seus lugares esperando pelo comando da
diretora. Assim que ela grita ação, Carly sobe ao palco, agradece e dedica a
música ao criador do programa. Da lateral do palco, Castle e Beckett parecem
estar admirando a performance da cantora. Vendo Stana se balançar ao ritmo da
música, ele soube que era sua deixa para improvisar. Virou-se para a esposa
oferecendo a mão e se encarregando de livra-la da pasta que segurava debaixo do
braço. Puxando-a para si, fez seus corpos colarem por alguns segundos, vendo a
surpresa total no olhar de Stana.
Assumiu a coreografia tendo todo
o apoio dela que o observava guia-la gesticulando passos e fazendo-a sorrir
diante da pequena dança quase íntima que criavam ali. Nathan adorava vê-la leve
e descontraída, a improvisação fora uma ótima sacada para esse episódio.
Ao se separarem, Stana ria
batendo palmas e com um sorriso lindo nos rostos. Naquele instante, eles não eram
Castle e Beckett, não. Eram Nathan e Stana, marido e mulher, aproveitando para
ter um momento só deles no set. Ao ouvir o corta, eles se olharam sorrindo,
Nathan piscou para ela.
- Excelente! Não podia ficar
melhor. Adorei a dança de improviso, Nathan. Meus caros, encerramos os
trabalhos do episódio de número 150 – todos deram gritinhos e as palmas foram
intensas.
- Espera, não está faltando
nada? Não deveria ter uma champagne para brindarmos? É um marco! – disse
Nathan.
- Concordo, mas a comemoração
do episódio será feito no último dia da temporada. Nada de festinhas agora.
Estamos no meio da semana. Por hoje, terminamos. Ah, antes que eu esqueça,
Nathan e Stana estejam aqui às sete da manhã. Teremos reunião com Andrew e
Terri.
- E por que não fazemos uma
pequena comemoração hoje? Que tal pizza? O que acha, Carly?
- Eu estou com a minha agenda
livre. Hoje é só Castle.
- Ótimo! Stana? Jon? Seamus?
- Por mim, tudo bem – disse
ela.
- Eu não posso, cara - disse
Jon – tenho um jantar no restaurante que não posso faltar. Aproveitem por mim.
- Eu estou dentro – confirmou Seamus.
- Já que é assim, vamos para a
sala dos escritores – disse Terence – não me incomodo de comer pizza. Vou ter
que ficar até um pouco mais tarde para supervisionar a edição.
Eles seguiram para a sala.
Nathan já estava no telefone com a sua pizzaria preferida encomendando a
comida. Reunidos com Dara, Chad e Amanda, conversavam numa boa querendo saber
da rotina de Carly, seus concertos e curiosidades. Quando as pizzas chegaram
foi que perceberam o quanto estavam famintos. Em meio a risadas e ótimas
conversas, eles se divertiam e saboreavam a refeição mais simples possível com
ares de banquete sofisticado.
Ao terminarem, Nathan preparou
café para ele e Stana, a bebida foi providencial. Eram quase nove da noite
quando as pessoas começaram a ir embora. Eles se despediram da equipe de
escritores e cumprimentaram Carly uma vez mais. Essa era a chance de falar sobre
as fotos já que estavam sozinhos com a cantora.
- Você vai mandar essas fotos
para mim? – Nathan perguntou.
- Claro. Posso fazer isso
agora. Desde que você também envie as suas.
- Carly, temos um pedido a
fazer para você. Sabe as fotos que tirou comigo e o Nathan juntos? Poderia não
publica-las? É importante – Stana olhou para ele procurando ajuda, somente com
o olhar a incentivou – nós temos uma clausula criada em nosso contrato pela ABC
que não aceita que tiremos fotos juntos aleatoriamente além das promocionais da
série. Por causa de uma situação que aconteceu no passado, aqui nesse estúdio.
Se essa foto aparecer online poderá trazer consequências desagradáveis para nós
dois. Entende o que digo?
- Acho que sim, isso explica
muito.
