quarta-feira, 15 de setembro de 2010

[Bones Fic] Six Months or a Lifetime? - Cap.1

Six Months or a Lifetime?

Autora: Karen Jobim
Classificação: PG-13, (qdo aplicável NC-17)
Gênero: Angst,Drama,Romance.
Advertências: Fic spoilerfree – cuidado com os comentários. Pré-S6.
Capítulos: 1 de ?
Completa: [ ] Sim [X] Não

Nota da Autora: A idéia dessa fic surgiu em função da minha descoberta sobre a Bitch. Assim, resolvi escrever minha própria SP para a S6 (claro que vai ser maior que o tempo de um episódio). Pretendo publicá-la até o dia 23 completa (espero que consiga!) se não vocês tem que me prometer que a lerão até o final.

Disclaimer: He loved her for 6 years, would he be able to forget her in 6 months? Booth e Brennan voltaram para Washington mas depois de um ano algo mudou. Seria pra sempre?
Acho que agora vão entender meu banner , hum? Enjoy!

Six Months or a Lifetime?


Cap.1

“One year from today....”


Essa frase esteve sempre presente em sua mente. Brennan estava ansiosa. Foram doze longos meses e nada de concreto que realmente valesse a pena. Além da pesquisa se converter em um grande fiasco, ela havia descoberto que não tinha paciência para lidar com pessoas que não a compreendiam. Sentia falta dos amigos e principalmente de Booth. Ela não via a hora de encontrá-lo.

Ela sequer preocupou-se em ir até seu apartamento. Do aeroporto foi direto ao ponto de encontro marcado por ele a um ano atrás. Ao chegar, comprou um café para tentar se esquentar. Fazia frio novamente em Washington. Sentou-se no banco e esperou.Sabia que ele apareceria a qualquer momento. Nesses meses longe de tudo, ela pode aproveitar para repensar sua vida, o que estava fazendo e o que deveria mudar. O interessante foi que ela teve algumas revelações e queria muito conversar com ele. Como ela sentira falta disso!

Quando ela avistou-o caminhando em sua direção, ela abriu um sorriso. Apenas em olhá-lo, toda a sensação de ansiedade desapareceu. Booth se pos a frente dela. Brennan levantou-se num impulso e o abraçou sussurrando o nome dele próximo ao ouvido.

- Booth...

Sentiu os braços dele a envolvendo. Um calor necessário que tanto ansiava por sentir. Ficaram assim por um longo tempo. Finalmente, Booth quebrou o abraço e a fitou. Sorriu.

- Como você está,Bones?

- Estou bem. Senti sua falta.

- É, eu também.

Ele a pegou pela mão e dirigiram-se para o banco. Ela não conseguia parar de sorrir. Começou a observa-lo. Estava mais magro, o rosto tinha um ar bom, cansado mas sereno. Ele parecia não querer falar muito seria devido ao cansaço? Mas então...

- Como foi sua pesquisa? Já posso me acostumar a ter uma possível candidata ao Nobel como amiga?

- Não, a pesquisa não deu certo. Quer dizer, não era aquilo que pensávamos. Muito trabalho para nada. E como você se virou no Afeganistão?

- Foi difícil, é triste ver tanta gente morrendo por uma causa estranha. Muitos novos soldados que amam seu país mas poderiam estar aqui estudando, trabalhando não numa guerra. Olhe, não me entenda mal, sirvo meu país com prazer mas gostaria que isso tudo acabasse, que nós pensássemos apenas em ajudar uns aos outros. Só isso.

- Sabe, quando estava fora, eu descobri algo interessante. Lembra quando eu disse a você que minha verdadeira paixão eram as escavações antigas? Descobrir esqueletos de anciões e dar minha contribuição a história do mundo?

- Lembro sim. Eu até questionei se você não gostava de trabalhar comigo.

Ela baixou a cabeça. Booth enrugou a testa. Será que ela diria que não voltaria a trabalhar com ele? Que ia sumir no mundo em busca de esqueletos? Voltou a olhar para ele.

- Eu descobri que por mais que eu adore sítios arqueológicos, meu lugar é aqui com você, trabalhando no Jeffersonian.

Booth sentiu um aperto no coração. Oh, deus! Será que ela ia voltar naquela conversa de relacionamento e parceria? Ela esticou a mão e envolveu seus dedos nos dele.

