domingo, 18 de dezembro de 2016

[Stanathan] Kiss and Don't Tell - Cap.95


Nota da Autora: Preparem-se para rir! Nem preciso dizer de quem... Talvez fazer alguns "awww", além disso tem participação especial dos sogrinhos Fillions fofos! E alguem está chegando, but... quem tem Jeff, tem tudo! Enjoy! 


Cap.95

Na manhã seguinte, Stana acordou com beijinhos no pescoço e nos ombros. Sem abrir os olhos, ela suspirava e sorria. 
— Acorda, Staninha. Hora do café. Trouxe na cama para você. 
— Está cedo, Nate… 
— São dez da manhã… 
— Hum… preciso de incentivo… 
— Fiz panquecas. 
— Outro tipo de incentivo… - ele sorriu ao vê-la virar-se de barriga para cima encontrando o olhar dele. Nathan sabia exatamente o que fazer. Começou beijando o pescoço, descendo pelo colo, no meio do seios, fazia tudo isso sem forçar seu corpo sobre ela. Beijou a barriga, separou as pernas. Então ela entendeu o que ele estava prestes a fazer. Puxou a calcinha até a altura dos joelhos e provou-a. O contato provocou um gemido imediato por parte dela. Com gestos precisos e toques, ele a levou ao orgasmo em poucos minutos. Ao encara-la outra vez, Stana fazia sinal com o dedo indicador para ele se aproximar de seu rosto. Deitado ao lado dela, trocaram um beijo. 
— Bom dia, babe… agora aceito meu café. Quer dizer, depois que eu for ao banheiro… acho que isso não foi algo muito romântico de se dizer, não? - ele riu - Culpe a Katherine. 
Quando ela voltou, se deparou com a bela bandeja sobre a cama. Panquecas em formato de coração, croissants, café e suco de laranja. 
— Achei que não pudesse comer panquecas. 
— Abri uma exceção pela data. Uma forma de retribuir o que você fez ontem por mim. 
— Ah! São panquecas de agradecimento pela ótima noite… tudo bem, tem calda? 
— Sim, eu escondi o último vidro de maple syrup que a mamãe mandou - ele mostrou o potinho, abriu e despejou sobre a panqueca dela. Stana mordiscava um pedaço de croissant. Tomou um gole de café e antes de se dedicar a panqueca, falou. 
— Amor, pode me passar meu celular? 
— Stana, por que não come primeiro? Ninguém ligou para você. 
— Ninguém? - isso era estranho. 
— Pode checar. Está esperando alguma ligação importante? 
— Não é que… - ela checa as ligações e as mensagens, nada - é a Gigi. Devia ter dado sinal de vida. 
— Se não se manifestou, deve estar tudo bem. Se algo errado nesse plano secreto de vocês tivesse acontecido é claro que ela já teria ligado. Coma sua panqueca.
— Tudo bem. Hum, maple syrup dá um toque especial, não? - ela coloca um pouco da calda em seu dedo indicador, lambuza os lábios de Nathan e o beija. Ao se afasta sorri - melhor ainda assim. 
— Não começa, Staninha… 
— Não mesmo. Temos consulta hoje com a doutora, esqueceu? Ela quer ver se está tudo bem com a Katherine. 
— Que horas? 
— Duas da tarde. 
— Temos tempo, então.  
No consultório da médica, Stana trocava de roupa para ser examinada quando seu celular vibrou indicando uma mensagem. Ao checar, sorriu. Era da irmã “Operação concluída com sucesso. G.” Melhor agora. Deixaria para saber os detalhes depois. 
Ao vê-la, a médica sorriu. 
— Você está linda com essa barriga, Stana. Como está se sentindo? Teve outro episódio de dores? Como foi sua recuperação? 
— Não tive mais nada. Estamos bem. Nathan me colocou numa dieta rigorosa. 
— Nem quero pensar em passar novamente por aquilo, doutora. A dona teimosia precisa ser marcada de perto, a irmã também. 
— É bom esquecer o assunto então. Você experimentou outro problema? As pernas incomodam? 
— Um pouco. Estão inchadas, não? - ela disse. 
— Eu vivo dizendo para ela não esquecer de coloca-las para cima. 
— Faz muito bem, Nathan. Você deveria começar a usar as meias de compressão. Vai ajudar na circulação e aliviar as dores. Sente-se, quero ver como Katherine está - a médica espalhou o gel na barriga dela e realizou o exame. Estava satisfeita - a filha de vocês está ótima. Ao que tudo indica, ela deverá passar dos três quilos. Será um bebê saudável. Ainda quer ter seu parto normal, Stana? 
— Sim, a menos que represente um risco para Katherine, então eu mudaria de ideia. 
— Se representar risco para você ou para Katherine, eu serei a primeira a não deixa-la seguir adiante com a ideia. Até agora, não vejo porque não ter normal. A recuperação é mais rápida, os benefícios para o bebê, pode ir para casa logo. 
— Sim, também concordo. 
— Ótimo. Pode trocar de roupa e nos encontre no consultório - ela vestiu-se rapidamente. Encontrou com eles. Sentou-se ao lado do marido. A médica digitava algumas coisas no computador. Provavelmente referente ao exame. Ao finalizar, entregou mais uma receita de vitamina para Stana - vocês tem alguma pergunta? Colocação? 
— Na verdade, eu tenho - disse Nathan. Stana olhou-o pensando que ele surgiria com algum daqueles exageros super protetores dele. 
— Pode falar, Nathan. 
— Eu queria saber… bem, isso é embaraçoso… mas, até que ponto é permitido o sexo durante a gravidez? Quer dizer, não estamos machucando nossa filha e tem um momento para parar? - Stana estava com os olhos arregalados. 
— Nathan! 
— A pergunta dele é completamente normal, Stana. Especialmente para um pai de primeira viagem. 
— Não me entenda mal, doutora. Eu quero o melhor para a minha filha e minha esposa. Stana, ela gosta de ter relações e a gravidez não parece ter afetado nada e… 
— Nathan! Você está me fazendo soar como uma pervertida! 
— Não, amor… mas você que pede na maioria das vezes e… 
— Tudo bem, é normal. Muitos casais continuam mantendo relações até o fim da gravidez sem qualquer problema, outros não conseguem. Algumas mulheres não tem vontade. Posso garantir a vocês que não faz mal algum para a criança, não tem qualquer relação com nascimentos prematuros. O resultado do ato não necessariamente é o mesmo, as preferências e reações mudam muito devido ao comprometimento dos movimentos com a barriga. A penetração pode ser superficial ou profunda dependendo da posição, não há problema algum. Na verdade, só fortalece a união do casal nesse momento. Nada de se preocupar, Nathan e se sua esposa quer, aproveite. 
— Obrigado. 
Quando deixaram o consultório, de volta para casa, ela reclamou para o marido enquanto ele dirigia. 
— Por que você foi falar de sexo com a doutora? O que ela vai pensar de mim? 
— Que você é uma mulher saudável e apaixonada pelo seu marido tanto que não consegue ficar longe dele. 
— Ridículo! - ele riu - Gigi mandou noticia. Está tudo bem. 
— Eu disse. Se não estivesse, já tínhamos ouvido a tempestade. 