- Como assim? – Stana
perguntou.
- Toda a especulação e frustração
dos fãs sobre vocês dois. Aquelas briguinhas dizendo que não se dão bem. Tudo
mentira. Eu vi como agem juntos, em cena e fora dela. São ótimos! Adorei
conhecer vocês, de verdade. Não se preocupe. Guardarei as fotos para mim, posso
imaginar o tipo de publicidade e chateação que isso trás a vida de vocês,
repórteres, papparazzis. Sou do meio, então compreendo muito bem. Ganho mais um
abraço dos dois?
- Vem aqui, garota – Nathan
beijou-lhe a bochecha e apertou-a em seus braços. Stana fez o mesmo.
À noite em sua cama, Nathan lia
as primeiras paginas do roteiro escrito por Andrew e Terri para a season
finale. Todas as vezes que lia essas duas palavras no papel, se perguntava se
haveria uma nova temporada. As negociações com a ABC estava caminhando
lentamente, era promissor, porém a demora começava a deixa-lo ansioso mesmo com
a notícia de hoje, afinal renovar seu contrato não significava renovar Castle.
Se não houvesse uma nova temporada, ele e Stana teriam que conversar muito em
como lidar com a situação e provavelmente achar a melhor maneira de revelar o
segredo deles. Prometeram que não iriam conversar sobre negociações e
contratos. Contudo, eles já iam filmar o último episódio, o que significava no
máximo oito dias de trabalho. Eventualmente, teriam que falar do assunto.
Ela se juntou a ele na cama
escorregando para baixo do edredon. Pegou seu ipad ao lado da cama, checando
seu email. Recebera uma mensagem de sua agente sobre um novo roteiro para
analisar, um potencial filme para o hiatus.
- Pensei que ia dormir...
- Em, no máximo, quinze
minutos. Estou checando um roteiro que me enviaram. Trabalho. Nem acredito que
estamos na reta final. Semana que vem estaremos de férias. Um episódio
especial. Dara comentou o trabalho que Terri estava tendo para criar uma
espécie de obra-prima de Castle.
- Por causa da incerteza, não?
Esse lance de não saber o futuro da série torna as nossas vidas complicadas. A
dos escritores então nem se fala.
- Também não ajuda. É o fim de
uma era. Ver Andrew e Terri se despedindo de Castle assim. Fora a indecisão do
novo showrunner. Tudo contribui para a indefinição da ABC.
- É, não queria estar na pele
deles para criarem um episódio que tem duas funções principais, servir de
fechamento para uma série de sete anos e deixar potenciais histórias para uma
nova temporada. Pelos primeiros diálogos que li, tem grande potencial de se
tornar um daqueles favoritos dos fãs.
- Você está lendo o script? –
ela largou o tablet de lado e aconchegou-se mais próximo a ele.
- Sim, estou gostando muito.
Eu... é estranho, não? Saber que esse pode ser o nosso último trabalho como
Castle e Beckett. Sei que são sete anos, uma bela história, muitas risadas,
romance, mas para mim não parece terminada, podemos ter tantas aventuras desses
dois. O trabalho é cansativo, as longas horas, só não sei se estou preparado
para largar Castle ainda, ele ainda tem sonhos. Consigo vislumbrar pelo menos
dois deles.
- Mesmo? De certa forma, achei
que você seria o primeiro a apreciar um possível fechamento para a série –
ouvi-lo dizer que não pensava em deixar a série, trouxe apreensão aos seus
pensamentos - Pode me contar quais seriam esses sonhos?
- Não, vou deixa-la no
suspense. Você tem razão, chega a ser um momento agridoce. Quer dizer, Castle é
um show estável, já provamos que trabalhamos bem em equipe, com os escritores,
Marlowe se afastou e nosso ritmo continuou. Acho que pode confiar seu bebê a
outros e buscar novos projetos. Fico me perguntando quando faremos o mesmo.
