segunda-feira, 14 de novembro de 2016

[Castle Fic] One Night Only?! - Cap.70


Nota da Autora: Esse é o penultimo capítulo de ONO. Que jornada! Ainda temos alguns acontecimentos para apreciar. Estou saudosa, porém feliz. Obrigada pelos maravilhosos (e gigantes!) comentários. Amo cada um deles de paixão. Se pudesse dedicava esse capitulo a varias pessoas, mas decido a todas as leitoras (vocês sabem quem são) que apreciam a jornada do autoconhecimento e do reencontro de Kate Beckett. Escolhi uma musica que tem tudo a ver com Roma. Se quiserem escutar segue o link abaixo. Na voz do incrível Michael Bublé, a primeira vista, pensa-se que a letra está errada. Sim e não, a musica cantada primeiramente por Dean Martin traz um dialeto antigo do italiano. Sott'er Celo di Roma - On an Evening in Roma. Enjoy! 

On an Evening in Roma



Cap.70     

No caminho para a cantina, o celular de Kate toca. Dana. 

- Oi, Dana! Que bom que retornou a ligação. 

- Estava no seminário, não podia atender. Você já está em Roma? 

- Sim, segundo dia. 

- E? 

- Tudo maravilhoso! Queria saber se você pode vir nos encontrar? Quem sabe para o evento de Castle na terça? Adoraria ter companhia enquanto ele trabalha. Será que dá para fugir? 

- Por você? Por que não? Que horas é o evento? 

- Às cinco da tarde e vai até às sete horas. De lá, poderemos ir jantar. Tem uma cantina incrível que serve o melhor carbonara que já comi na vida. 

- Pensei que o melhor era o do Castle… 

- O que posso dizer? Castle aprendeu com o melhor. 

- Tudo bem, você já me deixou super curiosa. Passa o endereço do hotel para eu te encontrar na terça, vou tentar chegar até três da tarde. 

- Ótimo! Vejo você na terça. Castle está te mandando um beijo. 

- Outro para ele. Ciao, Kate. 

- Então, ela vem? 

- Sim, depois do evento vamos leva-la no Pepe. Dana de todas as pessoas merece aquele carbonara. 

- Disso não posso discordar. 

- E quem sabe, talvez eu tenha um outro motivo para leva-la até lá… vai depender do que iremos encontrar hoje à noite. 

- Kate Beckett, o que você está tramando? 

- Nada…ainda. 

Chegaram ao Bonnacelli por volta das sete horas. Ao entrarem no restaurante, Kate já sorria. O barulho dos pratos, conversas e da boa musica italiana enchiam o ambiente e contagiavam-na. Castle avistou uma mesa vazia quase ao fundo do salão, bem próxima a cozinha. Sentaram-se. Ele procurava pelo velho Pepe ou por Giovanne. Dessa vez, foi Kate quem o viu primeiro e acenou. Giovanne veio ao encontro deles. 

- No credo! Stai qui? Rick! E la più bella donna, ciao Kate! - ele pegou a mão dela e levou-a aos lábios. Abraçou o amigo - Che piacere! Como vocês voltam a Roma e não avisam? 

- Estamos aqui, não? Chegamos ontem. 

- Papa vai adorar! Ele saiu com Miguel para pegar uns queijos em um fornecedor. Deve voltar logo. O que os traz a Roma? Estão de férias? 

- Um misto de tudo. Férias e trabalho. Tenho um evento na terça para o lançamento do meu segundo e terceiro livro em italiano, além do primeiro quadrinho de Storm. Vou trazer um para ele depois do evento. 

- Querem o vinho da casa? 

- Por acaso vocês tem um vinho Chianti de Florence? É o preferido de Kate - ele olhava a carta de vinhos - é dessa vinícola - apontou no menu - ah! É esse aqui. Queremos uma garrafa, temos muito o que comemorar.  

- Mesmo? Alguma data especial? 

- Motivos especiais, quatro anos de parceria, o amor. 

- Wow! Você está louco pela sua detetive, hein, Castle? 

- Eu a amo, Gigio - ele olhou para Kate que sorria feito boba, beijou-lhe os lábios rapidamente. 

- Ótimo! Vou providenciar. Já volto - cinco minutos depois, ele voltava com as taças e a garrafa, serviu-os e também trouxera pão italiano e antepastos - vou deixa-los em paz. Já vou mandar fazer o carbonara de vocês. 

- Espera, Giovanni. Para que a pressa? - disse Kate - sente-se conosco para conversar um pouco. Como você está? 

- Estou ótimo! Mal paro aqui no restaurante, venho mais nos fins de semana para Roma. Estou desenvolvendo um projeto em parceria com a universidade de Milão, o que me mantém mais lá do que aqui. Continuo dando aulas e apreciando a vida. 

- E na sua vida não existe espaço para alguém? Está namorando? 

- Não, mas isso não quer dizer que não aproveite a vida. Regra de qualquer italiano solteiro. Mas acho que preciso parar. Se até esse mulherengo do Rick encontrou alguém especial, por que não posso? 

- É claro que pode. Basta estar disposto a aceitar isso em sua vida. 

- Estamos românticos e filosóficos hoje. Culpa de Roma, Kate? - Giovanni perguntou. 

- Talvez, Roma certamente tem influência nisso. 

- Vou ligar para o papa e checar se o jantar de vocês já está a caminho - assim que Gigio se distanciou, Castle a fitou curioso. 

- O que você está tramando nessa sua cabecinha, detetive? 

- Nada! - mas sorriu maliciosa - apenas curiosidade. 