- Eu gosto muito da ciência mas reconheço que ela tem melhor uso na busca pela justiça. Pegando assassinos. Eu adoro fazer isso com você, mais do que escavar. Eu não gosto de ficar longe de você, gosto de conversar sobre trabalho, beber e estar ao seu lado. Gosto das pessoas no Jeffersonian. Não quero deixar nossa parceria. Essa foi a primeira e a última vez que me separei de você. Espero que a Cam me aceite de volta.

Booth não podia ter outra reação se não sorrir. As mãos continuavam entrelaçadas.

- Fico feliz que tenha descoberto isso, Bones. Eu gosto muito de trabalhar com você.

Ele olhou para o lado, tinha que aproveitar esse momento e falar logo. Faltava coragem.

- Você quer mais café? Tá frio aqui.

- Obrigada, quero sim.

Ele se levantou soltando a mão dela. Voltou com dois copos de café. Entregou um a ela e voltou a sentar-se. Brennan na mesma hora estendeu a mão livre e entrelaçou os dedos aos dele novamente. Booth suspirou. É agora ou nunca!

- Bones, eu tenho... tenho uma coisa para te contar.

- Claro! Sobre sua viagem?

- É. Bem, durante meu período no Afeganistão eu trabalhei muito com os soldados, no front e também por causa do meu cargo no FBI acabei sendo direcionado para a parte de comunicação com os Estados Unidos. Há seis meses, eu conheci uma jornalista, Hanna. Ela fazia toda a parte de comunicação com Washington e trabalhamos juntos então, uma coisa levou a outra e bem, começamos a namorar a três meses.

- Oh...

Ela soltou a mão dele. O sorriso desapareceu.

- Certo, é isso é bom pra você. Quero dizer... você num relacionamento.

- É , concordo.

- Você está feliz?

- É, estou sim.

Ela suspirou fundo. Ele sorriu.

- Olha, mas vai ser bom trabalharmos juntos novamente. Nossa parceria continua.

Ela se levantou. Tentou forçar um sorriso.

- Isso se a Cam me der o emprego de volta.

- Ela vai te dar.

- Tenho que ir, preciso descansar e você também. Amanhã irei cedo ao Jeffersonian.

- Ok, foi bom de ver Bones.

- É bom estar de volta, Booth.

E num impulso beijou o rosto dele.

- Boa noite, Booth.

Ele ficou sorrindo até que ela desaparecesse de vista. Recostou-se no banco sentindo-se aliviado por contar a ela sobre a namorada. Brennan caminhou até a esquina e chamou um táxi. Ela não quis segurar as lágrimas que se formavam. Ela imaginava-se chorando nesse momento mas de alegria. Infelizmente, o motivo era outro. Booth seguiu em frente, depois de seis anos. Ela não pensou que isso pudesse acontecer, não agora quando ela sentia-se pronta para mudar, se abrir mais para ele.


Será que perdi minha chance?

Chegou em casa e após um banho jogou-se na cama. Não tinha forças para nada. Depois de um ano de espera não era dessa maneira que ela esperava que terminasse seu encontro com Booth. Estranho e imparcial. Ele tem uma namorada. Foi involuntário mas a cena na frente do prédio do FBI veio a sua mente. Ela o rejeitara não? E porque? Ao contrário do que ele pensava não foi porque não gostasse dele e não quisesse estar com ele, num relacionamento. Ela o fez para protege-lo de si mesma. Ela não entendia nada de relacionamentos. Estava acostumada a ter casos, relações sexuais sem compromisso. Não que fosse contra a monogamia mas ela nunca a experimentara da maneira que Booth estava acostumado. Ela não queria magoa-lo muito menos prejudica-lo. Como faria com o FBI? Ele poderia ser punido e perder o emprego ou pior, ela poderia perder o parceiro e amigo. Ele não entendia dessa forma? Mas então, Brennan porque você está triste, chorando e tão mal com o fato de Booth ter alguém? Será que em tentando protege-lo eu o afastei para sempre de mim?

Cansada de avaliar a situação, acabou adormecendo.

Jeffersonian Institute
9am


Temperance Brennan entra no prédio direto procurando por Cam. Perguntou ao primeiro guarda que encontrou.

- Você sabe dizer se a Dr. Saroyan já chegou?