XXXXXX

Ela estava deitada no peito do noivo. Eles mal levantaram da cama salvo a vez que Jeff foi buscar o café da manhã que se resumiu a torta de limão e café. Gigi estava começando a sentir fome. Como uma gata, ela se esfregava enchendo o peito do noivo de beijinhos. O corpo totalmente sobre o dele. Pele contra pele. Jeff tinha os olhos fechados, mas ela sabia que não estava dormindo, havia um sorrisinho cínico em seus lábios. Deu um selinho na boca e  continuou roçando os próprios lábios e o nariz no rosto dele, mordiscou a orelha. 
— Jeff… 
— Hum… 
— Estou com fome… 
— Você tem fome de que, Gi? - ela sabia que ele estava se referindo a outra coisa que não era comida. Mordeu o ombro dele - ai! 
— Comida. Deixa de ser tarado! Que horas são? 
— Não faço a mínima ideia. Deve passar das três… também estou com fome.  
— Já? Nossa! Estamos muito preguiçosos. Ótimo, então vai buscar algo para a gente comer. 
— Por que tem que ser eu? 
— Porque eu já fiz a comida - ela voltou a beija-lo, dessa vez, ela caprichou para convence-lo do que deveria fazer. 
— Golpe baixo, Gi… 
— Eu nem acho… vou ao banheiro - ela se levantou um pouco trôpega em direção ao banheiro. 
— Está mancando, amor? E-eu fiz isso? 
— Não se ache, Jeff… - ele ria. Levantou-se da cama e seguiu para a cozinha. Ele ainda não tivera a chance de entregar o presente dela do dia dos namorados. Jeff sabia como a noiva era agoniada com limpeza e nem queria arranjar uma briga depois de uma noite e uma manhã deliciosa. Pegou uma bandeja própria para levar comida na cama, colocou dois pratos onde serviu o bolo de carne, as batatas e acrescentou dois copos. Levaria a garrafa de vinho que encontrara na geladeira. 
Ele chegou no quarto primeiro que ela. Aproveitou para preparar tudo e pegou o presente dela escondendo-o debaixo de seu travesseiro. Ouviu um barulho vindo do banheiro e logo em seguida ela apareceu ainda parcialmente nua, apenas de calcinha. 
— Por que demorou? - ela sentou-se ao lado dele - hum… está cheirosa e macia - ele disse deslizando os dedos pelo braço dela. 
— Tomei banho. O que é isso? Vamos comer na cama? 
— Vamos e não iremos sujar nada. Está tudo na bandeja. Um prato para você, outro para mim - ele foi logo pegando um. Gigi entendeu porque. 
— Quatro pedaços de bolo de carne, Jeff? 
— Estou com muita fome e está bom. Coloquei dois para você. Quer vinho? 
— Quero - ele serviu as taças e entregou a ela, brindaram e beberam. Jeff devorava os pedaços do bolo de carne - você realmente gostou do bolo, não? 
— Delicioso. Guardei um pouco para o jantar. Acho que você será obrigada a fazer isso para mim de vez em quando. 
— Não começa. Foi um momento especial. Já passou. 
— Ah, Gi… por favor… uma vez ao mês? Por favor? - ele limpou a boca e a olhava intensamente, sorveu seus lábios - por favor… 
— Chantagem, Jeff? 
— Se funcionar…. tenho outras coisas em mente. 
— E o que seria? 
— Termine de comer. Talvez eu revele depois… - a curiosidade de Gigi foi atiçada. Agora ela queria saber o que ele ia fazer para convence-la. Conhecia o noivo muito bem para entender que ele não revelaria nada até o momento que quisesse. Terminou de comer. Jeff recolheu a bandeja e sumiu na cozinha. Ao retornar, trazia um copo com agua nas mãos. 
— Estou esperando o truque para me convencer. 
— Não tem truque. Apenas achei que você ia querer satisfazer o desejo de seu futuro marido, não é como se tivesse pedindo para cozinhar toda a semana. Só uma vez no mês, Gi. Como se fosse um jantar especial - ela não disse nada, estava ponderando - por falar em especial, a noite foi tão boa que eu mesmo esqueci de lhe entregar seu presente. Estou até envergonhado depois do que você fez para mim - ele se sentou na cama ao lado dela, tirou o presente de debaixo do travesseiro - sei que nem se compara, mas… achei que você ia gostar. 
— Oh, Jeff, oh amor… não é uma competição. Você já fez tantas coisas maravilhosas por mim. 
— Abra - como sempre, Gigi parecia criança. Rasgara o papel de imediato. Uma caixa cor de sangue muito bem acabada, ao retirar a tampa ela encontrou uma echarpe linda em tons vermelhos e laranjas e um saquinho, dentro dele um estojo com um óculos escuro. O mesmo óculos que ela quebrara. Somente então ela percebeu o nome de Ferragamo na caixa. 
— Jeff… 
— Gostou? 
— Como você…
— Tenho minhas fontes. Eu vi que ficou triste por ter quebrado o óculos que sua irmã lhe deu. Pensei que daria um bom presente de dia dos namorados. 
— Acertou. Eu adorei - ela beijou-lhe carinhosamente os lábios. Ainda olhando o óculos, ela tornou a fita-lo - amor, o que você falou ontem… sobre querer ficar comigo, é verdade mesmo? Desde aquele encontro? - era a segunda vez que ela perguntava isso, ele notou e sorriu. Na verdade, a revelação não saíra da mente dela. 
— Claro que sim. Eu me lembro muito bem. Para Nate, ele estava apenas apresentando a irmã de sua esposa. Mais uma pessoa que os ajudava a guardar o seu segredo. Para mim, eu via uma bela mulher, de olhar forte e sorriso encantador. Você nunca foi a irmã da Stana para mim, Gi. Naquele momento, eu estava determinado a descobrir mais sobre aquela mulher linda e cativante. Trocar o telefone foi apenas o inicio. Os cafés, os jantares, eu queria te conquistar. E quando você exagerou na tequila, para você eu sabia que quando dormimos juntos podia ter sido efeito da bebida, sabia que ia achar que estava fazendo tudo errado por causa de Stana. Não pensei assim. Naquela noite começou tudo de verdade para mim. Eu não ia deixar você escapar. 
— Eu te amo… 
— Sabe, eu adoro ouvir você falando isso… 
— Eu te amo - ela sorriu - eu te amo - ele tirou o presente dela colocando sobre a cabeceira. Deitou-a no colchão - o que você está fazendo? 
— O que você acha? Está cheirosa, gostosa, me ama… preciso provar você, Gi. 
Os lábios de Jeff deslizavam pela pele macia, em meio aos seios, ele contornava o pingente com os lábios. Tomou um dos seios em sua boca fazendo-a gemer e arquear o corpo. As mãos acariciavam-lhe a pele descendo pelo estômago afastando-lhe as pernas. Outra vez os lábios deslizavam pelo estômago, beijavam-lhe o umbigo se aproximando do local mais desejado. O contato ao prova-la a fez gemer novamente. Ela erguia o corpo do colchão. As mãos agarravam os cabelos dele empurrando-o, querendo mais. Estava a mercê dele, completamente. 
Quando voltou a abraça-la sentindo o corpo de Gigi ainda tremendo pelo efeito do orgasmo, ele beijou o ombro dela. 
— Eu também te amo, Gi. 
— Hum… sim, você venceu…faça isso mais vezes e eu cozinho… 10 desses por uma vez ao mês - ele riu. 
— Funciona para mim, é injusto pelo número, mas eu acabo ganhando… você é uma negociadora muito rígida. 
— Rígida? - ele apertou um dos seios dela puxando o mamilo e roubou-lhe outro beijo - Deus! Como eu sou fácil! - ele gargalhou. 