- Sei, eu te conheço e se for o que eu estou pensando, tem minha ajuda e aprovação. 

- Rick! Mio ragazzo! E Nikki! - Pepe já chegava fazendo festa - Gigio está cuidando de vocês? Bom vê-los em Roma. Passeando? 

- Também e estamos bem servidos, Pepe. Está vendo? Nossa comida já chegou - ele disse vendo os pratos fumegantes de carbonara - estava com saudades dessa belezinha. 

- Não mais que eu, Castle. 

- Kate, continua linda! E confesso que estou surpreso em ver que Rick não lhe fez abandonar o bom gosto. Como você conseguiu mante-lo ao seu lado? Com uma arma? Ecco! - ela riu. 

- Eu gosto dele, da companhia, dos beijos, das historias e da parceria. 

- Gosta, mia cara? 

- Não, eu amo. Especialmente o jeito moleque dele - e fitou os olhos azuis entrelaçando a mão na sua. 

- Ah…che bello. L’amore! Manjare, manjare! - eles os deixou sozinhos por algum tempo apenas saboreando a refeição. Kate gemia a cada colher. Ao terminar, ela puxou o rosto de Castle e sorveu seus lábios apaixonadamente. A música ecoava pelo salão e todos passaram a cantar e dançar. Castle a fez dançar com ele mais uma vez, cantaram e riram. Uma noite maravilhosa. Antes de deixarem o restaurante, Kate puxou Giovanne para o lado e perguntou.

- Você voltará para Milão essa semana? 

- Não, a universidade tirou duas semanas de recesso. Estão ministrando alguns congressos e cursos de verão. 

- Então, você estará por aqui na terça à noite? 

- Ecco, perche? 

- Curiosidade, afinal viremos comemorar o evento aqui. 

- Será um prazer revê-los - Despediram-se de Pepe e Gigio levando a sobremesa para comer mais tarde. Pepe deu um aperto bem forte em Castle ao abraça-lo e ambos prometeram voltar na terça.   

Chegando ao hotel, Kate colocou a sobremesa no frigobar. 

- Que tal um banho agora? 

- Hum, isso é um convite, amor? - ela se aproximou dele já desfazendo os botões da camisa, o nariz roçava a pele do pescoço, os dentes arrastavam-se nos ombros nus dele - oh… acho que sim - rapidamente perderam as roupas entrando no chuveiro. Foi apenas o tempo de ligar a agua. Castle a empurrou contra a parede devorando-lhe o pescoço e o colo, as mãos de Kate passeavam em suas costas, apertavam-lhe o bumbum puxando-o para junto dela, os corpos colados. Ele ergueu-a do chão, Kate colocou as pernas ao redor da cintura dele e sentiu-o invadi-la em um único movimento. 

Ainda sentindo os lábios em seu pescoço, ela mordiscava sua orelha e afagava-lhe os cabelos numa urgência enorme, procurando por mais um beijo enquanto sentia as estocadas contra seu corpo. Rápidas, precisas e deliciosas. Tomou-lhe a boca com sofreguidão. Querendo mais, desejando mais. Castle era tudo o que precisava. O orgasmo cresceu dominando seus corpos, unindo-os em um momento de prazer intenso. Ao terminarem, continuaram escorados na parede, recuperando o fôlego. Castle foi o primeiro a sair do banheiro, ela ainda queria lavar o cabelo. 

Alguns minutos depois, ele a viu voltar ao quarto usando o roupão. Ao ficar de frente para ele, Castle lhe ofereceu um pouco do prosecco. Ela bebeu a taça e deixou-a sobre a cabeceira. Desfez o laço fazendo com que a peça de roupa viesse ao chão revelando o corpo nu. Empurrou-o contra o colchão e sentou-se sobre ele. Queria mais. 

Castle a segurou pela cintura fazendo a trajetória por toda a lateral de seu corpo até emoldurar seus seios com as mãos roçando os polegares sobre os mamilos, ela jogou a cabeça para trás, recebendo o carinho. Gemeu. Ele inclinou o corpo para frente sentando-se na cama para provar um dos seios enquanto usava o polegar e o indicador para apertar e puxar o mamilo do outro, os gemidos aumentavam ao sentir a língua e os lábios dele brincando e sugando seu seio. Deus! Aquilo era bom demais. Novamente estava úmida em seu centro. Castle desviou os lábios do seio dela puxando-a pelo pescoço para um novo beijo. As línguas de ambos faziam uma dança própria entregando-se ao sentir. 

Beckett tornou a empurra-lo contra o colchão. Apoiando-se em seu peito, ela preparou-se para recebe-lo deslizando em seu membro. A sensação de plenitude era incrível. Ela espalmou as mãos em seu peito e começou a movimentar-se sentindo-o crescer dentro dela. Castle não aguentava ficar sem toca-la. As mãos dele percorriam seus seios, seu estômago, até chegarem a sua cintura. Ele movimentava-se com ela imprimindo ritmo para proporcionar o máximo de prazer a Kate. 

Era maravilhoso poder admira-la. Linda, gemendo, tocando-se e mexendo os cabelos. Ele precisava beija-la. Seus lábios doíam querendo tocar aquela pele. Erguendo suas costas do colchão, ele deixou sua boca navegar pelos ombros, pescoço, colo. Seus dentes roçaram a garganta dela. O ritmo acelerado tornou o encontro dos lábios ríspido e prazeroso. Ela gemia e Castle pode notar que seu corpo estava tremendo, o orgasmo se aproximava. 

