sexta-feira, 18 de novembro de 2011

[Castle Fic] The Bet - Cap.1


Mais uma fic de Castle! Pra diversão, ok? E pra ajudar a passar o tempo até Kill Shot! Foi uma idéia maluca tsc tsc tsc....


The Bet
Autora: Karen Jobim
Classificação: PG-13/NC-17
Gênero: AU
Advertências: Angst,Romance – Em algum lugar da S3 entre o 3x13 e antes do 3x22
Capítulos: 1 de ?
Completa: [ ] Sim [ X ] Não

Resumo: Um caso mais que enrolado acaba gerando uma espécie de competição entre Castle e Beckett. O resultado que parecia nada agradável pra um ou outro toma um rumo inesperado. Pra diversão! Lembrem que o Josh está na África então esqueçam ele! hahaha



The Bet



12th Distrito Policial – NY
8pm


Beckett saia da sala de interrogatório com cara de poucos amigos. Castle a acompanhava calado. Sabia que ela deveria ser a primeira a comentar. Três anos convivendo com Kate Beckett lhe dava esse conhecimento sobre ela. Não brinque quando ela está emburrada ou frustrada com um caso. Ela se dirigiu à sua mesa mas antes de sentar-se, Beckett observava o quadro de evidências mais uma vez.

- Yo, Beckett!

- Esposito me diga que você tem alguma coisa nova sobre o Mr. Barnes.

- Zero. Nada. O álibi de Jackson foi confirmado. Mandei liberá-lo. Desculpe, não tenho mais a oferecer.

- Continue cavando, tem que haver algo!

Ela bufou e se deixou cair na cadeira. Cobriu o rosto com as mãos. Castle sentou ao seu lado como de costume. Ele a observava com um sorriso no canto dos lábios. Mesmo chateada, frustrada, ela continuava linda. Beckett odiava a derrota, não era de se render fácil e justamente por isso esse caso estava testando sua paciência. Ela ergueu a cabeça e voltou a olhar para o quadro.

- Esse caso é como um beco sem saída. Como pode um milionário influente aparecer morto na sua própria casa e ninguém saber nada. Todos os possíveis suspeitos foram eliminados, tem álibi. Isso me irrita!

- Talvez você queira aceitar uma outra perspectiva, uma outra teoria.

- Que seja, tem algo que não bate. Ainda desconfio do Peter.

- O motorista que ele trata como um filho? Paga os estudos? Nah...muito óbvio.

- Óbvio? Se fosse Castle já tínhamos encerrado esse caso.

- É muito fraco, não seria como eu escreveria. Quer ouvir minha teoria?

- Fique à vontade do jeito que estamos até suas idéias malucas podem ser aproveitadas.

- Foi o mordomo.

Beckett olhou pra ele e revirou os olhos.

- Qualquer idéia maluca que não seja essa!

- Porque não? É tão realeza! Quem mais além do mordomo para conhecer todos os passos do patrão, seus horários e hábitos ? Matar seria fácil.

- Exceto que você não tem um motivo.

- Quem disse que não tenho?

- Castle, esqueça! Esse não é um dos seus livros precisamos de fatos reais. Olha, vá pra casa Castle. Acho que já esgotamos nossas possibilidades por hoje. Eu vou terminar uma papelada e vou também.

- Porque é tão difícil para você aceitar que possa ser o mordomo? Ponha um pouco de poesia na sua vida, Beckett.

- Castle nada de mundo cor de rosa pra mim ok?

- Mas o mordomo ele é...

- Cala boca, Castle. Isso não é Clue onde você acusa o Mordomo com o cano na biblioteca.

- Mas o cano e a biblioteca já temos. Falta apenas o suspeito. Quer saber? Vamos continuar a investigar esse caso e posso apostar que o assassino é o mordomo. Aceita?

Ela não prestara atenção na última frase dele.

- Aceitar o que?

- A aposta. Se eu estiver certo e o mordomo for o assassino, você me deve um distintivo de honra do 12th distrito. E se você descobrir que o assassino é qualquer outro... o que você quer?

- Vou querer bater em você!

- Hey, nada de violência!

- Se eu ganhar Castle, você vai competir comigo, uma luta rápida de vale-tudo na academia onde com certeza eu vou chutar seu traseiro. É pegar ou largar.