- Sim, eles merecem muito mais
– ela beijou-lhe os lábios querendo desviar sua atenção da dúvida quanto ao
futuro que ele acabara de levantar – vamos dormir ou nos atrasaremos amanhã –
ela deixou Nathan aconchega-la em seus braços ficando de costas para ele. Não
dormiria tão facilmente.
Aquela conversa atingiu Stana
em cheio. Descobrir que Nathan ainda esperava mais de Castle. Não somente isso,
parecia ter planos a realizar. Ela sempre achara que ele seria o primeiro a
desistir da série. É claro que é um emprego seguro e abria a possibilidade de
desenvolver outros projetos menores. Essa declaração certamente afetava aos
dois. A decisão da ABC afetava aos dois, pessoal e profissionamente. Sem contar
o comentário sobre os possíveis sonhos de Castle. O que seriam? Aquilo a deixou
curiosa. Se Nathan conseguia enxergar novos caminhos para o seu personagem Castle,
ela deveria ser capaz do mesmo para Beckett, não? Indubitavelmente, eles teriam
que conversar, Stana precisava saber antes como a negociação de seu contrato
estava repercutindo entre os executivos da ABC.
No dia seguinte, a reunião com
Andrew e Terri estava marcada para as oito horas. A razão pela qual Terence
pedira para chegarem antes era porque os dois queriam conversar com seus atores
principais primeiramente. Sentados na sala dos escritores, eles bebericavam o segundo
copo de café da manhã. Estranharam por estarem sozinhos com os criadores dessa
vez. Andrew foi quem iniciou a conversa.
- Nathan. Stana. Aqui estamos
nós juntos para mais uma season finale. Apesar de que parece como a primeira
vez, não? Pelo menos para mim a sensação é a mesma. A ansiedade, o medo, a
vontade de contar a história perfeita como fizemos há sete anos atrás com o
piloto. Muito pouco mudou desde então, exceto pelo cabelo de Stana e o fato de
que Nathan ficou ainda mais bonitão com os anos – ambos riram, aquilo serviu
para acalmar a tensão.
- Se você diz...obrigado.
- Tenho que ficar preocupada
com essa declaração súbita? – perguntou Terri com cara de assustada ao marido
antes de rir com os demais.
- Não, claro que não. Você
continua sendo minha musa – eles viram Andrew tocar a mão de Terri e uma
vontade louca de fazer o mesmo fez Stana suspirar e trocar olhares com Nathan –
continuando. Vocês sabem que as negociações com a ABC ainda não terminaram. Temos
uma nova reunião amanhã para apontar um novo nome para o possível showrunner,
sei que estão na mesma situação com os seus contratos e espero que saiam com
êxito das negociações. Infelizmente, não teremos o resultado até às vésperas da
nossa apresentação desse mesmo episódio que começaremos hoje. Isso tornou minha
tarefa e a de Terri bem difícil.
- Sim, eu pensei muito antes de
decidir o que poderia abordar criando um clima de despedida e ao mesmo tempo
deixar as portas abertas para mais uma temporada. Por isso o prêmio para Rick
Castle. Seria uma forma de reunir todos do elenco em uma premiação, nos colocar
na filmagem e fazer uma despedida apropriada, que esperamos ser apenas nossa,
minha e de Andrew. Só que revelar o motivo que instigou Castle a escrever podia
acabar com várias possibilidades de continuação para o nosso escritor. Mas vocês
hão de concordar comigo que precisávamos disso para fechar o ciclo. Foi quando
surgiu a encruzilhada na vida profissional de Beckett.
- Vai deixar em aberto a
decisão dela? – perguntou Stana.
- Sim, lembram-se da cena final
de Watershed? O que quer que decida? Será um momento assim – disse Terri – eu
estou feliz por ter escrito duas das melhores cenas do episódio. Uma de Castle
e outra de Beckett.