XXXXXX

A curiosidade de Stana falara mais alto. Em casa, ela sentara-se para ler uns roteiros da série Absentia que lhe enviaram, ela precisava começar a criar a personagem. Porém, não conseguia se concentrar. Os pensamentos voltavam-se para a irmã. Ela se levantou e foi até a cozinha onde o marido estava preparando um lanche para eles. 
— Nathan? 
— Oi, amor. Está quase pronto. Kate está reclamando? 
— Não, estamos bem. É que eu estava pensando. O que você acha de fazermos um jantar somente para nós, Jeff e Gigi? Podíamos fazer isso amanhã que é sábado. Eu estou chegando ao final da gravidez, mamãe está vindo, não teremos muito tempo sozinhos para curtir como adultos de agora em diante. 
— Amanhã? Quer fazer aqui? 
— Por que não? 
— Amor, isso tem a ver com o tal plano entre você e Gigi? Se quer saber o que aconteceu, por que não liga para sua irmã? 
— Não! Nada disso… talvez um pouco, eu estou curiosa… - ele riu - você não pode rir. Mas também seria bom um tempo com eles, falar do casamento… 
— Tudo bem, ligue para a Gigi convidando. Eu penso em algo para fazer. 
— Não, você liga para o Jeff. Não quero que Gigi pense que só quero saber o que aconteceu. 
— Claro que não, nem é sobre isso o jantar… 
— Odeio por você me conhecer tão bem… ligue para o Jeff - Nathan pegou o celular indo direto aos favoritos. 
Jeff sentiu o celular vibrando na cabeceira da cama. Ele acabara de sair do banheiro. Gigi estava sentada na cama secando os cabelos. Alguns post-it ainda resistiam no encosto. 
— É o Nathan. Oi, bro - ele ouviu o irmão - tudo excelente. Um convite? - ao ouvir, Gigi virou-se para prestar atenção, desligou o secador - jantar amanhã? Terei que checar com a Gi. Se ela está aqui? Claro - Gigi fazia milhares de gestos para que o noivo não respondesse de imediato, sussurrou “banho” - ela está no banho, posso ligar daqui a pouco? - Nathan falou algo - certo, já te retorno - ele desligou - Gigi, o que foi isso? Nate está convidando a gente para ir jantar lá. 
— É a sis - ela começou a rir - aposto que está se roendo de curiosidade para saber do jantar. É pretexto. 
— Ele falou em nos reunirmos porque a mãe de vocês logo vai chegar, Stana está no final da gestação, será difícil termos um momento entre adultos, ainda tem o casamento. Por mim, está ótimo. 
— Tudo bem, mas foi ela que inventou. Bem que podíamos fazer aqui, não?  Você cozinha, claro. Estou de folga. Já fiz muito. Sua lasanha. 
— De novo, lasanha? 
— Ah, eu adoro sua lasanha… e a ultima vez que comi foi antes do natal. 
— Gigi, eu fiz lasanha há duas semanas. 
— Ah, fez? - fingindo - nem lembrava mais. Sinal de que precisa fazer outra vez - ele balançou a cabeça rindo. 
— Ligarei para ele. Amanhã, aqui em casa, lasanha - e Jeff ligou. 
Quando Nathan saiu do celular, confirmou o convite para a esposa. 
— Tudo certo, mas eles não virão aqui, nós iremos lá. Jeff vai fazer lasanha. Sugestão de Gigi. 
— Ela sabe, danada! Tudo bem, iremos até lá. 
No sábado à noite, por volta das oito, Nathan e Stana chegam a casa dos irmãos. Jeff abre a porta sorrindo. Beijou a cunhada e abraçou o irmão. 
— Entrem, fiquem à vontade. Gigi está terminando de se arrumar. Ela quem cuidou da arrumação da mesa. 
— Está bonita. Parece que criou gosto por jantares - disse Stana. 
— Desde que fique longe do fogão… mas as vezes ela pode surpreender - ele trocou um olhar com a cunhada sorrindo - quer beber o que, bro? Vinho mesmo? Stana, se quiser pode ir até o quarto, ela deve estar secando o cabelo. Por que mulheres demoram tanto fazendo isso? Não consigo entender… 
— Melhor nem tentar, Jeff… - disse Nathan. Stana seguiu a sugestão do cunhado, desaparecendo pelo corredor - ela está morrendo de vontade de saber como foi a noite de vocês. Afinal o que Gigi aprontou para deixar minha esposa tão curiosa? Até eu estou. 
— Gigi fez o jantar - Nathan franziu o cenho - sim, ela cozinhou para mim. Pode imaginar isso? Uma pessoa que detesta chegar perto do fogão, de repente, prepara um jantar completo? Foi mais que especial. Estava gostoso. E foi só o começo. Ela me surpreendeu mesmo, bro. Antes dela, eu percebi que não tinha um relacionamento de verdade. Nunca ninguém fez algo assim para mim. E logo a minha Gi quis ser a exceção. Foi muito especial, eu me senti muito especial. A comemoração entrou pela madrugada e durou até a tarde. Não é a toa que sou louco por ela - Nathan sorriu olhando para a cara de bobo do irmão. 
— É, Jeff, elas tem seus encantos. Parece que enfeitiçaram a nós dois. Se alguém me contasse há anos atrás que ia me ver e a você bobos e casados, eu certamente gargalharia na cara dessa pessoa. Hoje, não consigo imaginar minha vida sem Stana. 
— Nem eu sem a Gi. 
Stana encontrou Gigi na frente do espelho com o secador. Desligou o aparelho e penteou os cabelos fazendo um rabo de cavalo. Satisfeita, virou-se para fitar a irmã. 
— Oi, sis. Já chegaram? Bem, estou pronta. Tudo bem? 
— Tudo ótimo. 
— Que bom. E a Kate? - ela tocou a barriga da irmã com carinho. 
— Kate está ótima. Gigi… 
— O que? Vamos para sala? 
— Gigi, eu não saio daqui enquanto você não me contar o que aconteceu no jantar. 
