quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Bones Fic - "A X-Mas Carol"- Cap.3

Capitulo 3

Ao entrar na loja, Brennan se deparou com três andares coloridos cheios de brinquedos. Ela não tinha imaginado nada igual. Estava maravilhada com tantas coisas. Abriu um sorriso genuíno que tirou o fôlego de Booth.

Tentando se encontrar na loja, ele chamou por uma vendedora e perguntou onde ele poderia encontrar as coisas relacionadas a ciência. A moça indicou o segundo andar próximo aos jogos.

- Vamos Bones, temos que ir ao segundo andar.

Ele caminhou em direção a escada rolante.

- Pois é Bones, agora além de você vou ter que aguentar o Parker falando de ciência que a substância enxofre misturada com o hélio e... Bones?

Ele virou-se para trás. Nada.

- Cadê essa mulher? Bones!

Booth voltou um pouco procurando por ela quando a avistou em frente a um bercário de bebês. Ela estava falando com a moça. Viu a vendedora pegar um dos bebês e entregar a ela. Ele caminhou até a direção dela e ficou a seu lado.

- Bones você me deixou falando sozinho!

- Ah, Booth. Olha que boneca mais perfeita parece um bebê de verdade.

Ela balançava a boneca para cima e para baixo. Parecia entretida e até admirada com a mesma.

- É muito legal mas temos que subir, as coisas do Parker estão lá em cima.

Ela olhou pra ele e sorriu. Devolveu a boneca para a moça e agradeceu.

- Vamos Booth.

Só então a ficha de Booth caiu, apesar dele achar que aquilo não devia ser possível.

- Bones, você já esteve numa loja de brinquedos antes? Quer dizer, como criança?

Ela ficou meio envergonhada e enrubesceu um pouco.

- Não, essa é a minha primeira vez.

Booth ficou boquiaberto. Como isso era possível?

- Bones eu sei que durante sua infância você não teve a chance mas você nunca entrou numa loja pra comprar um presente que seja para alguma criança?

- E que criança eu conheço,Booth? Somente Parker e as filhas do Russ. E não tive grandes chances de comprar presentes pra eles.

Booth sorriu. A cada minuto que passava com ela, ele a admirava ainda mais pela honestidade, pela pessoa que ela se transformou depois de todas as dificuldades. Era impossível não se apaixonar por ela. Tão inteligente para umas coisas e tão ingênua para outras. Ele a tocou no ombro e a puxou para perto dele num abraço.

- Vamos, eu vou te levar até o setor que vai te deixar maravilhada.

Subiram as escadas rolantes e andaram apenas alguns metros quando encontraram a área de jogos. Tinha para todos os gostos, jogos de computador, tabuleiros, só para meninas, quebra-cabeças. Um universo de diversão.

- Os jogos de alquimia devem estar por aqui Booth.

Temperance continuou sua busca pelas prateleiras ainda encantada com a diversidade de jogos disponíveis. Parou em frente a uma fileira de jogos que finalmente ela reconheceu.

- Monopoly!

- Você jogava monopoly?

- Era o único jogo que eu jogava além de xadrez e poker.

- Xadrez? Poker? Perai, o xadrez até entendo mas quando estávamos em Vegas você disse que nunca tinha jogado e agora fala de poker? O que aconteceu com a sorte de principiante?

- Era a minha primeira vez num cassino e naquele jogo mas poker eu joguei na faculdade e o dinheiro me ajudou nos estudos. O xadrez era com computador para estimular o raciocínio.

- tenho um jogo melhor que o monopoly. Não tem nada de dinheiro e acho que combina muito mais com a gente. Você vai gostar... deixa ver onde está... aha!

Ele estendeu o jogo pra ela.

- Clue?!

- Sim, um jogo de investigação de assassinato. Exatamente o que adoramos fazer.

- Parece interessante.

- É sim, eu e Jared disputávamos campeonatos no colégio. Éramos bons.

- Acho que o Parker ia gostar, tem tudo a ver com o que ele escreveu.

Ela colocou na cesta de compras que Booth carregava.

- Espera aí. Eu mostrei o jogo pra você. Não é porque você é adulta que não pode jogar.

- Deixe aí, Booth. Depois resolvemos.

Ela andou mais um pouco e finalmente achou o que procuravam. Uma fileira de microscópios, pinças, maletas e substancias quimicas nos mais diferentes estojos e embalagens. Booth passava o olhar pela prateleira e a observava ao mesmo tempo. Brennan examinava tudo com olho clínico, olhos de cientista. E parecia gostar do que via.

