domingo, 13 de novembro de 2011

[Demily Fic] Do Not Blame the Wine - Cap.3


Bem, está aí o 3o e último capítulo dessa Demily! Espero sinceramente que gostem... foi feita com muito amor pra uma pessoinha pra lá de especial. Nina, espero que tenha ficado à altura!

NC-17.....be aware!


Cap.3



David estacionou o carro na frente de um prédio pequeno em Los Angeles. Emily não conhecia o lugar. Na verdade, era onde ele morava quando solteiro. Até dois meses atrás, o apartamento estava alugado mas o contrato com o inquilino venceu e não foi renovado. Desde então, David vem mantendo o lugar arrumado e às vezes usa-o como um refúgio principalmente quando quer estudar os scripts. Ele rodeou o carro e abriu a porta do lado do passageiro.


- Vem, Emily... me dê sua mão.

Ele estendeu a mão para ela. Emily saiu do carro, as lágrimas escorreram pelo rosto e o deixaram marcado. Os olhos estavam vermelhos. Entraram no prédio e subiram no elevador. David parou na frente do apartamento 201 e rodou a chave. Deu passagem a Emily para entrar.

O lugar estava arrumado. A faxineira estivera lá na segunda-feira a pedido dele. David indicou o sofá para ela sentar. Foi até a pequena cozinha e trouxe um copo d’água para ela. Emily bebeu pequenos goles, as mãos trêmulas.

- Que lugar é esse?

- Meu apartamento dos tempos de solteiro, está desalugado agora. Achei que você precisava de um lugar reservado para podermos conversar. Me conte, Em o que está te incomodando?

Ela sentiu os olhos voltarem a arder por conta das lágrimas que se formavam mais uma vez. Suspirando fundo e tentando conte-las ela falou.

- Sou um fracasso! Eu não sirvo para ser atriz. Eu vou desistir, não estou preparada para tudo isso. Eu nem consigo decorar minhas falas, e-eu desapontei o Hart, o diretor, desapontei você. Eu sou péssima e vou pedir demissão. Não posso continuar me enganando.

As lágrimas voltavam a cair no rosto. David segurou a mão dela e com a outra, ele puxou-a pelo ombro deixando a cabeça dela repousar em seu peito, confortando-a. beijou-lhe os cabelos e permaneceu por um pequeno espaço de tempo calado. Ela precisava extravasar. Só ao sentir o pranto dela diminuir, ele resolveu falar.

- Olha, Em. o que você está sentindo faz parte da pressão que foi imposta a nós pelo Hart. Múltiplos scripts, horas frenéticas de trabalho, várias cenas e falas por decorar. Isso não faz de você uma péssima atriz. Nunca mais diga isso novamente. Hart escolheu você pessoalmente pela forma como você enxergou a personagem que ele criou. Viu em você o caminho e o talento para dar vida a Brennan. Estamos nos aproximando da reta final das filmagens, a pressão vai aumentar sim, você pode se sentir acuada, preocupada em não dar conta mas você não é uma covarde, não é de desistir eu sei disso e você sabe disso. O que aconteceu é parte de uma crise nervosa. Vai passar. Você só precisa relaxar um pouco. O que você está experimentando hoje, eu também já estive aí no seu lugar. Todo bom ator já esteve, é natural.

Ele inclinou-se para buscar o rosto dela. A mão suspendeu o rosto pelo queixo.

- Hey, olhe para mim...

Os olhos se encontraram, David abriu um sorriso. Ela esboçou uma pequena reação no canto dos lábios. A camisa de David estava úmida no lugar onde ela apoiara o rosto. Ele examinou o rosto dela, estava marcado pelas lágrimas secas. Porém, o semblante dela ainda demonstrava preocupação.

- Obrigada David... não sei o que faria sem você. Você é um bom amigo e colega de trabalho.

- Emily, não precisa me agradecer. É para isso que servem os amigos e por você eu faria muito mais. Basta pedir.

Ela mordeu os lábios diante daquela declaração. “O que ele estava querendo dizer com aquilo?”
Ele se levantou e foi até a geladeira, retornou com duas taças e uma garrafa de vinho branco.

- Acho que ambos precisamos de uma bebida.



Ele serviu-a e com seu copo na mão encostou-o levemente no dela.