- Eu pego! Sei que foi o mordomo mesmo e você vai ter que me presentear e me aceitar como seu parceiro de verdade.

- Vamos ver. Agora vou pra casa. Estou exausta. Boa noite, Castle.

- Boa noite, detetive.


Dia seguinte
8 am


Castle chegou cedo ao distrito ele apenas não contava que Beckett praticamente madrugara lá. Vendo-o chegar com o café nas mãos, ela sorriu.

- Oh, gosh! Obrigada Castle. Precisava mesmo de café.

Ele estendeu o copo para ela que sorveu um pouco do líquido fechando os olhos. Rick Castle adorava ver como ela sucumbia à bebida.

- Bom dia! Madrugou foi?

- Cheguei a uma hora, acho que encontrei uma falha na timeline do caso e se for isso quer dizer que minhas suspeitas estavam corretas. Foi o Peter.

Ele arregalou os olhos, não mesmo. Se isso fosse verdade...

- Não, acho que a linha do tempo está certa.

- Não, Castle. Entre onze da noite e uma da manhã as câmeras de segurança mostraram uma falha, alguém as alterou. Veja você mesmo.

Ele se debruçou atrás dela olhando para a tela do computador. Ao fazer isso, ele pode inalar o perfume suave que exalava dos seus cabelos. Dessa vez era vanilla e não cerejas. Ela apontava o momento na tela mas Castle não estava prestando atenção. Ficar assim perto dela sentindo o perfume o fazia lembrar do caso de duas semanas atrás onde ele a beijou.

- Está vendo, Castle? Tenho razão, não?

Ele não respondeu. A mente estava perdida em outro tipo de pensamento.

- Castle?

Ela virou o rosto para encará-lo e percebeu a tensão se formando entre eles. O olhar dele era intenso. Ela sentiu um arrepio percorre sua nuca.

- Castle, foco!

Ele Rapidamente tentava se recompor olhando para a tela do computador. Respirou fundo. Finalmente se concentrou na tela e percebeu que ela tinha razão. Se a timeline estava errada, quem alterou as câmeras era o assassino.

- Ok, a linha do tempo foi alterada isso quer dizer que você continua errada.

- Porque?

- Quem teria acesso a elas além do mordomo? Sinto que vou receber meu distintivo.

- Não tão rápido Sherlock! Acontece que nosso amigo Peter é mais que um motorista. Além de estar cursando a faculdade de mecatrônica, ele também tem um passado que até ontem estava escondido. Acontece que Peter é o filho bastardo do Mr. Barnes. Quando ele ainda estava noivo de Caitlin, nosso projeto de milionário pulou a cerca e engravidou uma das cozinheiras da casa de Caitlin. Ela rompeu o noivado e dispensou a moça. Mr. Barnes implorou por perdão e pediu que ela reconsiderasse. Ela impôs sua condição: esquecer que aquela criança jamais existiu. Ganancioso, ele aceitou. A mãe de Peter morreu quando ele tinha 12 anos não sem contar a verdade sobre seu pai.

- O que?

- Ainda não acabei Castle. Peter resolveu se aproximar da maneira mais simples, pedindo um emprego aos 16 anos de jardineiro. Aos 20, virou motorista particular e o Mr.Barnes se afeiçoou ao garoto. Começou a pagar os estudos para ele. Ao que parece, ele só descobriu que Peter era seu filho poucos minutos antes de morrer. Só preciso de uma confissão. Esposito!

- Yo!

- Vá buscar Peter para interrogatório.

Espósito concordou e saiu. Castle estava impressionado.

- Como você descobriu tudo isso?

- Apenas uma pessoa desconfiou que havia alguma coisa errada com Peter. Seu mordomo. Ele descobriu que o rapaz era filho do milionário então antes de ir para casa ontem voltei à mansão e contei a ele o problema nas câmeras. Ele me levou até Peter. Disse que ele mesmo tinha instalado o sistema para o Mr. Barnes. Irônico não, Castle?

Castle mordeu os lábios sem graça. Beckett cantarolou.

- Alguém vai levar uma surra...