- Wow, eles investem mesmo nessas coisas. Tem muito produto bom.

Enquanto ela se perdia nas prateleiras, Booth examinava os microscópios e após sua análise retirou uma caixa de tamanho mediano que continha um microscópio na opinião dele satisfatório para o filho, ao virar-se para consulta-la, ele arregalou os olhos. Brennan carregava uma caixa enorme com um microscópio, lâminas, recipientes e tubos de ensaio.

- Bones, o que é isso?

- É perfeito para o Parker!

- E eu achando que ia conseguir convence-la com isso. Bem feito, isso é que dá trazer uma antropóloga pra comprar um presente de natal. Bones, isso não é exagero?

- De forma alguma, Booth. Se Parker tem interesse na ciência você não pode dar a ele um equipamento insignificante. Esse é muito melhor.

- E mais caro né, Bones?

- Ah, Booth ele é seu filho. É um garoto ótimo, você não acha que ele merece?
Ela esboçava um sorriso lindo.

- Wow,Bones você fazendo chantagem emocional? Cadê a cientista racional que usa a lógica? Ela concordaria que isso está muito caro.

Brennan se lembrou das palavras de Angela.

- Booth é natal!

- E desde quando você defende o natal,Bones?

- Não defendo mas é natal pro Parker,Booth!

Com essa ela arrancou uma gargalhada de Booth e sem desistir continuou colocando as vantagens do seu microscópio. A alguns metros dali, duas vendedoras observavam os dois e comentavam.

- Que casal bonito! Eles estão decidindo o que levar, provavelmente pro filho.

- Ou filha.

- Nada do jeito que a mãe está defendendo o presente mais caro é para o filho.

As duas riram.

- Acho que já sabemos quem ganhou na argumentação.

Brennan colocava a caixa ao lado de Booth, ele precisava de um carrinho! Uma das vendedoras se antecipou e chegou até ela.

- Com licença, acho que vocês precisam de um carrinho.

- Obrigada, é verdade.

- Ótima argumentação e você escolheu o melhor. Você é uma mulher de sorte e seu garoto também.

- Ele não...

Mas a vendedora já tinha desaparecido.

- Booth, use o carrinho.

Brennan calou-se por um momento pensando enquanto procurava o kit de alquimia. Todos que não os conheciam achavam que eles eram um casal, talvez porque eles estavam sempre juntos em tudo o que faziam, ou mesmo brigavam e depois estavam bem, gostavam da companhia um do outro e bem, eu reconheço que não sei o que faria sem o Booth na minha vida. Pare de pensar nisso, Tempe! Repreendeu a si mesma.

- Booth, achei!

- O que?

Ela se virou pra ele que empurrava o carrinho na direção dela. Brennan colocou o kit no carrinho e olhou para ele, parecia meio chateado.

- O que foi, Booth? Cansou de fazer compras?

- Não, eu preciso de um café. Estou com um pouco de dor de cabeça, falta de cafeína.

- Ok, mas primeiro precisamos terminar de comprar os presentes do Parker então podemos sair e comer alguma coisa.

- Bones, não precisamos sair da loja, tem o café do 3º andar. Por favor, eu preciso de cafeína.

Ela sorriu pra ele e tocou de leve o braço dele acariciando.

- Tudo bem.

Ele saiu empurrando o carrinho rumo ao elevador. Já na frente do café, ele encostou o carro na parede e ela o acompanhou até a mesa.

- O que você vai querer?

- Eles tem suco? Se tiver um de abacaxi com menta.

- Nada pra comer?

- Não.

- Já volto.

Brennan pegou do bolso a carta de Parker. Voltou a ler. Ainda estava intrigada com o resto que

Booth aparentemente escondera dela pois não acreditava na versão dele do desenho. Ela ficou admirada em descobrir que Parker realmente se interessava por ela. Booth chegou com a bandeja e a viu relendo a carta.Brennan dobrou a carta e agora foi a vez dela disfarçar.

- Estava checando o que faltava. Tem o livro, teremos que ir a uma livraria. Eles não tem isso aqui tem?

- Tá brincando! Se tem tudo que se refere a crianças.

Ela chupou um pouco do suco pelo canudo. Ele não conseguia desviar o olhar enquanto ela fazia isso. Ela reparou e largou o canudo pois sentira um arrepio percorrer seu corpo por causa do calor transmitido pelo olhar dele.

- Não vai tomar seu café?