Kate gemeu e gritou o nome dele. Castle. Ele era o seu tudo. Apenas queria estar com ele completamente. Corpo, alma. Sentir, amar e ser amada. Não há sensação melhor que se transformar em um só ser e transbordar de prazer com quem se ama. Esse foi o ultimo pensamento dela antes da explosão acontecer. Um arrepio divino percorreu seu corpo durante a consumação do ato, segundos depois, Castle a acompanhara deixando-se levar sem reservas. 

O mundo lá fora não importava, as luzes de Roma e o ritmo agitado e cheio de musicalidade foram esquecidos após a noite de amor. Naquela cama, somente o afago e o calor dos corpos de um homem e uma mulher tornavam o momento especial. Kate deitara sua cabeça próximo ao coração de Castle, ouvia as batidas aceleradas e descompassadas irem se acalmando segundo a segundo. Ela sorria. Beijava-lhe o peito e sentia as caricias em seu cabelo. Estava extremamente feliz. 

Castle acordou no domingo com uma sensação de vazio. Kate não estava ao seu lado na cama. Checou o celular. Quase oito da manhã. Era cedo. Curioso para saber onde ela havia se metido e querendo saber o que fazia, levantou-se a sua procura no quarto. Ele a encontrou na varanda vestindo o roupão do hotel com uma caneca de café nas mãos. Ela olhava a paisagem de Roma, pensativa. Castle a abraçou por trás beijando-lhe a nuca. Automaticamente, Kate acariciou seu braço com uma das mãos. 

- Bom dia, amor. Por que se levantou tão cedo? Podíamos estar agarradinhos na cama. 

- Quis apreciar a vista. E estava desejando um café - ela virou o rosto beijando seus lábios - também quero aproveitar o dia em Roma. Você não está destruído pela noite anterior a ponto de querer ficar deitado, está? Quer dizer, eu estou com um pouco de dor, nada tão difícil para andar, mas não quero nem pensar em ficar num quarto de hotel. 

- Eu… desculpe, não queria machuca-la, foi o chuveiro não? - ela sorriu. 

- Não me machucou, Castle. 

- Estou muito bem, renovado eu diria. E tenho o programa perfeito para hoje. Iremos à Napoli. 

- Hum.. adorei a ideia, babe. 

- Então, vá se arrumar para descermos para o café e partirmos na nossa aventura do dia.       

Durante todo o domingo, Castle e Beckett desbravaram Napoli e seus arredores voltando para Roma e continuando a experimentar vários pontos da cidade. Ele já comentara que assim que acabassem os compromissos iriam a Florença, Milão e Veneza. Beckett mal podia esperar. Na segunda-feira, ele reservou um tempo para conversar com Ellen enquanto Kate avaliava as vitrines, porém Castle avisara que ela deveria esperar para comprar qualquer coisa em Milão. À noite, optaram por comer no restaurante do hotel, o Mirabela, que era considerado um dos melhores da categoria. 

Terça-feira

Castle saiu do hotel por volta das quatro horas da tarde. Sabendo que o evento começava às cinco, Beckett prometeu a ele que estariam lá no máximo às cinco e meia. Precisava apenas dar tempo para Dana chegar e se arrumar. 

A livraria estava movimentada. Vários fãs do escritor esperavam ansiosos por seu momento querendo o autógrafo, foto e ouvi-lo contar um pouco da nova aventura de Nikki. Castle estava vestindo um terno cinza claro com uma camisa roxa. Sorridente, conversava com  Ellen acertando os últimos detalhes da noite e pedindo para fazer a leitura às seis da tarde porque queria ter a certeza de que Beckett estaria presente. Sendo assim, ele iniciou a noite autografando alguns livros. 

Por volta das cinco, Dana finalmente apareceu no hotel. Kate estava pronta apenas esperando pela amiga. Ao abrir a porta da suíte, ela foi logo se desculpando. 

- Ah, Kate, eu sinto muito. Sei que estou atrasada. Será que posso ao menos retocar a maquiagem? 

- Claro, Dana. Eu disse para Castle que chegaríamos umas cinco e meia. 

- Nossa! Você está um arraso! Que vestido lindo - de fato, ela vestia um semi-longo roxo de uma alça apenas colado ao corpo deixando o colo a amostra. Na lateral uma fenda mostrava um pouco mais das coxas, porém Kate usava um casaco para evitar grandes tititis e atenção com relação ao vestido - aliás, o conjunto todo está lindo, as joias, o cabelo e a aparência. Seu semblante exala felicidade, Kate. 

- É porque eu realmente estou feliz - ela sorria - Você também está linda. Esse tom de verde combina com você. Realça seus olhos. Vá retocar essa maquiagem, não quero chegar atrasada para a leitura. 

- Eu vou fazer questão de comprar um exemplar em italiano de Heat Rises para Castle autografar.    

Castle já havia encarado uma fila de umas cinquenta pessoas quando Kate chegou ao evento. Ela havia comentado com Dana que não iam fazer uma aparição a fim de chamar a atenção, ela queria ser o mais discreta possível. Outra vez conseguiu. A primeira pessoa com quem falou foi Ellen que a cumprimentou com a maior alegria. 

- Kate Beckett! Você não sabe o quanto eu fiquei feliz em saber que você tinha vindo com o Castle outra vez para prestigiar o evento. É uma prazer revê-la. 

- Obrigada, Ellen e temos que agradecer mesmo por você apostar nele. Você é a responsável por estarmos aqui em Roma, o que para mim é duplamente prazeroso. 

- Ah, terei que discordar. Você é a razão de Castle estar com essa fila de leitores querendo um autógrafo do escritor que criou Nikki. Sem você, não havia a série Heat. Adorei saber que vocês continuam juntos. Conheço o Rick há muito tempo e sei que para um relacionamento durar com ele, a pessoa deve ser muito especial. Relacionamentos são difíceis. 

