quarta-feira, 16 de junho de 2010

[Bones fic] As Time Goes By - Cap.8

Cap.8

Dia 109 - Afeganistão

Booth acordou ainda preocupado. Resolveu dispensar os soldados para fazerem recreação. Eles aproveitaram para convidá-lo a jogar uma partida de basquete o que ele recusou polidamente. Tinha um assunto mais importante para tratar. Antes de sentar-se isolado em seu alojamento porém, Booth procurou seu superior a fim de prestar contas de suas atividades e tentar algumas negociações.

Já de volta ao seu quarto, ele pegou um bloco de papel, caneta e fechou os olhos procurando inspiração para responder a carta de Bones. Suspirou e abriu osolhos escrevendo a primeira linha.

"Dear Bones,

passaram-se dez minutos e nenhuma palavra tomara forma no papel.Como era difícil colocar idéias para ela de forma a não distorcer o que queria dizer! Certos assuntos não se pode usar a lógica. Ele batia a caneta sobre o bloco impaciente.

Pense Booth, pense!

Ele não viu o tempo passar, ao assinar a carta olhou o relógio. Era 1 da tarde.


Dia 111

Ontem fui assistir o tal filme romântico com a Daisy. é incrível como não consigo entender a lógica por trás dessas histórias quer dizer, quando na vida real uma prostituta se casaria com um milionário? E assim tão fácil? Se apaixona e pronto? Ah, não entendo mesmo.

Daisy explicou que esse filme (Uma linda mulher) é uma espécie de contos de fadas moderno. Taí outra coisa que ainda não entendi, contos de fadas. Mulheres submissas a espera do tal principe encantado. Isso não deveria ser exemplo para as crianças do século XXI. Tive uma longa discussão a respeito disso com a Daisy, ela tentou me convencer da magia do amor, o sentimento mas pra mim é tudo meio ilógico. Tudo bem que o próprio Booth já me disse que amar é apenas sentir e as regras da lógica não se aplicam.


Ainda tentando me convencer, Daisy me disse que tinha o romance perfeito para me convencer e apesar de reforçar a ela que não seria convencida facilmente (Booth luta comigo faz tempo), ela insistiu. Disse que iria procurar um livro famoso e clássico para eu ler. Se é famoso não sei mas até fiquei curiosa para ler a história dessa tal Jane Austen, só não sei como a Daisy vai conseguir esse livro aqui na ilha dos vulcões.


Dia 114

As vezes tenho a impressão de que o tempo não passa em Maluku. Por mais que se tenha muito trabalho a fazer, a sensação é de dias muito longos. Recebi um email da minha agente hoje. Parece que a minha editora quer mais um livro com as aventuras de Kathy Reichs.

Minha agente alegou que essa seria uma ótima hora pra escrever mais um livro já que eu estou afastada do trabalho no Jeffersonian e FBI. Claramente ela não entende nada do que é coordenar uma pesquisa antropológica e nem mesmo o quanto você deve se dedicar para compor uma história. Respondi o email agradecendo mas indicando que só poderia pensar em um novo livro daqui a um ano.

Falando em livro, Daisy me entregou hoje a obra de Jane Austen. Chama-se "Orgulho e Preconceito". Um título bem esquisito para um romance. Segundo ela, eu não vou resistir a história de Elizabeth e Mr.Darcy. Ela inclusive fez uma aposta comigo: se caso eu gostasse do livro, eu teria que assistir o filme e ainda dizer ao Booth que essa era a melhor história de amor de todos os tempos. No fim, Daisy acabou me deixando curiosa, será que esse livro é tão bom assim mesmo?

Só tem um jeito de descobrir, começar a ler.


Dia 118

O trabalho é intenso nesses dias, preciso terminar o relatório da primeira fase do projeto e tenho muitos dados pra coletar. Tenho que cobrar o cumprimento das ações de cada integrante, reunir tudo e ainda dar meu parecer sobre o tempo do projeto, riscos e conclusão do resultado. Ou seja, estou super ocupada!

Mesmo sabendo disso, Daisy não para de me perguntar se já li o livro, o que eu estou achando, enfim voltou a ser a Daisy irritante! Porém com todo o trabalho apenas consegui ler 5 capítulos mas vou comentar outra hora, ainda preciso revisar metade do meu relatório.


Dia 121

Finalmente me livrei do relatório e posso me concentrar com o livro que Daisy me emprestou.

Minha primeira impressão do livro é boa. Antropologicamente falando, os primeiros capítulos descrevem muito bem a aristocracia inglesa no século XIX, o comportamento das famílias, as regras do casamento e da corte e a eterna competição de posses. Ainda não vi nada voltado a romance porque procurar marido não é sinônimo disso, certo? E olha que não sou a melhor conhecedora do assunto.

Ainda sem notícias do Booth... quanto tempo mais vou esperar?



Continua...

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