- Ah , sim, vou.

Ele tomou um gole do café e fechou os olhos. Como ele ficava atraente relaxado.

- Ah, agora sim.


Pegou o garfo e cortou um pedaço da torta de maça que comprara e levou a boca. Brennan reparou no cookie ao lado da torta. De repente, ela teve vontade de provar aquele cookie e sem cerimônias ela pegou o biscoito do prato,quebrou um pedaço e levou a boca.

- Hey, você não disse que não queria nada.

- Me deu vontade, oras! Hum está uma delícia, aveia e mel.


Ela lambeu ligeramente os dedos fazendo Booth suspirar profundamente.

- Eu sei, escolhi esse porque sabia que você ia acabar cedendo a tentação. Quer torta?

Ela virou a cabeça levemente para o lado negando e sorriu.

- Não custa tentar...

Eles conversavam alegremente sobre vários assuntos e Brennan sentiu-se mais leve, estar com

Booth espantou toda aquela atmosfera sombria que a rondava. Nem viram o tempo passar. Já eram mais de 7 horas da noite quando Brennan checou o relógio.

- Nossa,Booth! Já passa das 7. Temos que terminar logo.

- O tempo voa quando a gente está se divertindo.

- É verdade.

Levantaram-se e voltaram a apanhar o carrinho. Desceram até o 1º andar em busca do livro e depois de várias críticas de Brennan a pelo menos 5, ela finalmente se contentou com um deles. Antes de se dirigirem ao caixa, Booth disse que ele precisava verificar se ia levar tudo mesmo. Isso porque além dos presentes descritos na carta, Bones tinha colocado algumas outras coisas e ele tambem. Iriam fazer uma espécie de triagem nos presentes.

- Ok, Booth eu até aceito que escolhemos alguma coisa mas não podemos deixar o que ele realmente pediu. O microscópio e o kit são fundamentais e se você não quiser levar o livro, eu levo.

- Bones você não tem obrigação de dar presente ao Parker.

- Não é obrigação, eu quero dar um presente de natal a ele e posso dar também o jogo de investigação.

- Ah,não! O jogo é meu!

- Booth! Tudo bem não precisa agir como criança...

- Não é isso, quero comprar o jogo pra você.

Ela o olhou surpresa.

- Eu pensei que era para o seu filho.

- Não, é pra nós. Podemos jogar juntos e de repente até jogamos com o Parker.

- Ah, Booth não posso deixar você fazer isso. Você já vai gastar muito dinheiro com todos esses presentes não é justo.

- Claro que sim, quero te dar um presente não posso? Você vai me dizer que não deve ganhar presente de natal?

Ela ficou calada por um tempo. Ela nem se lembrava mais o que era ganhar presentes no natal. Engoliu em seco as lagrimas que pareciam querer aflorar.

- Não posso aceitar, não precisa. Eu compro.

Ela virou-se de costas para ele e Booth a puxou pelo braço, forçando-a a olhar para ele. Booth percebeu as lagrimas nos ollhos.

- Hey...

Ele pegou a mão dela na sua. A voz era suave. Ele segurou o rosto dela com a outra mão fixando o contato visual.

- Não há nada de errado em receber um presente, é tempo de festa e eu sei que você não gosta do natal por tudo o que já passou mas me deixa mudar um pouquinho isso, me deixa te dar um presente. Se você não aceitar vou entender como uma afronta. Aceite, quebre essa barreira... vire a página e crie um novo natal,Bones.

Ele sorria pra ela. Brennan respirou junto e deixou uma lágrima escapar. Ele automaticamente limpou o rosto dela. Ela sentiu-se tão tocada pelo gesto que instintivamente abraçou-o.

- Obrigada, Booth. Muito obrigada.

- Não precisa agradecer, é de coração.

Ele apertou o corpo dela contra o seu, cheirando o cabelo dela e depositando um beijo no rosto dela. Ao soltar-se do abraço, ela abriu um sorriso e apertou a mão dele gentilmente.

- Vamos logo pagar isso e depois vamos comer algo, estou morrendo de fome.

No caminho do caixa ela viu uma garotinha brincando com um bambolê. Quer dizer,ela não sabia o que era um bambolê. Achou interessante o modo como a menina equilibrava a roda na cintura.


Ela aproximou-se de Booth e perguntou baixinho.

- O que é aquele brinquedo que a menina gira no corpo?

- Um bambolê. Você não conhece?

Ela fez uma cara irônica de quem dizia porque-perguntaria-se-conhecesse.