- Você não tem ideia - Dana deixou escapar. 

- Ah, desculpe. Ellen, essa é Dana Anderson uma grande amiga minha e uma excelente terapeuta. Ellen é a manda-chuva da editora italiana que publica os livros de Castle. 

- É um prazer conhece-la. Você deve ter muita historia para contar desses dois, não? 

- Ha! Daria para encher uns quatro livros de Nikki, um para cada ano - elas riram enquanto Kate revirava os olhos. 

- Deixa de ser exagerada, Dana. 

- Exagerada? Você já esqueceu? Agora que está toda sorrisos? Deixa para lá, eu prometi e cumprirei. Quero que Castle autografe meus livros em italiano. Volto já. 

- Aceita um café, Kate? 

- Adoraria - as duas se dirigiram para a cafeteria.    

Castle assinava sorrindo cada livro. Arriscava algumas palavras em italiano e brincava com suas leitoras. Ficou feliz por ver vários homens comprando seus quadrinhos. Ainda tinha uma fila pequena faltando cinco minutos para a leitura. Não se importou. Ele vira quando Kate chegara e não ia se preocupar com horários. Faria as vontades dos seus fãs. Ele acabara de autografar mais um livro quando uma voz sensual falou. 

- Hey, handsome… será que você pode autografar meus seios? - ele se assustou. Ficou vermelho na hora. 

- E-eu não… desculpa, eu não po-posso - ao erguer os olhos, Dana sorria. 

- Relaxa, Castle! - ela gargalhava - peguei você! 

- Dana! Você me assustou! Não reconheci a voz. Meus dias de autografar peitos ficaram no passado, bem no passado. 

- Eu sei! Mas pode autografar meus exemplares em italiano, não? 

- Será um prazer… - ele assinou os livros e sorrindo devolveu-os a ela. 

- Me diga, Castle. Nikki é tão sensual em italiano quanto é em inglês? 

- Se você considera o italiano a linguagem do amor, acho que sabe a resposta.     

Em seguida, Castle levantou-se dirigindo-se ao púlpito onde deveria fazer a leitura de um capitulo de seu novo livro Heat Rises. Seus fãs sentaram-se para ouvi-lo, Escondida entre as estantes de livros mais próximas, Kate sorria e apreciava seu escritor bonitão contar um pedaço da historia da sua alma gêmea literária. Ao terminar, ele sorria e seus olhos encontraram os dela. Amor, puro amor. 

Ellen tomou a frente do evento e descreveu as próximas atividades. O cronograma com o escritor terminava às sete da noite, o que significava que tinham apenas mais meia hora. Dana se juntou a Kate. 

- Acho que está sendo um sucesso! E para sua informação, a pagina 105 em italiano fica divina! - Beckett revirou os olhos rindo da amiga - azar o seu. Não sabe o que está perdendo. 

- Dana, para a sua informação, eu tenho Rook todas as noites na minha cama - piscou. 

- Sem graça! Não precisa jogar na cara. Ah, Kate já vi cada homem lindo em Milão, será que não vou encontrar meu Rick Castle? 

- Algo me diz que ele está mais perto do que imagina - sorriu para a amiga. 

- Você realmente se transforma nessa cidade, o que existe no céu de Roma? No ar de Roma? 

- Amor, Dana. Simplesmente amor. 

- Olha para você… ah, Kate… 

- Eu disse, Dana. Eu disse a Castle. As três palavras, eu disse “eu te amo”. 

- Oh! Kate… - Dana abriu o sorriso e abraçou a amiga - eu não podia estar mais feliz por vocês. 

- Obrigada. Nós estamos muito felizes. E você é responsável por isso. 

- Não mais do que você - Castle se aproxima das duas.

- Ciao, belle donne. Querem ir jantar? Minha participação aqui acabou. Ellen disse que podemos escapar. 

- Não precisa perguntar outra vez. Não vejo a hora de estar no Bonnacelli e saborear aquele Chianti novamente. 

- Pensei que era o carbonara que desejava, Kate… 

- É a combinação dos dois.   

Eles seguiram para o Bonnacelli caminhando pelas ruas de Roma. Não era tão distante assim da livraria, uns vinte minutos. Nada, quando se anda por uma cidade como Roma. Ao entrarem no restaurante, a alegria e o barulho já demonstravam a Dana o espirito do local. Sorrindo, Pepe avistou Castle e o abraçou erguendo-o do chão dando-lhe um beijo estalado na bochecha. 

- Rick! Você veio! Kate! Più bella stasera! Mamma mia! 

- Ciao, Pepe. Deixa eu apresentar a você nossa amiga, está é Dana Anderson. 

- Ecco, otre americana bellissima! Gigio, Gigio! Andiamo, una mesa para Rick! - Giovanni apareceu usando um avental vermelho e uma camisa de botão entreaberta que mostrava parte do seu peitoral. Kate percebeu os olhos da amiga para o italiano. Não perdeu tempo. 

- Oi, Giovanni. Tudo bem? Essa é a Dana, minha amiga psicóloga e terapeuta. Está estudando na universidade de Milão. Queríamos trazê-la aqui porque Dana é uma espécie de fada madrinha para mim e Castle. 

- Piacere, signorina - ele beijou a mão dela fazendo Dana suspirar - venham comigo - ele os instalou em uma mesa para quatro pessoas, Castle conversava animadamente com Pepe arrastando Gigio para falar de seus livros, entregar os presentes que trouxera para o italiano bonachão. Dana observava os três conversando e comentou. 