Duas horas de interrogatório com Castle a seu lado, Beckett finalmente conseguira a confissão assinada de Peter. O motivo era vingança pura e simples, o rapaz culpava o pai pela morte da mãe. Beckett autorizou os oficiais a levá-lo para a prisão. Agora, bastava terminar o relatório, mandar para a promotoria e arquivar.

Ela sentou-se na sua mesa. Já percebera o semblante dele de preocupação. Não resistiria a provocar.

- Então, Castle. Parece que eu estava certa o tempo todo não? Sinto muito mas ainda não foi dessa vez que você conseguiu ter sua história de ficção transformada em realidade, quem sabe na próxima?

- É sempre interessante competir com você, Detetive Beckett.

- Falando em competição, você me deve uma luta. Eu ganhei a aposta lembra?

- Ah, então... é verdade. Mas eu acabei de lembrar, tenho que levar Alexis no dentista hoje e – consulta o relógio – droga! Marquei de almoçar com ela, já são uma da tarde. Preciso ir, Beckett.

Ele se levantou apressado e ela se divertia com aquilo. Prendia o riso.

- Come on, Castle! Você vai fugir?

- Não, eu não estou fugindo, só tenho um compromisso. Depois acertamos isso.

Ele saiu do distrito quase correndo deixando Beckett rindo na sua mesa.

À noite, ele estava em seu escritório tentando escrever seu mais novo livro de Nikki Heat, porém não conseguia se concentrar. Sua mente apenas pensava nela. Ele tinha prometido a si mesmo que ia esquecer aquele beijo de semanas atrás para evitar maiores problemas para eles. Hoje, contudo, ao ficar perto dela e sentir o cheiro gostoso dos cabelos, tudo voltara. E ainda tinha essa maldita aposta. Como ele poderia enfrentar Beckett num tapete de luta livre? Isso era loucura! Talvez ele pudesse enganá-la, fazer Beckett esquecer isso tudo, bastava distraí-la com outra coisa, um novo caso ou mesmo com suas conversas irritantes. Não, irritá-la pode colocar tudo a perder afinal essa aposta é uma forma dela se vingar dele não? Se ele tivesse ganho, sabia que não a deixaria em paz até que pagasse a dívida com ele mas será que Beckett agiria da mesma forma? Não é bem o feitio dela mas só podia fazer o possível para que ela esquecesse, caso contrário previra alguns hematomas em seu corpo.


Três dias depois...


Castle chega com o café um pouco atrasado naquele dia. Já passava das 9 da manhã, ele dormira demais. Ao ver a mesa de Beckett vazia a essa hora da manhã estranhou. Olhou para a sala do capitão e também não a vira lá. Foi quando viu Ryan e Esposito vindo da pequena copa.

- Hey, Castle!

- Bom dia, rapazes. Vocês sabem da Beckett?

- Ah, sim. Ela disse que como não tinha um caso ia passar um tempo na academia do subsolo. Se descer lá agora, vai encontrá-la suada e com roupas colantes. Que tal, Castle?

- Esposito, não fale assim...

- Até parece, o Castle já imaginou ela com bem menos roupa estou mentindo, Bro?

Rick deu um sorriso sem graça. Ele não sabia o que faria. Ignorava o fato dela estar na academia ou descia para admirá-la?

- Yo! Subsolo?!

- Ok, obrigado rapazes.

Ele rumou para o elevador com o café de ambos nas mãos. Estava ansioso para vê-la, reconhecia. Ao chegar ao andar designado, ele pode sentir o calor que fazia. Viu alguns caras mexendo em armários e outros treinando lutas. Caminhou devagar pelo ambiente procurando por ela. As outras pessoas olhavam para ele de maneira estranha afinal o que um cara como ele todo becado fazia ali em baixo, na academia?

E então, ele a avistou. Ela estava treinando socos num dos sacos pendurados sobre o teto. Podia ver a ginga dela movendo-se buscando o soco perfeito. A imagem era muito prazerosa de se ver. Beckett vestia uma calça legging preta e um top cinza. Tinha os cabelos amarrados em um rabo de cavalo. Ele já ia chamar a atenção dela quando se assustou ao vê-la girar e acertar o saco com um golpe certeiro usando a perna esquerda. Ele prendeu a respiração. Ela é boa!