- As longas horas de trabalho no set, aos momentos de tensão e ao nosso sucesso.

- Saúde.

Ela levou a bebida aos lábios. David a observava. Virou meio copo de vinho de uma vez. Algo definitivamente não estava certo. Ele deixou-a aproveitar aquele momento. Não seria correto pressiona-la ainda, mas havia algo mais que Emily não estava lhe dizendo. Ele acariciou de leve a coxa dela e viu o resto da taça de vinho desaparecer. Emily serviu-se novamente da bebida.


David recostou-se no sofá colado ao corpo dela. Colocou seu braço por trás envolvendo-a, trazendo-a para mais perto dele. Beijou-lhe o rosto e a viu virar novamente a bebida.

Emily lutava com os sentimentos dentro de si.

“Ele está aqui comigo, me confortando. Como meu amigo. Não existe algo mais. Ele está sendo gentil. Apenas isso. Oh, e essas carícias... me deixa zonza, com vontade de beijá-lo agora mesmo. Porque não consigo conter esse desejo? Será que ele desconfia que toda a minha insegurança é por causa do que estou sentindo por ele? Pela atração que sinto...oh, Emily não vá adiante...você não pode sucumbir...”

Ela tinha a mão na coxa dele. David percebeu o gesto e entendeu que era a hora de questionar. Duas taças de vinho não eram suficientes para deixá-la bêbada e ele precisava de respostas. Ele recolheu o braço e afastou-se um pouco dela no sofá. David a encarava seriamente.


- O que foi, David?

- Não sei, Emily. Porque você não me diz o que realmente está te incomodando?

- Mas eu já falei e você já me acalmou quanto a isso.

- Sim, é verdade. Exceto que essa não é a única coisa que está acontecendo. Está no seu semblante. O que você está pensando? O que está te fazendo remoer pensamentos e que você não pode me contar?

- David, eu...não tem nada mais.

- Emily, você sabe que não é verdade. Eu sei que não é verdade. Apenas diga o que te aflige para que eu possa te ajudar.

Emily mordeu os lábios. Escondeu-se na taça de vinho enquanto tomava mais um gole. David voltou a insistir, dessa vez resolveu ir direto ao ponto.

- Olha, Em eu disse a você logo que começamos a trabalhar juntos que estaria sempre aqui para você. Te ajudaria nos momentos difíceis, te acompanharia nos ensaios, trabalharíamos como um time e seríamos sempre honestos um com o outro. O único problema aqui é que você não está sendo completamente honesta comigo e tenho uma vaga idéia que isso tem a ver com aquela noite da bebedeira, aposto que tem a ver com aqueles beijos.

A expressão no rosto do dela demonstrou que ele acertara em cheio. Ele via isso e continuou perguntando.

- O que foram aqueles beijos Emily? Impulsos da bebida ou um desejo reprimido revelado pelo álcool? Um beijo aconteceu e nós não conversamos sobre isso.

Emily deixou o copo sobre a mesinha de centro. Desconfortável com as perguntas de David, ela esfregava as mãos nas coxas nervosamente.

- Em...estou esperando.

Ela fechou os olhos e jogou a cabeça para trás buscando consolo e a melhor maneira de falar sobre o assunto. David observou a pele alva do pescoço exposta à sua frente. Linda, mesmo com o peso do mundo em seus ombros, ela continuava linda.

Emily passou a língua pelos lábios e finalmente o encarou.

- Você quer falar sobre os beijos? Então vamos falar sobre os beijos. Eles foram atos inconseqüentes proporcionados pelo exagero da bebida. Reconheço que foi errado.

- Nossa! Você falou igual a sua personagem agora, Emily. Justificando racionalmente algo totalmente irracional. Não me convenceu nem por um segundo.

Emily levantou do sofá, visivelmente nervosa ela caminhou de um lado a outro.

- David o que aconteceu naquela noite foi fruto do exagero da bebida! Só isso!

- Um jogo de Truth or Dare sem qualquer segunda intenção? É isso que você quer que eu acredite? Culpe a bebida? Tem certeza que você não prefere me dar outra desculpa porque essa realmente não colou... a quem você quer enganar com isso? Poxa Emily, seja honesta.

- Foi inconseqüente! Errado de tantas maneiras...nem deveríamos estar falando disso!