- Vem cá, você vai experimentar.

- Não Booth, eu não sou uma menina e...

Ele pegou 2 bambolês e jogou um pra ela. Colocou o seu na cintura e chamou por ela.

- Bones, preste atenção.

Ela estava desconfiada e envergonhada. Ele sem se preocupar com o que as pessoas pensariam começou a girar o bambolê rebolando para equilibra-lo na cintura.

- Você tem que manter o ritmo na cintura para segurar o bambolê. Tente!

Ela olhou pra ele e depois para a menina que parou de rodar o seu e prestava atenção neles. Ligeiramente constrangida ela fez sinal para Booth com a cabeça indicando a garota.

- Vamos, a Temperance Brennan que eu conheço não foge de um desafio. Ou vai querer perder pra mim numa brincadeira de menina?

Desafio. Palavra poderosa. Ela colocou o bambolê na cintura e olhou para ele desafiante.

- Vai,tia. Dá uma surra nele.

Com o olhar de incentivo da menina, Temperance ganhou a confiança que precisava. Começou a rebolar para equilibrar o objeto na cintura. Uma, duas, três, quatro rodadas e o bambolê foi ao chão.

- Só isso? Você pode fazer melhor.

- Ah, Booth não sei...

- Tia, espera!

A menina foi até ela e cochichou algo no seu ouvido. Brennan parecia intrigada, ela tinha aquela cara analítica que ela fazia enquanto analisava os seus ossos. Uma expressão que Booth adorava admirar.

- Arrasa! Acaba com ele.

Booth riu do jeito da garota e voltou a atenção a sua parceira. Ela estalou o pescoço e sorriu pra Booth.

- Preparado?

- Com certeza.

Ela girou o bambolê na cintura e começou a rebolar novamente. Uma, duas, três, quatro, cinco... e não parou. A menina a incentivava com gritinhos e palavras.

- Agora vira.

Ela obedeceu a menina e Booth já esquecera do seu bambolê. Estava fascinado com o ritmo dela, o corpo se contorcendo e rebolando. Ela estava linda desse jeito. O sorriso estampado no rosto.

Quando ficou de frente para ele novamente, viu que o bambolê dele estava no chão e ele estava de boca aberta a observando. Ela soltou uma gargalhada deixando o bambolê cair por fim.

- Eu ganhei! Ha!

A garota levantou a mão para ela e ela correspondeu ao gesto de hi-five. Brennan não tinha percebido mas algumas pessoas haviam parado para observa-los. Booth finalmente recuperou-se e riu com ela.

- Tem certeza que nunca jogou bambolê?

- Não, seria sorte de principiante?

- Dessa vez não vou dizer que foi. Vamos.

Eles finalmente pagaram e deixaram a loja cheios de sacolas.

Resolveram parar no fouding fathers para jantar. Comeram e conversaram alegremente, Booth sempre lembrando da brincadeira com o bambolê. Ao terminarem, ele a levou em casa. Estava cansada demais para voltar ao Jeffersonian para pegar seu carro.

Na porta do prédio, ela se despediu de Booth.

- Boa noite, Booth. Fazia muito tempo que eu não me divertia tanto.

- Que isso, Bones. Eu que agradeço pela companhia e pela ajuda. Não teria acertado nos presentes sem você.

Ambos trocaram sorrisos e Brennan desceu do carro com a sua sacola.

- Nos falamos amanhã, ok?

- Você vai trabalhar?

- Tenho um relatório para terminar. Aproveite e leve o Parker até lá assim posso entregar o presente dele.


- Tá, boa noite Bones.

- Tchau, Booth.





CONTINUA...

3 comentários:

Estefane disse...

Muito lindo este cap, os dois numa loja de briqudedos, como queria ver isto, fiquei imaginando os dois na loja, ficou perfeito a descrição. A Brennan escolhendo presentes para o Parker, muito lindo e revivendo algumas coisas da sua vida,foi ótimo. O Booth como sempre muito fofo.

Mariane disse...

O envolvimento da Brennan no relacionamento Booth/Parker sempre me encanta, e foi bem explorado nesse capitulo. Quero muito ver onde essa fic vai nos levar. Parabéns, e nos presenteie com att ;)

Daani disse...

Ai agora fiquei curiosa :) Tá ótima mesmo! Estou adorando entrosamento de tudo!:D E não posso parar de dizer que eu adoro o Parker *----* E que fofo, o Booth dando mais uma demonstração de carinho pra a Bones ♥