— Eu sei que você quis fazer esse jantar para isso - ela riu - tudo bem. Sente-se. Vou contar - Gigi relatou boa parte da noite para a irmã, claro que as intimidades ela omitiu. Porém, disse que fora muito melhor do que imaginara - O resultado foi inesperado digamos que por causa da noite e do dia seguinte, eu acabei prometendo ao Jeff que cozinho uma vez por mês para ele. Ele me domina de um jeito e…sabe, oh Deus, sabe o que fazer… tudo bem, não é somente o lance na cama, é o todo. 
— Wow! Deve ter sido uma noite e tanto! 
— Foi, sis. Noite, madrugada, manhã, tarde. Eu me rendi. Ele tem uma língua mágica… Deus! - ela suspirou revirando os olhinhos, Stana riu - e você precisava ver a carinha dele de felicidade ao ver o quarto e os post-its. Tirei o chão do meu homem, sis. Ou pensei, porque logo em seguida ele vem com a revelação de que sabia que ficaríamos juntos desde a troca de telefone. E-eu não sei o que pensar. Estou cada vez mais idiota por esse homem. Sério, não sei o que aconteceu comigo. É uma montanha russa de emoções. 
— É amor, sis. Vamos, eles já devem estar estranhando a nossa ausência. Ou fofocando sobre o mesmo assunto. Adorei a echarpe. 
— Jeff me deu. 
— Meu cunhado tem muito bom gosto. 
Os seus companheiros estavam bebendo e conversando. Gigi cumprimentou Nathan. Jeff perguntou se já estavam com fome para que colocasse a lasanha para gratinar. Entregou uma taça de vinho para a noiva, ofereceu suco de laranja para Stana. Durante o jantar, comiam e  conversavam animadamente. Stana contou sobre Katherine estar muito bem e que será um bebê grande, Gigi quase engasga quando a irmã comentou que queria ter normal. 
— Meu Deus! Isso não é assunto para se falar durante um jantar. 
— Verdade, Gigi está certa - disse Nathan - a lasanha está ótima. Você que fez, Gigi? 
— Claro que não! 
— Por que o espanto? Você montou da outra vez e soube que cozinhou para o Jeff. Podia ter feito esse jantar. 
— Mas é boca frouxa mesmo! Já foi contar para o seu irmão, não? 
— Você contou para Stana. 
— É diferente. Ela me ajudou e ao contrario de você, guardou segredo. 
— Qual o problema de eu querer elogiar minha noiva? 
— É, Gigi. A Stana quase me enganou com aquele bolo de carne. 
— Eu te enganei, você só entendeu agora que Jeff te contou. 
— Acho que você leva jeito, estava bom. Precisava de alguns acertos, detalhes… 
— Ah, não. 
— Hey, isso não é assunto para discussão - disse Jeff - eu elogiei minha noiva porque adorei o que ela fez. Não estamos decidindo quem deve cozinhar. Nem quero ver ninguém brigando por causa disso - Gigi olhou para ele, o olhar dizia tudo. Tocou a coxa dele, acariciando-a. Stana sorriu. Eles formavam um casal muito interessante. Terminaram de comer e Jeff foi preparar um café. Não tinham se preocupado com sobremesa. Sentados na sala, Gigi começou outro assunto. 
— Quando mamãe chega, sis? 
— No próximo sábado.    
— Sou eu quem vai busca-la? - Gigi não parecia muito satisfeita com a tarefa - você não pode aparecer no aeroporto com essa barriga. 
— Eu sei. 
— Na verdade, vocês não precisam busca-la. Eu e Jeff faremos isso. Fiquem lá em casa, pegamos dona Rada e a levamos para casa. Almoçamos todos juntos. 
— Olha só para eles, sis. Vão puxar o saco da sogra - disse Stana. 
— Jeff, você não precisa paparicar a dona Rada, eu já aceitei casar com você. Babar a sogra é exagero - eles riram. 
— Estamos fazendo um favor para vocês, acreditem. Deixa eu perguntar uma coisa a você, Gigi. Quer sua mãe dando pitaco ou querendo decidir tudo sobre seu casamento? 
— Claro que não! É meu casamento. 
— Exato. Então você vai querer que eu vá busca-la no aeroporto - disse Jeff. 
— O mesmo vale para você, Staninha. Quer um final de gravidez tranquilo? Se quiser, vai querer que eu esteja com Jeff - elas se entreolharam. Na mesma hora, elas deram de ombros. 
— Por mim, tudo bem. 
— Eu que não vou discordar - os irmãos sorriam. 
— Está decidido. Como vai os preparativos do casamento? - Nathan engatou um novo assunto. 
— Precisamos achar um tempo para terminar a lista de convidados e providenciar os convites - disse Gigi - a propósito, que lugar lindo aquele do Trucco, não? Será perfeito para a cerimonia. Tudo bem que eu queria algo pequeno, mas Jeff quer convidar meio mundo! 
— Nem é assim, Gi. Preciso chamar alguns amigos. Pessoal do trabalho. Não é um batalhão. 
— Depois falamos sobre isso. 
— É um lugar especial. Sabia que iam gostar - Nathan disse tirando o foco dos convidados, apertou a mão da esposa - lembra, Staninha? 
— Como poderia esquecer? Parecia um sonho… - o sorriso encantador estava lá, os olhares apaixonados, como também estavam naquela noite - It had to be you. 
— E eles já vão esquecer que estamos aqui… - Gigi revirou os olhos, Jeff segurou o rosto dela pelo queixo fazendo-a olhar para ele. 
— Eu não me importo - e beijou a noiva que não fez qualquer objeção em receber o carinho e esquecer de onde estavam por alguns segundos até Nathan se pronunciar. 
— Acho que estamos sobrando, Staninha… o que acha de irmos embora? - eles sequer perceberam. Então Stana foi mais enfática. 
— Gigi, será que pode se despedir antes de nos ignorar por completo? Gigi! - Jeff foi quem quebrou o beijo rindo. 
— Desculpe, nos empolgamos - Gigi estava vermelha. 
— Já está mesmo na hora - eles se despediram e combinaram os preparativos de sábado. 