- Dois discursos poderosos. Não
podia estar mais orgulhoso de Terri – disse Andrew – acho que esse será um
episódio emotivo para todos nós, isso é bom, trás sentimentos poderosos às
atuações. No decorrer das cenas, vocês verão como nosso casal evoluiu
emocionalmente. O quanto confiam e dependem um do outro. Não preciso ensinar
aos dois como viver suas personagens porque ao longo dos anos, eles se tornaram
parte de quem são. Castle e Beckett existem e só estão aí até hoje por causa de
vocês. Eu e Terri somos eternamente gratos por os trazerem à vida. Esperamos sinceramente
que continuem a jornada e que a nossa despedida não seja a de vocês também.
As palavras de Andrew os
deixaram calados por alguns segundos, absorvendo o que o escritor dissera. Nathan
foi quem primeiro se pronunciou.
- Se a ABC aceitar, eu não vejo
porque não estaria fazendo Castle no outono – sorria.
- Então, vamos começar os
trabalhos. Após a reunião faremos as primeiras cenas mais leves. O pesado mesmo
acontecerá na semana que vem. Focaremos nas cenas da investigação, de casa e do
distrito. A sua cena mais pesada será filmada na segunda, Stana. Eu quero uma
conversa antes e acompanharei a cena pessoalmente. A cena de ação será na
quarta. Quinta e sexta nos dedicaremos à festa de premiação e a nossa própria
festa de despedida. Aqui estão seus scripts completos. Nada de suspense com a
última cena exceto o discurso de Castle que entregarei depois, afinal
precisaremos de emoções antes de encerrrar essa etapa. Decidimos fazer isso
para que todos deem o máximo de si, como se esse fosse mesmo o episódio final
da série.
Terri percebera a feição
preocupada de Stana diante das suas palavras. Ela sempre era a mais emotiva
deles. Imaginava que ela demoraria a digerir o que tudo isso poderia
significar.
- Terri, qual o grau de confiança
que vocês tem de que a ABC pode renovar a série? Numa escala de 1 a 10? –
perguntou Nathan.
- Sinceramente? Diria 9 e
somente porque os contratos de vocês estão pendentes assim como o nome do
showrunner.
- Ah, então você está confiante
mesmo – a forma como Stana deixou escapar esse comentário chamou a atenção de
Nathan.
- Estou, acho que é apenas uma
questão de tempo e marketing. Eles sabem que tem audiência, um fandom
apaixonado, uma joia nas mãos. Esse clima de tensão é para deixar fãs aflitos,
mexer com os nervos e ver a repercussão da emissora principalmente nas redes
sociais.
- Isso os deixa muito
frustrados, digo os fãs. Eles sabem que não há como renovar o show sem seus
atores principais. Eu mesmo recebo vários questionamentos todos os dias no meu
twitter querendo saber se já renovei com a emissora. Se depender de mim, falta bem
pouco para isso.
- Fico feliz em ouvir isso,
Nathan – disse Andrew. Stana se encolheu na cadeira ao ouvi-lo.
- Vamos trabalhar – disse Terri
sem perceber que acabara de evitar um momento de tensão por segundos - Andrew,
você pode chamar os demais para começarmos a reunião?
Os três dias seguintes foram
bastante trabalhosos apesar de bastante proveitosos. A atmosfera do lugar
estava alegre e contagiante. Talvez por ser o último dessa temporada ou porque
todos pareciam se lembrar de momentos ou histórias passadas há algum tempo
durante os sete anos que trabalhavam juntos. Todas envolvendo a presença de
Terri ou Marlowe. Sim, o clima era de despedida, porém para Nathan as coisas
estavam um pouco exageradas. Claro que iam sentir saudades dos criadores do
show, mas havia muito drama por trás das lembranças.
Quando o dia terminava, só
pensavam em seguir para casa, tomar um banho e descansar. Na sexta, logo após
as gravações, todos estavam sentados na sala dos escritores tomando café e
rindo. As risadas eram contagiantes, ótimos momentos depois de muito trabalho,
então o celular de Stana tocou. Nathan estava do lado dela, ouviu sua última
gargalhada antes de atender sua agente. A partir desse instante, ele viu toda a
linguagem corporal dela mudar. Seu corpo se retensou, o semblante ficou sério.