- Porque não? Se foi errado, temos que esclarecer o momento e seguir em frente porém o que acho é que não foi algo tão simples assim que possa ser descartado por você. Fale o que se passa nessa sua cabecinha Emily de uma vez por todas.

Emily cobriu o rosto com as mãos. Precisava desabafar, colocar tudo pra fora!

- Ok, você quer a verdade? Toda ela sem rodeios? Foi um erro mas não foi algo causado pelo álcool. Aconteceu porque tinha que acontecer. Existia a vontade, o desejo. Eu queria o beijo e agora que ele aconteceu não sei como lidar com isso, deixar tudo para trás e ignorar. Satisfeito agora?

Ela sentiu as lágrimas embaçando a vista e rapidamente as limpou. Não ia chorar, não podia.

David a olhava calado, absorvendo o que acabara de ouvir, ele desconfiava de algo era verdade mas nessa intensidade? Isso era ao mesmo tempo maravilhoso e assustador. Ele também gostara do que aconteceu, por ele, a beijaria todos os dias. Só que isso não era apenas sobre beijos ou dois colegas flertando e ficando casualmente. Não. Havia sentimento envolvido de ambas as partes.

- Emily, escute. Eu não fiz as perguntas para que você jogasse essa avalanche de palavras na minha cara e achasse que eu ficaria todo exibido por causa disso. Não fiz isso para demonstrar meu poder ou minha masculinidade para você. Perguntei porque sei que isso deve ser a verdadeira razão do seu colapso nervoso. Não se trata de atuar ou estar pronta, trata-se do nosso relacionamento, da nossa amizade pessoal e profissional. Nós cruzamos a linha imaginária do limite e se não houvesse sentimentos envolvidos de ambos os lados nem estaríamos discutindo isso agora.

- David... não podemos.

As palavras saíram como um sussurro. Ela sentia o corpo traí-la a cada segundo que passava.


“Ele também queria mais, talvez o mesmo que eu. É arriscado demais... louco e irresponsável.”

- Mas queremos. Emily você mexeu comigo ao dizer oi! Adoro seu jeito, seu cheiro, seu modo de pensar. Como queria poder fechar os olhos e apagar meu passado mas não posso. O que eu posso fazer é respeitá-la como sempre fiz e conviver com esse sentimento. Não serei eu a forçar qualquer coisa com você, não será meu o próximo passo. Você pode ficar tranqüila quanto a isso. A última coisa que quero nesse momento é magoá-la.

Emily ouviu atentamente as palavras dele, a sinceridade em sua voz. Sabia que ele estava fazendo tudo ao seu alcance para acalmá-la e mostrar que existia outro meio. O problema é que quando mais ele insistia em ajudá-la, respeitá-la, mais ela se rendia a vontade que a consumia, a corroia por dentro ansiando tê-lo completamente.

“Seria tão errado assim satisfazer seus desejos, seu coração? Isso me transformaria numa pessoa tão egoísta ao ponto de esquecer tudo e arriscar? Apenas uma vez, eu posso arrancar a dúvida da mente e agir com o coração?”

Emily olhava para ele.

“Calado e tão vulnerável quanto eu. Não era assim que imaginava tudo isso. Não pretendia me envolver, me apaixonar...oh Deus! Essa é a primeira vez que reconheço isso.”

Ela aproximou-se dele. Posou as mãos nos ombros de David. Ela olhou fixamente nos olhos dele. Deixou uma das mãos toca-lhe o rosto e acariciá-lo bem demoradamente. Os lábios ansiavam por ela. Chamavam por ela.

- Eu sei que você não faria nada que eu não quisesse e isso apenas me faz querer você muito mais do que eu posso suportar...

Ela inclinou-se e beijou os lábios dele levemente. Roçou seu nariz no dele e de olhos fechados ela pediu.

- Não me faça parar, eu não quero me arrepender por não seguir meu coração. Apenas me beije...

- Emily...eu....

- Shhh.... ela colocou o dedo indicador sobre a boca que tanto ansiava e tomou-lhe os lábios.