Beckett colocou as mãos na cintura e parou um momento para descansar. Foi então que ela o viu.

- Castle?

- Bom dia, Beckett. Os rapazes me disseram que podia encontrá-la aqui. Acredito que você não vai querer seu café agora...

- Não combina realmente nesse momento mas... what the hell?!

Ela tomou o copo da mão dele e bebeu o primeiro copo.

- Manhã devagar, detetive?

- É, nenhum caso novo...

Castle podia ver as gotas de suor escorrendo pelo pescoço dela e descendo pelo top se escondendo entre os seios. Beckett notou que ele a secava com o olhar. Não sabia nem disfarçar. Ela pensou que essa seria a oportunidade perfeita para se vingar dele. A aposta, claro!

- Já que temos uma certa folga no nosso cronograma acredito que podemos aproveitar e acabar logo com aquela história de aposta não? O que acha, Castle?

- Aposta? Como assim?

- Não disfarce, Castle. Você está me devendo uma luta e adivinha? Estamos no lugar certo e não podíamos ter escolhido melhor hora.

- Mas eu não estou pronto! Não estou vestido apropriadamente.

- Oh, Castle. Você sabe bem que não se trata da roupa e sim da técnica. Encare os fatos, você vai lutar comigo e perder. Porque não acabar logo com isso?

- Porque não é justo.

Ela se aproximou dele e sussurrou.

- Quem disse que a vida é justa, Castle?

Ela tirou calmamente o paletó dele deixando cair sobre um banco.

- Vamos Castle...

Ele não teria como escapar dela. Enrolou as mangas da camisa até acima do cotovelo. Tirou os sapatos. Desabotoou os dois primeiros botões da camisa, livrou-se do cinto. Andou com ela até o tatame ali perto.

- Ok, detetive. Quais são as regras?

- Do vale tudo? Nenhuma!

- Como nenhuma? Eu já vi você acabar com homens mais fortes que eu! Tem que ter regras, sei do que você é capaz Beckett.

- Ok, vou facilitar para você. Nada de rosto, partes intimas e nem um golpe que possa cortar a nós dois portanto tire relógio,anéis e qualquer coisa que machuque.

Ele obedeceu. Tomando sua posição no campo de batalha, ele estava nervoso. Sabia da força dela mas ao vê-la ali a sua frente, tudo mudava. Era ela apenas uma mulher esbelta, linda. Como ele lutaria com ela? Aos seus olhos, ela parecia frágil, pequena.

Do outro lado, Beckett esticava os músculos. Isso vai ser bem interessante. Ele não sabe lutar e se quisesse podia acabar com isso rapidinho, só que perderia a graça não?

- A minha contagem, Castle. Um, dois... lute!

Castle se movimentou no espaço se esquivando do confronto com ela. Beckett ameaçava alguns golpes na frente dele. Ele a olhava, ela era destemida. Determinada. Chamava-o para o jogo instigando com o movimento perfeito do corpo. Aquilo mexia demais com ele. Era ela, não podia bater nela, não queria.

- Vamos Castle... mexa-se. Deixo você dar o primeiro golpe.

Ele fingiu que ia avançar mas era contra sua natureza. Nunca batera em mulher e Beckett não seria a primeira. Desde pequeno ele sempre ouviu de sua mãe “Não se bate em mulher nem com uma flor, Richard.” Ele tinha que concordar.

Ele fintou um golpe e Beckett entendeu que ele vinha para a luta, em resposta deu uma rasteira nele segura que foi suficiente para derrubá-lo ao chão. Ela sentou-se sobre as pernas dele vendo a cara dele surpresa.

- Então Castle? Vai reagir?

Ele olhava pra ela intensamente. Podia ver o suor escorrendo pelo pescoço dela indo encontrar o meio do colo. O top realçava os seios pequenos dela. Os olhos atentos e a boca entreaberta mexiam com ele. Sentiu uma pontada na virilha. Não podia ficar nessa posição ou ela notaria o que estava acontecendo. Ele tentou agarrar os braços dela mas Beckett foi mais rápida e prendeu as mãos dele nas suas olhando pra ele de forma desafiadora e divertida.