A testa franzida, falava pausadamente e baixo distanciando-se de todos. Uma
mudança brusca e repentina. O que será que estava acontecendo?
Escutara algo como proposta e
novo projeto além de uma palavra que chamou a atenção de Nathan. Contrato. Será
que havia algum problema com a sua negociação? Combinaram que não tocariam no
assunto enquanto não tivessem uma perspectiva real a sua frente. Porém, pelas
reações de Stana, era possível perceber que não tivera boas notícias. Em sua
opinião, ela não devia guardar esses problemas apenas para si. Como marido
tinha responsabilidade compartilhada.
Ao voltar para perto dos
colegas, Stana tinha outro semblante. A descontração e a alegria desapareceram.
Eles trocaram um olhar rápido, porém ficou claro que ela evitaria comentar
qualquer coisa. Por se tratar de uma sexta, ela tinha vindo de bicicleta e ele
era capaz de apostar que não aceitaria sua carona para casa.
Daria esse tempo a ela. Em
casa, haveria oportunidades suficientes para saber exatamente o que acontecera
para deixa-la tensa desse jeito. Conforme suspeitara, ela se despedira de todos
alegando que por estar sem carro tinha que aproveitar para chegar em casa antes
das dez da noite.
Nathan deixou-a ir ficando pelo
menos mais uns trinta minutos conversando com os rapazes. Pensou em que poderia
levar para casa a fim de proporcionar um momento de relaxamento para Stana,
isso ajudaria a amenizar a pressão que vira em seu rosto após aquele
telefonema. Sabia que ela adorava as comidinhas do restaurante do Jon, então
antes de se despedir dos rapazes ele resolveu perguntar sobre a possibilidade
de levar alguns quitutes para casa.
- Jon, você não trabalha com
delivery no Clutch, mas se ligar para lá é possível antecipar um pedido para eu
buscar para viagem?
- Claro que sim, por que?
- Estou com vontade de comer
tex-mex e sou fã daquelas asinhas que você serve por lá. Esqueci completamente
que meu irmão está aí, seria um bom jantar para a sexta.
- Ora! Por que não vai para o
restaurante com o Jeff? Mais tarde estarei por lá, podíamos tomar algumas doses
de tequila juntos ou se preferir mojitos.
- Agradeço o convite, mas estou
cansado demais hoje para beber e amanhã tenho compromisso cedo. Melhor levar
para casa.
- Vou resolver isso para você,
bro! Asinhas, guacamole, tacos do dia... alguma preferência de recheio ou posso
escolher? Ah, e quantos você quer?
- Confio no seu bom gosto. Duas
porções de guacamole e seis tacos. Ah, coloque uma porção daquela pimenta
deliciosa que você tem lá. Quase me esqueci da sobremesa, dois “tres leches
cakes”.
- É pra já! – Jon pegou o
telefone e começou a falar com sua gerente explicando o pedido especial,
tapando o microfone, voltou-se para Nathan – quanto tempo para você estar lá?
Quero mandar preparar o mais perto possível da sua chegada porque não vai
demorar muito, talvez uns vinte minutos.
- Até Venice? Diria que uns
trinta minutos considerando o transito. Melhor eu ir andando. Mande uma
mensagem qualquer coisa.
- Sem problemas e Nathan, por
conta da casa!
- Jon, realmente não precisa.
- Claro que sim, somos amigos e
nada mais justo que pagar seu jantar uma vez.
- Obrigado. Bom fim de semana.
Nathan dirigiu rumo a Venice. O
transito não estava tão pesado como pensara, o que era excelente. Não estava a
fim de passar muito tempo preso nas ruas. Queria muito estar logo na companhia
de Stana. Ela parecia que precisava muito de colo. Será que acontecera algo com
alguém da família? Claro que não, Nathan! Você mesmo percebeu que se tratava de
negócios. Checou o relógio, já fazia mais de quarenta minutos que ela deixara o
estúdio. Ele ainda levaria quase uma hora para chegar em casa, melhor avisar
quanto tempo ainda demoraria para estar em casa.