XXXXXX

Gigi ainda precisava convencer o noivo sobre a lista de convidados do casamento. No meio da semana, ela aproveitou um tempo após o jantar para tocar no assunto. 
— Amor, você não acha que devíamos finalizar a lista de convidados. Temos que enviar os convites. 
— Verdade, estamos negligenciando essa atividade desde que voltei de viagem. O mês está quase terminando. Vamos fazer agora? Não deve demorar muito tempo. 
— Não mesmo. Eu já tenho todos os meus convidados apenas nossas famílias, meu chefe, Dara, Chad, Sarah e Michael. Acabou. 
— Você não tem nenhuma amiga que queira convidar? Sério, Gi? 
— Não. Minha melhor amiga sempre foi minha irmã e ela será minha madrinha. Está ótimo para mim. E você? 
— Bem, além de quem você já mencionou, tem pelo menos doze pessoas. O pessoal do escritório, meu parceiro e sócio, dois amigos de infância. 
— Quando você fala pessoal do escritório, quem são? 
— Os mesmos que saíram para beber conosco. Você os conhece, amor - a língua de Gigi estava coçando para perguntar. Não conseguiria resistir. 
— Você incluiu Linda nesse grupo? - Jeff olhou para a noiva. Lá estava o fantasma de Linda incomodando Gigi. Por que? 
— Sim, ela está. De novo essa insegurança, Gi? Quantas vezes tenho que dizer que nós somos apenas colegas de trabalho? 
— Se é apenas isso, colega, por que precisa convida-la? E não sou insegura, sei muito bem o que quero. 
— Se não quer convida-la, tudo bem. Você decide. 
— Você cedeu muito fácil. Por que? - ele revirou os olhos - Jeff, olha para mim. Você desistiu rápido demais. Jeff… - ele riu, mas não era engraçado para nenhum dos dois. A risada tinha um teor de irritação, como quem diz “lá vamos nós outra vez”, ela entortava a boca e cruzava os braços como quem espera uma resposta melhor. Então o celular de Jeff começou a tocar. 
— É a mamãe. 
— Ótimo, a salvação chegou - ela estava emburrada. Jeff propositadamente iniciou a ligação como FaceTime. 
— Oi, mãe. 
— Jeff, tudo bem? 
— É, comigo tudo ótimo. Terá que perguntar a Gigi - ele virou o telefone para que ela aparecesse na câmera. Cookie notou que a futura nora estava um pouco chateada. Bob estava ao seu lado. 
— Olá, Gigi. 
— Oi, dona Cookie. Seu Bob. 
— Minha filha, quantas vezes teremos que dizer que não precisamos dessas formalidades? É Cookie e Bob. Ah… você está usando o anel. 
— É bonito - Gigi sorriu - e vocês deram para mim. Eu realmente gostei. 
— Mas o outro é a sua cara. Agora nos conte. O que aconteceu? 
— Seu filho e a lista de convidados do casamento foi o que aconteceu. Eu quero manter tudo pequeno, sem muita gente e ele quer convidar o pessoal do escritório. Acredita, dona Cookie que ele quer chamar a tal Linda? - vendo que a mãe não entendera, ela explicou - uma zinha que vivia se oferecendo para ele. 
— Gigi, agora você está inventando. Linda é uma colega de trabalho, nada mais. Ela colocou na cabeça que tive algo com a mulher, desde que ela deixou uma mensagem na secretaria eletrônica de casa. Puro ciúmes - a sábia Dona Cookie procurando não esquentar mais a discussão, falou. 
— Filho, eu acredito que não houve nada. Mas se Gigi não se sente confortável com a presença dela, por que convida-la? No fim, o casamento é um dia muito especial para a noiva. Ela deveria decidir o que é melhor nesse caso. 
— E o que senhora acha que disse a ela? Só que a teimosa está achando que eu cedi rápido demais. 
— Gigi, a escolha é sua. Não convide a mulher, simples assim. É um dia especial para passar com quem se gosta. 
— Verdade, Cookie está certa. É o seu dia especial - disse Bob - por outro lado, se ela fosse você poderia mostrar o quanto está feliz, casada e que venceu. 
— Bob! Não dá esse tipo de ideia! 
— Por que não? Uma vingancinha não faz mal a ninguém - Gigi ria, pela primeira vez ela parecia mais relaxada - é só uma sugestão. A decisão é dela, mas que fique registrado que se algum dia nós sonharmos que você a traiu, Jeff, prepare-se porque você não terá uma vida fácil. 
— Nossa! Pensei que ao menos meus pais me apoiariam. 
— Apoiar em traição? Vai sonhando. Sempre apoiaremos Gigi. Não faça nada errado. Aliás, vale para o seu irmão também. 
— Obrigado, Bob. E vou pensar sobre sua sugestão. Acho que eu gostaria de desfilar com o meu marido na frente daquela sem graça - Jeff revirou os olhos. 
— Começou a possessividade… vocês não ajudam também. 
— Começou e não vai parar. Você é meu, quantas vezes vou ter que repetir isso?  - foi a vez dos sogros rirem. 
— É, filho. Tarde demais. Ela te ganhou mesmo. Resolvam logo isso. 
— Vocês pretendem vir a Los Angeles antes do casamento, mãe? 
— Sim, queremos ir visitar nossa neta. Estamos pensando em ir assim que Stana entrar em trabalho de parto. Talvez possamos ir um pouco antes para passar o aniversario de seu irmão. Ele me disse que Katherine deve nascer depois. 
— Ah, estão convidados a ficar aqui em casa. Faço questão - disse Gigi.   
— Não queremos dar trabalho, Gigi. Não se preocupe, querida - disse Cookie. 
— Trabalho nenhum. Tem um quarto de hospedes e Jeff já cozinha para nós não vai se importar, certo amor? 
— Claro que não. Gi tem razão. Podem ficar aqui. 
— Tudo bem. Vamos pensar. E vocês nada de continuar com essa briguinha boba. Fiquem bem. Um beijo minha nora. 
— Outro para você, sogrinha. E um pra você, sogrão - Bob rachou de rir. 
— Eu amo essa garota! Jeff cuide bem dela. 
Desligaram. 
— Você ouviu seu pai. Ele disse para você cuidar bem de mim. Não me aborrecer. 
— Gi, é sério. Faça o que quiser. 
— Acho que estava exagerando. Convide Linda se quiser. Vai ser bom exibir meu marido na cara dela. 
— E eu achando que você estava sendo racional. 
— Você já viu quem ama agir racionalmente? Há uma razão para os crimes serem chamados passionais. Vamos mandar a lista com os nomes para a gráfica amanhã. Agora vamos dormir - ela puxou-o pela mão até o quarto. 
— Você viu o olhar bobo do meu pai ao ver que você estava usando o anel da vovó? Quando você disse que era bonito, ele abriu o sorriso. 
— É, disse a verdade. O anel é bem bonito. Uma joia e tanto. Claro que não é melhor que o meu. Adoro minha gota. Minhas gotas - ela tocou o pingente no pescoço.  
O sábado finalmente chegou. 
Claro que sendo fim de semana, a vontade de levantar da cama era quase nula, o que rendeu a ambos os casais uma bela manhã nos braços de seus respectivos pares após uma rodada de caricias para uns e fazer amor para outros. 
— Temos mesmo que levantar? Está tão gostoso aqui… - Stana acariciava a barriga e mordiscava o ombro de Nathan. 
— Você pode ficar na cama deitada. Tem uma justificativa. Coloque os pés para cima pelo menos. 
— Você também não precisa ir. E a cama vai esfriar… 
— Staninha, daqui a pouco Jeff e sua irmã chegam aqui. Quero adiantar o almoço. Estou  pretendendo fazer carne assada.
— Se conheço minha irmã, e eu conheço, está atrasando Jeff nesse exato momento você sabe bem com o que - ele riu. 
— Ainda assim. Por que você não vai até o quintal, toma um pouco de sol? Coloque os pés na agua. Faz bem para a circulação. Sei que está te incomodando, amor. E calce as meias, Staninha.
— Eu detesto aquelas coisas, apertam demais! 
— Tem um motivo para isso - ela suspirou. Não adiantava argumentar, ele estava certo e com a gravidez, seus poderes de persuasão para mante-lo na cama, realmente diminuíram. Por mais que continuassem tendo relações, ele era muito cuidadoso. Resignada, jogou as cobertas e levantou-se outra vez para o banheiro. 
E Stana tinha razão mais uma vez. Gigi estava deitada sobre o noivo após uma excelente rodada de prazer, fazer amor pela manhã era tão gostoso, ela pensou, especialmente quando não se tinha que levantar cedo. 