O beijo começou lento, suave. Ela provara deles duas vezes mas a bebida a impedira de sentir tudo o que poderia sentir. Ela percebeu o toque das mãos dele na sua cintura e subindo pelas laterais do seu corpo. Emily aprofundou o beijo, diminuiu a distância colando seu corpo ao dele. David a puxou de volta para o sofá, forçando-a a se deitar. Cobriu-a com seu próprio corpo e deixou suas mãos invadirem por baixo a camiseta branca que usava. A pele dela era quente e macia exatamente como ele imaginava.

As línguas exploravam um ao outro, o beijo era bem mais poderoso e intimo que outrora. Ela deslizou as mãos pelas costas dele. Queria senti-lo contra sua pele. Tinha roupas demais ali. Como se adivinhasse seus pensamentos, ele ergue-se e livrou-se da camisa que foi ao chão. Desabotoou a blusa dela e expôs a pele. O soutian branco contrastava com a pele leitosa. Deus como ela é linda, pensou.

Emily sentiu os músculos do peito com a ponta dos dedos. Em seguida, ele tornou a beijá-la e grudar pele contra pele. Ela já sentia a umidade no meio das suas pernas aumentar. Com o movimento dos lábios de David sobre seu pescoço e colo, ela arqueou o corpo e pode sentir pela primeira vez que ele também estava excitado.

David acariciou os seios dela sobre o tecido do soutian com as mãos e arrancou pequenos gemidos dela. Levantou-se e estendeu a mão para ela. Primeiramente confusa, ela o encarou apenas para encontrar o belo sorriso a encarando e o desejo no olhar.

Ela pegou a mão dele e juntos foram para o quarto. David a puxou para si e tomou-a novamente num beijo de tirar o fôlego. Deitou-a gentilmente na cama. Livrou-se da calça jeans e do boxer. Nu, ele se debruçou na cama e voltou a acariciá-la. Tirou a peça de lingerie que o impedia de sentir os belos seios dela. Abocanhou um deles enquanto a mão massageava o outro. A língua dele roçava no mamilo que agora estava rijo. Ele sugava e beijava com carinho. Ela arqueava o corpo e empurrava-o entre gemidos pedindo mais. As mãos dela vagavam ora pelos cabelos dele, ora pelas costas e ombros.

Divertindo-se com a forma que ele a excitava, deixou um dos seios de lado e concentrou-se em saborear o outro. A mão livre acariciava o estômago liso e ia ao encontro do botão da calça dela. Desfez rapidamente sem que ela desse conta, estava inebriada demais com o prazer que ele a proporcionava com o seu toque.

David parou a brincadeira com os seios e logo ouviu os gemidos de protesto dela substituídos apenas pelo toque dos dedos dele ao tentar tirar a calça jeans que ela vestia levando a calcinha com ele. Estava completamente nua à sua frente agora. Ele beijou-lhe o abdômen e tocou o interior das coxas dela. A ansiedade pelo toque dele era quase insuportável. Ela precisava sentir.


Ao introduzir os dedos no seu centro, David a ouviu gritar. Ela tinha os olhos fechados, a pele vermelha. Ele movia os dedos dentro do interior úmido dela e com a outra mão, ele massageava o clitóris.

Ela sentia-se viva. Inundada por uma sensação magnífica de prazer. Experimentou em poucos segundos o primeiro orgasmo. O coração parecia uma bateria descontrolada. David buscou os lábios dela novamente. Mordiscou-lhe os lábios. Sugou-os intensamente enquanto Emily deixava as ondas de desejo espalharem-se pelo seu corpo. Queria muito mais...

Ele retirou os dedos de dentro dela e quebrou o beijo. Ficou olhando-a intensamente. As pupilas dilatadas não perdiam, porém o foco do rosto dele. Ele abriu um sorriso ao afastar um pouco mais as pernas dela preparando-se para o momento que eles mais esperavam. Ela balançou a cabeça em concordância. Se falavam pelo olhar. Então, ele a penetrou.

Emily arfou e gritou. Ele a tomara para si e ela sentia-se plena. David ficou parado por uns instantes assimilando aquele momento tão especial para os dois. Devagar, começou a mover-se dentro dela.

Continuava a fitá-la. Quando Emily fez a menção de fechar os olhos, ele pediu.

- Não...olhe para mim, não feche os olhos.

David mantinha o contato intenso do olhar. Queria transmitir todo o sentimento daquele momento para ela. Os movimentos foram crescendo gradualmente. Ele buscou beijar de novo o pescoço dela e rapidamente voltou a olhá-la.