Castle não ia se dar por vencido. Não dessa forma. Impulsionou o corpo para o lado e abriu um pouco as pernas de surpresa fazendo ela se desequilibrar, em segundos haviam trocado de posição. Agora, era ele quem estava por cima e por estar imobilizado pelas mãos dela, o rosto ficou entre o pescoço e o ombro de Beckett.

Beckett podia sentir a respiração quente em sua nuca. Involuntariamente, fechou os olhos. Castle ajeitou o corpo como pode sobre ela que não satisfeita entrelaçou as próprias pernas na cintura dele. Ele sussurrou.

- Vai, soltar minhas mãos Detetive ou está gostando da sensação de tê-las entre as suas?

Beckett entendeu isso como um desafio. E também uma fraqueza. Soltou as mãos dele. Pronto, era o que Castle queria. Ele automaticamente segurou-lhe os ombros e fez uma cara maliciosa.

- Quem está no comando agora Detetive Beckett?

Ela mordeu os lábios. Ele sorriu. Tinha encurralado a policial e numa posição bem interessante na sua opinião. Só que essa não era qualquer policial. Se tinha algo que Beckett dominava era uma boa gama de golpes capazes de fazer qualquer homem chorar. Sabia exatamente o que fazer com Castle por estar contando vitória. Não o machucaria apenas o venceria e o deixaria com uma dorzinha. Sorrindo, ela flexionou o corpo e movimentou-se de tal maneira que nem Castle entendeu como ela saíra debaixo dele e o atingira na altura das costelas.

Estava novamente sobre ele, o joelho pressionado sobre o estômago dele tornando a respiração difícil. Ela tinha um dos braços nas mãos quase torcidos.

- Você se rende, Castle?

- Como...ouch! Como você fez isso?

- Oh, Castle... você realmente achou que ia ganhar de mim numa luta?

- Sério... apples!

Ela olhou pra ele enrugando a testa.

- Apples minha palavra código....aiiii solta ...meu estômago.

- Você se rende?

- Sim...sim....

Ela moveu o joelho do estômago dele e Castle respirou aliviado. Porém, ela apenas movera a perna para o lado ficando ainda sobre ele, o corpo debruçado olhando-o respirar aliviado.

- Me diz Beckett, como você fez isso?

- Anos de experiência, como já te disse. Você não faz idéia de certas coisas sobre mim.

Os rostos estavam bem próximos. Ela podia sentir a tensão entre eles. Castle pode sentir apesar do suor o cheiro de cerejas. Sorriu. Esse era o cheiro verdadeiro dela.

- Oh, Detetive... incorporou sua personagem Nikki Heat? Sexy!

As palavras de Castle a fizeram ter duas reações antagônicas. Uma parte dela tinha um desejo louco de morder os lábios dele e outra percebia o choque da realidade do momento e que precisavam se separar antes que isso fosse além. Optou pela segunda opção.

Ela saiu de cima dele e sentou-se no tapete. Castle ajeitou-se e sentou ao lado dela. Ambos tentando se recompor por conta do último minuto. Ainda com a mão na altura das costelas, ele falou primeiro.

- Você sabe que essa aposta foi injusta...

- Castle não adianta, você perdeu e não vou te dar um distintivo.

- Quero revanche!

Ela olhou pra ele intrigada.

- Revanche?

- Sim, você inventou essa luta e você sabia que ganharia não porque você tem treinamento mas porque eu jamais bateria em você. Não bato em mulher.

- Então, essa é a sua desculpa por não ter me vencido? Não querer me bater?

- É, isso mesmo.

- Apesar de saber que isso não é verdade, fico feliz por esse seu gesto com as mulheres. É tão bonito.

- Fui criado por uma grande mulher.

- Eu sei.

Sorriu para ele.

- Não mude de assunto, Beckett. Tenho direito a revanche e será do meu jeito. Você estava muito segura em seu território proponho outra partida. Quero ver você me vencer no meu território.

- Castle, você não vai me desafiar no poker porque já sabe que pode perder.

- Poker? Não! Muito fácil. Estou desafiando você no vídeo game.

- Video game, sério? Tipo Call of Duty? SWAT?

- Não, nada de jogos de atirar, matar. Muito fácil.

- Então você vai me colocar para jogar Mario Bros?