— Gi, pode deitar no colchão? 
— Por que? Não está gostando do meu peso sobre você? Posso rever isso - ela começou a beijar-lhe o peito, as mãos acariciavam a lateral do corpo dele, as unhas pinicando as costelas propositalmente. 
— Não é isso - ele deixou escapar uns risos, cócegas -  preciso me levantar para tomar banho e me arrumar. Tenho que ir buscar sua mãe no aeroporto com Nate, esqueceu? 
— Não esqueci, mas gostaria. Não precisa de pressa, dona Rada não vai a lugar nenhum e se duvidar acha o caminho sozinha para a casa da Stana - ele segurou-a pelos ombros, forçando-a a olhar para ele. 
— Gi, olhe para mim. Nada vai nos atrapalhar. Sei que você está preocupada com a sua mãe querendo todos os detalhes de nosso casamento e dando sugestões ou a irritando. Não vai acontecer. 
— Falar é fácil, quero ver conseguir dominar a fera. Stana pelo menos tem aquele barrigão para fazer a mulher babar. 
— Podemos resolver esse problema rapidinho. 
— Nem comece. Se vai entrar nesse assunto, melhor tomar banho mesmo - ela sentou-se na cama, Jeff fez o mesmo. Ajeitou os cabelos dela para trás da orelha, fez um carinho no rosto. 
— Hey, quer desfazer esse bico? Estava brincando. Exceto sobre o lance da sua mãe não lhe incomodar. Eu cuidarei disso. 
— Como? Usando seus poderes mágicos de super genro? Acho que não vai funcionar muito. 
— Por ai, eu tenho meus recursos. E tenho reforços. 
— Ela não anda muito feliz com você, especialmente por causa dos seus pais. Eu tenho culpa se eles me amam? - ele riu. 
— Você não existe, Gi. Pouco modesta. 
— Falo a verdade. 
— Eu sei, como eu sei. Vou tomar banho - ele se levantou caminhando para o banheiro, Gigi entortava a cabeça acompanhando e admirando o bumbum do noivo. 
— Quer companhia? - ela perguntou já correndo na direção dele beliscando o traseiro. 
— Seria um louco se dissesse não, mas é para tomar banho. 
— Tomar banho, certo - ele balançou a cabeça rindo. Duas horas depois, eles finalmente saíram de casa.   
— Esperava vocês mais cedo - disse Nathan ao abrir a porta. 
— Esse era o plano, mas… - disse Jeff sorrindo trocando um olhar com a noiva.  
— E minha esposa estava certa mais uma vez. Tudo bem. Entrem. Quero só terminar de preparar as batatas e podemos ir. 
— Sobre o que a Stana estava certa? - perguntou Gigi. 
— Adivinha? Está estampado em sua cara - Stana disse e Gigi ficou vermelha. 
— Ah, sis, é sábado. Dia preguiçoso e…
— Foi o que disse, mas você não precisa que seja sábado de qualquer forma. 
— Não mesmo. Faço quando quero e não devo satisfação a ninguém. 
— Por favor, ninguém quer saber… nos poupe antes que Jeff exploda - sim, Stana notou que o cunhado estava vermelho e agoniado com os possíveis comentários da noiva. Gigi deu de ombros e seguiu para a cozinha para pegar agua - desculpa, Jeff. 
— Quando eu acho que já me acostumei, ela me deixa envergonhado. 
— Sei bem o que é isso - disse Stana apontando a cabeça na direção do próprio marido. 
Nathan e Jeff deixaram a casa rumo ao aeroporto para apanhar a sogra. Eles já haviam conversado antecipadamente sobre a maneira de abordar a sogra. A ultima visita de dona Rada mexeu com o emocional das duas filhas e embora o resultado final acabou ajudando a todos, houve muito stress, tensão e lágrimas ao longo do caminho. Exatamente por isso e dadas as condições atuais de Stana e Gigi, eles decidiram intervir. Dar uma espécie de recado à sogra. Nenhum dos dois esperava ganhar o titulo de melhor genro do ano, queriam ver suas mulheres bem. Ambos entendiam que a sogra poderia ser um pouco demais as vezes, não fazia por mal, porém nem todo mundo tem a sorte de ter uma mãe como dona Cookie. 
O desembarque não demorou muito. Logo dona Rada encontrou os seus dois genros esperando-a do lado de fora do portão. Nathan se antecipou pegando a mala enquanto Jeff pegava a valise de mão e cumprimentava a futura sogra com beijo e abraço. 
— Oi, Jeff. Achei que a Gigi vinha com você. 
— Ela ficou com a Stana. Somos somente nós. Fizemos questão.  
— Isso é bom, Stana não deve ficar sozinha - Nathan a beijou ganhando um abraço - continuam dois cavalheiros. 
— Está com fome? Quer um café, dona Rada? Não temos pressa. E o almoço ainda vai demorar um pouco. Deve estar cansada, não? 
— Um pouco, mas louca para ver as minhas meninas e ansiosa para ver Katherine. 
— Sabemos disso - os irmãos trocaram um olhar - eu podia tomar um café antes de pegar a estrada de novo - disse Nathan. 
— Tudo bem, vamos tomar café. 
Nathan comprou cafés para os três, uns croissants e brownies. Sentaram-se numa mesa de frente para a sogra. Ambos tinham motivos para fazer aquela pequena, mas necessária, intervenção antes de ir para casa. Jeff iniciou. 
— Dona Rada, eu imagino que esteja morrendo de saudades das meninas, querendo saber das novidades. Afinal, faz quase um ano que a senhora esteve aqui e muito aconteceu. 
— Ah, sim. Vocês foram rápidos. Nathan e Stana engravidando, você e Gigi noivos quase casando. Tenho muito o que fazer e saiba que vou adorar ver minha filha casando já que não tive a oportunidade de ver Stana. 
— Então, sobre o casamento. Eu queria deixar claro que tudo será como Gigi quiser. Do local a lista de convidados, se ela quisesse que fosse no circo, nada iria mudar isso. O que quero dizer é que esse é o dia dela, o momento dela, de mais ninguém. 
— Claro que sim! Como mulher eu sei o quanto é importante. Quero ajudar no que ela quiser e… você está dizendo que ela não quer minha ajuda? - a decepção se formou no rosto da mulher. 
— Não, em absoluto. O que quero dizer é que respeito as vontades de Gigi e a senhora deveria fazer o mesmo. Confesse, a senhora chegou a pensar que esse dia não chegaria, pensou que ela ia fugir, me deixar. Nada disso aconteceu e ela está muito feliz com essa fase. Peço que a ajude se ela pedir, mas não faça Gigi se amedrontar agora. 
— Você não quer que eu me meta… já entendi. Está se referindo a minha ultima visita. Jeff, eu amo minhas meninas. As vezes eu passo do limite, mas é para o bem delas. Eu quero poder explicar, talvez Stana sendo mãe agora possa perceber. 
— Nós sabemos que não faz por mal - disse Nathan - é coisa de mãe. 
— Isso, Nathan - ela o olhou por uns segundos - imagino que você tenha recomendações para mim com relação a Stana também. 
— Não necessariamente, a condição de Stana fala por si só. Ela não pode se irritar, não queremos problemas e precisa de cuidado. Quero que ela tenha um fim de gravidez tranquilo. A sua vinda aqui é para ajuda-la. Eu estou trabalhando, vou gravar o mês inteiro. E como mãe, a senhora entende dessa fase melhor que eu. Ela vai precisar da senhora quando Kate nascer. Demais. 
— Eu sei, por isso estou aqui. Prometo a vocês que irei me conter. E Jeff? Eu sei que eu erro com Gigi mais do que acerto. Tem a ver com personalidade, Gigi também rouba a cena, é possessiva e superprotetora. Tem muito de mim nela, exceto o tom brincalhão, o jeito de se fazer amada por qualquer pessoa. Isso é exclusivamente dela. Sei que minha filha está feliz, ao contrario do que você pensa eu nunca achei que ela fugiria. Conheço minha filha, ela não faria o que fez na minha frente quando você mencionou casamento a primeira vez à toa. Ela só precisava de tempo, sempre foi assim, Gigi tem o seu próprio tempo. Apressa-la ou pressiona-la é inútil. Mas acredito que você já sabe disso. 
— Sim, como sei. 
— Vocês são pessoas especiais. E amam minhas filhas de verdade por serem capazes de fazer o que acabaram de fazer. Agora, podemos ir para casa? Estou louca para abraçar minhas meninas. 