Emily queria senti-lo. Tocá-lo. Ela impôs força ao corpo e trocou de posição com ele. Estava por cima agora e suas mãos deslizavam para cima e para baixo no peito dele enquanto moviam-se em sincronia. A velocidade aumentava e ele a segurava pela cintura incentivando a busca pelo prazer. Ele estava no seu limite.

Ela mordiscou o mamilo dele e sentiu a forte estocada a puxar para a próxima explosão em seu corpo. Cravou as unhas em seu peito e gritou. Ele movimentou-se mais uma vez e acariciou os seios dela. Emily jogou a cabeça para trás e sentiu o corpo tremer. Dessa vez a força do orgasmo foi ainda maior e pode sentir o gozo dele a invadindo também. Gritou. Ambos gritaram.

Ela deixou o corpo pender sobre o dele. David a abraçou. Exaustos,eles deixaram-se apreciar os últimos efeitos do orgasmo que ainda estava presente em seus corpos. Ele fechou os olhos. Respirava pesadamente.

David tinha sua cota de mulheres na vida. Sabia que era mulherengo e às vezes se surpreendia por estar casado. Mesmo quando namorava, ele dava suas escapadas. Contudo, aquilo era muito diferente. Emily não era qualquer mulher. Não era uma mera conquista. Pra começo de conversa, ela era sua amiga. Sua parceira profissional e uma pessoa muito especial. Havia sentimento ali, de ambas as partes e teriam que lidar com isso. Suas vidas pessoal e profissional dependiam disso.

Ele deslizava seus dedos pela pele dela. Podia sentir a respiração mais calma dela e sua mão tocando de leve o seu peito. Emily beijou o peito dele e apoiou o queixo nele.

- Hey...

- Oi...

Ele a puxou e beijou-a carinhosamente nos lábios. Ela virou-se para deitar na cama e David sentou-se na cama ainda com as mãos acariciando seu corpo. Do colo, abdômen até as pernas. Ele elevou a perna dela e beijou o tornozelo suavemente. Viu a expressão dela reagir.

- Ainda dói, amor?

- Um pouquinho. Mais quando uso sapato alto.

“Amor. Lá estava aquela palavra forte de novo. Ele insistia em chamá-la assim.”

- David, porque você me chama de amor? Não é a primeira vez...

- Desculpe, é involuntário. Talvez seja porque me importo com você, não precisamos ser amantes ou casados para eu chamá-la assim.... é uma demonstração de carinho.

Ele continuou a beijar a extensão da pele dela. O cheiro dela era delicioso.

- David...

- Hum... ele se entretera no abdômen dela.

- O que vamos fazer agora?

A pergunta ainda não tinha resposta. Ele não sabia. David se aproximou dela, deitou-se ao seu lado apoiando a cabeça na própria mão. Ele suspirou.

- Emily, se você espera uma resposta a essa pergunta, tenho que decepcioná-la. Eu simplesmente não sei. Queria dizer que isso foi somente uma coisa de momento, one-night stand, sei que não é, nada com você seria passageiro. Gosto demais de você para transformá-la em uma conquista.

- David não podemos, você sabe disso.

- Sei, sou casado e você não. Não quero machucá-la. Sei que temos que descobrir o que fazer daqui pra frente. Trabalhamos juntos, não podemos deixar isso afetar a nós e as pessoas que estão conosco. Também não quero me afastar de você, quero nossa amizade, nossos momentos. Não posso prometer que não acontecerá novamente afinal, uma coisa é nunca ter provado e lidar com a imaginação. Outra é.... – suspirou – é saber exatamente o que é fazer amor com você.

- E como é, David?

- Fantástico, amor...simplesmente fantástico como você.

Emily fechou os olhos por um minuto. Ao abri-los, ela ajeitou-se na cama sentando-se. David a acompanhou. Tinha o rosto sereno. Ela tomou as mãos dele nas suas.

- Obrigada por ser sincero comigo, David. Significa muito para mim. Infelizmente, perguntei isso porque tinha a esperança que você tivesse uma resposta. Sei que estamos numa situação difícil e perigosa. Atravessamos a linha tênue da amizade para o algo mais. Não sei o próximo passo, vou tentar viver um dia de cada vez, evitar que isso me afete, nos afete. Gosto de ter você por perto, de sua amizade, de seu carinho.