- Por que os italianos tem que ser tão galanteadores? Essa mania deles falarem sensualmente, olharem como se quisessem te devorar… exalam romance, mas no fim só querem uma noite de sexo. 

- Eu não sou a pessoa mais indicada para comentar esse fato. Viu onde uma noite de sexo com um galanteador me trouxe? - elas riram - mas acho que nem todos os italianos são assim. Veja Giovanni, por exemplo, ele é um sociólogo, professor na universidade de Roma, solteiro, bonito e ao que me consta, está a procura de alguém para dividir o futuro. 

- Espera, eu estou ouvindo direito? Você está querendo dar uma de cupido para o meu lado? 

- Não! Estou apenas comentando. 

- Kate, você é uma péssima mentirosa - Castle se aproximava com Giovanni a tiracolo. Sentaram-se a mesa. O italiano sorriu para Dana. 

- Gigio irá jantar conosco hoje. Faz tempo que não converso com meu amigo. E não se preocupe, amor. Ele já mandou providenciar o Chianti e o carbonara - nem bem terminara de falar, o garçom apareceu com a garrafa do vinho, uma porção de fosca, o pão italiano e o tradicional azeite e balsâmico para comer com ele. 

- Kate me comentou que você é sociólogo e professor universitário. 

- Sim, trabalho na universidade de Roma e no momento estou fazendo um projeto em parceria com a universidade de Milão. Na verdade, estou morando lá, apenas aproveitei o recesso de duas semanas para ver a família e dar uma ajuda a Papa. Ele gosta de ter os filhos perto e eu sou o único que não trabalho direto no restaurante. Já trabalhei muito quando estudava. O velho Pepe nunca deixou os filhos escaparem da rotina de lavrou. 

- Sociólogo? E do que se trata seu projeto? 

- A influência dos traumas no relacionamento social e emocional do indivíduo na sociedade. Usamos um grupo de jovens entre 18 e 25 anos que passaram por problemas com drogas, assédio moral, perdas familiares e violência domestica para entender como, após o trauma, eles se inserem no mundo social. É muito interessante. 

- Sim, realmente. E usa da psicologia, não? - Beckett trocou um olhar com Castle, sorriu aproximando-se dele e aconchegando-se em seu braço. 

- Acho que eles encontraram um assunto em comum. 

- Sim - ele ergueu a taça querendo brindar com ela - você fez bem, amor. Um brinde a isso e como diria Rick em Casablanca, esse pode ser o começo de uma bela “amizade” - ela riu da colocação com segundas intenções de Castle. Eles continuavam envolvidos na conversa quando o carbonara chegou. Giovanni já sabia que Dana estava morando em Milão e que curso fazia. Ela também se interara do projeto dele e queria poder ver alguns resultados quando ele voltasse a universidade. Definitivamente, eles estavam se dando muito bem. Ao provar o carbonara, Dana era só suspiros. 

- Meu Deus! Isso é muito bom! Maddie mataria para provar isso… ganhou do risoto. 

- Que risoto? - Giovanni perguntou. 

- O risoto do restaurante de uma amiga de Kate. Super famoso. Maddie não vai gostar de saber disso, Dana. 

- O que posso fazer? Isso é dos deuses… 

- Espere até você provar o tiramisu da minha irmã. 

- Oh, Deus! Por que vocês me trouxeram aqui? Vocês por acaso não tem uma filial em Milão, tem? 

- Infelizmente, não. 

- Ah, assim vou ser obrigada a vir a Roma nos fins de semana… 

- Obrigada? Ninguém vem obrigado a essa cidade, ela é especial. E você pode voltar aqui por outro motivo, com outra companhia… - Giovanni olhava intensamente para Dana - posso acompanha-la quando quiser, Dana - lá estava, o belo charme italiano, porém quando Giovanni segurou sua mão, a terapeuta sentiu a sensação gostosa de borboletas no estômago. Sorrindo, respondeu. 

- Eu adoraria.       

Como era de praxe na cantina de Pepe, a música e a dança encheram o salão. Castle e Beckett dançaram e cantaram como todas as vezes. Giovanni tirou Dana para dançar e o contato não apenas dos olhares como dos corpos não passaram desapercebidos por Beckett. Ela chamou a atenção de Castle para o fato. Ele comentou. 

- Parece que você acertou. A noite de Roma pode ser muito interessante para a nossa amiga. Se depender do charme de Gigio, ela não vai querer deixar a Italia. As mulheres babam por ele, incrível. Aposto que você também ficaria toda boba se o tivesse conhecido antes. 

- Talvez… - ela sorriu acariciando o rosto de Castle roçando o polegar em seus lábios - mas já encontrei um bonitão galanteador de olhos azuis, estou satisfeita. Castle, alguma chance de você ter parentesco italiano? - ele sorriu e beijou-a em seguida. Outra vez, o coro de vozes se juntou cantando “That’s Amore”. Retornaram a mesa e Giovanni pediu ao garçom para trazer dois tiramisus. Claro que imaginara que Castle ia dividir com a namorada e ele podia dividir com a sua mais nova amiga.  

Quando Dana provou o doce, fechou os olhos. Suspirou e gemeu. 

- Nossa! Eu me senti a Meg Ryan em Harry e Sally… que maravilha. Eu nunca comi um tiramisu tão bom. 

- Minha irmã é muito boa com doces. Esse é seu preferido. 

- Parabéns para ela! É incrível! Podia comer uns dez desses… 

- Precisando de endorfina, Dana? - Kate implicou sorrindo. 

- Engraçadinha, nem vou te responder. 

