domingo, 13 de dezembro de 2009

Bones Fic - "A X-Mas Carol" - Cap. 6

Capitulo 6


Véspera de Natal
3 da tarde


Booth estava numa agonia só. Estava preparando as rabanadas para serem fritas nesse momento. Acabara de colocar o peru no forno que deve estar pronto para comer por volta das 7 da noite somente faltando fatiar. Os demais complementos seriam feitos mais próximos do horário.


- Parker! Você está no quarto? Vem aqui!

- Que foi pai? Estou assistindo filme...

- Será que você pode fazer alguma coisa?

- Ah,pai não vou te ajudar a cozinhar.

- Não, mesmo porque você não sabe. Quero que arrume a mesa do jantar. Pegue as toalhas, os pratos e talheres, as taças. Cheque as bebidas também no armário da despensa tem 2 garrafas de vinho. Ponha pra gelar. Entendeu?

- Tá pai, vou fazer isso pela Bones...

- É isso mesmo por ela e se lembre que você deu a idéia.

- Eu sei e não me arrependo tenho um acordo sobre isso.

- Acordo? Que acordo?

- Pai, isso é entre mim e o papai noel.

Booth olhou pra ele intrigado, ele sabia que o filho se referia à parte da carta que ele escondera de Brennan, voltou a atenção para o fogão sorrindo pensou na inocência do filho ainda intacta e no desejo dele para o pai. Ah, Parker era tudo que eu queria... então se concentrou nas rabanadas enquanto Parker se encarregava da mesa.

Apto de Brennan
7:30 pm

Temperance andava de um lado para o outro com um vestido verde na mão, jogou sobre a cama, pegou outro preto. Não muito down. A outra opção era um vermelho. Ela colocou sobre o corpo e olhou-se no espelho.

- Droga! Você está parecendo uma adolescente cheia de hormônios que vai para seu primeiro encontro. Cadê o seu autocontrole? Sua auto-estima e o mais importante sua razão?

Ela suspirou. Só agora se dera conta que essa noite era mais do que uma celebração religiosa cristã, para ela e Booth hoje era uma espécie de encontro. Um momento muito íntimo a ser compartilhado. Então o foco de Brennan fugiu da sua mente, a razão parecia ter se escondido. Sentia uma excitação, um tremor nas pernas, o coração palpitando a cada pensamento nele.

- Cinco anos trabalhando juntos e eu nem sei qual a cor preferida dele! Não sei que cor ele prefere me ver vestindo...

Voltou ao olhar para os vestidos na cama e tomou sua decisão, vermelho, combinava mais com a data. Se fosse somente a cor preferida que ela não sabia, mas Temperance sabia muito pouco sobre seu parceiro. E isso não a impediu de se apaixonar por ele. Um sorriso abriu-se nos lábios. Ela se perguntava se Booth estava tão ansioso pela noite quanto ela.

Quarenta e cinco minutos depois, Temperance saia de casa.

Apto de Booth

Parker estava pronto sentado no sofá assistindo tv. Booth estava no quarto terminando de se arrumar.

Ele já experimentara quatro camisas e ainda não se decidira qual vestir.

- Muito formal, muito básica, cor estranha... ah, vai essa mesmo.

Ele vestiu uma blusa polo vermelha que realçava o peitoril musculoso. A calça era bege. Ele olhou-se no espelho.

- Vamos ver se a Dr. Temperance Brennan resisti ao meu charme.

Ele voltou a sala e foi checar mais uma vez a comida na cozinha quando ouviu a campainha.

- Já vou abrir, pai.

Parker correu para a porta e ao abri-la arregalou os olhos diante da figura a sua frente.

- Wow! Papai vai morrer! Você está uma gata,Bones.

Ela riu da reação do menino.

- Oi, Parker. Tudo bem?

- Melhor agora.

Ele se afastou para dar passagem a ela voltando ao sofá.

- Cadê o Booth?

- Na cozinha. Nossa, isso é que é um saco de presentes. Se quiser pode colocar junto a árvore de natal.

Brennan se dirigiu a árvore e começou a arrumar os presentes ao redor das demais caixas. Nesse momento, Booth saiu da cozinha e procurou pela parceira que ele sabia já ter chegado. A viu próxima a árvore de natal.

- Oi,Bones.

Quando ela levantou e olhou para ele, Booth congelou. Aquela não era sua parceira, aquela era a mulher que ele amava. Estava linda demais. O vestido não era nada sofisticado mas caia perfeitamente no corpo dela realçando sua beleza. O contraste da pele alva com o vermelho era divino.

- Nossa,Bones. Você está linda.

- Obrigada Booth mas é só um vestido simples.

O coração dela palpitava descontrolado no peito. Ele estava muito sexy e charmoso vestindo aquela camisa polo que deixava a amostra os músculos bem torneados.

- Bones, não retruque um elogio. Você está maravilhosa e pronto. Nada de explicações.

- Você também está muito bonito. Vermelho combina com você.

Ela sorriu para ele que sorriu de volta.

- Sente-se. Você quer alguma coisa pra beber?

- Ah, ia me esquecendo...

Ela puxou uma garrafa de espumante do saco de presentes.

- Apesar de você dizer que não precisava trazer nada, eu trouxe isso pra mais tarde talvez.

Booth achou a frase estranha mas resolveu não bater cabeça com isso agora.

- Ok, vou colocar para gelar. Aceita um vinho tinto por enquanto?

- Claro.

Ele foi até a cozinha buscar as bebidas enquanto Brennan sentou-se no sofá ao lado de Parker.

- O que você está assistindo?

- Um filme de natal. A rena do nariz vermelho. Um clássico!

- Nunca vi.

O menino virou-se surpreso.

- Você nunca viu esse filme?