- Acabou de entrar nesse minuto. Vou informá-la que a senhora está aqui, Dr. Brennan.

Em dois minutos, o guarda retornava sorrindo.

- Ela pediu para você ir até a sala dela.

- Obrigada.

Brennan caminhou pelos corredores do prédio, adorava aquele lugar. Era sua segunda casa, as vezes a primeira devido as longas horas que passava debruçada nessas mesas de análise. Bateu de leve na porta para chamar a atenção de Cam.

- Dr. Brennan!

- Olá,Cam.

- Bom reve-la. Sente-se, conte-me as novidades. Como foi sua experiência na Indonésia?

- Boa mas não deu em nada. Não terei meu nome gravado nos anais da ciência por enquanto. Ah, e Booth tem uma namorada.

Cam arregalou os olhos.

- Oh, ok então...

- Dr. Saroyan eu vim aqui perguntar se você ainda quer minha presença no seu time. Ainda posso trabalhar no Jeffersonian?

- Claro, Dr.Brennan eu disse que quando voltasse poderia trabalhar aqui. Estou precisando de profissionais como você.

- Ótimo, obrigada Cam.

- Depois que você e o Dr. Hodgins sairam eu realmente fiquei com minha equipe desfalcada.

- E quando começo?

- Quando você quiser...

- Então amanhã estarei aqui ok? Preciso organizar algumas coisas em casa.

- Claro! É bom te-la de volta.

- Também acho bom estar de volta.

Camille não se segurou, estava intrigada.

- Booth tem uma namorada? Porque? Como?

Temperance respondeu casualmente do seu jeito.

- Tem, uma jornalista. O nome dela é Anna, não Hanna. Conheceu no Afeganistão. Ele devia estar precisando ter relações sexuais pra arranjar uma namorada em pleno campo de concentração.

- É, impressionante. Por essa eu não esperava.

Brennan sorriu.

- Você não foi a única. Te vejo amanhã, Cam.

Brennan saiu do Jeffersonian direto para o supermercado. Tinha muito o que fazer para ocupar a sua mente.

A noite, ela ao checar seus emails viu que Angela a escrevera.

“Hey, Sweetie!

Espero que esteja bem e em Washington. Tenho novidades! Jack decidiu deixar a Universidade de Paris e devemos voltar para os Estados Unidos. Ah, Bren por mais que eu ame Paris sinto sua falta, de Booth e de todos no instituto. Devemos chegar no final dessa semana.

Love,

Angie”

Ela sorriu. Era tudo o que ela precisava. Ter alguém pra conversar e Angie era sua melhor amiga. A partir de agora estava bem claro na sua cabeça. Ela iria precisar de uma melhor amiga.


Dia seguinte
Jeffersonian – 9:30 am


Brennan chega animada para trabalhar, de certo modo essa atmosfera de laboratório a deixava inspirada. Não via a hora de começar a analisar ossos novamente. Cam havia informado a ela que sua sala continuava intacta e que mandaria algumas instruções para ela iniciar uns trabalhos solicitados por alguns outros antropólogos. Familiarizada com o que precisava ser feito, Brennan foi até o arquivo de ossadas e retirou uma caixa de lá. Levou-a para a mesa de avaliação e calçando as luvas, começou a trabalhar.

Meia hora depois, seu celular tocou. Booth.

- Hey, Booth!

- Você está em casa?

- No Jeffersonian.

- Hum, então você conseguiu seu emprego de volta.

- Sim, consegui.

- Isso é ótimo pois temos um caso. Estou indo pra aí.

- Booth espera eu....desligou.

Ela suspirou. Ia começar tudo de novo.

Ele a pegou no instituto e levou-a para a cena do crime. Brennan analisou o que podia e pediu para que as evidências fossem enviadas para o Jeffersonian.No carro, ela resolveu puxar conversar já que Booth andava meio calado.

- Você está calado, algum problema?

- Não é nada.

- Não acredito, você é sempre tão falante. Algum problema com sua namorada?

- Não, Bones.

Ela calou-se por uns instantes e não contente voltou a falar.

- É interessante ver você estabelecer um contrato social depois de muito tempo. O que ela te deu? Para estabelecer o contrato quero dizer. Como é mesmo o nome dela? Danna?

- Hannah.