Pegou o celular e enviou uma
mensagem para a esposa “Hey, gorgeous! Atrasei um pouco, mas prometo que você
vai gostar do motivo. Chego entre 40 e uma hora. NF”. Sinceramente, esperava
que ela respondesse. Voltou sua atenção para a rua. Estava chegando à altura da
rodovia 10 que precisava pegar a Lincoln Road. Nem bem entrou na rua do
restaurante, seu celular indicou uma mesagem. Jon. “Tudo certo, bro! Seu pedido
está finalizando.” Ele respondeu agradecendo informando que estaria no
restaurante em menos de dez minutos.
Estacionou o carro e não
demorou nem dois minutos para pegar o pedido. Jon ainda colocara um pacote com
seis garrafas de Corona. Finalmente, Stana respondera sua mensagem dizendo que
estava esperando por ele. Satisfeito, respirou aliviado. Vinte minutos depois,
estava em casa. Ao entrar, viu que as luzes da sala e da cozinha estavam
apagadas. Ele colocou as comidas sobre o balcão da cozinha. Pegou dois pratos,
talheres e copos. Iam beber vinho branco, nada de bebida pesada como tequila.
Descompressar.
Subiu as escadas. Ela
certamente estava no quarto. Ao chegar na porta, podia sentir o aroma de
baunilha. Ela devia estar na banheira. Ótimo! Um bom começo para relaxar. A
vontade era de se juntar a ela nesse momento, porém se fizesse isso o jantar
esfriaria. Atravessou a porta do banheiro e a encontrou deitada em meio a sais
de banho com os olhos fechados e uma toalhinha na testa. Era uma visão
deslumbrante. Ele se agachou ao lado dela.
- Hey, gorgeous... – acariciou
os cabelos dela. Stana abriu os olhos lentamente.
- Hey.... – o rosto dela ainda
tinha ares de cansaço e preocupação.
- Trouxe nosso jantar. Não vá
demorar aí, está tudo quentinho. Podemos comer e namorar um pouquinho...
- Tudo bem, me dá cinco
minutos?
- Claro! – ele inclinou-se e
roçou seus lábios nos dela. Desceu para a cozinha arrumando tudo para que
jantassem e aproveitassem um momento agradável a dois, precisava que ela
estivesse de bom humor para questiona-la. Serviu as taças de vinho quando a viu
descendo as escadas vestindo uma calça de moleton e uma camiseta dele, parecia
um vestido nela – esqueceu de lavar seu pijama ou isso tudo é vontade de sentir
meu cheiro? Saudades, Staninha?
- Deixa de ser convencido,
Nate. Essa blusa tem o meu cheiro.
- Talvez porque você a colocou
dentro da sua gaveta? Pensa que não vi? Não é a primeira vez que faz isso.
- Culpada – ela riu sentando-se
à mesa, tomando o primeiro gole do vinho – o que temos para jantar?
- Tex-mex. Passei no Clutch.
Temos asinhas de frango picantes, guacamole e tacos do dia. Jon agilizou as
coisas no restaurante e não me deixou pagar. Antes que você me pergunte sobre a
tequila, algo me diz que você não está muito inclinada para bebê-la, por isso o
vinho.
- É, você acertou em tudo. E
estou morrendo de fome.
- O que estamos esperando? –
ele sentou-se ao lado dela, beijando-lhe a bochecha, cheirou o pescoço – hum...
que delícia! Desse jeito vou querer logo a sobremesa – ela olhou para ele com
um sorriso cansado, Nathan arrumou uma mecha de cabelo atrás da orelha retribuindo
o sorriso – coma, amor.
Os primieros minutos foram
dedicados apenas a saborear a comida. Nathan era louco pelas asinhas picantes,
ela lambia os dedos com o guacamole. Ele observava casa movimento dela, cada
gesto. Apesar de estar se alimentando, sentia que Stana não estava com o
pensamento ali. De repente, ela quebrou o silêncio.
- Você acertou em cheio. O dia
de hoje pedia uma confort food. Estou realmente cansada, nem acredito que falta
apenas uma semana. Cinco dias, Nathan.