- Perdi alguma coisa? - perguntou Giovanni. 

- Não, às vezes elas fazem isso. Falam em códigos, eu nem me preocupo - disse Castle. Beckett virou o resto do vinho na boca, ela estava querendo ir embora. Tinha outras coisas em mente que precisavam ser feitas entre quatro paredes. 

- Que tal irmos andando, babe? Eu estou com vontade de me deitar naquela cama maravilhosa, me espreguiçar… acho que já nos divertimos muito por hoje. 

- Concordo e amanhã ainda tenho o almoço com Ellen para alegrar os executivos da editora.  Ainda bem que ela mudou para um almoço detestaria jantar sem você. Pelo menos na quinta podemos seguir para Florence. Estaremos segunda em Milão, Dana. Será que pode levar a Kate nas lojas badaladas da cidade? Disse para ela não comprar nada aqui somente em Milão, a cidade da moda. 

- É verdade, tem cada loja! Você vai adorar! 

- Não tenho dinheiro para esbanjar compras em lojas como Versace e Gucci. 

- Ah, sempre encontramos algumas coisas interessantes. Pode esperar. Quanto tempo vão passar lá? 

- Dois dias. Depois seguimos para Veneza e voltamos para Roma na sexta. Embarcamos domingo para Nova York. 

- Ah! Que maravilha… eu esperarei vocês em Milão. 

- Vamos? - disse Castle. 

- Espera, você não vai pagar? 

- Já cuidei disso faz tempo. 

- Ah, não! Rick, era para ser por conta da casa! - disse Gigio. 

- De jeito nenhum! Você vem conosco, Dana? 

- Não, acho que vou ficar mais um pouco. Talvez comer mais um tiramisu - Kate sorriu. Sabia exatamente o que poderia acontecer quando eles fossem embora. 

- Bonna sera, bambini - ela cumprimentou os dois e saiu puxando Castle pela mão. Caminhavam abraçados pelas ruas de volta ao hotel - alguém terá uma noite muito agradável. 

- É, você acertou. Se não render um romance, pelo menos Dana irá se divertir com Gigio. 

- Acha que não há espaço para um relacionamento de verdade? 

- Não sei, Beckett. Os dois certamente formam um belo casal, mas Dana mora em Nova York e conheço Gigio, não o imagino deixando a Italia para morar nos Estados Unidos longe do pai, mesmo por uma garota. 

- E se essa garota for a especial? 

- Não sei… não posso responder por ele. Eu já tenho a minha garota - ele puxou o rosto dela e a beijou. 

- Bem, que seja eterno enquanto dure - disse Kate.        

No dia seguinte, Castle deixou o hotel apenas para o almoço com Ellen. Na verdade, eles retornaram ao quarto na noite anterior e mal dormiram, aproveitaram muito bem a noite de Roma. Deram o primeiro cochilo às seis da manhã. Quando saiu, ela estava dormindo outra vez. 

O almoço foi um sucesso e Castle voltou bem contente com os resultados do evento. Encontrou Beckett com as malas prontas e usando um vestido azul estilo verão. Ela o esperava para irem a tratoria ao norte da cidade comer o tal nhoque. Ele não ia negar o convite que ela estava lhe fazendo. Durante o jantar, ele perguntou se ela falara com Dana. Disse que tentara sem sucesso. Castle apenas sorriu. Imaginava o porque. 

No dia seguinte, eles deixaram Roma em direção a Florence. Outra vez, Beckett pode reviver as lembranças da ultima viagem e criar novas memórias. Os quatro dias na vinícola foram igualmente incríveis. Em Milão, finalmente ela conseguiu falar com a amiga. Combinaram de se encontrar na frente da loja de Versace. Ao ver Dana, Beckett notou que ela estava diferente. 

- Hey… finalmente! O que aconteceu com você em Roma? Por que não atendeu meus telefonemas? 

- Estava apreciando a cidade. Você sempre falou tão bem da atmosfera e da magia de Roma nas sessões, tive que experimentar e comprovar. 

- Sei, sei… quantos tiramisus você comeu? Aposto que o seu nível de endorfina está ótimo. 

- Apenas mais um… 

- Dana, você entendeu que quando mencionei tiramisu estava me referindo no sentido figurado, provou ou não o “tiramisu”? 

- Provei, três vezes naquela noite e mais duas no dia seguinte. 

- Meu Deus! E ai? Foi somente sexo ou… 

- Ainda não sei, não quero inventar ou criar expectativas. Vamos nos encontrar aqui, depois de amanhã. 

- Certo. 

- Sério, pode tirar esse sorrisinho malicioso do rosto. Não quero ficar pensando nisso. Vamos fazer compras. 

- Dana… você está gostando dele. 

- Kate… a terapeuta aqui sou eu. Gigio é gostoso, galanteador, lindos olhos azuis e um beijo de derreter gelo, mas não sei o que vai acontecer conosco. Prefiro não encanar, um dia de cada vez. 

- Gigio… estão íntimos - ao ver o olhar zangado da amiga, ela se policiou - tudo bem, não vou mais comentar. Podemos entrar na loja antes que eu desista? 

Elas bateram perna pelo centro de Milão por quatro horas. A tarde rendeu três sacolas para cada. Quando estavam retornando para o hotel, o celular de Beckett toca. Era Castle falando para encontra-lo em um restaurante para uma pequena refeição. E novamente as perguntas sobre Giovanni surgiram, tratando da mesma forma que fez com Beckett, Dana ignorou as tentativas de detalhes que Castle insistia em descobrir. Beckett mudou de assunto perguntando a amiga sobre o que visitar em Milão. 