- Ah, que seja. Então?

- Nada , ela não me deu nada. Só gostamos da companhia um do outro e uma coisa levou a outra e começamos um relacionamento.

- Ah, que bom que voltou a ter relações sexuais. Todo ser humano precisa disso, especialmente o macho. Não sei como você aguentou tanto tempo.

Booth remexia-se na poltrona do carro, nervosamente. A Bones as vezes não tem noção de limite ainda mais depois... ah, deixe isso quieto.

- Bones, podemos parar com esse assunto?

- Booth deixa de ser pudico! Estou estabelendo uma conversa razoável sobre o seu relacionamento e você fica logo nervoso quando eu falo de sexo. Você me disse uma vez que éramos parceiros e parceiros compartilham coisas. Isso mudou? Não sou mais sua parceira? Só alguém que trabalha com você?

- Não, você ainda é minha parceira mas não fico à vontade pra falar desse assunto com você.

- Ok, então vamos falar sobre o caso.

Eles continuaram conversando até o Jeffersonian. Depois de trabalhar o dia todo no esqueleto, Cam a convidou para ir ao dinner. Como ela estava sem companhia, aceitou.

Estavam as duas conversando e bebendo animadamente esperando a comida.

- Hodgins me telefonou hoje. Eles estão voltando para Washington e para se juntar a nós de novo.

- Isso é muito bom!

- É, formamos uma excelente equipe.

Brennan tomou mais gole do vinho. Cam estava morrendo de vontade de perguntar...

- Então, você conheceu a namorada do Booth?

- Não. Ele só me falou a respeito mas aposto que é loira.

- Porque acha isso? Eu apostaria no oposto. Morena como você.

- Não, Booth é como a maioria dos machos-alfa tem aquela queda por uma loira. Você não conheceu a Tessa, era loira. E Rebecca, loira. Quer apostar? Um copo de vinho.

- Ok, aceito. Cam continuou.

- É mas na hora de casar, eles sempre optam pela morena.

- Você acha que o Booth quer casar?

- Não sei, talvez não. Acho que só alguém muito especial para fazer Booth casar.

Cam olhava fixamente para ela. Brennan baixou o olhar. Estavam quase terminando de jantar quando ela viu Booth entrar no recinto.

- Vou pedir minha taça de vinho.

- Ahn? Porque?

Brennan sinalizou com a cabeça. Cam virou-se e deu de cara com o casal. Loira.

- É, parece que você conhece mais o Booth do que eu.

Ele se aproximou delas.

- Achei que encontraria vocês aqui. Quero que vocês conheçam alguém. Essa é Hannah Winning, minha namorada. Esta é Camille Saroyan, uma velha amiga e colega de trabalho.

Cam foi a primeira a estender a mão.

- Prazer em conhecê-la.

- Igualmente.

- E esta é a Temperance Brennan, antropóloga forense e minha parceira.

- Ah, você é a famosa Bones.

- Só o Booth me chama de Bones.

- Ah... ok. Prazer em conhecê-la.

Brennan apertou a mào dela. Forçou um sorriso.

- Então, Booth me disse que você é jornalista? Já trabalhou para algum jornal famoso como o Washington Post? New York Times?

- Não, meu foco foi a televisão e acabei virando assessora de comunicação.

- Interessante, sempre achei que os melhores jornalistas são os que trabalham em grandes jornais e tem o domínio da palavra escrita. Já escreveu algum livro?

- Não.

- Ah, eu escrevi vários nas minhas horas vagas.

- Sim, Bones escreve ótimos livros de aventura policial.

- Best-sellers. Todos na lista do New York Times. São baseados em casos que já trabalhei como antropóloga. É fácil quando se tem experiência e um PhD.

- Nossa ela é modesta.

- Não sou um gênio.

Hanna olha para Booth intrigada.

- É... ela tá falando sério?

- Ah, acredite! Ela sempre fala sério.

- Pelo pouco que sei de você a julgar pela nossa conversa, você não deve ter indicado um trabalho seu ao prêmio Pulltzer.

Hannah estava numa saia justa, realmente incomodada com as afirmações de Brennan. Cam se segurava para não dar bandeira e Booth não sabia o que fazer para quebrar a tensão do momento. Por fim sugeriu.

- Vocês querem comer algo?

- Não, já lanchamos.