Ela beijou a mão dele e continuou.

- O que aconteceu hoje aqui vou guardar para sempre. Será uma lembrança preciosa que levarei comigo. Não prometo que acontecerá novamente. Não sei o dia de amanhã mas não quero ser responsável por arruinar a vida de ninguém.

- E quanto a sua vida, Emily? Você abre mão da sua vontade, do seu momento por isso? Por mim e pela situação?

- Eu posso tentar fazer isso, o mais importante já tive. Você. Fiz amor com você, estive em seus braços. Nada disso é uma ilusão ou um sonho. Realmente aconteceu, sem cobranças, sem dúvidas, sem arrependimento.

- Oh, Emily... como você pode pedir para não amá-la depois de todas essas palavras? Você é incrível.

Ele a tomou nos braços e beijou-a novamente com paixão. Ao quebrar o beijo, Emily sorriu com lágrimas nos olhos.

- Promete que não vai mudar comigo? Que vai continuar sendo o meu amigo folgado e carinhoso que eu tanto amo?

- Prometo, Emily. Tudo para te ver feliz.

Ela encostou sua cabeça no peito dele e ficaram ali aninhados por um bom tempo absorvendo os momentos daquela noite que marcaria a ambos pelo resto de suas vidas.



The End.

5 comentários:

Marlene Brandão disse...

ai que fofa a Emy !!!!!!!!!!!!
ainda não sai de minha mente que isso tenha acontecido realmente por que a química entre eles é incrivel mas fazer o que nem sempre as coisas são do jeito que quermos ):
a fic ficou linda amiga!!!!!!!!!!
esperarei anciosa pela próxima sou sua fã...
bjones s2

Grazi disse...

Linda fict realmente Emy Davis formam um lindo casal mesmo que nas nossas mentes perversas

Eliane Lucélia disse...

Finja que o Sermão da Sexagésima seja a (as) fic (s)...
PARREDE!
Parrede!

Quando eu estudava no colégio, interno,
Eu fazia pecado solitário.
Um padre me pegou fazendo.
- Corrumbá, no parrrede!
Meu castigo era ficar em pé defronte a uma parede e
decorar 50 linhas de um livro.

O padre me deu pra decorar o Sermão da Sexagésima
de Vieira.
- Decorrrar 50 linhas, o padre repetiu.

O que eu lera por antes naquele colégio eram romances
de aventura, mal traduzidos e que me davam tédio.

Ao ler e decorar 50 linhas da Sexagésima fiquei
embevecido.
E li o Sermão inteiro.
Meus Deus, agora eu precisava fazer mais pecado solitário!
E fiz de montão..
- Corumbá, no parrrede!
Era a glória.
Eu ia fascinado pra parede.

Desta vez o padre me deu o Sermão do Mandato.
Decorei e li o livro alcandorado.
Aprendi a gostar do equilíbrio sonoro das frases.
Gostar quase até do cheiro das letras.
Fiquei fraco de tanto cometer pecado solitário.
Ficar no parrrede era uma glória.
Tomei um vidro de fortificante e fiquei bom.
A esse tempo também eu aprendi a escutar o silêncio
das paredes.

(Manuel de Barros)

... e essa sou eu lendo-a (as).
Acho que não preciso dizer mais nada, né, gêmea?

Bruna_espíndola disse...

Simplesmente perfeita a fic.
O carinho do Booth com a Emily foi... ham... (sem palavras). Até me esqueci que aquilo era uma traição, e era errado.
Qual músico nunca sofreu com algum familiar pedindo pra parar de tocar? Pois... esta vendo TV, que dormir, que estudar...ISSO É UM PROBLEMA!
A relação da Zooey super protetora teve destaque também, que fofa!
Parabéns Karen por mais uma fic ótima!

Julia Blaustein disse...

Me surpreendi com o final, achei que os colocaria juntos, mas não por isso foi ruim. Como dissemos em algum cap. Algo que gostamos é quando você nos surpreende com um final/cap. Totalmente diferente do que imaginábamos. Amei a surpresa! EXCELENTE FIC PARABÉNS!
Julia Blaustein