No dia seguinte, ela e Castle com as dicas de Dana, bancaram os turistas na cidade. 

O resto da viagem seguiu o mesmo tom. Muito romance, boa comida, excelentes vinhos. De volta a Roma, ela pediu para voltarem ao lugar do expresso e do melhor tiramisu da cidade. Eles namoraram, beberam café, conversaram. Após terminar seu doce, Castle pagou e saíram caminhando pelas ruas de Roma de mãos dadas. 

Começava a anoitecer na cidade. Beckett não acreditava que seu tempo em Roma estava acabando. Dessa vez, porém, ela tinha certeza que era por um breve instante e que a volta a Nova York não iria apagar as lembranças nem acabar com o clima de romance que os inundava naquelas duas semanas. 

Enroscada nos braços de Castle, ela fez questão de parar na Piazza Novata para se sentar na fonte e admirar o céu de Roma. O azul escuro, límpido, sem qualquer nuvem e repleto de estrelas. Beckett olhou para ele. Sorriu. 

- Acredita que estamos voltando? Deixando esse lugar incrível? Olha o céu de Roma, Cas… uma noite linda. 

- Estamos voltando para as nossas vidas, mas sempre teremos Roma, Kate. E sempre poderemos voltar. Quantas vezes quisermos. 

- Eu sei. Agora eu entendo o que você falava sobre mágica. Roma é mágica. 

- Nem tanto, Kate. A cidade é assim aos olhos dos apaixonados. É uma cidade cheia de problemas como qualquer outra. 

- Shhh, não estrague minha história com a sua lógica - ele riu - Talvez tenha razão, mas para mim, Roma será mágica porque foi aqui que percebi o quanto posso ser feliz ao seu lado. 

- Oh, detetive Beckett… resolveu deixar a razão de lado e ser romântica? - ela deu um murro no braço dele. 

- Castle! 

- Tudo bem, eu entendo. Sei que sou irresistível - ele acariciou o rosto dela e sorveu os lábios apaixonadamente - eu te amo, sabia? 

- Sim, eu sei. Eu também - e voltou a beija-lo. A poucos metros deles, um rapaz com um violão começava uma nova canção. 

- Como e' bella ce' la luna brille e' strette, strette como e' tutta bella a passeggiare. Sotto il celo di Roma. Down each avenue or via, street or strata, you can see 'em disappearin' two by two on an evenin' in Roma. Do they take 'em for espresso, yeah, I guess so on each lover's arm a girl, I wish I knew on an evening in Roma…

Beckett sorriu e entrelaçou seus dedos ao de Castle. Levantaram-se e caminharam na direção do hotel passando pela frente do cantor quando ele entoava os últimos versos. 

- Don't know what the country's comin' to but in Rome do as the Romans do. Will you on an evening in Roma? Sott'er celo de Roma. On an evening in Roma… 

Beckett riu e puxou Castle pela camisa tascando um beijo intenso e apaixonado que o deixou zonzo. Quando conseguiu falar, perguntou. 

- O que foi isso? 

- Você ouviu o rapaz, quando em Roma, faça como os romanos - não agüentando o olhar malicioso e a forma como ela mordiscava o próprio lábio, ele gargalhou puxando-a para um novo beijo - eu te amo, detetive. 

- Ah, la amore… più bella cose non che nei mondo! - o cantor exclamou sorrindo vendo a alegria dos dois. Não contente, ele voltou a cantar a mesma canção e Castle a puxou junto a seu corpo para dançar. Em um momento completamente inesperado, eles dançavam e riam. Sob o céu estrelado, numa noite em Roma. 

XXXXXX

Nova York - três semanas depois 

O zumbido soava insistentemente próximo a ela. Tinha certeza que era muito cedo para ser o despertador. Tateando no escuro, ela encontrou o seu celular. Abrindo apenas um dos olhos, reconheceu o número. Ryan. 

- Hey…Ryan… - a voz sonolenta. 

- Hey, Beckett. Desculpa pela hora, mas os mortos não se importam com o sono dos vivos. Temos um corpo. É um daqueles intrigantes, você sabe que Espo ainda está com raiva de mim, então tive que ligar para você. 

- Tudo bem… 

- Quer anotar o endereço? 

- Mande como mensagem, ok? 

- Certo. Você avisa o Castle? Ou vocês não estão se falando? 

- Eu aviso - ela desligou e reparou na hora. Cinco da manhã. Suspirou. Em seguida, ela se espreguiçou e virou-se para esfregar-se no corpo quente ao seu lado. Como uma gata, ela deitou sobre o peito dele. 

- Cas… temos um caso… - ouviu ele reclamar - babe… preciso de café… - ela deslizava os lábios no pescoço dele, o viu sorrir com o gesto - café… por favor… café… - vendo que ele a abraçara contra seu corpo, Beckett entendeu que ele sabia o que deveria fazer. Sonolenta, ela se levantou da cama dirigindo-se ao banheiro. 

Quinze minutos depois, ela penteava os cabelos já com a calça comprida e o sutiã à amostra. Desde que voltaram a Nova York, Beckett raramente ia para o seu apartamento. Quando isso acontecia, geralmente Castle estava com ela. Se acostumara a dormir ao lado dele, na cama dele. Estava praticamente morando no loft. Não se importava, talvez em outra época, em outra vida, esse pensamento incomodasse a velha Kate. Não mais. Ela não era aquela pessoa. Ela era alguém melhor, feliz. Quando Castle surgiu na porta com duas canecas de café, encontrou-a sorrindo para o espelho. Ao vê-lo, tratou de pegar a caneca das mãos dele e sorver longos goles com vontade.  