- Não, iremos interagir com o jogo. Dança, Beckett. Jogaremos Wii e quero ver se você vai ganhar de mim.

- Dança? Como assim?

- Dançaremos com tapete e sensores de movimentos, vamos ver se o seu gingado de luta te ajuda. Sábado está bom para você?

- Hoje é quarta!

- Qual o problema Beckett? Tá com medo de me enfrentar numa dancinha?

Ela torceu a boca. Não era mulher de fugir de um desafio.

- Sábado. 7 da noite. Se eu ganhar, você fará minha papelada por uma semana.

- Certo. Se eu ganhar, quero meu distintivo.

- Você não vai mesmo desistir disso não?

- Morrerei tentando.

Ele levantou-se e estendeu a mão para apoiá-la. De pé, estenderam as mãos e selaram o acordo.

- Foi uma boa luta Castle....

- Lembre-se detetive, perdi a batalha ainda não perdi a guerra.

- Veremos!

Ele começou a arrumar-se para voltar ao distrito, saiu andando com a mão no estômago. Beckett rumou para o chuveiro. Quando viu que ele desaparecera, ela se encostou em um dos armários. Suspirou fundo.

- Droga! Estou ferrada! Não sei nada de vídeo game e dança! Droga,Kate porque você tem que ser tão competitiva? Não posso deixar ele me vencer... mas como vou fazer isso? Ele é viciado em vídeo game!

Beckett pensou um pouco, só havia uma possibilidade. Era isso ou ter que encarar a derrota para Castle e isso ela não faria mesmo. Mordeu os lábios. Esqueça o orgulho agora, Kate. Dizia para si mesma. De caso pensado, rumou para o chuveiro.

Depois de um banho rápido, ela voltou ao distrito. Estranhou por não ver Castle por ali.

- Esposito, cadê o Castle?

- Ele disse que tinha uma reunião com a sua editora.

Beckett torceu a boca e bufou. Não gostava de lembrar que a editora de Castle era também sua ex-mulher. Isso a deixava com raiva e insegura. Castle não é seu, Kate! Brigava com seu cérebro. Mas podia ser se você quisesse não?

Suspirou e pegou o telefone. Hora de se preparar para pedir ajuda.



Continua....

6 comentários:

Este disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Este disse...

Briga boa essa entre Castle e Becket. Amanzing
Becket acabando com o ego do Castle foi ótimo. Se achando o poderoso. Que desculpa senhor Castle para ter perdido. Não bato em mulher nem como uma flor, é bonito seu cavalherismo mas vc estava morrendo de medo da detetive. kkkkkkkkkkk
Adorei essa fala da Becket. "Você não faz idéia de certas coisas sobre mim!" Te cuida Castle que vem bomba por ai. kkkkkkkk
Revanche com vídeo game, é bem acara de Castle mesmo, adora esses brinquedinhos. Becket se prepara pelo jeito dessa vc não ganha.

Karen achei ótimo o cap, perincipalmente a parte da lura, ri muito.

Eliane Lucélia disse...

Bem, mil anos depois, venho dar o meu parecer, Vergonha, mas antes tarde do que nunca, vamos lá, gostei da fic, e gostei mais ainda de saber que vc pegou as situações acontecidas depois do beijo é algo a ser explorado e ninguém melhor para fazer isso do que você, aquela luta OMG, corpos suados se atracando e rolando por cima do um do outro aiai, tá acho que estou transferindo leitura kkkkk, mas devo dizer que faltou algo, acho que uma maior participação do narrador, gosto de quando vc entra na cabeça dos personagens e esmiúça o que eles estão pensando, o que estão sentindo, lembra do jogo de palavras? então... houve muito diálogo, contudo,entretanto e todavia é o primeiro capítulo e vc ainda está se habituando aos personagens e isso eu compreendo. Bom essa foi a minha opinião.....bjoss

val disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
val disse...

ok, nem sei por onde começar só que é simplismente fodastico!!!
vc realmente tem uma mente incrivél, vc é perfeita nos minimos detalhes, nossa como consegue.
essa luta , nossa acho que nem o Marlowe pensaria melhor, guria parabens vc é foda!

Unknown disse...

Ameiiiiiiiiiii o primeiro capituloo!!!! agora boraa ver os outros