- Não mas eu não assisto tanta televisão.

- Aqui está.

Booth entregou uma taça a ela. Segurava a sua própria.

- Você está com fome?

- Não muita.

- Ótimo, então vamos cear as 10.

Brennan reparou nas meias penduradas próximas a árvore.

- De quem são aquelas meias?

- Minha e do meu pai. Pops deu pra gente. Mas esse ano elas serão só enfeites porque meus presentes não cabem nela.

Booth sentou-se de frente para ela. Levantou o copo e fez um pequeno brinde.

- À nossa!

O tintilar dos copos foi singelo mas os olhares de ambos eram intensos. Booth queria muito se perder nela mas tinha o filho e não podia atropelar as coisas com ela. Ele pegou o controle e acionou o aparelho de som. Uma canção suave na voz de Frank Sinatra invadiu a sala.

- Então, o que vocês costumam fazer na noite de natal?

- Ah, a gente conversa sobre o ano, lembra de nossos parentes e amigos, reza, agradece a Deus, ceiamos e trocamos presentes.

- Minhas partes favoritas, comida e presentes.

- Eu já imaginava Parker.

- É só que a coisa mais importante da data é agradecer por estarmos bem, com saúde, por termos amigos especiais, pelos momentos difíceis que superamos, pelas coisas boas que vivemos... precisamos lembrar que somos privilegiados frente a muitas outras pessoas. Tem gente que não tem nem um pedaço de pão pra comer.

- É pai eu sei.

Brennan absorvia as palavras de Booth. Ele falava tão bem e suas palavras mexeram com ela. Lembrou-se do tempo que passara no orfanato. Virou o copo de vinho na intenção de disfarçar a tristeza e as lágrimas que formavam-se nos seus olhos.

- Do que você gosta mais no natal Bones?

- Filho, eu já falei que a Bones...

Brennan o interrompeu segurando a mão dele e a apertando. Ele se calou.

- Quando eu era pequena o que mais gostava era de acordar cedinho para ver os presentes. Ah, eu sempre era a primeira a acordar antes mesmo do meu irmão Russ. E minha comida preferida do natal era um doce feito com pão e canela, não lembro do nome.

- Rabanada! Eu e meu pai também adoramos.

- É acho que é esse o nome.

- Eu fiz rabanada.

- Sério?

Os olhos dela brilharam.

- Fiz sim, você vai poder saborear.

- Eu adoro o peru do papai. É muito gostoso.

- Mas a Bones não come isso, ela é vegetariana.

- Eu não como carne vermelha mas posso abrir uma exceção para a ocasião. Fiquei curiosa agora.

- Mesmo? Poxa na verdade eu estava preocupado com o que você iria comer então eu fiz uma receita vegetariana que encontrei num site da internet.

Ela ficou surpresa.

- Poxa,Booth. Fiquei sem saber o que dizer agora.

- Ora, diga que sou um bom anfitrião. É meu dever agradar meus convidados.

- Pai, esse papo de comida está me dando fome, a gente tem mesmo que esperar até as 10h?

- Parker, você sabe...

- Ah, Booth se vamos ter que esperar, porque ao menos não trocamos alguns presentes?

- Oba! É isso aí, Bones gostei!

- Nada disso você sabe o que vem antes de presente e é mais importante no natal,certo?

Booth olhou sério para o filho com um olhar questionador. O menino entendeu.

- Tá, pai eu sei sim.

Bones ficou meio perdida na conversa mas com certeza imaginou que eles estivessem falando do significado do natal para eles. Ela levantou-se do sofá e fez menção de ir até a cozinha buscar mais bebida, ao perceber Booth a interceptou colocando o corpo bem em frente a ela. O cheiro do perfume masculino escapou até suas narinas.

- Onde você pensa que vai?

- Buscar mais vinho.

- Eu pego pra você, Bones.

- Ah,Booth qual o problema eu sei me virar. Posso me servir.

Ele segurou o punho dela e tomou a taça rapidamente mantendo porém, a sua mão no pulso dela. Ela o encarou sorrindo. O toque dele sobre a pele dela, enviava ondas de calor por todo o corpo dela. Ele falou com uma voz baixa e sexy.

- Você é minha convidada e vou servi-la, hoje você ira apenas apreciar a noite.

- Ok.

Sim, essa foi a única palavra que Brennan conseguiu pronunciar. Booth foi até a cozinha apanhar maais vinho e ao voltar encontrou-a no mesmo lugar, estática.

- Aqui está. O que foi? Resolveu ficar parada aí?

- Como sua convidada posso pedir uma coisa?

- Claro, o que quiser.

Ela abriu o sorriso.

- Podemos comer?

Booth denunciou na hora que não gostara.

- Booth, olha a cara do seu filho. Eu também tenho fome.

Ela alcançou a mão dele e tomou-a na sua.

- Por favor.

Pronto. Além da palavra mágica, o toque mágico. Como podia resistir agora?

- Tudo bem, sentem-se à mesa que eu vou servir o jantar.

Ele já ia partir para a cozinha mas sua mão continuava presa a dela. Brennan não estava nem um pouco a fim de soltar.

- Er,Bones...


Então ela se deu conta do que acontecia. Para ela parecia algo tão natural. Ela sorriu.


- Tks, Booth. – ela sussurrou e vou largando a mão dele bem devagar quase se como o fizesse centimetro a centimetro, dedo a dedo. Quando finalmente não havia mais contato entre elas, Brennan voltou a encara-lo e sorrir. Com uma última olhada para o parceiro, ela virou a taça de vinho e voltou para o sofá. Sentia um calor tomar-lhe o corpo, totalmente. De relance olhou-se num pequeno espelho. Temperance estava vermelha.





CONTINUA...

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