- Não pareça tão animada. Serão
cinco dias pesados. Ainda bem que temos dois dias de descanso e você quem vai
dizer o que iremos fazer – ela mordiscava o taco olhando para ele. Ás vezes não
acreditava que estavam juntos. Ela adorava o jeito como Nathan a olhava, havia
tanto carinho, tanto zelo em um gesto tão simples. Esse pensamento fazia a
culpa machucar seu coração. Não deveria ser assim.
- Eu já estou satisfeito. Vou
esperar por você para comermos a sobremesa.
- Quem disse que eu concordei
com a sobremesa?
- E por que teria que
concordar? Eu posso comer seu bolo tres leches sem problema. Quer café?
- Ah, sobremesa de verdade?
Você se lembrou do bolo? Aceito café, sim.
- Ótimo – ele levantou-se para
preparar a bebida, estava dando um tempo a ela para que pudesse confronta-la. O
cheiro de café encheu a sala, com duas canecas nas mãos e a sacola com as
sobremesas, ele sinalizou para que ela o seguisse até o sofá. Stana pegou a
última asinha do prato e levantou-se. Antes de juntar-se a Nathan, ela lavou as
mãos e afundou no sofá já segurando a caneca fumegante – não vai comer primeiro
o doce?
- Só quero provar seu café –
sorveu o primeiro gole – delicioso – Stana pegou o doce quase salivando. Ao
abrir a embalagem o cheirnho de leite e morango a fizeram suspirar. Por
impulso, tascou um beijo nele. Parecia uma criança encantada com o doce. Fechou
os olhos na primeira colherada – isso está muito bom.
- Você não tem jeito mesmo!
- Obrigada – beijou-lhe os
lábios – obrigada – repetiu o gesto – isso foi muito bom – Nathan deixou-a se
deliciar com o doce. Aquela demonstração de carinho fora sincera, porém
conhecia Stana o suficiente para saber que ela pegaria qualquer momento de
distração para evitar uma conversa séria. Vendo-a colocar a embalagem vazia
sobre a mesa de centro pegando novamente a caneca, Nathan decidiu iniciar a
dolorosa conversa. Não sabia exatamente o que estava prestes a enfrentar,
contudo não importava. Ele estava pronto para ajuda-la, qualquer que fosse o
problema que a aflingia.
- Amor, o que está acontecendo?
Sei que está cansada, porém esse não é o motivo de você estar um tanto
cabisbaixa, triste. Não gostaria de usar a palavra preocupada, apesar de ser a
ideal para o que estou vendo em seus olhos. Desde que atendeu aquele telefonema
de sua agente, seu semblante mudou, seu humor. Conte para mim, Stana.
- Nathan, não é nada. Alguns
compromissos que falhei, decisões que adiei. Coisas normais de carreira. Nós
falamos que não íamos preocupar um ao outro com isso.
- É verdade, falamos, prometemos
que as discussões acerca das negociações e dos contratos da ABC não seriam
objeto de nossa relação, mas não pude deixar de ouvir algumas palavras. Projeto
e contrato estavam entre elas – percebeu o desconforto de Stana ao vê-la
ajustar o corpo no sofá, uma certa tensão – olha, amor, se você está com
problemas para negociar seu contrato ou está em dúvida se a emissora vai
renovar a série, qualquer que seja o problema, você pode dividi-lo comigo.
Quero ajudar.
- Não, Nathan. Prefiro deixar
as coisas como estão.
- Olha, provavelmente não
saberemos da renovação até às vésperas do episódio de maio. Sei que decidimos
não comentar o assunto, porém temos apenas mais cinco dias de trabalho e tudo
que se refere a Castle afeta a nós dois. Precisamos conversar. É o nosso futuro
dentro e fora das telas.
- Nathan, ainda não é o
momento...