— Tudo bem, vamos para casa - disse Nathan.  

Continua...

11 comentários:

Gessica Nascimento disse...

Adorei o capítulo Karen!
Perfeito, super dinâmico e com esse final, super fofos esses Fillion's!! AMEI!!!

Unknown disse...

Aiiii to super ansiosa hahahha como sempre né kkkk os fillions tomando coragem para falarem com a sogra, mandaram bem! Ansiosa pra ver os acontecimento com a sogra agora, com a chegada dos pais dos fillions também e claro para o nascimento da Kate, quero ver todo mundo babando

rita disse...

Muito bom como sempre! Espero que a dona Rada se comporte. Que sua inspiração continue cada vez melhor se assim for possível. Abraços e beijos. Feliz Natal e um Próspero Ano Novo.

cleotavares disse...

Staninha curiosa pra saber o resultado do jantar da Gigi e o Jeff sendo ele mesmo, um amor. E o Nathan no consultório, deixando a Stana constrangida, ainda bem que os médicos estão acostumados com tudo isso.
Ai, fiquei até com peninha da D. Rada, já levando uma "enquadrada" dos genros.
Será que D. Rada se encontrará com Cookie e Bob, hum! só quero vê .

Vanessa disse...

Kah vc se supera a cada capitulo... 😍😍😍
Amei Stana toda curiosa. Nate deixando ela envergonhada com a doutora hahaha
E a curiosidade da Staninha foi tanta que teve ate jantar. Adoro o fato delas se conhecerem tanto que sacam as jogadas... Amei a comemoração Giff! Jeff sempre acreditou em Giff! 😍😍😍 Os métodos de convencimento de Jeff são ótimos hahaha
Jeff contando pro Nate foi tão fofo. Bobo apaixonado define! 😍
E a empolgação da Gigi! Dona Cookie e Bob são maravilhosos! Apaixonantes! Bob dando idéias pra Gigi e ameaçando os filhos!hahaha
Sábado preguiçoso foi muito bom! E Gigi deixando Jeff envergonhado. Adorei Staninha entender, certeza q lembrou da consulta (apesar de ter outros exemplos hahaha).
Eu quero beijar muito Nate e Jeff, foram buscar a sogra já com intenção de dar o recado... Amei!
"Nem todo mundo tem a sorte de ter uma mãe como dona Cookie." hahaha
Já quero dona Cookie e Bob ligando pra norinhas e dona Rada vendo. E claro, quero que eles venham logo a LA. 😍😍😍
OMG! Amei tudo! 😍😍😍

Unknown disse...

O que falar desse capítulo que amei tanto?! ❤️❤️❤️
Depois de uma noite de amor, o Nate ainda deixa a Staninha quebrar a dieta, olha o amor ❤️, mas eu queria falar mesmo é da curiosidade da Stana para saber como tinha sido a comemoração da Gigi huahauahuahuahua, me senti super representada, eu estaria surtando no mesmo nível hauhauhauahuahauhauahuahua.

