sexta-feira, 10 de setembro de 2010

[Bones Fic] As Time Goes By - Cap.24

Cap.24


Dia 305


Estou um pouco ranzinza hoje. O motivo? O que você sentiria se visse quase um ano de trabalho esvaindo-se direto para a lata de lixo? Pois é, infelizmente parece que esse é o caminho que a nossa pesquisa está tomando aqui na Indonésia. Após árduos dias de trabalho junto com a equipe, identificamos muitas críticas feitas pelos membros da Universidade de Paris e Oxford que examinaram nosso relatório. É claro que algumas delas já esperávamos. Os laboratórios da ilha são bons mas não equipados suficientes para determinar certos resultados que precisam ter acuracidade quase de 100%, me refiro a margens de erros de 0,01%. Tudo bem que durante nossa avaliação do relatório enviado por eles achamos algumas questões a contra argumentar e todos os meus companheiros estão empenhados em juntar novas evidências para corroborar nossos pontos de vistas.

De fato me sinto frustrada. Será que abdiquei de um excelente emprego, dos meus amigos e de um ano distante nesse lugar tão, tão... ok, nesse fim de mundo por nada?

A única coisa que me consola é que se estivesse em Washington talvez não tivesse dado uma guinada na minha vida pessoal e se a pesquisa realmente não produzir frutos, eu certamente tenho um excelente motivo para dizer que a viagem foi um bom investimento.


Dia 309

Estou exausta! Daisy e eu hoje ficamos debruçadas sobre os ossos para tirar o máximo de evidências para enviar as Universidades. Sabe qual a melhor notícia do dia? Tem carta do Booth!


Dear Bones,

Gostei muito de receber sua carta. Não queria ser repetitivo mas é inevitável. Também estou com saudades. A viagem foi muito cansativa especialmente por não tê-la ao meu lado. Adivinha? O general veio me dar as boas vindas e perguntar se eu peguei o assassino. Só você pra me meter nessas enrascadas e me fazer mentir para o meu superior. Tive que inventar, disse que houve um engano e que pelo esqueleto ser muito antigo confundiram algumas marcas na pele dele com facadas e não passava de uma morte por uma doença rara.

Viu só o que sou capaz de fazer por você? O clima aqui na base está pior que antes, os inimigos estão atacando bem mais do que faziam e por isso meus combatentes estão sendo mais solicitados nas batalhas. Mas não se preocupe, estou bem!

Por enquanto é somente isso que tenho para contar. Ah, e provavelmente quando você receber essa carta, faltará menos de dois meses para nos encontrarmos em Washington novamente.

Não deixe de escrever.

Love,

Booth.

As vezes tenho medo dele sozinho no meio de uma guerra. Conhecendo o macho alfa metido a héroi que ele é pode se arriscar sem medir as consequencias.

Dia 313

Depois de um dia realmente pesado de trabalho, Mark e Laura convidaram a mim e a Daisy para sairmos para comer algo e jogar conversa fora. Afinal, depois de passarmos os últimos dias debruçados sobre bancadas de laboratório procurando provas e montando mais um complemento ao relatório da Universidade nada mais justo.

Fomos a um barzinho modesto nos arredores de Jacarta. Após comermos alguns aperitivos e bebermos algumas cervejas, acabamos falando de relacionamentos o que foi bem interessante para mim. Já de antemão, informei que esse não era um assunto que dominava. Descobri que Laura tinha rompido um relacionamento um mês antes com o namorado porque ele não aceitava a sua devoção ao trabalho, a ciência e era contra a sua participação na pesquisa científica. Eu acredito que ela esteja melhor sem ele. Qualquer parceiro que não suporte e apoie o outro profissionalmente não é digno da minha companhia por exemplo. Daisy ainda pensa em Sweets. Acho que ela realmente o ama de verdade e sente falta dele. Mark aparentemente enganou a todas nós. Foi surpresa para mim descobrir que ele nào só é casado com uma professora universitária como tem um casal de filhos. Ele contou que a mulher dele é bem participativa na sua vida profissional e deu o maior apoio para que ele participasse do projeto na Indonésia. Meses atrás foi a vez dele de cuidar das crianças para que ela finalizasse sua tese de mestrado. Isso que eu chamo de um ótimo contrato social.

E por falar em contrato social, a Daisy mais uma vez me surpreendeu. Quando as atenções sobre relacionamento se voltaram para a minha pessoa, Laura comentou logo do meu namorado bonitão. O que eu podia fazer se não concordar com ela? Booth é um macho alfa quase perfeito esteticamente e maravilhoso psicologicamente (quando falo de emoções) a limitação intelectual dele desaparece diante do lado social envolvente que ele possui. Porém, foi Daisy quem disse algo que me fez concordar e até pensar a respeito. Posso dizer que ela definiu em poucas palavras meu novo relacionamento com Booth. Ela disse e eu transcrevo. “A Dr. B tirou a sorte grande, é uma mulher muito afortunada. Encontrou o que muitos passam a vida inteira procurando. Ela tem um homem que além de lindo, carinhoso, apaixonado, está sempre presente na vida profissional dela, apoiando e dividindo os sucessos e fracassos que são bastante raros. É capaz de protegê-la, matar e morrer por ela. Ela encontrou e pode desfrutar do maior de todos os sentimentos : o amor verdadeiro, puro na sua forma mais sublime”.

Tenho que admitir, ela se revelou uma pessoa até agradável de certa forma durante esse tempo que estou aqui. Ok, de fato estabeleci um contrato social com ela também e ainda essa semana iremos nos reunir para assistir um filme no alojamento dela.

Dia 318

Hoje me deu um aperto no coração. Cientificamente poderia classificá-lo como uma possível azia causada por algo diferente que comi, ou poderiam ser gazes por ter feito alguma atividade muito pesada. Contudo, não se trata de nada disso. Além da dor no peito, um misto de angústia e ansiedade me consome. O que poderá ser isso? Acho que Daisy notou a minha inquietação e nos convidou amanhã para assistir filmes, disse que eu precisava relaxar. Eu aceitei o convite e espero que esteja melhor.

Dia 320

Cheguei tarde da noite do alojamento de Daisy, passavam das 2 da manhã. Não consegui dormir direito, passei a noite bolando na cama e me peguei chorando como se acordasse de um pesadelo sem mesmo tendo fechado os olhos. A culpa é do filme que vimos. Daisy falou que era um romance e que nós íamos gostar muito. Assistimos “Uma carta de amor”. Nunca tinha ouvido falar desse filme e menos ainda no livro que inspirou o filme. Procurei o ebook na internet e o devorei. Agora são 10 da manhã e ainda não consegui dormir direito.

Minha angústia e ansiedade voltaram como um tornado. Não conseguia segurar as lágrimas diante das cenas na tv. Booth vinha a todo instante na minha mente e a mesma pergunta se repetia freneticamente: E se algo acontecer a ele? Se ele for ferido ou morto, o que farei ? Claro que no filme, o personagem de Kevin Costner não está na guerra, mas ele é teimoso e acaba se sacrificando e sofrendo por causa dessa teimosia. Estou muito inquieta. Preciso escrever para Booth e saber se tudo está bem.



Continua....

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