- Stana, isso não é justo. Sei
que tem algo te incomodando. Quando me casei com você, eu disse sim a qualquer
momento, na alegria e na tristeza... não apenas isso, se o problema envolve
nossas vidas profissionais e pessoais, temos que enfrenta-lo juntos. Afinal,
somos casados na realidade e na ficção. Por favor, não me deixe de fora. Quero
ajuda-la.
Stana não esperava que ele a
questionasse quanto a isso. Ele tinha razão, ela ficara muito abalada com
relação à notícia que recebera naquele início de noite. Era incrível como
Nathan percebia cada mudança de humor dela. O assunto em questão dizia respeito
aos dois, nisso estava certo. Suas consequências afetariam suas vidas para o bem
ou para o mal. Não estava preparada para discutir sobre isso, não era o momento
ainda. Ela tinha uma tendência natural em guardar seus problemas para si,
sofrer calada.
Por outro lado, não era justo
esconder dele seus medos e anseios se o afetaria diretamente. Passando as mãos
nos cabelos, desviou os olhares de Nathan por um bom tempo. Ele estava
detestando aquele silêncio. Segurando as mãos dela nas suas, Nathan forçou para
que olhasse para ele.
- Stana, o que quer que
aconteça, vamos enfrentar juntos. O que está acontecendo com o seu contrato?
- Nate, eu não quero que me
odeie. Não sei o que pode pensar de mim...
- Eu nunca poderia odia-la, eu
te amo – aquelas palavras deram forças a Stana, se o amava, tinham que
enfrentar não importa quão difícil fosse essa nova fase. Inclinou-se para
beija-lo.
- O que vou falar para você
pode parecer errado e chocante, por isso quero que apenas me ouça antes de
questionar ou até brigar...
- Eu não brigaria... – ela o
cortou.
- Não faça promessas que não
poderá cumprir. Acredite, você brigaria, irá brigar comigo. Mas estou
preparada. De verdade. Promete que vai ouvir? – ele balançou a cabeça
concordando. Stana respirou fundo antes de jogar a bomba no colo dele – as
negociações do meu novo contrato com a ABC não estão nada bem. Pedi a minha
agente para redigir duas propostas para apresentar. A proposta que enviei a
emissora implicava em aumento de salário e reduções de horas trabalhadas. A
princípio, nada tão fora do comum no nosso ramo, quem não quer mais dinheiro? O
problema é que a ABC está irredutível dizendo que não há coerência no pedido.
Por que me pagariam mais para trabalhar menos?
- A reação da ABC é normal,
qualquer emissora reclamaria disso. Desembolsar mais dólares por menos
dedicação.
- É um direito que eles tem
assim como eu também. Então, eu pensei em mandar minha outra proposta, só que
isso irá soar tão... egoísta. A segunda proposta é igual à primeira com uma
cláusula irrevogável.
- Como assim?
- Basicamente, se não aceitarem
o que estou pedindo, não existe mais Kate Beckett.
- Isso é muito radical, não? –
respondeu Nathan um pouco surpreso pela proposta, jogaria tão pesado assim?
- A questão não é essa, ser
radical ou ousada. A segunda proposta era na verdade a minha primeira. Era a
que eu queria mandar para ABC, porém minha agente me convenceu do contrario e
agora estamos em pé de guerra. Nathan, a verdade é que – ela respirou fundo
antes de dizer as palavras – eu não sei se estou disposta a voltar a ser Kate
Beckett. Não queria filmar mais um ano de Castle.
- Você o que? – a cara de
choque que se formou na frente dela fez seu coração doer. Perplexo, ele se
deixou desviar o olhar de Stana. Aquilo era uma facada nas costas.
Continua......
2 comentários:
"Você o que?" Você não tem coração Stana Katic? Não se acaba uma Kate Beckett assim. Mas, de certa forma, você tem razão, lutar pelos seus objetivos, afinal, você é a "mandona" ou não é?
EITA!!!!
O dilema dela está a mil,como sempre digo Não existe Castle sem Beckett e nem Beckett sem Castle. Armaria!!!!!
Dói só de imaginar,agora é esperar o que virá a seguir e como o Nathan vai lidar com isso.
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