— Eu queria saber… bem, isso é embaraçoso… mas, até que ponto é permitido o sexo durante a gravidez? Quer dizer, não estamos machucando nossa filha e tem um momento para parar? - Stana estava com os olhos arregalados.

huahauhauhauahuahuahauhauhauahuahua, eu quase morri imaginando a Stana envergonhada!!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Agora vamos falar do casal amorzinho que você nos deu ❤️. O Jeff aprendeu como conseguir as coisas da Gi rapidinho hauhauahauhauahuhauhauahuhau, fazer ela cozinhar uma vez por mês é uma vitória e tanto. E olha o nome de quem apareceu pra tirar a paz do nosso casal.... a tal da Linda. Amei os sogrinhos dando apoio pra Gi, essa interação entre eles é tão maravilhosa ❤️❤️❤️❤️ A ideia do Bob foi fantástica huahauhauahuahua, só serve pra aguçar mais o instinto possessivo da Gigi (amo/adoro) huahauhauahuahuahauahua

E olha quem chegou, dona Rada! Amei real oficial os meninos indo pegar ela no aeroporto e o recadinho que eles passaram para ela. Tão mais que certos!!! A gente sabe que ela ama as filhas, mas não pode exagerar, né nom?!
Já to louca pra ver os próximos passos dessa fic linda ❤️
Obrigada pelo capítulo, Kah ❤️

Madalena Cavalcante. disse...

Gente, o Jeff... Sei nem o que dizer desse personagem maravilhoso! Amo demais a forma como ele trata a Gigi, o carinho e o amor todo dedicado a ela ❤ Adorei a cena da consulta, ri demais com o Nathan! A coitada da Staninha com vergonha foi ótimo! Kkkkk kkkkk kkkkk kkkkk
Aaah e essa conversa final com a Dona Rada foi incrível!!! Fico besta com toda a dedicação dos Fillons para com suas amadas! Conversar com a mãe delas foi um gesto tão fofo! *-----*
Vc se supera Kah, amei demais esse cap! ❤❤❤

Madalena Cavalcante. disse...

Gente, o Jeff... Sei nem o que dizer desse personagem maravilhoso! Amo demais a forma como ele trata a Gigi, o carinho e o amor todo dedicado a ela ❤ Adorei a cena da consulta, ri demais com o Nathan! A coitada da Staninha com vergonha foi ótimo! Kkkkk kkkkk kkkkk kkkkk
Aaah e essa conversa final com a Dona Rada foi incrível!!! Fico besta com toda a dedicação dos Fillons para com suas amadas! Conversar com a mãe delas foi um gesto tão fofo! *-----*
Vc se supera Kah, amei demais esse cap! ❤❤❤

Silma disse...

Depois tá comemoração de ontem 👌🏽
"Outro tipo de incentivo" mulher tu já acorda com fogo 🔥😏
"Bom dia, babe…agora aceito meu café.Quer dizer,depois que eu for ao banheiro…acho que isso não foi algo muito romântico de se dizer,não? - ele riu - Culpe a Katherine" rachei de rir 😂😂😂😂
"Eu vivo dizendo para ela não esquecer de coloca-las para cima" eu amo esse cuidado do papai babão 😍
"Eu queria saber…bem,isso é embaraçoso…mas,até que ponto é permitido o sexo durante a gravidez?Quer dizer,não estamos machucando nossa filha e tem um momento para parar? - Stana estava com os olhos arregalados" a pergunta dele 😂😂😂me fez se acabar de rir e em pensar a cara da Stana nessa só aumentou a risada 😂😂😂😂
"Nathan!Você está me fazendo soar como uma pervertida" mais você é uma pervertida miga 😏
"Nada de se preocupar,Nathan e se sua esposa quer,aproveite" aproveita aí homem que os 41 dias está bem pertinho e tu vai ficar sem.
"Que você é uma mulher saudável e apaixonada pelo seu marido tanto que não consegue ficar longe dele" extremamente saudável 😏
"Não,você liga para o Jeff.Não quero que Gigi pense que só quero saber o que aconteceu"
"Claro que não,nem é sobre isso o jantar"
"Odeio por você me conhecer tão bem" 😂😂😂😂👌🏽

Silma disse...

Giff 😍😍😍
"Hum…sim,você venceu…faça isso mais vezes e eu cozinho…10 desses por uma vez ao mês" não tem como não ceder né Gigi 😏
"Você cozinha,claro.Estou de folga.Já fiz muito" miga cozinhou uma vez e já quer folga 😂😂😂

Unknown disse...

Que belo jeito de acordar em Dona Stana?!kkk
Nathan é o melhor marido do mundo, depois da comemoração fofa, ainda acordou a mulher com beijinhos e outras coisitas. Ele ainda faz café da manhã e deixa ela sair da dieta. Fazendo o q? Panquecas, e a gente já aprendeu com Ryan e Espo o que significa panqueca no café da manhã (#SeguraEssaReferência).
A curiosidade dela é tão... a gente kkkkk
Ala, Nathan sendo o melhor marido de nv... o que é esse homem na consulta? Entregando a mulher para doutora e confessando que esta de marcação cerrada e cuidando dela. Que homem viu...
kkkkk Morta com as perguntas dele para doutora kkkk sexo na gravidez... aproveita que o resguardo vem ai.
"Eu disse. Se não estivesse, já tínhamos ouvido a tempestade." Melhor definição para a Gigi kkkkk
Giff é fofo, e Gigi vai eternamente dizer que fez comida para ele... Jeff pidão, meu DEus, esses Fillions são demais viu kkkk.
"O mesmo óculos que ela quebrara. Somente então ela percebeu o nome de Ferragamo na caixa." Isso que é namorado, viu que ela ficou tristinha e tratou de resolver o problema.
Não gente... tem alguma coisa no sangue desses Fillion. Dona Cookie é uma gênia, criou filhos esplêndidos. "Naquela noite começou tudo de verdade para mim. Eu não ia deixar você escapar."
Morri de rir com essas duas. Stana quer saber de tudo e não liga para irmã, arranja pretexto e Gigi pirraça kkkkkk
Ai meu Deus... esses dois falando de suas mulheres é a coisa mais fofa, boba e apaixonada desse mundão.
"— Gigi, eu não saio daqui enquanto você não me contar o que aconteceu no jantar." Stana praticamente parindo a Kate de tanta ansiedade kkkkkkkkkkkkkk
Sério Jeff? A Linda? Gigi conquistou os sogros mesmo. É bem bonito de ver a relação deles.
EITAAA, amei esse Vrau que DOna Rada levou... Casamento e gravidez, o que elas menos precisam é de uma mãe super protetora com uma e desleixada e agressiva com outra.