- E estamos de saída. Vamos Cam?

- Tchau Booth, Hannah.

- Tchau pra vocês.

Elas deixaram o Royal Diner. Mal colocaram os pés na rua, Cam desatou a rir. A cara de Brennan estava de poucos amigos.

- O que ?

- Devo dizer Dr.Brennan, você foi perfeita, mais direta impossível. Deixou a moça preocupada.

- Porque? Só falei a verdade. Não sei o que Booth viu nela, ela nem é tão bonita.

- Sinceramente? Pelo que conheço do Seeley, acho que esse relacionamento está fadado ao fracasso. E concordo, ela não é mais bonita que você.

- Claro que não!

Cam riu novamente.

- Boa noite, Dr. Brennan. Até amanhã.

- Boa noite,Cam.

E seguiu na direção contrária com um sorriso no rosto.


Dois dias depois...

Brennan estava em sua sala enviando algumas informações para Booth quando ouviu aquela voz.

- Sweetie....

- Angela!

Brennan levantou-se e abraçou a amiga.

- É bom ter você de volta. Senti muito sua falta nesse um ano longe.

- Também senti sua falta. Ah, Brennan, Paris é tão lindo. Artes para todos os lados, a torre eifel, a comida...

- Sabe eu não tenho esse fascínio todo por Paris.

- Os franceses só tem um problema: são péssimos anfitriões, são boçais, se sentem superiores. Esse era o maior motivo que eu tinha para voltar a Washington. E você? Como foi na Indonésia?

- Não foi o que eu imaginava. O projeto fracassou. Era besteira.

- Sinto muito sweetie. Notícias de Booth? Aposto que ele estava louco pra te ver, morrendo de saudades e...

- Booth tem uma namorada.

- O que? Entendi direito?

- Se o que você entendeu foi que Booth tem uma namorada, está correto.

- Como pode? Booth tem uma namorada e não é você. Wow.

Angela senta-se no sofá ainda chocada com a notícia.

- Como ela é? Onde a conheceu?

- Ela é jornalista, na minha opinião muito fraca aparenta não ser dotada de grande inteligência e loira. Ele a conheceu no Afeganistão é assessora de comunicação.

- Eu sabia que seria loira. Bem antagônico e típico. Ela é bonita?

A cara de Brennan dizia tudo. Olhou sério para Angela e entortou a boca.

- Bem mediana. Não é para os padrões de Booth.

- Claro se o padrão de Booth for você, concordo.

- Por isso mesmo.

- Hum, já entendi. Você não gostou dela.

- Eu não disse isso! Só não sei o que Booth viu nela.

- Brennan, você está com ciúmes?

- Não Angie.

Mas o rosto dizia outra coisa. Angela pressionou.

- Cam me falou que ele ainda não veio aqui desde que voltou e vocês já estão trabalhando em um caso.

- Ele deve estar ocupado no FBI.

- Ou com a namorada.

- Que seja. Eu não tenho nada a ver com isso.

Ela suspira.

- Só que depois de um ano separados, eu esperava um outro tipo de recepção dele. Achei que íamos rir, conversar muito, talvez jantar como nos velhos tempos. Mesmo que fosse em nome da amizade.

- Oh, Sweetie...

Angela segurou a mão dela e a envolveu com os braços.

- Eu sei que deve ter sido difícil pra você. Você estava com saudades e ele joga esse balde de água fria.

- Ainda bem que você está aqui, além do Booth você é a única pessoa com quem eu posso conversar sem ser mal interpretada ou ridicularizada.

- Brennan, eu tenho que conhecer essa tal namorada e garanto que vou descobrir que essa história não tem sucesso.

- Angela... não vá arranjar problemas.

- Não se preocupe, sou profissional no assunto. Como é o nome dela?

- Ah, eu acho que é Anna, é um nome tão sem graça. Não Angie, é Hannah.

- Ok, me aguarde.

Finalmente conseguira arrancar um sorriso dela, Angela sabia que essa história mexera com a amiga mas ela conhecia muito bem Brennan para saber como agir, era como descascar uma cebola, camada por camada. Na hora certa, ela iria falar o que realmente estava sentindo.



Continua.....

Um comentário:

Rubine disse...

Bones não tendo a mínima modéstia é o máximo! Ótimo início de fic!