- Obrigada, Castle. 

- Tem certeza que precisamos ir? 

- Ryan está sozinho, lembra que Esposito ainda não está falando com ele? Ele disse que é intrigante. 

- É um morto. Continuará morto às nove da manhã porque temos que ir tão cedo? 

- Eu sou a detetive, tenho obrigação de estar a qualquer hora numa cena de crime, você é apenas um consultor aos olhos da NYPD. Mas, aos meus, você é meu parceiro. E até onde me lembro, você escolheu o tudo comigo, não? - ele anuiu - então, o tudo inclui cenas de crime às cinco da manhã… vamos, eu prometo que será divertido. 

- Não é divertido acordar às cinco da manhã… - lá estava ele, o seu menino grande resmungando, aquele que ela adorava implicar e amar. 

- Acho que conheço um modo excelente de acordar a essa hora… - ela tirou a caneca das mãos dele, livrou-se da camisa que vestia e puxou o short para baixo, segurando a mão dele, ela o guiou para o chuveiro. Empurrou-o para dentro enquanto tirava sua calça para entrar com ele. Ligou a agua e jogou-se contra ele beijando-lhe os lábios. As mãos foram ao encontro do membro dele, acariciando e massageando para deixa-lo pronto. Sorriu ao sentir as mãos possessivas de Castle em seu corpo. Definitivamente uma excelente maneira de acordar.   

Castle empurrou-a contra a parede devorando seus seios e afastando suas pernas a fim de possui-la o quanto antes. Ao sentir os dentes dele mordiscarem seu seio, ela gemeu. 

- Acho que você está bem acordado… - e soltou um grito quando sentiu-o penetrando-a. 

- O que posso fazer? Você queria o tudo, não? 

- Sim, always… e voltou a perder-se nos lábios dele. 

Uma hora depois, eles finalmente chegaram à cena do crime. 

Caminhavam lado a lado, cada qual com seu copo gigante de café. A primeira visão do morto, eles trocaram um olhar. O corpo tinha uma gosma estranha verde em toda a sua extensão e um machado na cabeça. Seria interessante, Castle pensou. Sorrindo, eles decidiram que era mais do que hora de trabalhar e teorizar, afinal eram parceiros. Isso era o que faziam juntos. 


Combater crimes. O escritor e a musa. A detetive e o consultor. Parceiros de crimes e da vida. Por quatro anos e muitos mais por vir. 

Continua...

4 comentários:

cleotavares disse...

Muito lindo esses dois apaixonados cupidos. HA! E a Dana, hummm safadinha, não perdeu tempo. E agora? será que os meninos irão notar, que o amor está no ar? Espero que diferentemente da série, não seja o Ryan a descobrir.

Vanessa disse...

Ah, Kah, hj to emotiva... Conclui a série e foi uma montanha russa de emoções... Então eu vim pra Roma... Roma nunca será apenas Roma... E eu amo cada detalhe... É lindo e mágico! Chega a dar vontade de viver isso...
É tudo tao maravilhoso... Os passeios, a comida, o amor... Perfeito!
E nao é que a detetive arradou de cupido.. O que dizer de Dana? "Provei, três vezes naquela noite e mais duas no dia seguinte."😂😂😂 Gosto assim! Apesar dela não querer pensar nisso, e as dificuldades citadas por Castle, eu espero que ela tenha encontrado seu Rick Castle... Porque ela merece! Já to shippando! De volta a NY, e sabe o que é mais legal? Que eles tem Roma dentro deles... Always! ❤❤❤
Ver Kate leve e feliz não tem preço! Acordar com café e amor... È tutto!!!

Silma disse...

Geral tá chorosa por causa do último episódio de Castle aqui no Brasil 😔 Só hoje caiu a ficha de que realmente acabou,que não vai ter mais série muito menos episódio novo! 😪 Dói perceber que realmente acabou!!!

Aí a gente vem aqui e lê essa coisa linda de capítulo 😍
O que falar de Roma que tá sendo mais incrível do que foi a primeira vez?!!!
Kate liberta é muito maravilhoso de se vê.Sem medo ou receios do que pode acontecer.
Vocês 2 são meus vulcões ativos que eu amo demais! 🔥 A felicidade de vocês é extremamente viciante! 😍 Nem preciso comentar do quanto eu amei as partes picantes né 😏✋🏽 Tia Kate tem um fogo que só o Castle aguenta.Seja fazer sexo ou fazer amor é uma coisa que eles tiram de letra 😌
O que foi dona Kate dando uma de cupido? 👌🏽 Amei 😍 Tia Dana merece ser feliz!!!!
"Dana,você entendeu que quando mencionei tiramisu estava me referindo no sentido figurado,provou ou não o “tiramisu”?
miga sendo objetiva na pergunta 😌😎👌🏽"
Provei,três vezes naquela noite e mais duas no dia seguinte" tia Dana safadinha 😏 #amoooo 👌🏽 Se joga,se não der certo pelo menos tentou e foi muito bom 😏 sabe em qual sentido falei! 😎
E a volta pra NY 😍 foi espetacular!!!
Já sinto falta dessa fic 😔 cheguei ela já tava no meio e foi amor a primeira vista.Você arrasa Karen! ❤️

rita disse...

Excelente capítulo! Desculpe não mencionar mais nada, não ando muito bem de saúde. Mais sei que você sabe o quanto amo suas fics, o quanto adoro como só você nos leva para o mundo dos sonhos e melhora nossas vidas e quanto é bom ter uma amor assim, mesmo sendo ficção e como a estimo.Beijos e abraços Karen.